Campanha pela prevenção ao câncer de próstata tem participação do presidente da SBD




7 de novembro de 2019 0

Para fortalecer a conscientização da importância de os homens se prevenirem contra o câncer de próstata, o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, gravou vídeo de apoio à campanha #Azultitute, liderada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), de São Paulo (SP). O grupo foi o criador da Campanha Novembro Azul, no Brasil. Na mensagem, o líder nacional da SBD reforça a importância das consultas regulares ao médico urologista para falar sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença.

ASSISTA AQUI À MENSAGEM DE VÍDEO

Para Sérgio Palma, participar dessa iniciativa é importante, “uma vez que os homens brasileiros não se preocupam tanto com a saúde”. Para ele, a falta de informação e o preconceito são alguns dos motivos pelos quais os homens deixam de lado procedimentos simples, indolores e fundamentais para a identificação de doenças, como o câncer de próstata, por exemplo.

“Precisamos falar de prevenção a todo instante. Muitos homens, por questões culturais, emocionais e psicológicas, só procuram o médico em situações extremas. Isto é, quando realmente se sentem muito mal”, adverte. Segundo o presidente da SBD, “foi uma honra participar do movimento e colaborar com a promoção e prevenção à saúde integral do homem”.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, com mais de 68 mil casos, em 2018. Por ano, há registro de 15 mil mortes, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).  Em contrapartida, apesar de grave, a doença tem 90% de chances de cura se for detectada precocemente, o que reforça a importância de consultas médicas e exames frequentes, em especial para homens acima de 50 anos ou de 45 anos, no caso dos que têm histórico familiar da doença ou são afrodescendentes.

Pesquisa – Além da campanha #Azultitude, o Instituto Lado a Lado pela Vida realizou uma pesquisa inédita, em parceria com o Grupo Abril, sobre a saúde do homem brasileiro. O trabalho, intitulado “Um novo olhar para a saúde do homem”, chamou a atenção para o quadro de fragilidade emocional desse segmento da população. Segundo os dados, 63% sentem ansiedade, 46% sofrem com tristeza e 23% lutam contra a depressão.

Problemas financeiros e a falta de disponibilidade de consultas nos postos de saúde são apontados como os principais obstáculos apontados pela baixa adesão dos homens às práticas preventivas. Na sequência, vem a auto percepção de que a pessoa está bem de saúde.

“Essa ilusão preocupa ainda mais se levarmos em conta que 23% dos respondentes dizem substituir uma consulta por uma pesquisa na internet com certa frequência”, afirma Marlene Oliveira, presidente e fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Outros pontos preocupantes relacionados à prevenção do câncer de próstata reiteram esses pontos. Os números revelam que, entre os homens com mais de 40 anos, quase metade não têm o hábito de ir ao urologista. Esse percentual se eleva para 54% no Sul do País. Entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), 58% não vão ao urologista, o que ocorre somente com o encaminhamento após o primeiro contato do usuário na rede pública, que é feito pelo clínico geral.
 
Um dado positivo da pesquisa foi confirmar que a Campanha Novembro Azul, lançada em 2011, é conhecida por 94% dos entrevistados: 24% afirmam estar mais atentos com a saúde e 8% começaram a fazer exames regularmente, após esse lançamento.

“Desde o início, o objetivo da campanha Novembro Azul é o de informar os homens sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata e o resultado do estudo mostrou que houve uma mudança de comportamento e alguns homens passaram a tomar as rédeas de sua saúde. Entretanto, muitos ainda demonstram uma resistência quase natural para fazer exames de rotina ou mesmo diagnosticar algum problema alertado por um sintoma”, diz Marlene.

Com informações do Instituto Lado a Lado pela Vida.

*Foto G1


6 de novembro de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está confirmada como uma das entidades que terá representantes na mesa principal de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir pontos do projeto de lei nº 4405/2019. Essa proposta, de autoria do deputado Capitão Augusto (PSL/SP), altera a Lei nº 4.324, de 14 de abril de 1964, e a Lei nº 5.081, de 24 de agosto de 1966, para modificar a denominação da profissão odontologia para medicina orofacial e do título profissional de cirurgião-dentista para médico-orofacial.

Na audiência, por meio de seus especialistas e lideranças, a Sociedade Brasileira de Dermatologia apresentará seus argumentos contra a iniciativa. A intenção é sensibilizar os parlamentares quanto a improcedência da proposta. Esse é o segundo texto a tratar do tema a ser apresentado na Câmara durante esse ano. No primeiro semestre, a SBD atuou e conseguiu a retirada do projeto de lei nº 4384/2019 que tinha o mesmo objetivo.

Com o apoio de sua assessoria parlamentar, a SBD pretende continuar seus esforços de convencimento, com base em argumentos técnicos e éticos que contestam as bases das propostas. “A SBD atua em defesa da medicina e da dermatologia. Esse mesmo empenho aparece na luta por melhores condições de trabalho para os profissionais e de acesso à assistência para os pacientes. Esses são compromissos da gestão 2019/2020 que têm sido cumpridos em todas as esferas. No Poder Legislativo, continuaremos atentos e dispostos ao convencimento dos políticos em favor da nossa percepção sobre esses e outros assuntos de interesse da especialidade”, pontuou o presidente da entidade, Sérgio Palma.

A realização da audiência pública foi aprovada nesta quarta-feira (6/11) pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), que analisou o requerimento nº 161/2019, apresentado pelo deputado Mauro Nazif (PSB-RO). A ideia de realização dessa rodada de discussões foi da SBD, que contou com o apoio do parlamentar nesse sentido. Ambos entenderam como oportuno o encontro para dirimir dúvidas sobre o tema. A data da reunião, em Brasília (DF), ainda será confirmada.

Além da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que deverá ser representada por seu presidente, Sergio Palma, também participarão das discussões nomes do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e do Conselho Federal de Odontologia (CFO).

“Dentro da Câmara, com base em argumentos sólidos, faremos a defesa inconteste dos interesses de nossa especialidade e da boa assistência oferecida à população”, disse Palma.


5 de novembro de 2019 0

No último dia dos eventos organizados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no Rio Grande do Sul, exposições e debates trataram de diferentes temas de interesse dos especialistas. As palestras abordaram aspectos do trabalho de defesa profissional, coordenado pela entidade; de formas éticas de uso das redes sociais; e de inovações técnicas e científicas com o intuito de aperfeiçoar os procedimentos oferecidos nos consultórios. 

A atualização da defesa profissional foi o tema da palestra do presidente da SBD, Sérgio Palma, no sábado (2/11), durante o encerramento do IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas, da 27ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia, em Gramado (RS). 

“Estamos atuando fortemente contra a invasão de competências em nossa especialidade. Constantemente, estamos nos reunindo com parlamentares e representantes do Ministério da Saúde, Ministério Público e Poder Judiciário a tomarem providências imediatas contra a realização de procedimentos estéticos invasivos por pessoas sem formação médica”, destacou.

Na oportunidade, ele ainda falou sobre “Abordagem e condução do paciente com complicação de tratamentos estéticos realizados por não médicos. Durante as atividades, Palma esteve acompanhado por outros três membros da diretoria nacional da SBD: Mauro Yoshiaki Enokihara (vice-presidente), Cláudia Carvalho Alcântara Gomes (secretária-geral) e Egon Luiz Rodrigues Daxbacher (tesoureiro). 

Outro tema tratado no mesmo dia foi a utilização das redes sociais por médicos a fim de divulgar seu trabalho. O assunto foi apresentado pelo coordenador médico de Mídia Eletrônica da SBD, Maurício Amboni Conti (foto acima), na conferência “Imagem nas mídias sociais: como fazer de forma ética? ”.

“Nas redes sociais, o médico precisa falar de problemas que podem ajudar a sociedade e não de si próprio. Não há um engajamento ao mostrar foto do médico. Independente de qual rede social é possível praticar o que pode ser chamado de “olha para isso” ao invés de “olha para mim”. O importante é falar sobre o que é relevante para o paciente”, explicou.

Outros temas – Na sequência, o cirurgião plástico David Sena falou da tecnologia digital aplicada à gestão de consultórios e a médica Ana Paula Manzoni discorreu sobre novos procedimentos em cosmiatria. 

Também houve discussões em torno de questões científicas. Aproximadamente um terço das crianças com dermatite atópica moderada e grave apresentam alguma alergia alimentar associada. O alerta foi feito durante palestra da Magda Blessmann Weber, membro da Comissão Científica da SBD. 

A médica reforçou que dietas restritivas não devem ser aplicadas de rotina para tratamento por não apresentarem benefícios, salvo em casos com alergia comprovada. Outro aspecto é a mudança cultural nos tempos atuais, na qual os pais superprotegem as crianças impedindo a criação de anticorpos.

“O contato das crianças pequenas ocorre mais tarde e há relato de casos de crianças que são criadas naquilo que chamamos de “bolha”, acabam tendo alergias que podem até mesmo evoluir para quadros de anafilaxia, por conta de não terem sido “vacinadas” contra alguns alérgenos”, afirmou.

Os sinais de alerta para diagnóstico de linfomas cutâneos foi o tema da assessora do Departamento de Fotobiologia, Tatiana Basso Biasi. “O linfoma cutâneo não é tão frequente quanto os outros, mas não deixa de ser importante. Podem se apresentar como manchas na pele avermelhadas que descamam e alguns pacientes podem ter coceira. Geralmente é um diagnóstico que demora para ser feito porque os sintomas se confundem com outras doenças”, salientou.

O bloco teve aula também dedicada a atualização em vacinas, com André Avelino Costa Beber; diagnóstico diferencial de lesões pigmentadas em crianças, com Thaís Corsetti Grazziotin e manejo dos tumores e malformações vasculares nos pacientes pediátricos, com Flávia Pereira Reginatto.

O IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas, a 27ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e a 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia foram uma realização da SBD, em parceria com a Secção RS (SBD-RS).

Com informações da assessoria de imprensa SBD-RS


5 de novembro de 2019 0

O sucesso do IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas, da 27ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia foi destacado pelo presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, no encerramento do evento ocorrido entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, em Gramado (RS). Aproximadamente mil médicos participaram dos eventos. 

“Foram três dias de aprendizado e troca de experiências na área da dermatologia. Ressalto o embasamento científico que tivemos. Há sempre muita inovação e tecnologia, mas trouxemos essa visão com uma abordagem baseada em evidências. Aqui é um ambiente acadêmico de formação que traz suporte ao médico em benefício dos pacientes”, comentou.

Palma ressaltou também a parceria forte entre a SBD e regional Rio Grande do Sul e o brilhante trabalho desenvolvido pela presidente da filiada, Taciana Dal’Forno Dini. Durante as atividades, ele esteve acompanhado por outros três membros da Diretoria da SBD Nacional: Mauro Yoshiaki Enokihara (vice-presidente), Cláudia Carvalho Alcântara Gomes (secretária-geral) e Egon Luiz Rodrigues Daxbacher (tesoureiro).

“O que ouvimos nos últimos dias foram só elogios, tanto em relação a infraestrutura quanto da qualidade das aulas. Tivemos experts de todo o país, cada um em sua área de atuação, falando de doenças infecciosas, oncologia, cosmiatria, laser e tecnologia e cirurgia dermatológica. Entregamos um evento amplo que abordou a dermatologia em sua forma integral e blocos dedicados a outros temas como defesa profissional, aspectos éticos e de marketing”, afirmou.

Cursos – Além do sucesso das conferências, palestras e mesas-redondas, outro momento elogiado pelos participantes foi em relação aos cursos realizados no evento. Diversos membros da atual Diretoria da SBD estiveram à frente de atividades e disseminaram conhecimentos entre os congressistas.

As assessoras do Departamento Científico de Cabelos e Unhas, Bruna Duque-Estrada e Giselle Martins Pinto, abordaram a tricoscopia nas alopecias cicatriciais e a aplicação em alopecias não cicatriciais, respectivamente. Já a coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica, Alessandra Ribeiro Romiti (foto abaixo), transmitiu ensinamentos sobre a anatomia aplicada aos procedimentos injetáveis. A médica falou também sobre o uso da toxina botulínica na melhora do contorno facial.

Outro curso de destaque foi conduzido pelo assessor do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD, André Avelino Costa Beber. O especialista ministrou aula dedicada à atualização em vacinas. O IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas, a 27ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e a 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia foi uma realização da SBD, em parceria com a Secção RS (SBD-RS).

Com informações da assessoria de imprensa da SBD-RS
 


5 de novembro de 2019 0

O amplo trabalho de combate à invasão da área da dermatologia por profissionais não-médicos foi destacado pelo presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, durante a solenidade de abertura do IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas, da 27ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia. Todos os eventos aconteceram, simultaneamente, em Gramado (RS). 

“Nossa Sociedade está presente de diversas formas como, por exemplo, na Frente Parlamentar na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, no Ministério Público e no Ministério da Saúde. São mais de 80 projetos de lei que tramitam em defesa da Medicina. Importante destacar ainda o apoio recebido pelas regionais, como acontece nos três estados do Sul do Brasil – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, afirmou. 

Os eventos ocorreram entre 31 de outubro e 2 de novembro e contaram com a participação de mais de mil especialistas. Na abertura, a dermatologista Dóris Maria Hexsel (RS), que assumiu a presidência da Sociedade Internacional de Cirurgia Dermatológica (com sede na Alemanha), recebeu uma homenagem da SBD e de sua filiada no Rio Grande do Sul (SBD-RS). É a primeira vez que um médico latino-americano lidera a entidade, que congrega médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos de mais de 40 países.

Também participaram da abertura os coordenadores dos eventos que ocorrem de forma paralela: Leonardo Spagnol Abraham (Departamento de Cabelos da SBD) e Taciana Dal´Forno Dini (representando a coordenação da 27ª Jornada Sul-brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia). Ainda estiveram presentes os presidentes das outras duas Regionais do Sul: Anarosa Sprenger, da SBD Paraná, e Rafael Lenzi, da SBD Santa Catarina.

Debates – Após a abertura oficial, o primeiro bloco de debates trouxe, entre outros temas, o uso de tecnologias para o rejuvenescimento facial e o uso combinado de preenchedores e bioestimuladores na face. Dóris Hexsel fez apresentação sobre as novas tendências em toxina botulínica. 

As características da queda de cabelos em negros e terapias emergentes foram alguns tópicos abordados durante a tarde pela assessora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD, Bruna Duque-Estrada (abaixo), e pela médica Mariya Miteva (acima), dos Estados Unidos. Alessandra Anzai falou sobre a tricoscopia, exame realizado para análise de pelos, abordando a importância do procedimento para auxílio no diagnóstico das doenças do couro cabeludo.

O bloco dedicado às unhas iniciou com palestra sobre cosmética. Débora Cadore de Farias detalhou o uso de unhas em porcelana, gel e acrílico. Eckart Haneke discorreu sobre o uso da terbinafina oral no tratamento da tinha ungueal – formas de administração, tempo de tratamento e resultados.

Ao final do dia, os temas foram relacionados ao câncer de pele, desde o planejamento de cirurgias, passando por indicações da Cirurgia de Mohs e dicas práticas para o dia a dia e tratamentos não cirúrgicos. O IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas da SBD, a 27ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e a 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia foram uma realização da SBD, em parceria com a Secção RS (SBD-RS). 

* Com informações da assessoria de imprensa SBD-RS


4 de novembro de 2019 0

Iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia oferece informações que possam contribuir para a conscientização da doença e realiza exames preventivos gratuitos no dia 7 de dezembro

Está chegando mais um #DEZEMBROLARANJA, campanha do câncer de pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No ano de 2019, além de conscientizar a população sobre a prevenção desde a infância, a iniciativa tem como objetivo principal alertar sobre os #SINAISDOCANCERDEPELE para diagnóstico e tratamento precoces, aumentando as chances de cura na grande maioria dos casos. Os números de câncer de pele no Brasil são alarmantes! De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente, são diagnosticados 180 mil casos novos da doença. Isso significa que 1 em cada 4 casos novos de câncer no Brasil, é de pele.

“Temos um problema de saúde pública e a SBD transformou esse problema numa ampla campanha de combate ao câncer da pele por meio do Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre a doença", explica Dr. Sergio Palma, Presidente da Instituição. Segundo ele, “reduzir as estatísticas de incidência de câncer da pele é uma meta alcançável e a Sociedade Brasileira de Dermatologia está comprometida em diminuir a ocorrência e a mortalidade”.

Esse ano, a principal peça publicitária da campanha é um filme que conta a história de luta e superação do Mário, do Hélio, e do Ricardo, pacientes respectivos de carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, tipos de cânceres de pele. Segundo o dermatologista Elimar Gomes, Coordenador Nacional do Dezembro Laranja, “quase 90% dos casos existentes são de carcinomas. Esses tumores têm letalidade baixa, mas provocam cerca de 1.900 óbitos a cada ano no nosso país. Menos comum, o câncer melanoma é o tipo mais agressivo e, por este motivo, causa mais de 1.700 óbitos anualmente. Nós conhecemos a origem da doença e sabemos que é possível preveni-la, por este motivo a conscientização pública é uma das formas de reduzir o número de casos”, conclui o médico.

Entre as iniciativas, também está prevista, a divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) marcadas com as hashtags #DezembroLaranja e #SinaisdoCancerdePele. O público simpatizante pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. Assim como nos anos anteriores, personalidades e lideranças em suas áreas de atuação participarão do movimento vestindo a cor laranja e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha, frisando o compromisso com a prevenção, diagnóstico e tratamentos precoces.

Em 2019, uma das ações que assume maior relevância ocorrerá no dia 7 de dezembro, quando cerca de quatro mil médicos dermatologistas e voluntários prestarão atendimento gratuito para diagnóstico do câncer de pele. As consultas serão realizadas em cerca de 130 postos de saúde pelo Brasil. Vale lembrar que o mutirão de consulta é realizado desde 1999 e já beneficiou mais de 600 mil pessoas. Este ano, na 21ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele da SBD, a previsão é de que 30 mil pessoas sejam beneficiadas pela iniciativa.  

Acesse e veja o posto mais próximo de você: http://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/exame-preventivo-gratuito/

Sobre o câncer da pele

Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

“Em todos eles, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é o principal fator de risco que pode desencadear a doença , que pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza”, diz Jade Cury Martins, Coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com regularidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita. Também é importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões que não é possível reconhecer sozinho. Ao se expor ao sol, é importante que as áreas descobertas estejam protegidas, mesmo em dias frios e nublados.

A SBD também lembra que uma forma importante de evitar a doença é a prevenção; o autoexame é válido, mas não substitui a ida ao médico dermatologista. O Dezembro Laranja 2019 conta com patrocínio da L’Oréal, Johnson e Johnson e Mantecorp.

Fique atento aos #sinaisdocancerdepele e participe do #dezembrolaranja.

Medidas fotoprotetoras

As recomendações básicas da SBD incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 9h às 15h); utilizar chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. A sociedade médica também orienta para o uso diário de protetor solar com fator de proteção de no mínimo 30, que deve ser reaplicado a intervalos de duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água.

Casos no Brasil
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é de 165.580 mil novos casos de câncer da pele não melanoma. Um dado novo desse período é que, em relação à última estimativa do Inca (2016/2017), a doença acometerá mais homens (85.170 mil) do que mulheres (80.410 mil). Outra notícia é sobre a estimativa de novas ocorrências de câncer da pele não melanoma ter diminuído em 10 mil casos de um biênio para o outro.

Assim como nas campanhas anteriores, em 2019, a SBD conta com parcerias de órgãos públicos, instituições de saúde e empresas, para trabalhar em colaboração e superar desafios a fim de reverter o número de casos da doença no país. A sociedade civil também está convidada a participar da campanha. Algumas sugestões para quem quiser aderir são: divulgar o mutirão de atendimento para diagnóstico e prevenção do câncer da pele que acontece em todo o Brasil no dia 7 de dezembro; usar laços ou fitas laranjas; e publicar as #DezembroLaranja e #sinaisdocancerdepele nas redes sociais.

Mais uma vez, a SBD entende que este é o momento aumentar a visibilidade sobre o tema, com a promoção de uma campanha participativa, coletiva e atuante.

Assim como em outros anos, pessoas reconhecidas em suas áreas de atuação participarão do movimento, vestindo a cor laranja, como a jornalista Glenda Kozlowski, embaixadora do Dezembro Laranja 2019. Além disso, monumentos e pontos turísticos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha. 

Serviço
• Mutirão de Prevenção ao Câncer da Pele com exame preventivo gratuito
Dia: 7/12, das 9h às 15h, em diversos postos de atendimento no país. 

• Acesse os locais: http://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/exame-preventivo-gratuito/

Abertura oficial do Dezembro Laranja 2019 no Rio de Janeiro

 

 


31 de outubro de 2019 0


Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Agência Pixel Press

O desastre ambiental causado pelo derramamento de óleo cru no litoral brasileiro pode também causar graves problemas de saúde para a pele de voluntários que atuam na retirada dos resíduos. Com objetivo de reduzir os riscos dessa exposição, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga nesta quinta-feira (31/10) um guia com recomendações importantes para quem está participando desse trabalho e mesmo para os moradores das áreas atingidas.

“São recomendações simples e que podem ser incorporadas à rotina dos voluntários e dos moradores. O empenho dessas pessoas deve ser acompanhado de uma preocupação com sua saúde. Os cuidados ao proteger o corpo da exposição aos resíduos e na hora de retirar os produtos que entraram em contato com a pele devem ser contínuos”, alertou o presidente da SBD, Sérgio Palma.

Ele explica que, como óleo cru permanece impregnado na pele, as pessoas tentam retirá-lo com o uso de solventes (aguarrás, tíner, óleo diesel, querosene ou gasolina). No entanto, o contato com esses produtos aumenta o processo irritativo.

O presidente da SBD ressalta que a maneira mais adequada de limpar a pele é lavar a área atingida com água e sabão. A aplicação de óleos para bebês, geleia de vaselina ou até mesmo pastas utilizadas por metalúrgicos para remover óleos e graxas facilita a retirada dos resquícios de óleo. Após essa etapa, a aplicação de cremes ou loções hidratantes é importante.

Grupos – As recomendações se dividem em três grupos: cuidados de proteção do corpo, que incluem o uso de material específico para o manuseio do óleo; cuidados na retirada do óleo que entrou em contato com a pele, como orientações de limpeza e dos melhores produtos para essa tarefa; e cuidados gerais para os moradores das regiões atingidas.

A SBD já recebeu relatos de complicações ocorridas em alguns locais do país e acredita que novos casos podem ser evitados se as medidas de prevenção e de proteção forem seguidas pela população. A dermatologista Rosana Lazzarini, assessora do Departamento de Alergia Dermatológica e Dermatoses Ocupacionais da SBD, que participou da elaboração desse guia da SBD chama a atenção para os riscos envolvidos.

“Muitos voluntários têm trabalhado na remoção do material que chega as praias. Entretanto, o trabalho tem sido realizado de maneira inapropriada. Esses grupos têm entrado em contato com o óleo sem proteção adequada e, em alguns casos, com impregnação de toda a pele. Importante salientar que o petróleo ou óleo cru é constituído por uma série de compostos químicos com diferentes toxicidades, como tolueno, xileno, benzeno e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos”, ressaltou.


Foto: Agência Brasil

De acordo com ela, esse contato pode desencadear problemas de saúde que afetam diferentes órgãos e sistemas, como hematopoiéticos, hepáticos, renais e pulmonares, além de causar alterações do humor e das funções cognitivas. Na fase aguda de intoxicação pelo contato com o óleo cru, as reações mais comuns são: irritação e dor na garganta e nos olhos, tosse, coriza, coceira e olhos vermelhos, cefaleia, náuseas, fadiga e pele irritada e vermelha, entre outros.

 “A pele, quando acometida, apresenta processos irritativos com eritema nas áreas de contato, evento conhecido como dermatite de contato, sendo a forma irritativa mais comum. Esses efeitos pioram se a pele permanecer exposta ao Sol, podendo causar queimaduras solares”, acrescenta Rosana Lazzarini.

Finalmente, a SBD reitera que, em caso de dúvida, o paciente deve entrar em contato com o Ministério da Saúde por meio do Centro de Informações Toxicológicas, pelo telefone 0800-7226001, e procurar ajuda médica em serviços de urgência e emergência.


Recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Cuidados para moradores e voluntários que estão em áreas afetadas pelo derramamento de petróleo

O recente desastre registrado na costa brasileira, com milhares de toneladas de óleo cru chegando às praias do Nordeste, causou comoção. Em decorrência, muitos voluntários têm trabalhado na remoção do material que chega às praias. Entretanto, o trabalho não tem sido realizado de maneira apropriada.

Esses grupos têm entrado em contato com o óleo sem proteção adequada e, em muitos casos, com impregnação da pele. Importante salientar que o petróleo (ou óleo cru) é constituído por compostos químicos com diferentes toxicidades que podem causar danos à saúde, como tolueno, xileno, benzeno e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos.

Esses danos compreendem efeitos em diferentes órgãos e sistemas do corpo humano, como hematopoiéticos, hepáticos, renais e pulmonares, além de alterações do humor e das funções cognitivas.

Para minimizar os riscos de problemas à saúde, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) preparou esse documento (clique para ler), que agrega orientações aos que estão envolvidos no processo de limpeza das praias ou que, acidentalmente, coloquem a pele em contato com petróleo. A Sociedade entende que essas recomendações serão úteis aos moradores e voluntários das regiões afetadas:
 

COMO SE PREPARAR PARA ATUAR NAS AÇÕES DE LIMPEZA DAS PRAIAS?

1.   Se houver a necessidade de contato com o óleo derramado nas praias, utilize equipamentos de proteção, como óculos, luvas e roupas que cobrem membros superiores e inferiores (mangas compridas e calças).

2.   As luvas mais apropriadas são as de nitrila ao invés das de borracha, pois apresentam melhor proteção contra óleos, graxas e petróleo. A lavagem imediata após o contato é importante, embora nessas situações nem sempre seja possível.
 

O QUE FAZER SE SUA PELE ENTRAR EM CONTATO COM O ÓLEO CRU?

1.   Caso, mesmo com uso de roupas adequadas, ocorra o contato, a pele deve ser lavada com água e sabão.

2.   A aplicação de óleos para bebês, geleia de vaselina ou até pastas utilizadas por metalúrgicos para remover óleos e graxas facilita a remoção dos resquícios de óleo.

3.   Após a remoção, a aplicação de cremes ou loções hidratantes é importante para melhorar as condições da pele.

4.  Não tente retirar o óleo com o uso de solventes (aguarrás, tíner, óleo diesel, querosene ou gasolina). O contato com esses produtos aumenta o processo irritativo, piorando a dermatite de contato.
 

QUAIS AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA MORADORES OU TURISTAS QUE ESTÃO NAS REGIÕES AFETADAS PELO DERRAMAMENTO?

1.   Evite o contato direto com o óleo, especialmente gestantes e crianças.

2.   Observe as orientações da vigilância sanitária para o consumo de alimentos, como peixes e mariscos, provenientes das áreas afetadas.

3.   Não inale vapores gerados pelo óleo.

4.   Use protetor solar de amplo espectro, com FPS de no mínimo 30.
 

EM CASO DE EXPOSIÇÃO E/OU CONTATO COM O ÓLEO CRU, QUAIS OS SINTOMAS COMUNS?

1.   Sintomas respiratórios, como irritação e dor de garganta, tosse, respiração mais difícil e coriza

2.   Irritação e dor nos olhos, coceira, e olhos vermelhos

3.   Dor de cabeça

4.   Pele irritada e vermelha

5.   Náusea

6.   Tonturas

7.   Fadiga

8.   Ferimentos e traumas

ATENÇÃO: a pele, quando acometida, apresenta processos irritativos, com eritema nas áreas de contato, evento conhecido como dermatite de contato, sendo a forma irritativa mais comum. Esses efeitos pioram se a pele permanecer exposta ao sol, podendo causar queimaduras solares.

Em caso de dúvida, o Ministério da Saúde pede que o paciente entre em contato com o Centro de Informações Toxicológicas pelo telefone 0800-7226001 e procure ajuda médica

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2019.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
Gestão 2019-2020


29 de outubro de 2019 0

No Brasil, segundo dados de uma pesquisa realizada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ela acomete 1,31% das pessoas, sendo mais prevalente no Sul (1,86%) e no Sudeste (1,88%), possivelmente por conta de menor irradiação solar e da maior ascendência europeia nessas regiões.

Ricardo Romiti, coordenador do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador nacional da Campanha de Psoríase da SBD, explica que a enfermidade inicia-se, geralmente, na faixa dos 20 aos 30 anos, em ambos os sexos, e tende a persistir por toda a vida, com períodos de melhora e piora.

Sua causa é multifatorial, e passa pela predisposição genética. "Cerca de um terço dos pacientes têm algum familiar com o problema, e que não necessariamente é passado de pai para filho. O mais comum é se manifestar em outras gerações", diz o médico.

Diversos fatores ambientais também podem ser o gatilho para o surgimento ou o agravamento da patologia, como estresse, tempo frio, uso de alguns medicamentos (antidepressivos e anti-inflamatórios, por exemplo), infecções, em especial a de garganta, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

E há ainda interferência do sistema imunológico no desenvolvimento da patologia. A explicação é que os linfócitos (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias que atacam as células cutâneas saudáveis, fazendo com que elas sejam produzidas em maior quantidade e tenham o seu ciclo evolutivo antecipado.

"Em uma pessoa saudável, o amadurecimento da camada mais superficial da pele se dá em, mais ou menos, um mês. Nas que têm psoríase, esse ritmo é acelerado, e o resultado é a descamação", comenta Romiti.

Tipos de psoríase

A psoríase pode se manifestar em qualquer parte do corpo, mas tem predileção por algumas: couro cabeludo, cotovelos, joelhos e costas. Sua lesão clássica é uma placa elevada, avermelhada e com escamas esbranquiçadas que de desprendem facilmente.

Elas costumam coçar e doer. Em casos graves, a pele em torno das articulações corre o risco de rachar e sangrar.

Os outros tipos da doença, segundo a SBD, são: ungueal (afeta as unhas das mãos e dos pés), invertida (atinge, principalmente, áreas úmidas, como axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos genitais) e palmoplantar (acomete mãos, pés e dedos).

Existem também as variantes mais graves, a pustulosa (forma lesões com pus), a eritrodérmica (se espalha por todo corpo) e a artropática ou artrite psoriásica (causa inflamação nas articulações).

Neste último caso, além dos sintomas tradicionais, é normal ocorrer, nas articulações, inchaço, dor, rigidez progressiva e, se não houver tratamento adequado, destruição óssea e deformidades As áreas mais afetadas são dedos, coluna e quadril.

De acordo com o estudo Síndrome Metabólica e Artrite Psoriásica entre Pacientes com Psoríase: Qualidade de Vida e Prevalência, produzido pelo Ambulatório de Psoríase do HC da USP de Ribeirão Preto, e patrocinado pela biofarmacêutica AbbVie, 41,8% dos brasileiros que têm doença desenvolvem artrite psoriásica.

Complicações da doença

Em função de seu caráter sistêmico, a enfermidade, antes considerada somente de pele, agora também está associada a doenças do sistema cardiovascular. Uma delas é a chamada síndrome metabólica, composta pelo perigoso trio hipertensão arterial, diabetes e obesidade.

Pela pesquisa da USP-RP, ela atinge, no país, 50% dos psoriáticos. Apesar de ainda não serem totalmente conhecidas as razões dessa relação, sabe-se que o risco dessa população ser acometida pelo problema é cinco vezes maior do que entre os cidadãos em geral.

"Por provocar uma inflamação crônica que atinge diversas partes do organismo, a psoríase também é fator de risco para infarto e acidente vascular cerebral (AVC)", acrescenta Maria Victória Suárez Restrepo, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O que também explica essa situação é o isolamento social decorrente da enfermidade. Como os pacientes evitam sair de casa e interagir com os demais, muitos acabam adotando um estilo de vida pouco saudável, com prejuízos diretos e importantes no organismo.

Mais uma característica marcante da psoríase é o impacto que ela tem sobre a saúde mental. "É uma doença que causa um sofrimento enorme por causa devido ao preconceito, levando muita gente a desenvolver depressão e ansiedade e precisar de acompanhamento psiquiátrico", avalia a médica.

Segundo a especialista, isso se deve ao aspecto das lesões. "Como elas são na pele e ficam aparentes, visíveis, as pessoas acreditam se tratar de algo contagioso, aí discriminam e se afastam do doente, reforçando o seu isolamento."

Tratamento da psoríase

O tratamento da psoríase é feito de acordo com o tipo e a gravidade. Nos casos mais leves, com poucas lesões e localizadas, o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT), do Ministério da Saúde, determina a utilização de medicamentos externos, como corticosteroides, calcipotriol e ácido salicílico.

Nos moderados e graves, é indicada, como primeira opção, a fototerapia ultravioleta B (UVB) de banda estreita ou psoraleno (fotossensibilizante e estimulante da produção de melanina), associado à fototerapia com ultravioleta A (PUVA).

Se não houver resposta após 20 sessões, ou o paciente apresentar alguma restrição, o passo seguinte é a introdução de medicamentos orais sistêmicos (metotrexato, acitretina e ciclosporina).

A última alternativa, quando nenhuma das anteriores der resultado, são os imunobiológicos. "Trata-se de uma nova geração de medicamentos altamente eficazes e seguros, desenvolvidos especificamente para o controle da doença, e que atuam como anticorpos, bloqueando a proteína que causa a inflamação", afirma Romiti, do HC-USP.

Recentemente, inclusive, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou quatro deles no tratamento gratuito da doença em estágio avançado.

São os seguintes: adalimumabe, recomendado para a primeira etapa após falha da terapia padrão; secuquinumabe e ustequinumabe, recomendados para a segunda etapa, após falha da primeira; e etanercepte, recomendado após falha da terapia padrão em crianças.

Eles são aplicados por via subcutânea, como a insulina, uma vez por semana, uma vez por mês ou uma vez a cada três meses.

"Temos, hoje, nove biológicos diferentes disponíveis no Brasil (nem todos oferecidos pelo SUS), e cada um com um perfil de ação específico. Quanto mais opções, maiores são as chances de encontramos o tratamento ideal para cada paciente. Assim, a doença, mesmo não tendo cura, pode ser controlada e passar anos sem se manifestar", celebra Romiti.

Junto a tudo isso, os médicos garantem ser imprescindível adotar hábitos de vida mais saudáveis, com dieta equilibrada e prática regular de atividade física, evitar o tabagismo, o elitismo e o estresse, usar hidratante diariamente, tomar banho de sol com moderação, em horários apropriados, com proteção e sob a orientação do dermatologista.

 

Fonte: BBC Brasil


25 de outubro de 2019 0

Em Araras, onde a incidência de xeroderma pigmentoso é de um caso da doença para cada grupo de 40 moradores, a superação faz da rotina de todas as famílias. Esse é o testemunho dos médicos que integraram a terceira expedição ao Recanto das Araras, que levou assistência qualificada aos habitantes da comunidade, em especial àqueles que convivem com essa mutação genética. Com o apoio do laboratório LaRoche-Posay, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) capitaneou no fim de semana uma ação social que, em poucos menos de 48 horas (sexta-feira e sábado), contabilizou dezenas de consultas, exames e cirurgias, além de outras atividades, como o aconselhamento genético. 

A recomendação de não gerar filhos a partir de casamentos entre parentes é uma das orientações para fazer o bloqueio dessa mutação. O gene relacionado ao XP fica “escondido” entre os pais e, quando se manifesta, em dose dupla, os portadores recebem uma cópia modificada do gene da mãe e outra do pai. A incidência na comunidade de Araras é de um caso da doença para cada grupo de 40 moradores. Em uma década foram diagnosticados 23 pacientes com manifestações do xeroderma pigmentoso na comunidade. 

Em termos proporcionais, essa concentração de XP no interior de Goiás é considerada a maior já registrada no mundo. Os dados, considerados alarmantes, são atribuídos ao elevado número de casamentos consanguíneos, entre pessoas com predisposição genética para o XP. Até o isolamento geográfico de Araras favorece as uniões entre os parentes.  

Preconceito – Há dez anos os moradores de Araras ainda acreditavam terem sido acometidos por uma peste ou praga que os havia condenaram ao isolamento, ao preconceito e à morte. No entanto, com a ajuda da dermatologista Sulamita Chaibub, do Hospital Geral de Goiânia, hoje aposentada, eles tiveram o primeiro diagnóstico da doença através de teste genético. 

“Os fatores genéticos, que causam extrema sensibilidade aos raios solares, tornam as pessoas com XP muito mais suscetíveis ao câncer de pele e mutilações causadas pela retirada dos sucessivos tumores. Alguns usam próteses nas áreas do corpo mais expostas ao sol e afetadas pelo câncer, principalmente rosto e olhos”, explica a decana. Atualmente, Sulamita coordena o Grupo de Apoio Permanente às Pessoas com Xeroderma Pigmentoso (Grape), que atua em várias frentes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com XP e acompanha a evolução da doença mesmo fora do ambulatório.

O Grape é vinculado à Sociedade Brasileira de Dermatologia. Trata-se de um projeto da Coordenação de Ações Institucionais da entidade, criado com o propósito de promover o apoio contínuo no âmbito psicoemocional e educativo para portadores de doenças de pele que possam comprometer sua qualidade de vida, ser excludentes ou discriminativas nos âmbitos social, profissional e até familiar.

“O compromisso da SBD com os pacientes dermatológicos graves vai além dos consultórios. Buscamos desenvolver estratégias para chegar até eles, levando o melhor de nosso conhecimento, com o acesso às mais modernas possibilidades de tratamento e diagnóstico. Certamente, fazemos a diferença e continuaremos a fazê-lo com o apoio de nossos sócios e de instituições parceiras que acreditam nesssa proposta”, disse o presidente da Sociedade, Sergio Palma. 

Proteção – Conscientes de que ainda não há cura para a doença, os portadores de XP são orientados a adotarem medidas de proteção contra a radiação solar, como uso diário de filtros para a pele, óculos de sol, chapéus e roupas longas. Muitos já trocaram a lida no campo por trabalhos domésticos e atividades noturnas, fugindo da exposição ao Sol. 

“Os serviços médicos regulares oferecidos na região e na capital, Goiânia, além dos mutirões da SBD para a retirada de tumores e análise do material genético colhido dos pacientes estão entre as ações que melhoraram a saúde e a qualidade de vida das pessoas que convivem com xeroderma pigmentoso, em Araras e no entorno”, reconhece a dermatologista Fernanda Carvalho. Ela integra a equipe multidisciplinar que acompanha a rotina dos pacientes em Faina e em Goiânia. 

Em uma década, dos 23 pacientes que apresentaram lesões decorrentes do XP, 20 continuam vivos. Há relatos de que, antes da “descoberta” da comunidade pelos dermatologistas, houve pelo menos 20 mortes entre os parentes dos atuais moradores com sinais e sintomas característicos da doença. Aos 85 anos, João Gonçalves da Silva foi contemporâneo da maioria deles. 

Hoje aposentado, ele tem as mãos calejadas do trabalho na roça e o corpo marcado pelos cortes do bisturi em dezenas de cirurgias. Ele se considera uma “alma” vitoriosa por conviver com XP desde os cinco anos de vida, quando apareceram as primeiras manchas na pele. Na época, a família desconhecia as causas da doença e não tinha recomendações médicas sobre a necessidade de evitar o sol. 

Gene – As histórias dos pacientes emocionam. Alisson Freire Machado, 16 anos, aluno do 2º ano do nível médio, sonha com a melhora de sua saúde e já decidiu que quer ser médico dermatologista para estudar o xeroderma pigmentoso. Ele é filho de Gleice Machado e de Djalma Freire, primos de quarto grau que desconheciam o parentesco e carregavam no DNA o gene modificado. 

“Somos todos heróis. O que é raro para os outros lá fora e o resto do mundo é comum para nós. Nossa luta já resultou em ganhos, tanto em qualidade de vida como em ações científicas e médicas”, disse Gleice, que fundou a Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (ABRAXP), com abrangência nacional e cerca de 300 sócios. O grupo conta com o apoio da entidade, inclusive durante os mutirões da SBD na comunidade de Araras, que acolheu cerca de 50 visitantes em busca de diagnóstico e tratamento.

O secretário de saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, que esteve na comunidade pela primeira, também reconheceu a importância da parceria com a SBD que levou uma dúzia de dermatologistas para cuidar dos pacientes com XP e outras doenças de pele. “Nós conseguimos unir diversos interesses e mudar a perspectiva de vida e a qualidade de vida da população que é atendida pela SBD. Nós precisamos de mentes brilhantes, de pesquisadores envolvidos para que possamos desenvolver políticas públicas de saúde para cuidar dessas pessoas”, afirmou.
 





SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Rio Branco, 39 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-003

Copyright Sociedade Brasileira de Dermatologia – 2021. Todos os direitos reservados