SBD organiza ações no Dia Mundial de Conscientização da Psoríase para combater o preconceito e esclarecer a população




27 de outubro de 2015 0

A SBD lança a campanha “Um Toque de Conhecimento” com a exibição de um documentário de quatro minutos contando a história de dois pacientes com psoríase que deram seus testemunhos sobre dificuldades e superações para enfrentar a doença, ainda estigmatizada pela sociedade. O filme faz parte de uma mobilização nas redes sociais criada pelo Dia Nacional de Conscientização da Psoríase (29 de outubro) e deve impactar mais de um milhão de pessoas, entre a população em geral e profissionais de saúde. Atualmente, cerca de 2% da população mundial tem psoríase – uma doença crônica, sistêmica, inflamatória e não contagiosa que afeta principalmente a pele – e sofre com o preconceito causado pela falta de informação.

O documentário apresenta depoimentos de Shirlei Nidia Pereira, de 40 anos de idade, e Alexandre Ultramari, com 72 anos, que têm longo histórico de convivência, dúvidas, sofrimentos e lembranças difíceis  sobre a doença. Ambos relatam emocionados sobre todo o preconceito e a reclusão que já tiveram que enfrentar por causa da doença. Num segundo momento, contam sobre os avanços, o aprendizado, a força dos familiares e amigos e a gratidão pelos especialistas que ajudaram e ajudam na condução de todo o histórico médico e pessoal.

“Queremos mostrar que o paciente com psoríase merece ser tratado com igualdade por todos. No documentário, buscamos valorizá-lo e frisar a importância da realização do atendimento por um médico dermatologista. Esperamos sensibilizar todos com a história de vida de cada uma dessas pessoas”, afirma o presidente da SBD, Gabriel Gontijo.

Segundo o coordenador da Campanha Nacional de Psoríase da SBD, Marcelo Arnone, a iniciativa demonstra o compromisso da SBD com esses pacientes e também com a população brasileira, ressaltando o papel fundamental do dermatologista para a sociedade.

“Essa campanha é um reconhecimento da SBD a esses pacientes e visa desmitificar o preconceito. A intenção é que seja um vídeo viral, para que muitas pessoas tenham acesso e possam espalhar essa ideia”, afirma Marcelo Arnone.

A ação é um desdobramento da “Declaração dos Direitos da Pele”, documento recém-proposto pela instituição que orienta sobre os direitos e deveres para uma pele saudável e a valorização do médico dermatologista associado à SBD.

Campanha digital

Além do documentário – que ganhou uma versão reduzida, com filme de 30 segundos para compartilhamento no Facebook –, a campanha com o slogan “Um toque de saúde” tem ações digitais, com a publicação de cards elucidativos no Instagram e posts no Facebook, além da reformulação do layout e conteúdo do site www.psoriasetemtratamento.com.br. Essas peças informam sobre a doença para torná-la cada vez mais conhecida, apresentar as principais formas de tratamento e orientar o paciente a procurar um dermatologista da SBD.

Acesse o site e espalhe esta mensagem!


27 de outubro de 2015 0

Especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realizaram um mutirão de atendimento neste fim de semana (24 e 25/10), no povoado de Recanto das Araras, em Faina, a 280 quilômetros de Goiânia. Os  médicos assistiram centenas de pessoas afetadas e/ou portadoras de xeroderma pigmentoso (XP), uma doença rara provocada por mutação genética, que eleva em até mil vezes o risco de câncer da pele. Na ação, realizada pela primeira vez pela SBD Nacional com os apoios das Regionais Goiás, presidida por Adriano Loyola, e São Paulo, dirigida por Reinaldo Tovo, além do laboratório La Roche Posay, os moradores passaram por exames específicos para tentar identificar possíveis lesões na pele. Dezenove deles chegaram a ser submetidos à pequenas cirurgias no local.

A localidade possui cerca de 800 habitantes e a taxa de incidência da doença é de 1 para cada 40, sendo a maior do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse índice é de um caso para cada 1 milhão de habitantes. O motivo para a incidência tão alta é o grande número de casamentos consanguíneos (entre parentes), que estimulam a transmissão do gene defeituoso hereditário. A doença não tem cura e após passarem por várias operações, muitos pacientes tiveram seus rostos mutilados, sendo obrigados a usar próteses.

“Iniciamos o trabalho local no sábado pela manhã com a realização de palestra educativa, que salientou a importância do convívio social e da fotoproteção. Também demos um aconselhamento genético, pois aqui há muitos casamentos de primo com primo, aumentando as chances da doença aparecer nos filhos”, explicou o presidente da SBD, Gabriel Gontijo. O dermatologista coordenou a equipe de atendimento que também contou com a direção do doutor Oswaldo Delfini, e da presença de outros nove especialistas da entidade, além de uma geneticista da Universidade de São Paulo (USP) e de uma oftalmologista.

A ação em Araras serviu para consolidar a criação de um grupo médico de apoio permanente para tratar os pacientes, o Grape-SBD Xeroderma Pigmentoso Araras – GO, sob a coordenação de Sulamita Costa Wirth Chaibub. Um dos primeiros casos de XP foram detectados por ela em 2005, que desde então, vem acompanhando esses pacientes e os dando todo o respaldo necessário. 

“Agora esse apoio permanente se dará tanto no tratamento como em educação em saúde, visando prevenção consistente das consequências da doença e uma maior qualidade de vida dos pacientes”, comenta Delfini.

Com intuito de evoluir o estudo sobre a doença, foram levados pela equipe 65 kits de coleta de saliva para pesquisas genéticas que serão estudadas no Laboratório de Reparo de DNA, parte do Departamento de Microbiologia e do Instituto de Ciências Biomédicas da Usp, sob a coordenação do biólogo Carlos Frederico Martins Menck.

“Junto a essa coleta da saliva da população também foram realizadas as entrevistas para descobrir a qualidade de vida dos pacientes e seu histórico clínico. O que percebemos é que eles estão muito assustados, pois veem que muitos da região são afetados pela doença. Tentamos tranquilizá-los e dar o aconselhamento genético aos que carregam a mutação em heterozigose, visto que estes não desenvolvem a doença. Nessa caso, o único risco de ter o XP seria para as próximas gerações, mas somente se os portadores se relacionarem com uma pessoa que também apresente a mutação em heterozigose, ou com quem já tem a doença. Nosso trabalho, portanto, foi aconselhá-los, ver como eles estão a partir dessa análise clínica e posterior estudo genético”, disse a genetista da Usp Juliana Brandstetter Vilar.

No atendimento, os profissionais contaram com o auxílio do Fotofinder, equipamento de alta tecnologia que facilita o diagnóstico do melanoma. De acordo com o caso clínico de cada paciente, foram realizados procedimentos cirúrgicos, no próprio local, com retirada de tumores. Para a realização das cirurgias nos pacientes, foram usadas dez caixas de material de cirurgia doadas pela Regional São Paulo. Após a ação, os pacientes foram encaminhados para acompanhamento gratuito nos hospitais e clínicas do estado. Também houve distribuição de cartilhas contendo esclarecimentos sobre a doença e elaboradas pelo Departamento de Oncologia da SBD, com o auxílio da colaboradora Roberta Almada, e ministradas palestras elucidativas.

Para continuar esse trabalho nos pacientes de XP, a SBD doou um aparelho eletrocautério, instrumento que cauteriza tecidos.

“Nossa principal função foi levar informações sobre cuidados com os pacientes, no sentido de prevenir a incidência dessa doença e do câncer da pele, que levam os indivíduos a circunstâncias mórbidas. A intenção também é apoiar dermatologistas que já vêm trabalhando nessa comunidade, promovendo cursos para a população e dando toda a assistência necessária”, complementa o coordenador do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Luis Fernando Tovo.

Segundo Gleice Francisca Machado, presidente da Associação Nacional dos Portadores de Xeroderma Pigmentoso e autora do livro Nas asas da esperança: a história de dor e resistência da comunidade de Araras, escrito para arrecadar dinheiro com o intuito de auxiliar o filho, afetado pelo xeroderma, e aos outros moradores da comunidade, o mutirão teve grande valia para comunidade e seus familiares, tranquilizando e conscientizando as pessoas sobre a gravidade da doença.

“Foi um evento muito proveitoso e com uma boa estrutura para o atendimento de mais centenas de atendimentos, entre eles de um paciente com XP que veio de Tocantins. Gostaríamos de agradecer a presença dos médicos dermatologistas nessa região tão afastada e que tanto sofre o descaso do governo”, disse.

De acordo com o presidente da SBD, Gabriel Gontijo, há previsão de uma nova visita dos dermatologistas à região para o ano que vem. O encontro contou com a participação da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Saúde de Faina.

NO FANTÁSTICO A equipe de reportagem do Programa Fantástico, da TV Globo, mostrou a ação realizada pela SBD no povoado. Veja a matéria completa aqui.


20 de outubro de 2015 0

Dermatologistas da Regional Piauí da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) atuaram nos dias 17 e 18 de outubro no Tour de Combate ao Câncer da Pele. A ação preventiva em Teresina, sexta cidade contemplada pelo Tour, contou com a participação de sete médicos voluntários que realizaram mais de 500 atendimentos, sendo diagnosticados 32 casos de câncer da pele – esses pacientes foram encaminhados para os hospitais Getúlio Vargas e Universitário da Universidade Federal do Piauí.

A coordenação local ficou a cargo de Vitor Nunes Martins e do presidente da Regional Lauro Rodolpho Lopes.


19 de outubro de 2015 0

Extrovertido, muito apegado à família, ao bairro paulistano da Mooca e ao Palmeiras, seu time de coração, Alexandre Altamari se sente desfrutando a vida aos 73 anos de idade. Depois de lidar com a psoríase por mais de três décadas, atendeu com naturalidade e alegria ao pedido de seu médico, o dr. Ricardo Romiti, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, para que participasse da Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase de 2015 .

"Foi normal, uma coisa muito natural participar da campanha. Do jeito que veio, foi. Minha família e eu achamos importante ajudar a esclarecer o que é psoríase para as pessoas que não conhecem a doença", relembra Alexandre. A gratidão ao médico não é imotivada. Até encontrá-lo, Altamari fez uma verdadeira peregrinação a consultórios dermatológicos. A psoríase começou a manifestar-se em suas unhas quando tinha 38 anos. Levou cinco anos até que soubesse efetivamente do que se tratava, pois até então a doença era tratada como micose. Depois que ela começou a se espalhar pelo corpo, procurou outro médico que fez o diagnóstico correto. Passou ainda por outros cinco ou seis médicos até conhecer o dr. Romiti.

"É preciso encontrar um médico que procure ajudar, saiba o que você está passando, seja compreensivo", diz, reforçando um aspecto recorrente nos pacientes da doença: a vulnerabilidade emocional que ela provoca. Pré-selecionada para a campanha de 2015, Cibeli Sampaio, 76 anos, se dispôs a falar de seu problema como forma de retribuição à ajuda médica que lhe foi dedicada. "É uma doença desconhecida da maioria dos dermatologistas. A minha começou no coro cabeludo e se espalhou pelo corpo. Diziam que era psoríase, mas não sabiam como tratar", relembra.

Como seu caso era de moderado a grave, os tratamentos tradicionais – pomada com cortisona e fototerapia – não deram conta do problema. Hoje, Cibeli toma um medicamento biológico e, sempre que pode, participa de ações de conscientização. "Sempre que possível, falo do problema. No meu círculo de amigos e conhecidos, vários me perguntam, pedem mais informações sobre a psoríase", relembra.

 

Assista ao filme da Campanha de Conscientização de 2015 

 

 


19 de outubro de 2015 0

A gravidez é um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher. E a psoríase não pode atrapalhar esse momento. Nem precisa. Durante o período da gestação podem surgir crises, e a grávida precisa estar preparada para encará-la com mais serenidade ainda. Um dos principais cuidados é em relação à medicação. A gestante deve consultar tanto o dermatologista quanto seu obstetra para saber se a medicação indicada não é prejudicial ao feto. Muitos deles não são recomendáveis. O mesmo vale para quem estiver amamentando.

Genética

A psoríase tem raízes genéticas. Não se sabe exatamente como a doença é transmitida dos pais para o filho. Nos estudos populacionais são observados casos familiares em cerca de um terço dos casos, mas é difícil dizer com precisão a chance de o portador de psoríase ter um filho com psoríase. Já nos casos em que o pai e a mãe tem psoríase, o risco da criança ter a doença é de 50%.

Tratamento

Alguns médicos sugerem a suspensão completa dos tratamentos medicamentosos durante o período da gravidez, mas essa conduta não é unânime. A melhor saída é discutir seu caso com o seu médico e avaliar com ele os riscos e benefícios do tratamento para você e o bebê. O uso de medicamentos tópicos costuma ser mantido, mas o produto usado deve passar pela avaliação do médico nessa fase. Todas as medidas preventivas, como usar roupas de algodão, tomar sol e hidratar bem a pele podem ser mantidas. Há hidratantes eficientes para a gestação. Se você ainda está na fase de planejar a gravidez, converse com seu médico para suspender os medicamentos que podem interferir na concepção.    


19 de outubro de 2015 0

Dados apurados pela Associação Psoríase Brasil através de pesquisas, enquetes e banco de dados com 2.108 pacientes voluntários mostram que os portadores da doença são vítimas constantes de preconceito e discriminação. De acordo com a pesquisa, mais de 37% dos doentes já foram tratados com diferença em alguns ambientes e 48% mudaram hábitos de rotina para evitar constrangimentos. Nesse contexto, 81% tiveram autoestima e vaidade afetadas. Em 52% dos casos, a psoríase interfere em seus relacionamentos interpessoais. A doença também interfere no tipo de roupa que essas pessoas utilizam (72%).

Um total de 73% dos portadores de psoríase se sentem envergonhados com a doença. O cenário evidencia a necessidade de inclusão de novas terapias, inclusive as de alta complexidade para aqueles pacientes que já passaram por todos os tratamentos convencionais e já não tem mais nenhuma opção. No levantamento realizado pela Associação descobriu-se que 64,7% dos pacientes realizam tratamentos tópicos; 18,7% tratamentos sistêmicos; 11% biológicos; 3,1% fototerapia e 2,5% dois tratamentos (biológico + tópico ou sistêmico + tópico).

Foi verificado que poucos estados do Brasil disponibilizam o tratamento por fototerapia. Outra constatação foi que alguns medicamentos ficam em falta por longos períodos. Há seis anos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Associação Psoríase Brasil lutam junto ao Ministério da Saúde para demonstrar a necessidade de melhoria no tratamento da psoríase. O pleito se dá pela liberação de medicamentos diferenciados para os portadores de psoríase moderada a grave que sejam intolerantes, apresentem contra-indicação ou falha terapêutica aos medicamentos tradicionais disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


18 de outubro de 2015 0

Amigos, parentes e colegas de trabalho têm papel importante no apoio aos portadores de psoríase. Saiba como ajudar alguém próximo a você.

Informe-se

Entender a doença e suas consequências ajudam a compreender a condição de vida do portador e suas limitações emocionais. Eduque-se sobre os sintomas, as causas e os tratamentos.

Tratamento

A maioria dos pacientes, muitas vezes, usam um ou mais medicamentos para lidar com a doença. Mas a automedicação pode agravar os sintomas. Incentive uma visite ao especialista e ofereça-se para acompanhar. Isso pode ajudar o paciente a se lembrar e entender melhor o conselho do médico e a compreender o tratamento. Durante o período de cuidados, seja um incentivador para que o plano de tratamento seja mantido à risca.

Ajude a diminuir o estresse

Psoríase e estresse têm relação íntima. O estresse pode desencadear o aparecimento das placas, e as placas podem causar mais estresse. Encontrar maneiras de lidar com o estresse é uma parte importante para conviver melhor com a psoríase. Faça o seu melhor para ajudar a criar um ambiente livre de estresse para o doente. Disponha-se a ouvi-lo sempre que precisar.


18 de outubro de 2015 0

O paciente com psoríase pode se sentir intimidado ao falar sobre a doença. Mas o dermatologista é o médico mais indicado para abordar o paciente com psoríase, reconhecendo os seus sintomas e sinais, avaliando possíveis doenças associadas e controlando a enfermidade da melhor forma possível.

Durante a consulta, mencione todos os remédios, cremes e tratamentos que já tenha usado anteriormente. A informação é fundamental tanto para médicos quanto para pacientes. Conhecer seu histórico é muito importante para indicar o tratamento correto. É comum esquecer algum detalhe durante a consulta, especialmente no caso de uma doença como a psoríase, que afeta a autoestima. Uma boa ideia é anotar todos os pontos que devem ser abordados e consultar as notas durante a consulta.

O clínico geral pode fazer o primeiro diagnóstico da psoríase, mas é o dermatologista, especialista no tratamento das doenças que acometem a pele, quem deve confirmar o diagnóstico e conduzir o tratamento. Encontre aqui no site da SBD um dermatologista próximo de você.


18 de outubro de 2015 0

Embora não haja uma ligação científica entre alimentação e  psoríase, muitos pacientes acreditam que alguns tipos de alimentos ativam seus as crises. Não existem evidências científicas que justifiquem a exclusão de determinadas comidas da dieta do paciente com psoríase. A orientação dietética a ser transmitida a ele visa fazer com que o paciente adote uma dieta mais saudável e equilibrada.  

Veja abaixo alimentos que podem ser a base de uma dieta saudável e auxiliar no tratamento:

– peixes de água fria, como atum, salmão, sardinha e bacalhau, ricos em ômega 3

– azeite, sementes e nozes também são recomendados por serem ricos nessa substância

– quanto mais colorido de vegetais for o prato, melhor.

Tenha sempre à mesa cenouras, couve, batata doce, abóbora, brócolis, mangas, figos e morango. O morango é rico em ácido fólico, substância que ajuda a controlar a inflamação.





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