Psoríase é rara na infância




18 de outubro de 2015 0

Há poucos estudos sobre a psoríase infantil no Brasil, mas usa-se a estimativa mundial, de que 1% a 2% dos doentes são crianças. Menos de 2% dos casos aparecem em crianças com menos de 2 anos. Entre 24% e 45% dos diagnósticos da doença são feitos em pacientes até 16 anos. kid-1311016-1598x1040 O principal fator de risco para o desenvolvimento de psoríase na infância é a genética. Se um dos pais tem psoríase, a chance de a criança desenvolver a doença é baixa, em torno de 14% maior do que em crianças sem histórico na família. Mas pais com psoríase podem gerar filhos que jamais desenvolvem a doença. Para as crianças afetadas, a consulta médica deve ser abrangente. Os pais devem relatar infecções anteriores, medicamentos adotados pela criança, traumas, estresse emocional e outros acontecimentos importantes na vida do filho. O caso deve ter acompanhamento de um dermatologista habituado ao tratamento de crianças. Elas precisam de atenção especial com relação aos medicamentos indicados. Os cuidados com esses pacientes durante as crises também devem ser redobrados para que as crianças não machuquem a pele já sensibilizada pela doença.  


18 de outubro de 2015 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia elaborou um documento para orientar a população sobre os cuidados básicos com a pele, que ajudam a prevenir doenças e a manter a saúde do maior órgão do corpo humano. OLYMPUS DIGITAL CAMERA O documento recebeu o nome de Declaração Dos Direitos Da Pele e conta com dez artigos fundamentais. Conheça os direitos de sua pele e garanta que eles sejam exercidos plenamente. Artigo Primeiro Toda pele tem direito a saúde: e parecer saudável é muito diferente de estar saudável, inclui o direito a consultas regulares com um especialista e cuidados de rotina; Artigo Segundo Toda pele tem direito ao sol consciente: e a ficar exposta, ao sabor do vento, da água, de ter sua cor respeitada. Artigo Terceiro E por isso, toda pele tem o direito a proteção: não qualquer proteção, mas proteção com esclarecimento, proteção de um especialista. Artigo Quarto Toda pele tem direito de tocar e ser tocada: porque o tato é nosso primeiro sentido e interface com o mundo; E sua integridade deve ser buscada durante toda a vida. Artigo Quinto Toda pele tem direito a beleza: que vai além da vaidade, é o direito fundamental de manter a auto estima; que não aceita qualquer coisa, por qualquer preço, de qualquer um; Artigo Sexto Toda pele tem direito a informação: Direito de saber informações reais e atualizadas para suas dúvidas e preocupações; de fontes confiáveis e comprometidas com a verdade acima de tudo; Artigo Sétimo Toda pele tem direito a atendimento médico de qualidade: Direito de ter informações e tratamentos apropriados quando necessário, tanto para suas doenças, como para os cuidados preventivos, incluindo cabelos e unhas; Artigo Oitavo Toda pele tem direito a conhecer as  tecnologias e avanços científicos: Direito de ser atendida pelo especialista qualificado e com a responsabilidade necessária para a indicação e aplicação correta de novos medicamentos e equipamentos; Artigo Nono Toda pele tem direito a um tratamento digno: Direito a ouvir um médico especialista, antes de qualquer escolha; e direito de saber quando não está sendo atendida por um; Artigo Décimo Toda pele tem o direito a um médico dermatologista associado à SBD.  


18 de outubro de 2015 0

Na maioria dos pacientes, a primeira manifestação da psoríase ocorre na pele. Dessa forma, um exame clínico pode ser suficiente para o diagnóstico. Em alguns casos, o médico poderá pedir uma biópsia. Esse procedimento consiste na retirada de uma amostra da pele que será avaliada em microscópio para fechar o diagnóstico. O dermatologista é o médico capaz de fazer o diagnóstico e indicar o tratamento. Ele está apto a avaliar o tipo de escamação, de vermelhidão e da lesão típica da psoríase.

A exceção fica por conta da psoríase artropática, que ataca as articulações. Nesse caso, o reumatologista também deve ser consultado, já que essa manifestação da doença afeta as articulações.

O médico realizará exames físicos e laboratoriais para determinar o diagnóstico definitivo. Embora, a psoríase seja relativamente comum, evite iniciar qualquer tratamento sem a confirmação de um médico sobre a existência da doença. Lembre-se que amigos e parentes, por mais bem intencionados que sejam não estão capacitados a dizer o que você tem. 

Uma das dificuldades para o diagnóstico da doença é que ela pode ser confundida com outros problemas de pele.  


18 de outubro de 2015 0

A psoríase apresenta um conjunto variado de sintomas, que às vezes podem ser confundidos com sinais de outras doenças de pele. Mas os sintomas mais comuns são lesões róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas, que afetam a pele, especialmente nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, unhas, palmas das mãos e plantas dos pés. Além de lesões da pele, o paciente pode apresentar coceira, queimação e dor. As unhas também podem estar comprometidas pela psoríase, podendo apresentar alteração da cor, da textura e descolamento do leito ungueal. Quando a doença atinge as articulações, provoca dor e artrite. o-que-e O diagnóstico nem sempre é simples, podendo não ser feito até que o paciente seja avaliado por um dermatologista. O ideal é que o paciente consiga atendimento multidisciplinar, que inclui nutricionista e terapeuta nos casos em que há comprometimento emocional. No Brasil, ainda há poucos hospitais de referência. Alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a psoríase ou piorar um quadro existente:

  • Histórico familiar – a genética pode ser um fator de risco sério a ser levado em consideração;

 

  • Estresse – indivíduos que vivem em grande estresse normalmente têm o sistema imunológico debilitado, o que se torna um risco para o aparecimento da doença;

 

  • Obesidade –  um tipo de psoríase, a invertida, é mais comum em pessoas com sobrepeso. Manter o peso sob controle elimina parte do risco de contrair a doença;

 

  • Bebidas alcoólicas e tabagismo – cigarro e bebida aumentam as chances de a doença aparecer. Para quem já sofre com a psoríase, beber e fumar pode levar a um agravamento no quadro.

Não custa lembrar que a psoríase não é transmissível por toque, compartilhamento de objetos ou relação sexual. Não transmita preconceito. O dermatologista é o especialista no tratamento da doença. Para diagnosticá-la, o exame clínico, ou seja, a avaliação feita em consultório, é o principal recurso. Em alguns casos, o médico pode solicitar uma biópsia. O procedimento é feito com a retirada de um fragmento da pele na área afetada. A amostra é enviada para análise em microscópio.


17 de outubro de 2015 0

A psoríase é uma doença ainda pouco conhecida, apesar de atingir cerca de 3% da população do planeta. Muitas vezes é confundida com outros males, como alergias e micoses. Por isso, havendo suspeita é importante não se automedicar e procurar um dermatologista assim que os sintomas de manifestam.

"Sempre que surgir uma lesão diferente na pele que demore para sumir, procure um médico, para fazer o diagnóstico correto", afirma Ricardo Romiti, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

"A psoríase pode aparecer de forma mais amena, com manchas avermelhadas e escamas grosseiras, esbranquiçadas e bem delimitadas, ou mais aguda, com manchas espalhadas pelo corpo e maior inflamação na pele", diz Romiti. Em alguns casos, pode provocar coceira.

Segundo o especialista, a doença costuma atingir especialmente adultos jovens, entre 20 e 40 anos. "As áreas mais atingidas costumam ser cotovelo, joelho, couro cabeludo e tronco", completa.

A causa da psoríase é desconhecida, mas há fatores que podem desencadeá-la. "É uma doença multifatorial, de fundo genético, que tem alguns fatores precipitantes, como o uso de certas medicações e o estresse", afirma Romiti.

Doença crônica, a psoríase não tem cura e acompanha o paciente durante a vida toda, pedindo acompanhamento médico periódico. Mas é importante saber que a doença pode ser controlada, garantindo qualidade de vida aos pacientes.

"Mas não se pode prometer que não vá voltar um dia."

Hábitos de vida saudáveis ajudam a se manter bem. "E importante para o tratamento manter a alimentação correta, tomar um pouco de sol todo dia, evitar cigarro e álcool", encerra.


17 de outubro de 2015 0

Cerca de 10% a 20% dos pacientes com psoríase podem apresentar a artrite psoriásica. Na grande maioria das vezes, a doença se inicia na pele e somente após vários anos pode ocorrer a inflamação das articulações. A inflamação das articulações provoca dores e outros sinais, como inchaço, vermelhidão e calor local. É mais frequente nas mãos e nos pés, mas pode surgir em qualquer parte do corpo.

Aparecendo sintomas, o dermatologista responsável pelo tratamento deve ser avisado imediatamente, pois essa manifestação associada que atinge as articulações deve ser tratada por outro especialista: o reumatologista. Assim como nos demais tipos de psoríase, as causas da artrite psoriásica são desconhecidas. A doença pode ser desencadeada por fatores genéticos ou ambientais, como o estresse.

Ocorre porque o sistema imunológico desencadeia uma resposta inflamatória intensa que, além de atacar a pele, atinge outros órgãos, como as articulações.


17 de outubro de 2015 0

Ceará CENTRO Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará Centro de Saúde Dona Libania da Secretaria de Saúde do Ceará   Manaus FUAM ? Fundação Alfredo da Matta Ambulatório Araújo Lima ? Funciona na Faculdade de Medicima de Manaus Hospital de Medicina Tropical de Manaus.   Porto Alegre Complexo Hospitalar Santa Casa Hospital de Clínicas   São Paulo Complexo Hospitalar Heliópolis ? INAMPS/SUS Dermatologia ? Complexo Hosp. Heliópolis Responsável: Prof. Dr. Domingos Jordão Neto Endereço: Rua Cônego Xavier, 276 ? 6º andar ? Cidade Nova Heliópolis ? Sacomã Cep: 04231-030 ? São Paulo/SP Telefone: (11) 2068-7468   Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos Dermatologia ? Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos Responsável: Prof. Dra. Maria do Rosário Vidigal Endereço: Av. Emilio Ribas, 1819 ? Gopoúva Cep: 07051-000 ? Guarulhos/SP Telefone: (11) 2463-5691   Escola Paulista de Medicina ? UNIFESP Dermatologia ? Escola Paulista de Medicina ? UNIFESP Responsável: Prof. Dr. Osmar Rotta Endereço: Rua Borges Lagoa, 508 Cep: 04038-000 ? São Paulo/SP Telefone: (11) 5576-4804   Faculdade de Medicina de Jundiaí Dermatologia ? Hospital das Clínicas de Franco da Rocha ? FMJ Responsável: Prof. Dr. Paulo Rowilson Cunha Endereço: Rua Francisco Teles, 250 ? Vila Arens Cep: 13202-550 ? Jundiaí/SP Telefone: (11) 4587-1095   Faculdade de Medicina de Marília Dermatologia ? Faculdade de Medicina de Marília Responsável: Prof. Dr. Spencer de Domenico Sornas Endereço: Av. Monte Carmelo, 800 Cep: 17519-030 ? Marília/SP Telefone: (14) 3433-1744   Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto-SP Responsável: Prof. Dra. Ana Maria Ferreira Roselino Endereço: Av. Bandeirantes, 3900 ? Monte Alegre Cep: 14049-900 ? Ribeirão Preto/SP Telefone: (16) 3602-2447   Faculdade de Medicina do ABC Dermatologia ? Faculdade de Medicina do ABC Responsável: Prof. Dr. Carlos D´Apparecida Santos Machado Filho Endereço: Av. Príncipe de Gales, 821 Cep: 09060-650 ? Santo André/SP Telefone: (11) 4993-5455   Faculdade Estadual de Med.de São José do Rio Preto Dermatologia Hospital Base da Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto Responsável: Prof. Dr. João Roberto Antonio Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416 ? São Pedro Cep: 15090-000 ? São José do Rio Preto/SP Telefone: (17) 3201-5732   Fundação Lusíadas ? Centro Universitário Lusíadas Dermatologia ? Fundação Lusíadas Hospital Guilherme Álvaro Responsavel: Prof. Dr. Ney Romiti Endereço: Rua Oswaldo Cruz, 179 ? Boqueirão Cep: 11045-101 ? Santos/SP Telefone: (13) 3202-1363   Hospital das Clínicas da FMUSP Dermatologia ? Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Responsável: Prof. Dr. Cyro Festa Neto Endereço: Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255 ? 3º andar ? Cerqueira César Cep: 05403-900 ? São Paulo/SP Telefone: (11) 3069-8002   Hospital do Servidor Público Estadual ? São Paulo Dermatologia ? Hospital Servidor Público Estadual de São Paulo Responsável: Prof. Dr. José Alexandre de Souza Sittart Endereço: Rua Borges Lagoa, 1755 ? 4º Andar ? Vila Clementino Cep: 04038-034 ? São Paulo/SP Telefone: (11) 5088-8293   Hospital do Servidor Público Municipal Dermatologia ? Hospital Servidor Público Municipal ? CEDEM Responsável: Prof. Nilton Di Chiacchio Endereço: Rua Castro Alves, 60 ? 5º Andar ? Aclimação Cep: 01532-000 ? São Paulo/SP Telefone: (11) 3241-3665 Hospital e Maternidade Celso Pierro ? PUC Campinas Dermatologia ? Hospital e Maternidade Celso Pierro ? PUC Campinas Responsavel: Prof. Dra. Lúcia Helena Fávaro Arruda Endereço: Av. John Boyd Dunlop, s/nº ? Jd. Ipaussurama Cep: 13059-900 ? Campinas/SP Telefone: (19) 3729-8496   Hospital Universitário Wladimir Arruda ? Universidade de Santo Amaro Responsável: Prof. Dr. Luiz Carlos Cucé Endereço: Rua Professor Enéas de Siqueira Neto, 340 ? Jardim das Umbuias Cep: 04829-300 ? Santo Amaro/SP Telefone: (11) 5545-8500   Hospital Universitário de Taubaté Dermatologia ? Fundação Universidade de Saúde Taubaté Responsavel: Prof. Dr. Samuel Henrique Mandelbaum Endereço: Av. Granadeiro Guimarães, 270 Cep: 12020-130 ? Taubaté/SP Telefone: (12) 3625-7533   Instituto Lauro de Souza Lima ? SP Dermatologia Prof. Dr. Diltor Vladimir Araújo Opromolla Responsável: Prof. Dr. Claudio Sampieri Tonello Endereço: Rod. Comandante João Ribeiro de Barros, Km 225/226 ? Cx. Postal 3.021 Cep: 17034-971 ? Bauru/SP Telefone: (14) 3103-5940   Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Clínica de dermatologia do Hospital da Santa Casa de São Paulo Responsavel: Prof. Dra. Valéria Maria de Souza Framil Endereço: Rua Cesário Mota Júnior, 112, ED. Conde Lara 5° Andar ? Vila Buarque Cep: 01221-020 ? São Paulo/SP Telefone: (11) 2176-7240   UNICAMP Dermatologia ? UNICAMP Responsável: Prof. Dr. Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho Endereço: Rua Alexander Fleming, 40 ? Cidade Universitária ? Barão Geraldo Cep: 13083-970 ? Campinas/SP Telefone: (19) 3788-7602 Fax: (19) 3289-4107 E-mail: pvelho@unicamp.br   Universidade de Mogi Das Cruzes ? São Paulo Hospital Luzia de Pinho Melo ? Universidade de Mogi das Cruzes Responsavel: Dra. Denise Steiner Endereço: Av. Manuel de Oliveira, S/Nº ? Mogilar Centro Cep: 08700-000 ? Mogi das Cruzes/SP Telefone: (11) 4798-7066   Universidade do Oeste Paulista ? UNOESTE Hospital Universitário Domingos Leonardo Cerávolo Responsável: Dra. Marilda Aparecida Milanez M. de Abreu Endereço: Rua José Bongiovani, 1267 ? Jardim Bongiovani Cep: 19050-680 ? Presidente Prudente/SP Telefone: (18) 3229-1500   Universidade Estadual Paulista ? UNESP Dermatologia ? Universidade Estadual Paulista ? Faculdade de Medicina de Botucatu Responsável: Prof. Dr. Silvio Alencar Marques Endereço: Departamento de Dermatologia E Radioterapia ? Caixa Postal 530 Cep: 18618-970 ? Botucatu/SP Telefone: (14) 3811-6000 Fax: (14) 3811-4922


16 de outubro de 2015 0

A 7ª edição do Tour de Combate ao Câncer da Pele promoveu atendimentos gratuitos e esclarecimentos sobre cuidados e prevenção ao câncer da pele, nos dias 10 e 11 de outubro, em Juazeiro do Norte (CE). Composta por seis médicos voluntários das cidades de Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte, no Ceará, a equipe de atendimento atendeu 511 pessoas, das 9h às 15h, na Praça do Giradouro.

“A receptividade foi excelente e vimos que a população ficou muito satisfeita em participar. Cerca de 30 pacientes foram identificados com lesões suspeitas de câncer de pele e encaminhados ao Same (Serviço de Atendimento Médico Especializado) em Juazeiro do Norte, pertencente a prefeitura”, disse o coordenador local da campanha e professor da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Cícero Cláudio.

Durante a passagem do caminhão, os pacientes de risco foram incentivados a fazer o exame preventivo, no próprio local. “A impressão foi de um trabalho muito gratificante, pelo público presente e pela oportunidade em estar diagnosticando e tratando pacientes com câncer da pele com a maior celeridade possível”, complementa o dermatologista.

Essa foi a quinta cidade contemplada pelo Tour de Combate deste ano. A próxima parada do caminhão do Tour será em Teresina (PI), nos dias 17 e 18 de outubro.

juazeiro-do-norte


15 de outubro de 2015 0

Os serviços de saúde no Brasil são péssimos, ruins ou regulares para 93% dos brasileiros. Entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), 87% dos entrevistados têm uma avaliação negativa dos serviços oferecidos. Cerca de dois em cada dez brasileiros atribuem nota zero para ambos (saúde no Brasil e SUS). Em todas as regiões e segmentos avaliados, o índice de péssimo/ ruim é mais elevado, com destaque entre os moradores do Sudeste e regiões metropolitanas, entre as mulheres e quanto mais escolarizado for o entrevistado.

Essas avaliações integram a segunda edição de pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o atendimento na área da saúde. Na comparação com a edição anterior, realizada no ano passado, a pesquisa reforça necessidades de aprimoramento na gestão, infraestrutura e financiamento na rede pública. A pesquisa teve abrangência nacional, incluindo áreas metropolitanas e cidades do interior de diferentes portes, moradores nas cinco Regiões do país.

Foram ouvidas 2.069 pessoas – 59% delas residentes no interior – entre os dias 10 a 12 de agosto. A amostra composta por homens e mulheres com idade superior a 16 anos ou mais respondeu a um questionário estruturado que, entre outros pontos, avaliou ainda a percepção do grupo acerca do acesso, utilização e qualidade dos serviços oferecidos pelo SUS. Algumas questões também se detiveram sobre o tempo de espera pelos diferentes procedimentos e a avaliação sobre a capacidade da gestão de cuidar bem dos interesses da população nesta nevrálgica das políticas públicas e sociais.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A PESQUISA NA ÍNTEGRA

Área prioritária – De acordo com o inquérito do Datafolha, a saúde no Brasil é apontada por 43% dos entrevistados como tema que deveria ser tratado como prioridade pelo Governo Federal. Chamou a atenção o fato de que as áreas de educação (27%) e combate à corrupção (10%) tiveram crescimento na escala apontada pelos entrevistados. Contudo, apesar do avanço, a distância entre elas e a saúde permanece significativa.

O relatório da pesquisa revela ainda que a importância atribuída à Saúde é maior entre as mulheres, os mais velhos e no grupo de pessoas com menor escolaridade. Por outro lado, a educação ganha destaque entre os homens, entre os entrevistados mais jovens e com maior nível educacional.

Também constam da relação citada pelos entrevistados o combate ao desemprego (7%), segurança (6%), e combate à inflação (3%), assim como moradia, transporte e meio ambiente, todos com menos de 2% na pesquisa. O posicionamento alcançado pela saúde, o mesmo do estudo de 2014, reforça a percepção medidas em outras sondagens, o que demonstra que a saúde permanece como o grande nó da gestão em diferentes governos.

Dificuldade de acesso – Essa necessidade de que a saúde tenha maior destaque no âmbito governamental resulta de uma percepção declarada que aponta para uma grande dificuldade de acesso aos serviços da rede pública. Num primeiro momento, os entrevistados revelaram que o SUS é um sistema constantemente acionado pela população. Um total de 86% deles (diretamente ou por proximidade com alguém da família) declarou ter procurado a rede pública.

Porém, o grau de resolutividade cai à medida que o nível de complexidade dos procedimentos solicitados aumenta. Atendimento nos postos de saúde e consultas médicas foram os serviços mais procurados e os mais utilizados pela população nos últimos dois anos. Porém, na avaliação feita para cada um dos dez serviços estudados, mais da metade dos entrevistados que buscou o SUS relatou ser difícil ou muito difícil conseguir o procedimento pretendido, especialmente quando se trata de cirurgias (63%).

Atendimento domiciliar e procedimentos específicos de maior complexidade (diálise, radioterapia, quimioterapia, entre outros) – ambos com 50% – também possuem uma avaliação crítica. Dentre os dez serviços estudados, apenas aqueles que se referiam ao atendimento nos postos de saúde e à distribuição gratuita de remédios pela rede pública tiverem índice de reprovação menor, chegando a 43%.

Qualidade dos serviços – A pesquisa também procurou medir a opinião dos brasileiros sobre a satisfação com o atendimento ofertado. Mas os números estão longe de serem bons. Aproximadamente sete em cada dez pessoas que buscaram o SUS disseram estar insatisfeitos e atribuíram à rede pública como um todo conceitos que vão do péssimo a regular. As percepções mais negativas estão relacionadas aos atendimentos de emergências nos prontos-socorros (69%) e nos postos de saúde (65%).

Na sequência, com índices negativos que vão de 60% a 50%, aparecem, em ordem decrescente, consultas com médicos, exames de laboratório, internações hospitalares, consultas com não médicos, procedimentos específicos de média e alta complexidade, distribuição de remédios gratuitos e atendimento domiciliar. O serviço com avaliação menos negativa foi a oferta de cirurgias, com 45% dos entrevistados atribuindo-lhe conceitos correspondentes a péssimo, ruim e regular. Por outro lado, 55%, consideraram cirurgias boas, ótimas ou excelentes.

Para a maioria dos usuários dos serviços que deram avaliação negativa ao atendimento pelo SUS (54%), o tempo de espera (36%), o baixo número de médicos (19%) e a falta de estrutura (15%) e de organização (9%) foram os fatores que mais impactaram nesta percepção. Já para os que deram notas positivas ao Sistema Único de Saúde (46%), a pouca demora (19%), a disponibilidade dos médicos (17%), o cuidado dispensado por esses profissionais (15%) e a estrutura existente (11%) ajudaram no processo.

Tempo de espera – Dos entrevistados, 29% declararam estar à espera de atendimento na rede pública. O número é um ponto percentual menor que o de 2014. Deste grupo, 36% aguardavam para fazer consultas, 33% buscavam exames e 28% cirurgias. Neste aspecto o que se destaca é o aumento do volume daqueles que estão na fila por uma resposta do SUS há mais de seis meses. O índice passou de 29%, no ano passado, para 41%, em 2015.

Não por acaso, o tempo de espera para atendimento é o fator que tem pior avaliação no âmbito do SUS. Para 89% dos entrevistados, esta dimensão merece notas que representam os conceitos péssimo, ruim ou regular. Na sequência aparecem os seguintes aspectos: quantidade de médicos (85% de avaliação negativa), qualidade da administração das unidades (83%) e quantidade de leitos de internação ou de UTI (81%).

Problemas de gestão – Para parcela significativa dos brasileiros, a percepção ruim sobre os serviços do SUS também decorre da ausência de medidas que assegurem o bom funcionamento da rede pública. As avaliações negativas não se restringem à atividade fim do sistema de saúde (atendimento). Há críticas também à gestão e ao financiamento do SUS.

De acordo com a pesquisa, para a maioria da população (77%) o governo tem falhado na gestão dos recursos da saúde pública. Na opinião de 53% dos entrevistados, o SUS não tem recursos suficientes para atender bem a todos, de forma equânime. Por outro lado, é elevada a concordância com a ideia de que os médicos precisam de estrutura para trabalhar (93%) e que merecem ser valorizados (86%).

Para o presidente do CFM, Carlos Vital, essa percepção sobre as finanças do setor está diretamente relacionada à má gestão dos recursos públicos na área. “Levantamentos recentes elaborados pelo CFM têm denunciado a situação do financiamento e da infraestrutura da saúde no país. O último deles revelou que, entre 2003 e agosto deste ano, mais de R$ 171 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde deixaram de ser efetivamente gastos. A população tem observado que não há um esforço para priorizar a Saúde. Sem estes recursos, os brasileiros certamente serão ainda mais prejudicados pela falta de infraestrutura e equipamentos fundamentais para a assistência”.

Ao concluir sua avaliação, Vital lembrou ainda que “os problemas começam com a definição de prioridades e se estendem para a transposição de metas e para o orçamento e sua execução. Trata-se de um perverso ciclo, reforçado pela carência de recursos e pela descontinuidade das ações administrativas nos estados e municípios, além da leniência e da corrupção”.

Fonte: CFM


15 de outubro de 2015 0

Os pacientes com doenças que afetam a pele contam com um serviço criado especialmente para eles pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Trata-se do Grape, o Grupo de Apoio Permanente (Grape), um projeto da Coordenação de Ações Institucionais da SBD, sob o comando da dermatologista Dra. Vânia Lúcia Siervi Manso.

O objetivo do Grape é promover suporte psicoemocional e educativo aos portadores de doença de pele, assim como aos seus familiares, para que essa condição não interfira em sua qualidade de vida. É comum os pacientes com psoríase, vitiligo, alopecia areata, hanseníase, câncer da pele, colagenoses (lúpus), atopia e acne, entre outras doenças, sentirem-se constrangidos por sua aparência. Alguns relatam casos de discriminação entre amigos e familiares.

Os grupos são organizados por equipes multidisciplinares, com psiquiatras, psicólogos, reumatologistas, fisiatras, endocrinologistas, geneticistas, oncologistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutrólogos etc. Juntos, eles têm a proposta de tratar tanto os aspectos físicos provocados pela doença, como contribuir para a melhora da autoestima do paciente. Atualmente, existem 15 Grapes distribuídos em cinco Estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

 

Como participar

Os interessados em desenvolver esse tipo de trabalho podem se comunicar com os coordenadores de Ações Institucionais: Dr. Carlos Augusto da Silva Bastos (carlosbastos12@gmail.com) e Dra. Elisabeth Lima Barbosa (contato@draelisabethlimabarboza.com.br). 





SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Rio Branco, 39 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-003

Copyright Sociedade Brasileira de Dermatologia – 2021. Todos os direitos reservados