Atuação da SBD contra a invasão de competências em dermatologia foi destacada em evento no Rio Grande do Sul




5 de novembro de 2019 0

O amplo trabalho de combate à invasão da área da dermatologia por profissionais não-médicos foi destacado pelo presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, durante a solenidade de abertura do IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas, da 27ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia. Todos os eventos aconteceram, simultaneamente, em Gramado (RS). 

“Nossa Sociedade está presente de diversas formas como, por exemplo, na Frente Parlamentar na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, no Ministério Público e no Ministério da Saúde. São mais de 80 projetos de lei que tramitam em defesa da Medicina. Importante destacar ainda o apoio recebido pelas regionais, como acontece nos três estados do Sul do Brasil – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, afirmou. 

Os eventos ocorreram entre 31 de outubro e 2 de novembro e contaram com a participação de mais de mil especialistas. Na abertura, a dermatologista Dóris Maria Hexsel (RS), que assumiu a presidência da Sociedade Internacional de Cirurgia Dermatológica (com sede na Alemanha), recebeu uma homenagem da SBD e de sua filiada no Rio Grande do Sul (SBD-RS). É a primeira vez que um médico latino-americano lidera a entidade, que congrega médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos de mais de 40 países.

Também participaram da abertura os coordenadores dos eventos que ocorrem de forma paralela: Leonardo Spagnol Abraham (Departamento de Cabelos da SBD) e Taciana Dal´Forno Dini (representando a coordenação da 27ª Jornada Sul-brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia). Ainda estiveram presentes os presidentes das outras duas Regionais do Sul: Anarosa Sprenger, da SBD Paraná, e Rafael Lenzi, da SBD Santa Catarina.

Debates – Após a abertura oficial, o primeiro bloco de debates trouxe, entre outros temas, o uso de tecnologias para o rejuvenescimento facial e o uso combinado de preenchedores e bioestimuladores na face. Dóris Hexsel fez apresentação sobre as novas tendências em toxina botulínica. 

As características da queda de cabelos em negros e terapias emergentes foram alguns tópicos abordados durante a tarde pela assessora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD, Bruna Duque-Estrada (abaixo), e pela médica Mariya Miteva (acima), dos Estados Unidos. Alessandra Anzai falou sobre a tricoscopia, exame realizado para análise de pelos, abordando a importância do procedimento para auxílio no diagnóstico das doenças do couro cabeludo.

O bloco dedicado às unhas iniciou com palestra sobre cosmética. Débora Cadore de Farias detalhou o uso de unhas em porcelana, gel e acrílico. Eckart Haneke discorreu sobre o uso da terbinafina oral no tratamento da tinha ungueal – formas de administração, tempo de tratamento e resultados.

Ao final do dia, os temas foram relacionados ao câncer de pele, desde o planejamento de cirurgias, passando por indicações da Cirurgia de Mohs e dicas práticas para o dia a dia e tratamentos não cirúrgicos. O IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas da SBD, a 27ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e a 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia foram uma realização da SBD, em parceria com a Secção RS (SBD-RS). 

* Com informações da assessoria de imprensa SBD-RS


4 de novembro de 2019 0

Iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia oferece informações que possam contribuir para a conscientização da doença e realiza exames preventivos gratuitos no dia 7 de dezembro

Está chegando mais um #DEZEMBROLARANJA, campanha do câncer de pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No ano de 2019, além de conscientizar a população sobre a prevenção desde a infância, a iniciativa tem como objetivo principal alertar sobre os #SINAISDOCANCERDEPELE para diagnóstico e tratamento precoces, aumentando as chances de cura na grande maioria dos casos. Os números de câncer de pele no Brasil são alarmantes! De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente, são diagnosticados 180 mil casos novos da doença. Isso significa que 1 em cada 4 casos novos de câncer no Brasil, é de pele.

“Temos um problema de saúde pública e a SBD transformou esse problema numa ampla campanha de combate ao câncer da pele por meio do Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre a doença", explica Dr. Sergio Palma, Presidente da Instituição. Segundo ele, “reduzir as estatísticas de incidência de câncer da pele é uma meta alcançável e a Sociedade Brasileira de Dermatologia está comprometida em diminuir a ocorrência e a mortalidade”.

Esse ano, a principal peça publicitária da campanha é um filme que conta a história de luta e superação do Mário, do Hélio, e do Ricardo, pacientes respectivos de carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, tipos de cânceres de pele. Segundo o dermatologista Elimar Gomes, Coordenador Nacional do Dezembro Laranja, “quase 90% dos casos existentes são de carcinomas. Esses tumores têm letalidade baixa, mas provocam cerca de 1.900 óbitos a cada ano no nosso país. Menos comum, o câncer melanoma é o tipo mais agressivo e, por este motivo, causa mais de 1.700 óbitos anualmente. Nós conhecemos a origem da doença e sabemos que é possível preveni-la, por este motivo a conscientização pública é uma das formas de reduzir o número de casos”, conclui o médico.

Entre as iniciativas, também está prevista, a divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) marcadas com as hashtags #DezembroLaranja e #SinaisdoCancerdePele. O público simpatizante pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. Assim como nos anos anteriores, personalidades e lideranças em suas áreas de atuação participarão do movimento vestindo a cor laranja e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha, frisando o compromisso com a prevenção, diagnóstico e tratamentos precoces.

Em 2019, uma das ações que assume maior relevância ocorrerá no dia 7 de dezembro, quando cerca de quatro mil médicos dermatologistas e voluntários prestarão atendimento gratuito para diagnóstico do câncer de pele. As consultas serão realizadas em cerca de 130 postos de saúde pelo Brasil. Vale lembrar que o mutirão de consulta é realizado desde 1999 e já beneficiou mais de 600 mil pessoas. Este ano, na 21ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele da SBD, a previsão é de que 30 mil pessoas sejam beneficiadas pela iniciativa.  

Acesse e veja o posto mais próximo de você: http://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/exame-preventivo-gratuito/

Sobre o câncer da pele

Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

“Em todos eles, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é o principal fator de risco que pode desencadear a doença , que pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza”, diz Jade Cury Martins, Coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com regularidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita. Também é importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões que não é possível reconhecer sozinho. Ao se expor ao sol, é importante que as áreas descobertas estejam protegidas, mesmo em dias frios e nublados.

A SBD também lembra que uma forma importante de evitar a doença é a prevenção; o autoexame é válido, mas não substitui a ida ao médico dermatologista. O Dezembro Laranja 2019 conta com patrocínio da L’Oréal, Johnson e Johnson e Mantecorp.

Fique atento aos #sinaisdocancerdepele e participe do #dezembrolaranja.

Medidas fotoprotetoras

As recomendações básicas da SBD incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 9h às 15h); utilizar chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. A sociedade médica também orienta para o uso diário de protetor solar com fator de proteção de no mínimo 30, que deve ser reaplicado a intervalos de duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água.

Casos no Brasil
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é de 165.580 mil novos casos de câncer da pele não melanoma. Um dado novo desse período é que, em relação à última estimativa do Inca (2016/2017), a doença acometerá mais homens (85.170 mil) do que mulheres (80.410 mil). Outra notícia é sobre a estimativa de novas ocorrências de câncer da pele não melanoma ter diminuído em 10 mil casos de um biênio para o outro.

Assim como nas campanhas anteriores, em 2019, a SBD conta com parcerias de órgãos públicos, instituições de saúde e empresas, para trabalhar em colaboração e superar desafios a fim de reverter o número de casos da doença no país. A sociedade civil também está convidada a participar da campanha. Algumas sugestões para quem quiser aderir são: divulgar o mutirão de atendimento para diagnóstico e prevenção do câncer da pele que acontece em todo o Brasil no dia 7 de dezembro; usar laços ou fitas laranjas; e publicar as #DezembroLaranja e #sinaisdocancerdepele nas redes sociais.

Mais uma vez, a SBD entende que este é o momento aumentar a visibilidade sobre o tema, com a promoção de uma campanha participativa, coletiva e atuante.

Assim como em outros anos, pessoas reconhecidas em suas áreas de atuação participarão do movimento, vestindo a cor laranja, como a jornalista Glenda Kozlowski, embaixadora do Dezembro Laranja 2019. Além disso, monumentos e pontos turísticos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha. 

Serviço
• Mutirão de Prevenção ao Câncer da Pele com exame preventivo gratuito
Dia: 7/12, das 9h às 15h, em diversos postos de atendimento no país. 

• Acesse os locais: http://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/exame-preventivo-gratuito/

Abertura oficial do Dezembro Laranja 2019 no Rio de Janeiro

 

 


31 de outubro de 2019 0


Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Agência Pixel Press

O desastre ambiental causado pelo derramamento de óleo cru no litoral brasileiro pode também causar graves problemas de saúde para a pele de voluntários que atuam na retirada dos resíduos. Com objetivo de reduzir os riscos dessa exposição, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga nesta quinta-feira (31/10) um guia com recomendações importantes para quem está participando desse trabalho e mesmo para os moradores das áreas atingidas.

“São recomendações simples e que podem ser incorporadas à rotina dos voluntários e dos moradores. O empenho dessas pessoas deve ser acompanhado de uma preocupação com sua saúde. Os cuidados ao proteger o corpo da exposição aos resíduos e na hora de retirar os produtos que entraram em contato com a pele devem ser contínuos”, alertou o presidente da SBD, Sérgio Palma.

Ele explica que, como óleo cru permanece impregnado na pele, as pessoas tentam retirá-lo com o uso de solventes (aguarrás, tíner, óleo diesel, querosene ou gasolina). No entanto, o contato com esses produtos aumenta o processo irritativo.

O presidente da SBD ressalta que a maneira mais adequada de limpar a pele é lavar a área atingida com água e sabão. A aplicação de óleos para bebês, geleia de vaselina ou até mesmo pastas utilizadas por metalúrgicos para remover óleos e graxas facilita a retirada dos resquícios de óleo. Após essa etapa, a aplicação de cremes ou loções hidratantes é importante.

Grupos – As recomendações se dividem em três grupos: cuidados de proteção do corpo, que incluem o uso de material específico para o manuseio do óleo; cuidados na retirada do óleo que entrou em contato com a pele, como orientações de limpeza e dos melhores produtos para essa tarefa; e cuidados gerais para os moradores das regiões atingidas.

A SBD já recebeu relatos de complicações ocorridas em alguns locais do país e acredita que novos casos podem ser evitados se as medidas de prevenção e de proteção forem seguidas pela população. A dermatologista Rosana Lazzarini, assessora do Departamento de Alergia Dermatológica e Dermatoses Ocupacionais da SBD, que participou da elaboração desse guia da SBD chama a atenção para os riscos envolvidos.

“Muitos voluntários têm trabalhado na remoção do material que chega as praias. Entretanto, o trabalho tem sido realizado de maneira inapropriada. Esses grupos têm entrado em contato com o óleo sem proteção adequada e, em alguns casos, com impregnação de toda a pele. Importante salientar que o petróleo ou óleo cru é constituído por uma série de compostos químicos com diferentes toxicidades, como tolueno, xileno, benzeno e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos”, ressaltou.


Foto: Agência Brasil

De acordo com ela, esse contato pode desencadear problemas de saúde que afetam diferentes órgãos e sistemas, como hematopoiéticos, hepáticos, renais e pulmonares, além de causar alterações do humor e das funções cognitivas. Na fase aguda de intoxicação pelo contato com o óleo cru, as reações mais comuns são: irritação e dor na garganta e nos olhos, tosse, coriza, coceira e olhos vermelhos, cefaleia, náuseas, fadiga e pele irritada e vermelha, entre outros.

 “A pele, quando acometida, apresenta processos irritativos com eritema nas áreas de contato, evento conhecido como dermatite de contato, sendo a forma irritativa mais comum. Esses efeitos pioram se a pele permanecer exposta ao Sol, podendo causar queimaduras solares”, acrescenta Rosana Lazzarini.

Finalmente, a SBD reitera que, em caso de dúvida, o paciente deve entrar em contato com o Ministério da Saúde por meio do Centro de Informações Toxicológicas, pelo telefone 0800-7226001, e procurar ajuda médica em serviços de urgência e emergência.


Recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Cuidados para moradores e voluntários que estão em áreas afetadas pelo derramamento de petróleo

O recente desastre registrado na costa brasileira, com milhares de toneladas de óleo cru chegando às praias do Nordeste, causou comoção. Em decorrência, muitos voluntários têm trabalhado na remoção do material que chega às praias. Entretanto, o trabalho não tem sido realizado de maneira apropriada.

Esses grupos têm entrado em contato com o óleo sem proteção adequada e, em muitos casos, com impregnação da pele. Importante salientar que o petróleo (ou óleo cru) é constituído por compostos químicos com diferentes toxicidades que podem causar danos à saúde, como tolueno, xileno, benzeno e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos.

Esses danos compreendem efeitos em diferentes órgãos e sistemas do corpo humano, como hematopoiéticos, hepáticos, renais e pulmonares, além de alterações do humor e das funções cognitivas.

Para minimizar os riscos de problemas à saúde, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) preparou esse documento (clique para ler), que agrega orientações aos que estão envolvidos no processo de limpeza das praias ou que, acidentalmente, coloquem a pele em contato com petróleo. A Sociedade entende que essas recomendações serão úteis aos moradores e voluntários das regiões afetadas:
 

COMO SE PREPARAR PARA ATUAR NAS AÇÕES DE LIMPEZA DAS PRAIAS?

1.   Se houver a necessidade de contato com o óleo derramado nas praias, utilize equipamentos de proteção, como óculos, luvas e roupas que cobrem membros superiores e inferiores (mangas compridas e calças).

2.   As luvas mais apropriadas são as de nitrila ao invés das de borracha, pois apresentam melhor proteção contra óleos, graxas e petróleo. A lavagem imediata após o contato é importante, embora nessas situações nem sempre seja possível.
 

O QUE FAZER SE SUA PELE ENTRAR EM CONTATO COM O ÓLEO CRU?

1.   Caso, mesmo com uso de roupas adequadas, ocorra o contato, a pele deve ser lavada com água e sabão.

2.   A aplicação de óleos para bebês, geleia de vaselina ou até pastas utilizadas por metalúrgicos para remover óleos e graxas facilita a remoção dos resquícios de óleo.

3.   Após a remoção, a aplicação de cremes ou loções hidratantes é importante para melhorar as condições da pele.

4.  Não tente retirar o óleo com o uso de solventes (aguarrás, tíner, óleo diesel, querosene ou gasolina). O contato com esses produtos aumenta o processo irritativo, piorando a dermatite de contato.
 

QUAIS AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA MORADORES OU TURISTAS QUE ESTÃO NAS REGIÕES AFETADAS PELO DERRAMAMENTO?

1.   Evite o contato direto com o óleo, especialmente gestantes e crianças.

2.   Observe as orientações da vigilância sanitária para o consumo de alimentos, como peixes e mariscos, provenientes das áreas afetadas.

3.   Não inale vapores gerados pelo óleo.

4.   Use protetor solar de amplo espectro, com FPS de no mínimo 30.
 

EM CASO DE EXPOSIÇÃO E/OU CONTATO COM O ÓLEO CRU, QUAIS OS SINTOMAS COMUNS?

1.   Sintomas respiratórios, como irritação e dor de garganta, tosse, respiração mais difícil e coriza

2.   Irritação e dor nos olhos, coceira, e olhos vermelhos

3.   Dor de cabeça

4.   Pele irritada e vermelha

5.   Náusea

6.   Tonturas

7.   Fadiga

8.   Ferimentos e traumas

ATENÇÃO: a pele, quando acometida, apresenta processos irritativos, com eritema nas áreas de contato, evento conhecido como dermatite de contato, sendo a forma irritativa mais comum. Esses efeitos pioram se a pele permanecer exposta ao sol, podendo causar queimaduras solares.

Em caso de dúvida, o Ministério da Saúde pede que o paciente entre em contato com o Centro de Informações Toxicológicas pelo telefone 0800-7226001 e procure ajuda médica

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2019.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
Gestão 2019-2020


29 de outubro de 2019 0

No Brasil, segundo dados de uma pesquisa realizada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ela acomete 1,31% das pessoas, sendo mais prevalente no Sul (1,86%) e no Sudeste (1,88%), possivelmente por conta de menor irradiação solar e da maior ascendência europeia nessas regiões.

Ricardo Romiti, coordenador do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador nacional da Campanha de Psoríase da SBD, explica que a enfermidade inicia-se, geralmente, na faixa dos 20 aos 30 anos, em ambos os sexos, e tende a persistir por toda a vida, com períodos de melhora e piora.

Sua causa é multifatorial, e passa pela predisposição genética. "Cerca de um terço dos pacientes têm algum familiar com o problema, e que não necessariamente é passado de pai para filho. O mais comum é se manifestar em outras gerações", diz o médico.

Diversos fatores ambientais também podem ser o gatilho para o surgimento ou o agravamento da patologia, como estresse, tempo frio, uso de alguns medicamentos (antidepressivos e anti-inflamatórios, por exemplo), infecções, em especial a de garganta, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

E há ainda interferência do sistema imunológico no desenvolvimento da patologia. A explicação é que os linfócitos (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias que atacam as células cutâneas saudáveis, fazendo com que elas sejam produzidas em maior quantidade e tenham o seu ciclo evolutivo antecipado.

"Em uma pessoa saudável, o amadurecimento da camada mais superficial da pele se dá em, mais ou menos, um mês. Nas que têm psoríase, esse ritmo é acelerado, e o resultado é a descamação", comenta Romiti.

Tipos de psoríase

A psoríase pode se manifestar em qualquer parte do corpo, mas tem predileção por algumas: couro cabeludo, cotovelos, joelhos e costas. Sua lesão clássica é uma placa elevada, avermelhada e com escamas esbranquiçadas que de desprendem facilmente.

Elas costumam coçar e doer. Em casos graves, a pele em torno das articulações corre o risco de rachar e sangrar.

Os outros tipos da doença, segundo a SBD, são: ungueal (afeta as unhas das mãos e dos pés), invertida (atinge, principalmente, áreas úmidas, como axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos genitais) e palmoplantar (acomete mãos, pés e dedos).

Existem também as variantes mais graves, a pustulosa (forma lesões com pus), a eritrodérmica (se espalha por todo corpo) e a artropática ou artrite psoriásica (causa inflamação nas articulações).

Neste último caso, além dos sintomas tradicionais, é normal ocorrer, nas articulações, inchaço, dor, rigidez progressiva e, se não houver tratamento adequado, destruição óssea e deformidades As áreas mais afetadas são dedos, coluna e quadril.

De acordo com o estudo Síndrome Metabólica e Artrite Psoriásica entre Pacientes com Psoríase: Qualidade de Vida e Prevalência, produzido pelo Ambulatório de Psoríase do HC da USP de Ribeirão Preto, e patrocinado pela biofarmacêutica AbbVie, 41,8% dos brasileiros que têm doença desenvolvem artrite psoriásica.

Complicações da doença

Em função de seu caráter sistêmico, a enfermidade, antes considerada somente de pele, agora também está associada a doenças do sistema cardiovascular. Uma delas é a chamada síndrome metabólica, composta pelo perigoso trio hipertensão arterial, diabetes e obesidade.

Pela pesquisa da USP-RP, ela atinge, no país, 50% dos psoriáticos. Apesar de ainda não serem totalmente conhecidas as razões dessa relação, sabe-se que o risco dessa população ser acometida pelo problema é cinco vezes maior do que entre os cidadãos em geral.

"Por provocar uma inflamação crônica que atinge diversas partes do organismo, a psoríase também é fator de risco para infarto e acidente vascular cerebral (AVC)", acrescenta Maria Victória Suárez Restrepo, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O que também explica essa situação é o isolamento social decorrente da enfermidade. Como os pacientes evitam sair de casa e interagir com os demais, muitos acabam adotando um estilo de vida pouco saudável, com prejuízos diretos e importantes no organismo.

Mais uma característica marcante da psoríase é o impacto que ela tem sobre a saúde mental. "É uma doença que causa um sofrimento enorme por causa devido ao preconceito, levando muita gente a desenvolver depressão e ansiedade e precisar de acompanhamento psiquiátrico", avalia a médica.

Segundo a especialista, isso se deve ao aspecto das lesões. "Como elas são na pele e ficam aparentes, visíveis, as pessoas acreditam se tratar de algo contagioso, aí discriminam e se afastam do doente, reforçando o seu isolamento."

Tratamento da psoríase

O tratamento da psoríase é feito de acordo com o tipo e a gravidade. Nos casos mais leves, com poucas lesões e localizadas, o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT), do Ministério da Saúde, determina a utilização de medicamentos externos, como corticosteroides, calcipotriol e ácido salicílico.

Nos moderados e graves, é indicada, como primeira opção, a fototerapia ultravioleta B (UVB) de banda estreita ou psoraleno (fotossensibilizante e estimulante da produção de melanina), associado à fototerapia com ultravioleta A (PUVA).

Se não houver resposta após 20 sessões, ou o paciente apresentar alguma restrição, o passo seguinte é a introdução de medicamentos orais sistêmicos (metotrexato, acitretina e ciclosporina).

A última alternativa, quando nenhuma das anteriores der resultado, são os imunobiológicos. "Trata-se de uma nova geração de medicamentos altamente eficazes e seguros, desenvolvidos especificamente para o controle da doença, e que atuam como anticorpos, bloqueando a proteína que causa a inflamação", afirma Romiti, do HC-USP.

Recentemente, inclusive, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou quatro deles no tratamento gratuito da doença em estágio avançado.

São os seguintes: adalimumabe, recomendado para a primeira etapa após falha da terapia padrão; secuquinumabe e ustequinumabe, recomendados para a segunda etapa, após falha da primeira; e etanercepte, recomendado após falha da terapia padrão em crianças.

Eles são aplicados por via subcutânea, como a insulina, uma vez por semana, uma vez por mês ou uma vez a cada três meses.

"Temos, hoje, nove biológicos diferentes disponíveis no Brasil (nem todos oferecidos pelo SUS), e cada um com um perfil de ação específico. Quanto mais opções, maiores são as chances de encontramos o tratamento ideal para cada paciente. Assim, a doença, mesmo não tendo cura, pode ser controlada e passar anos sem se manifestar", celebra Romiti.

Junto a tudo isso, os médicos garantem ser imprescindível adotar hábitos de vida mais saudáveis, com dieta equilibrada e prática regular de atividade física, evitar o tabagismo, o elitismo e o estresse, usar hidratante diariamente, tomar banho de sol com moderação, em horários apropriados, com proteção e sob a orientação do dermatologista.

 

Fonte: BBC Brasil


25 de outubro de 2019 0

Em Araras, onde a incidência de xeroderma pigmentoso é de um caso da doença para cada grupo de 40 moradores, a superação faz da rotina de todas as famílias. Esse é o testemunho dos médicos que integraram a terceira expedição ao Recanto das Araras, que levou assistência qualificada aos habitantes da comunidade, em especial àqueles que convivem com essa mutação genética. Com o apoio do laboratório LaRoche-Posay, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) capitaneou no fim de semana uma ação social que, em poucos menos de 48 horas (sexta-feira e sábado), contabilizou dezenas de consultas, exames e cirurgias, além de outras atividades, como o aconselhamento genético. 

A recomendação de não gerar filhos a partir de casamentos entre parentes é uma das orientações para fazer o bloqueio dessa mutação. O gene relacionado ao XP fica “escondido” entre os pais e, quando se manifesta, em dose dupla, os portadores recebem uma cópia modificada do gene da mãe e outra do pai. A incidência na comunidade de Araras é de um caso da doença para cada grupo de 40 moradores. Em uma década foram diagnosticados 23 pacientes com manifestações do xeroderma pigmentoso na comunidade. 

Em termos proporcionais, essa concentração de XP no interior de Goiás é considerada a maior já registrada no mundo. Os dados, considerados alarmantes, são atribuídos ao elevado número de casamentos consanguíneos, entre pessoas com predisposição genética para o XP. Até o isolamento geográfico de Araras favorece as uniões entre os parentes.  

Preconceito – Há dez anos os moradores de Araras ainda acreditavam terem sido acometidos por uma peste ou praga que os havia condenaram ao isolamento, ao preconceito e à morte. No entanto, com a ajuda da dermatologista Sulamita Chaibub, do Hospital Geral de Goiânia, hoje aposentada, eles tiveram o primeiro diagnóstico da doença através de teste genético. 

“Os fatores genéticos, que causam extrema sensibilidade aos raios solares, tornam as pessoas com XP muito mais suscetíveis ao câncer de pele e mutilações causadas pela retirada dos sucessivos tumores. Alguns usam próteses nas áreas do corpo mais expostas ao sol e afetadas pelo câncer, principalmente rosto e olhos”, explica a decana. Atualmente, Sulamita coordena o Grupo de Apoio Permanente às Pessoas com Xeroderma Pigmentoso (Grape), que atua em várias frentes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com XP e acompanha a evolução da doença mesmo fora do ambulatório.

O Grape é vinculado à Sociedade Brasileira de Dermatologia. Trata-se de um projeto da Coordenação de Ações Institucionais da entidade, criado com o propósito de promover o apoio contínuo no âmbito psicoemocional e educativo para portadores de doenças de pele que possam comprometer sua qualidade de vida, ser excludentes ou discriminativas nos âmbitos social, profissional e até familiar.

“O compromisso da SBD com os pacientes dermatológicos graves vai além dos consultórios. Buscamos desenvolver estratégias para chegar até eles, levando o melhor de nosso conhecimento, com o acesso às mais modernas possibilidades de tratamento e diagnóstico. Certamente, fazemos a diferença e continuaremos a fazê-lo com o apoio de nossos sócios e de instituições parceiras que acreditam nesssa proposta”, disse o presidente da Sociedade, Sergio Palma. 

Proteção – Conscientes de que ainda não há cura para a doença, os portadores de XP são orientados a adotarem medidas de proteção contra a radiação solar, como uso diário de filtros para a pele, óculos de sol, chapéus e roupas longas. Muitos já trocaram a lida no campo por trabalhos domésticos e atividades noturnas, fugindo da exposição ao Sol. 

“Os serviços médicos regulares oferecidos na região e na capital, Goiânia, além dos mutirões da SBD para a retirada de tumores e análise do material genético colhido dos pacientes estão entre as ações que melhoraram a saúde e a qualidade de vida das pessoas que convivem com xeroderma pigmentoso, em Araras e no entorno”, reconhece a dermatologista Fernanda Carvalho. Ela integra a equipe multidisciplinar que acompanha a rotina dos pacientes em Faina e em Goiânia. 

Em uma década, dos 23 pacientes que apresentaram lesões decorrentes do XP, 20 continuam vivos. Há relatos de que, antes da “descoberta” da comunidade pelos dermatologistas, houve pelo menos 20 mortes entre os parentes dos atuais moradores com sinais e sintomas característicos da doença. Aos 85 anos, João Gonçalves da Silva foi contemporâneo da maioria deles. 

Hoje aposentado, ele tem as mãos calejadas do trabalho na roça e o corpo marcado pelos cortes do bisturi em dezenas de cirurgias. Ele se considera uma “alma” vitoriosa por conviver com XP desde os cinco anos de vida, quando apareceram as primeiras manchas na pele. Na época, a família desconhecia as causas da doença e não tinha recomendações médicas sobre a necessidade de evitar o sol. 

Gene – As histórias dos pacientes emocionam. Alisson Freire Machado, 16 anos, aluno do 2º ano do nível médio, sonha com a melhora de sua saúde e já decidiu que quer ser médico dermatologista para estudar o xeroderma pigmentoso. Ele é filho de Gleice Machado e de Djalma Freire, primos de quarto grau que desconheciam o parentesco e carregavam no DNA o gene modificado. 

“Somos todos heróis. O que é raro para os outros lá fora e o resto do mundo é comum para nós. Nossa luta já resultou em ganhos, tanto em qualidade de vida como em ações científicas e médicas”, disse Gleice, que fundou a Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (ABRAXP), com abrangência nacional e cerca de 300 sócios. O grupo conta com o apoio da entidade, inclusive durante os mutirões da SBD na comunidade de Araras, que acolheu cerca de 50 visitantes em busca de diagnóstico e tratamento.

O secretário de saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, que esteve na comunidade pela primeira, também reconheceu a importância da parceria com a SBD que levou uma dúzia de dermatologistas para cuidar dos pacientes com XP e outras doenças de pele. “Nós conseguimos unir diversos interesses e mudar a perspectiva de vida e a qualidade de vida da população que é atendida pela SBD. Nós precisamos de mentes brilhantes, de pesquisadores envolvidos para que possamos desenvolver políticas públicas de saúde para cuidar dessas pessoas”, afirmou.
 


25 de outubro de 2019 0

Como parte das comemorações pelo Dia do Médico (18 de outubro), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) capitaneou no fim de semana uma ação social que levou atendimento qualificado para os moradores do povoado de Araras, no Noroeste de Goiás, uma comunidade rural que parece perdida no tempo e é castigada pelo sol escaldante do Cerrado. Em poucos menos de 48 horas (sexta-feira e sábado), 12 dermatologistas realizaram dezenas de consultas, exames e cirurgias para uma população que apresenta uma condição patológica atípica: são portadores de uma mutação genética que leva ao desenvolvimento do xeroderma pigmentoso (XP).
 
Um caminhão com consultórios e salas de cirurgia foi levado até o local, inclusive com equipamentos de alta tecnologia, como microscopia confocal e fotofinder, além de dermatoscópios, para fazer a identificação e retirada de tumores de pele com maior precisão. Durante dois dias a equipe da SBD acompanhou 16 atendimentos médicos em pacientes com XP, mesmo média alcançada em edições anteriores da expedição Recanto das Araras, que acontece pela terceira vez, sempre em parceria com o laboratório La Roche Posay.


 
Além desses atendimentos, foram realizadas 12 cirurgias, com a retirada de 40 tumores (32 cânceres de pele carcinoma basocelular e 8 cânceres de pele melanoma) em decorrência do xeroderma pigmentoso. Outros 12 pacientes, ainda sem diagnóstico de XP, também passaram por cirurgias com a remoção de 16 lesões de câncer de pele (todos do tipo carcinoma basocelular). A ação solidária é realizada a cada dois anos desde 2015. Os testes genéticos já realizados na comunidade identificaram 85 moradores com o gene modificado que pode causar o xeroderma pigmentoso, sendo que 23 já têm a manifestação da doença.
 
Compromisso – Para o presidente da SBD, Sergio Palma, que integrou a equipe, é prova do compromisso social da especialidade. “A medicina deve ser sempre humanizada e a dermatologia tem essa característica. É importantíssimo esse cuidado e o acolhimento do paciente. O trabalho da dermatologia nesse povoado tem sido muito gratificante. É um crescimento pessoal imenso e uma experiência riquíssima que eu vou levar para a vida toda”, disse.  


 
A partir de Goiânia, onde o grupo se reuniu, foram percorridos cerca de 250 km até a comunidade, sendo 40 deles em estradas de terra. “O resultado foi excelente. Fizemos muitos diagnósticos e conseguimos tratar muitas lesões. A sensação é de que esse esforço precisa continuar. Essa comunidade não pode ficar desassistida. No que depender da SBD, essas ações devem ser mantidas e aprimoradas para trazer novos benefícios para essa população”, disse a secretária-geral da SBD, Cláudia Carvalho Alcântara Gomes, que atuou diretamente na organização da caravana.


 
O xeroderma pigmentoso (XP) é uma doença de origem genética e sem cura, caracterizada pela pele seca, pigmentada e extremamente sensível à luz solar em decorrência de uma mutação. Por ser rara e pouco conhecida, a cada mutirão as amostras dos tumores retirados dos pacientes são colhidas para análise no Laboratório de Reparo de DNA do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (USP), que tem aprofundado os estudos sobre a doença, como explicou a geneticista Juliana Vilar, que também fez parte da equipe.


 
Parceiros – Nesta edição, novos parceiros institucionais se agregaram à iniciativa, num total de 15 instituições. Por exemplo, o laboratório de Métodos de Extração e Separação do Instituto de Química, da Universidade Federal de Goiás, colheu amostras para um trabalho que realiza com o objetivo de desenvolver técnicas para o diagnóstico simplificado do câncer.

Ao avaliar a iniciativa, a 1ª secretaria da SBD, Flávia Vasques Bittencourt, ressaltou ainda a importância do trabalho realizado pelas dermatologistas de Goiás que dão assistência contínua aos pacientes de Araras. As especialistas Fernanda Rocha Lima, Ana Maria Ribeiro e Larissa Pimentel se desdobram para que a comunidade tenha a orientação necessária no tratamento da doença. 

“São profissionais comprometidas com o atendimento dessa população. Graças ao empenho de cada uma, que rodam centenas de quilômetros todos os meses e nem sempre contam com as condições adequadas para exercer seu papel, que os moradores dessa comunidade têm acesso ao cuidado especializado. Elas são um exemplo do compromisso do dermatologista com a saúde pública”, disse Flávia Bittencourt.

Com o apoio dessas três especialistas goianas, o trabalho foi conduzido, nesta edição, com o apoio de médicos que vieram de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RS). Além dos membros da diretoria da SBD, também contribuíram os dermatologistas Carlos Barcaui (coordenador do Departamento de Imagem da SBD), Joaquim José Teixeira de Mesquita Filho (coordenador do Departamento de Cirurgia da SBD) e Vanessa Mussupapo. 


 
Especialidades – Além do atendimento dermatológico, a expedição possibilitou ainda aos moradores o acesso a médicos de outras especialidades, como oftalmologia, e até assistência jurídica e apoio psicológico. Houve a distribuição de kits com filtro solar e outros dermacosméticos, bem como palestras sobre aconselhamento genético para que os jovens, entre outros cuidados com o XP, se casem com mais segurança.
 
O vice-presidente da SBD, Mauro Yoshiaki Enokihara, vê na ação a materialização de como deve ser a rotina nos consultórios. “É fundamental esse relacionamento entre o médico e o paciente. A dermatologia está em várias áreas de atuação. A estética, por exemplo, é importante, mas não pode ser mais importante do que o cuidado e a prevenção das doenças, principalmente as que são estigmatizantes. Eu também aprendo com os pacientes, mas não dessa maneira no contado com a realidade deles. Isso aqui para mim tem sido uma lição de vida para que a gente possa tomar como exemplo e aplicar em outros momentos”, afirmou.

Para os especialistas, mutirões de saúde como o de Araras melhoram a qualidade de vida dos moradores e também enriquecem a experiência de vida dos participantes. É o que pensa Leonardo Mello Freire, secretário da SBD. Segundo destacou, “sempre ajudamos, ensinamos e aprendemos. Há muitas pessoas que precisam de ações como essa. Ao realizarmos uma, como essa, em Araras, conseguimos fazer alguma diferença e acabamos aprendendo muito também”.

É assim que pensa também Sulamita Chaibub – a dermatologista que diagnosticou o primeiro paciente com XP em Araras –, que, mesmo aposentada, fez questão de acompanhar de perto a missão de combate ao câncer em Araras. Segundo ressaltou, “esse time atingiu, mais uma vez, seu objetivo de assistência médica e social com excelência”.

Com um envolvimento de vários anos com esse trabalho, Sulamita é reconhecida pela especialidade por sua dedicação à causa. Contudo, ela compartilha com os participantes da missão essa gratidão: “ a generosidade demonstrada pelos estimados colegas é comovente, deixando nítida a escolha pela prática médica. Vocês abdicaram de seu precioso tempo no conforto de seus consultórios, de sua casa e da presença de seus familiares para olharem e cuidarem daqueles que sofrem com essa doença. Ela não perdoa e mutila seus portadores cada vez mais. A sensibilidade humana do médico foi demonstrada por vocês no atendimento, no diagnóstico, na cirurgia e na discussão científica”, concluiu. 
 


24 de outubro de 2019 0

Outubro é o mês de conscientização sobre a psoríase, uma doença de pele que atinge cinco milhões de brasileiros. E dentro de quatro meses, novos medicamentos liberados pelo SUS vão ajudar no tratamento.

Em matéria divulgada esta semana no Repórter Brasil, a dermatologista Claudia Maia comenta sobre os principais tratamentos realizados para o controle da doença e ressalta o trabalho da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ao longo dos anos para a liberação dos medicamentos biológicos, destinados aos pacientes de psoríase que não respondem à terapia tradicional.

Clique para assistir a íntegra da matéria.


23 de outubro de 2019 0

SBD Capacita

O Projeto Capacita, idealizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), oferece gratuitamente uma série de cursos rápidos de capacitação dermatologistas associados e residentes/especializandos de Serviços Credenciados interessados em desenvolver, aperfeiçoar e adequar habilidades e competências profissionais.

Atualmente o projeto conta com três atividades. A primeira delas, iniciada em 2016, é direcionada a recepcionistas e secretárias, e mostra ao profissional que qualidade no atendimento é um diferencial competitivo.

A segunda fase aborda Gestão para Clínicas Dermatológicas com o objetivo de orientar o especialista a administrar seu negócio em qualquer momento da carreira. Em aulas formadas por apresentações interativas, o associado agrega conhecimentos sobre recursos humanos, finanças, marketing ético para clínicas dermatológicas e planejamento estratégico para a abertura e expansão de clínicas dermatológicas, bem como sobre as resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) para todos os tipos de mídias.

A terceira atividade do Projeto SBD Capacita, com previsão de lançamento para o final de novembro, aborda o curso de micologia, que inclui metodologias ativas de aprendizagem ligadas à tecnologia. O conteúdo está sob a responsabilidade da coordenadora do Departamento de Micologia, Regina Casz Schechtman. Com a colaboração de uma equipe de dermatologistas e pós-graduandos do Instituto de Dermatologia Prof. David Azulay da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, o curso aborda nos três blocos (básico, intermediário e avançado) assuntos como noções gerais sobre micologia e taxonomia dos fungos patogênicos; micoses superficiais, subcutâneas e sistêmicas; etiologia e epidemiologia; diagnóstico clínico e diferencial, além do laboratorial; casos clínicos de complexidade fácil, média e difícil, entre outros.

No SBD Capacita não há limite de visualizações das aulas. O cadastro pode ser feito por e-mail, que a cada curso é enviado aos associados, e também na área restrita aqui do site da SBD. Todos os cursos têm o desenvolvimento técnico da MedConsulting Consultoria Médica.

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Obs: Caso já esteja inscrito(a) no curso de Micologia, clique aqui.


22 de outubro de 2019 0

Outubro é o mês que marca o Dia Mundial de Conscientização da Psoríase (29/10), uma doença de pele inflamatória crônica, não contagiosa, que afeta diretamente milhares de pessoas no Brasil e pode atingir todas as idades. Neste ano de 2019, os pacientes de psoríase, os profissionais da saúde e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) têm mais um motivo comemorar: recentemente o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou os medicamentos imunobiológicos para o tratamento da psoríase moderada a grave, em adultos e crianças, que não respondem às terapias tradicionais.

Mas afinal, o que é a psoríase? Classifica-se a psoríase como uma doença inflamatória que acomete a pele e as articulações de cerca de 2% da população mundial. De causa multifatorial, inicia-se geralmente na faixa dos 20-30 anos de idade e tende a persistir por toda a vida com períodos de melhora e piora. Além disso, possui gatilhos que podem agravar o quadro, como estresse, tempo frio, fumo, infecções, banhos longos e quentes e uso de algumas medicações. “As dicas para melhorar o quadro incluem hábitos de vida saudáveis, uso de hidratantes, banhos de sol moderados e evitar o traumatismo da pele, como o hábito de cutucar ou arrancar as escamas que se formam sobre a pele, além de se consultar com o dermatologista periodicamente”, explica Ricardo Romiti, Coordenador da Campanha Nacional de Psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O tipo de psoríase mais comum é a forma em placas. No geral, são lesões avermelhadas e elevadas, com escamas esbranquiçadas na sua superfície. “As escamas acabam se espalhando pelo vestuário, roupa de cama e ao redor de quem manifesta o quadro. Coceira e dor associada a rachaduras na pele podem ser muito debilitantes”, afirma Sergio Palma, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os locais mais atingidos são o couro cabelo, cotovelos e joelhos, e as costas, podendo também aparecer em outras regiões do corpo como nas unhas (ungueal), mãos e pés (palmo-plantar) e articulações (artropática ou artrite psoriásica). Existem também variantes graves com a formatação de lesões com pús (pustulosa) e aquelas que se espalham por todo corpo (eritrodérmica).

“Muitas vezes a psoríase pode ser confundida com alergias de pele ou micoses, levando a tratamentos ineficazes e inadequados que podem piorar o quadro. Portanto, em caso de qualquer lesão suspeita da doença é necessário procurar um médico dermatologista associado à SBD para realizar uma avaliação completa, solicitar os exames adequados e discutir as melhores formas de tratamento”, esclarece Sergio Palma.

O tratamento da psoríase depende essencialmente da forma da doença e da extensão do quadro. Casos leves são tratados com medicamentos tópicos, como cremes e xampus. Para o tratamento da psoríase moderada a grave são usados a Fototerapia (banhos de luz ultravioleta) e medicações orais sistêmicas. Caso o paciente não melhore com as etapas de tratamentos anteriores ou apresentem alguma restrição ao seu uso, indica-se os medicamentos imunobiológicos.

“Os biológicos são uma nova geração de medicamentos para o tratamento da psoríase moderada a grave. São tratamentos altamente específicos e eficazes no controle da enfermidade, quando o paciente já não responde às mediações tradicionais. O médico dermatologista precisa avaliar com atenção caso a caso para indicar o melhor tratamento”, explica Claudia Maia, Médica Dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Recentemente, o SUS incorporou uma série de tratamentos biológicos ao grupo de medicações oferecidas de forma gratuita pelo sistema.

A característica mais marcante da psoríase é o impacto que a doença tem sobre o bem-estar físico e a qualidade de vida do paciente. “A psoríase é cercada de preconceito devido ao aspecto das lesões e o receio infundado que possa ser contagiosa. Não se trata de uma doença contagiosa e assim não há nenhum risco para as pessoas que convivem com o paciente de psoríase”, destaca Palma.

A SBD reforça a luta contra o preconceito e a necessidade constante de esclarecimentos sobre as suas manifestações. “Essa situação delicada que leva a pessoa com psoríase ao isolamento social precisa ser mudada. A Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase da SBD, veiculada nas redes sociais da Sociedade, tem um papel muito importante na luta contra o preconceito”, finaliza Ricardo Romiti.

Sobre a liberação dos imunobiológicos no SUS

Durante o maior e mais importante congresso da dermatologia Brasileira, o 74° Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em setembro, a SBD recebeu a notícia da liberação dos medicamentos imunobiológicos para tratamento da doença no SUS, uma luta dos pacientes com psoríase e dermatologistas ao longo de 1 década. No entanto, a disponibilização dos medicamentos biológicos não ocorre de forma automática, precisando de algumas burocracias do Ministério da Saúde para que os imunobiológicos possam finalmente ser prescritos pelo médico.

“Ao que tudo indica a espera não será longa, pois há poucos dias saiu o Sigtap para psoríase, que é o código do Ministério da Saúde, para começar a liberar as medicações. Agora só estamos aguardando a adequação das Secretarias estaduais de saúde para começarem o fluxo de fornecimento”, explica Claudia Maia.

Portanto, de forma resumida, a partir de agora, com o novo protocolo de tratamento da doença,  passam a ser regulados a forma de acesso dos pacientes à medicação gratuita na rede pública, os critérios para fechamento de diagnóstico, a exigência de que gestores do SUS observem as normas e a obrigação de que os médicos informem ao paciente, ou seu responsável legal, sobre os potenciais riscos, benefícios e efeitos adversos relacionados ao uso das medicações citadas. Entenda mais sobre o assunto aqui.


22 de outubro de 2019 0

A votação da Medida Provisória nº 890/2019 pelo Plenário da Câmara dos Deputados está prevista para os dias 22 e 23 de outubro. Na tentativa de sensibilizar os parlamentares a votarem contra as emendas que distorcem a proposta original, enviada pelo Governo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) acionou a população médica para agir. Os 475 mil médicos inscritos nos CRMs receberam nesta segunda-feira (21) um e-mail pedindo que acessem uma plataforma especialmente criada para permitir o envio de mensagens aos políticos.

Clique aqui para acessar a plataforma

No texto, os profissionais pedem o apoio e o voto dos parlamentares contra temas como a flexibilização do Revalida, a permissão para que consórcios estaduais contratem pessoas com diplomas estrangeiros de medicina sem revalidação e a possibilidade de que os intercambistas cubanos continuem a atuar no Brasil.

Para colaborar com a iniciativa, basta acessar a plataforma, inserir os dados solicitados (números do CRM, CPF e estado de inscrição). O tempo para concluir a operação não leva mais do que um minuto. Essa é mais uma medida do CFM para envolver os médicos e a sociedade na sensibilização dos parlamentares para a pauta prioritária atualmente.





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