CFM publicou uma resolução restringindo o uso de esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética



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11 de abril de 2023 0

CFM publicou uma resolução restringindo o uso de esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética

Medida contou com apoio da SBD

Os esforços da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em conjunto com entidades médicas parceiras, tiveram resultado. No dia de hoje (11), o Conselho Federal de Medicina publicou uma resolução restringindo o uso de esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, de ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo.

No final de março, SBD formalizou seu apoio às entidades parceiras como a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) solicitando ao Conselho Federal de Medicina (CFM) efetividade na votação da regulamentação sobre o uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance. Bem como punição em casos de agravos.

Nossos esforços, em conjunto com entidades médicas parceiras, tiveram resultado. No dia de hoje (11), o CFM publicou uma resolução restringindo o uso de esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, de ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. Confira matéria no link do site: https://www.sbd.org.br/12094-2/

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11 de abril de 2023 0

Decisão está publicada no Diário Oficial da União e teve apoio da SBD

O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, para ganho de massa muscular ou melhora do desempenho esportivo. Segundo a entidade, a decisão foi tomada em razão da inexistência de comprovação científica suficiente que sustente o benefício e a segurança do paciente. A resolução foi publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União.

A medida destaca a inexistência de estudos clínicos randomizados de boa qualidade metodológica que demonstrem a magnitude dos riscos associados à terapia hormonal androgênica em níveis acima dos fisiológicos, tanto em homens quanto em mulheres, além da ausência de comprovação científica de condição clínico-patológica na mulher decorrente de baixos níveis de testosterona ou androgênios.

Riscos

Por meio de nota, o conselho alerta para os riscos potenciais do uso de doses inadequadas de hormônios e a possibilidade de efeitos colaterais danosos, ainda que com o uso de doses terapêuticas, especialmente em casos de deficiência hormonal não diagnosticada apropriadamente.

Dentre os efeitos adversos possíveis estão os cardiovasculares, incluindo hipertrofia cardíaca, hipertensão arterial sistêmica e infarto agudo do miocárdio; aterosclerose; estado de hipercoagulabilidade; aumento da trombogênese e vasoespasmo; doenças hepáticas como hepatite medicamentosa, insuficiência hepática aguda e carcinoma hepatocelular; transtornos mentais e de comportamento, incluindo depressão e dependência; além de distúrbios endócrinos como infertilidade, disfunção erétil e diminuição de libido.

De acordo com o CFM, a percepção é corroborada pelas sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia, de Medicina do Esporte e do Exercício, de Cardiologia, de Urologia, de Dermatologia, de Geriatria e Gerontologia e pelas federações brasileiras de Gastroenterologia e das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, que emitiram nota conjunta cobrando a regulamentação do uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance.

EntendaA resolução do conselho regulamenta que a prescrição médica de terapias hormonais está indicada em casos de deficiência específica comprovada, de acordo com a existência de nexo causal entre a deficiência e o quadro clínico, cuja reposição hormonal proporcione benefícios cientificamente comprovados, sendo “vedada ao médico a prescrição de medicamentos com indicação ainda não aceita pela comunidade científica”.

O uso de terapias hormonais com a finalidade de retardar, modular ou prevenir o envelhecimento permanece vedado.

A publicação prevê a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes como justificada para o tratamento de doenças como hipogonadismo, puberdade tardia, micropênis neonatal e caquexia, podendo ainda ser indicada na terapia hormonal cruzada em transgêneros e, a curto prazo, em mulheres com diagnóstico de desejo sexual hipoativo.

O Conselho Federal de Medicina também define que, no exercício da medicina, ficam proibidas a prescrição e a divulgação de hormônios anunciados como bioidênticos em formulação nano ou com nomenclaturas de cunho comercial sem a devida comprovação científica de superioridade clínica para a finalidade prevista, assim como de moduladores seletivos do receptor androgênico para qualquer indicação. A vedação está de acordo com o entendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

AbusoSegundo o conselho, é crescente o número de pessoas utilizando esse tipo de medicação de forma ilícita. O CFM relata ainda um aumento na administração do hormônio do crescimento (GH) de forma abusiva por atletas, amadores e profissionais, como droga ergogênica, motivo pelo qual o hormônio foi incluído na lista de substâncias anabolizantes da Anvisa e no rol de drogas proibidas no esporte pela Agência Mundial Anti-Doping.

“Drogas ergogênicas tendem a melhorar o desempenho físico retardando a fadiga, impulsionando o ganho de massa muscular (propriedade anabolizante) e a quebra de gordura (propriedade lipolítica)”, destacou o CFM.

A resolução determina, também, que permanece proibida ao médico a adoção experimental de qualquer tipo de terapêutica não liberada para uso no Brasil sem a devida autorização dos órgãos competentes e sem o consentimento do paciente ou de seu responsável legal, que devem estar devidamente esclarecidos

A restrição também se estende à realização de cursos, eventos e publicidade com o objetivo de estimular o uso ou fazer apologia a possíveis benefícios de terapias androgênicas com finalidades estéticas, de ganho de massa muscular ou de melhora na performance esportiva.

“Esse item assume relevância diante da proliferação de atividades de extensão, educação continuada e pós-graduação sobre terapias hormonais cuja base é o treinamento de profissionais para prescrição de hormônios e outros tratamentos ainda sem comprovação científica”, concluiu o conselho.

Edição: Kleber Sampaio

Com informações da Agência Brasil

 

  • https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-04/cfm-proibe-prescricao-medica-de-anabolizante-para-fins-esteticos

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4 de abril de 2023 0

Pelo texto, campanha será veiculada anualmente pelo poder público nos meios de comunicação durante as férias escolares

Fonte: Agência Câmara de Notícias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.539/23, que institui a Campanha Nacional de Prevenção da Exposição Indevida ao Sol, a ser veiculada anualmente pelo poder público nos meios de comunicação durante as férias escolares. A medida entra em vigor em 180 dias.

O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre os riscos e as consequências da exposição indevida ao sol, e implementar medidas para facilitar o acesso a protetor solar.

A lei foi publicada nesta segunda-feira (3) no Diário Oficial da União. A norma tem origem em projeto (PL 3796/04), da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).

O texto aprovado na Câmara dos Deputados permitia ainda ao governo reduzir ou isentar os tributos incidentes sobre protetores solares por meio de lei. Esse ponto, porém, foi vetado pelo presidente Lula. Na justificativa ao veto, ele afirma que o incentivo fiscal contraria a Constituição e o Código Tributário Nacional, que exigem lei específica para regular o assunto.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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30 de março de 2023 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) formalizou seu apoio às entidades parceiras como a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) solicitando ao Conselho Federal de Medicina (CFM) efetividade na votação da regulamentação sobre o uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance. Bem como punição em casos de agravos.

A SBD entende que a cada dia se torna mais urgente que esta medida seja tomada. É provado que o uso indevido de hormônios causa danos enormes à saúde. Importa e urge, devido ao fato dos associados da Sociedade estarem recebendo pacientes com complicações pela aplicação indevida destas substâncias, que medidas sejam tomadas.

Existe também a necessidade de regulamentar propaganda deste tipo de componente, caso seja comprovadamente seguro e fiscalizar. “Causa espanto e preocupa observar que há profissionais optando por atuar em áreas com muito marketing e poucas evidências científicas. Afora o fato de não terem o reconhecimento formal de entidade médica oficial. É preciso esclarecer e diferenciar autonomia médica, de ações abusivas de profissionais. Confiamos que o Conselho Federal de Medicina não abrirá mão do seu papel de pilar da ética médica saindo em defesa da saúde da população brasileira, contem com nosso apoio em mais esta questão.” – destaca Heitor Gonçalves, presidente da SBD.

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15 de março de 2023 0

SBD parabeniza médica Dermatologista por nova função no Ministério da Saúde

A Sociedade Brasileira de Dermatologia está muito honrada com a notícia de que a médica Dermatologista, Dra. Sandra Durães, ex-chefe de Dermatologia do hospital Antônio Pedro/UFF, ex- Chefe do Departamento de Hanseníase da SBD e atual chefe do departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal Fluminense (UFF) assume agora o cargo de Coordenadora-geral de Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, no Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.
Conte com nosso apoio e parceria. Parabéns!
Heitor Gonçalves, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Sandra Durães está motivada com nova função

 

Em rápida conversa com a assessoria da SBD, Dra. Sandra Durães disse que soube da nomeação pela área de Recursos Humanos do Ministério. “Me encaminharam a nomeação, foi uma grande honra. Estou feliz e animada para encarar este grande desafio”, disse ela.

 

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14 de março de 2023 0

 

Posicionamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia em relação ao Plasma Rico em Plaquetas (PRP) no tratamento de Cabelos e Alopecias

O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) é uma terapia considerada experimental pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Isso significa que somente pode ser utilizada dentro de protocolos de pesquisas aprovados. O paciente não pode arcar com nenhum custo e, portanto, essa modalidade de terapia experimental não pode ser cobrada.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia, até o presente momento, reitera o posicionamento do Conselho Federal de Medicina que o PRP não possui evidências científicas suficientes para a sua utilização na prática médica e que necessitamos de mais estudos para avaliar sua eficácia no tratamento dos cabelos e alopecias.

Todo tratamento sanguíneo, bem como a manipulação e uso dos seus componentes, deve seguir rigorosamente as normas de segurança e boas práticas da hemoterapia. Além disso, é de suma importância que apenas tratamentos reconhecidos pelas entidades oficiais de especialidade sejam aplicados em pacientes, garantindo a ética, segurança e qualidade aos pacientes no Brasil.

Departamento de Cabelos e Unhas da SBD

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28 de fevereiro de 2023 0

Um dia raro para falar de doenças raras e que requerem muito esclarecimento e afeto para combater estigmas

Comemorado originalmente em 29 de fevereiro, data só ocorrida de quatro em quatro anos, o Dia Mundial de Doenças Raras é celebrado nos outros anos no dia 28, o último do curto mês de fevereiro. As doenças raras são caracterizadas por uma imensa diversidade de sinais e sintomas, variando não só de doença para doença, mas também de indivíduo para indivíduo.
No caso das doenças raras de pele, elas não são em sua maioria contagiosas e podemos citar algumas como:
A aplasia cutânea que possui como característica a ausência de formação completa da pele; se dá geralmente no couro cabeludo e se mostra no nascimento como uma ferida ulcerada que pode atingir diferentes profundidades e envolver o crânio e até parte mais posterior e fibrosa das três membranas que envolvem o cérebro.

Há ainda a epidermólise bolhosa. Uma doença genética, hereditária e muito rara, que provoca bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas e pode se manifestar já no nascimento. Estes pacientes sofrem com uma deficiência de colágeno que torna a pele muito frágil aos traumas e dificulta a cicatrização. Existem mais de 30 subtipos desta doença, que afeta ainda mucosas da boca, nariz, intestino, estômago e pode propiciar o aparecimento precoce de câncer de pele, muito severo.

O médico Samuel Mandelbaum, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, professor de Dermatologia, comenta a data e as dificuldades de quem enfrenta doenças raras de pele aqui citadas. “Esse mês de fevereiro é o das doenças raras. Dia 29 de fevereiro é o Dia Mundial das doenças raras, este ano é comemorado dia 28 de fevereiro, para lembrar as doenças para as quais a data alerta. E a data em si, 29 ocorre de quatro em quatro ano faz lembrar, é um dia raro”, comenta. Para o médico é fundamental saber a conceituação de doenças raras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) as descreve como aquelas que afetam menos de 65 pessoas a cada 100 mil habitantes. Existem no mundo entre seis e oito mil doenças raras. No Brasil, quando somamos todas as doenças raras (em geral, não só de pele), são mais de 13 milhões de pessoas com doenças raras, uma grande fatia da população que convive com tais doenças.

As enfermidades raras tem causas genéticas degenerativas, metabólicas, infecciosas e na dermatologia, elas são muitas. Uma das doenças raras na dermatologia é a ictiose, que deixa a pele seca, escamosa e quebradiça; em alguns casos pode assemelhar-se a escamas de peixe. “É uma doença genética e a criança já pode nascer com a pele bastante diferente, a pele pode se cortar, formar fissuras. Pode haver também casos de um ressecamento simples, mas há os mais graves, que podem inclusive diminuir o tempo de vida. Felizmente hoje, medicamentos por via oral, a base de vitamina A melhoraram e muito as perspectivas destes pacientes”, celebra o médico.

Samuel destaca também a Epidermólise bolhosa. “Hoje existem muitos tratamentos sendo pesquisados, felizmente: desde coberturas em curativos até engenharia genética, onde, através de um pedaço de pele e um tipo de vírus há alteração do DNA e correção do defeito provocado pela má formação genética. É feito o cultivo da própria pele modificada e colocada sobre as feridas através de transplante da própria pele cultivada e modificada. As feridas voltam a cicatrizar e estes métodos constituem grande esperança para a cura. Estamos caminhando para a cura dessa doença. Mas ainda existe um caminho a percorrer. Antigamente lidamos com poucas perspectivas de tratamento. Avançamos muito”, diz ele.
Sobre as doenças raras não dermatológicas podemos citar: Fibrose cística, que é um tipo de doença genética que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e aparelho digestivo; síndrome de Guillain-Barré que é um distúrbio autoimune que ataca os nervos; e a acromegalia, relacionada à presença de tumores benignos na hipófise que produz hormônios do crescimento em excesso.





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