Rio de Janeiro de braços abertos para o Congresso Brasileiro de Dermatologia 2019




4 de setembro de 2018 0

O Congresso Brasileiro de Dermatologia (CSBD) já tem data e local confirmados. Após sete anos, será realizado de 11 a 14 de setembro, no Rio de Janeiro. O local escolhido para sediar o evento é o Centro de Convenções Windsor, que pela primeira vez receberá os congressistas com conforto de uma infraestrutura moderna e salas amplas para as atividades científicas, aliada a uma localização ideal para o turismo e opções diversas de rede hoteleira.

Presidido pelo médico dermatologista Marcio Serra, o encontro vai manter os valores de inscrição de 2012. A iniciativa faz parte da estratégia da Comissão Organizadora do evento que tem o slogan: Rio de todos os tons. Hora de Renovar, Inovar e Resgatar.

O site do CSBD 2019 já está no ar, e em breve disponibilizará informações mais detalhadas sobre a programação científica. O Congresso terá suas características básicas, trazendo temas de todas as áreas da dermatologia, com foco na prática do dia a dia e da clínica, e com informações relevantes para o especialista no seu consultório.

No entanto, o presidente Márcio Serra adianta que a programação será renovada, e entre outras novidades, estará o retorno da apresentação dos trabalhos de investigação e da discussão dos casos clínicos.

Acompanhe todas as novidades do CSBD 2019 nos canais de comunicação da SBD.


3 de setembro de 2018 0

A atriz e humorista Maria Clara Gueiros, de 53 anos, é a garota-propaganda da campanha de valorização do médico da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A artista gravou três filmes de 30 segundos sobre os riscos de cuidar da saúde da pele com profissionais não habilitados. Os materiais publicitários serão exibidos em veículos de comunicação, redes sociais e cinemas do Brasil entre 2018 e 2019.

Com as expressões “É sarna para se coçar”, “O barato pode sair caro” e “Pode dar zebra”, a campanha populariza a informação e traz para a sociedade alertas sobre as consequências de realizar procedimentos estéticos invasivos, comprar pacotes de beleza em sites de compras coletivas e cuidar de doenças da pele, cabelos e unhas com profissionais sem habilitação comprovada para o exercício da medicina no Brasil.

Os vídeos fazem parte da campanha de valorização do médico dermatologista que tem a marca “Sua pele sua vida: um alerta da Sociedade Brasileira de Dermatologia”.  O objetivo da iniciativa é buscar engajar todos os segmentos da sociedade e a própria classe médica no reconhecimento do papel do médico dermatologista no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças da pele, cabelos e unhas, incluindo procedimentos estéticos médicos e invasivos.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é a única instituição reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no Brasil.

Para mais informações acesse nosso site: www.sbd.org.br.

 

Leia mais: http://www.sbd.org.br/noticias/sociedade-brasileira-de-dermatologia-lanca-campanha-para-valorizar-e-destacar-o-papel-do-especialista-nos-cuidados-com-a-saude-da-pele/


1 de setembro de 2018 0


Luis Fernando Correia, Márcia Gerbara, Ana Lúcia Azevedo, Antonio Tadeu e José Antonio Sanches na mesa "Estamos Envelhecendo"Fabio Cordeiro

Eles estão na categoria “prioridade da prioridade”. Ganharam preferência na fila preferencial. Agora, os octogenários querem ganhar seu lugar ao sol. Trocaram as cadeiras de balanço pelas dos cinemas e teatros. As bengalas pelos smartphones. E o pó de arroz deu lugar ao protetor solar. De acordo com o IBGE, no estado do Rio há 305 mil pessoas com 80 anos ou mais. Em São Paulo, 668 mil. E em todo o país, chegam a 3 milhões. Trata-se de uma faixa etária da população que cresce em velocidade impressionante, trazendo desafios aos setores de saúde, habitação, transporte e previdenciário. Enquanto as políticas públicas engatinham, a ciência avança a passos largos na compreensão das causas do envelhecimento. A medicina evoluiu, nos deu anos de vida, mas a sociedade está preparada para a longevidade? O assunto foi tema do seminário “Envelhecendo Além das Rugas”, que aconteceu no auditório do GLOBO, no Rio, no último dia 21.

O evento, realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), reuniu especialistas num debate sobre a beleza do envelhecimento saudável e o desafio da construção de políticas públicas que proporcionem à população mais anos de vida com qualidade.

“A vida era uma corrida de cem metros. Agora, é uma maratona”, resumiu o médico Alexandre Kalache, que dirigiu o programa de envelhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1995 a 2008 e hoje é presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil e da Aliança Global de International Longevity Centre. A tal maratona está prestes a transformar o Brasil, um país obcecado pela juventude e pela beleza, numa nação de idosos.

“O envelhecimento populacional é irreversível. Em 2060, teremos 58 milhões de idosos. E isso impacta na saúde, na previdência social, mas pouco se fala dos cuidados com essas pessoas. Não apenas quanto à vida saudável, mas também da interação social”, diz Antonio Tadeu, pesquisador do IBGE.


Rosamaria Murtinho só começou a cuidar da pele aos 60 anos – Fabio Cordeiro

Kalache dividiu com a plateia o seu mantra: Quanto mais cedo, melhor, mas nunca é tarde demais. “Não se cuidou aos 20? Começa aos 30. Não se cuidou aos 30, começa aos 50. Não foi aos 50, começa aos 80. Porque sempre haverá ganhos, mas quanto mais cedo começar, melhor. Isso vale para nós individualmente e também para o governo e o Congresso. Se não começaram a se preparar para o envelhecimento da população, que comecem agora”, defende ele.

É o que Márcia Gebara, coordenadora da Secretaria Nacional da Pessoa Idosa, ligada ao Ministério dos Direitos Humanos, garante estar acontecendo em Brasília. “Estamos começando a trabalhar muito fortemente no Ministério dos Direitos Humanos numa política de cuidados”, afirmou ela.

Para o presidente da SBD, José Antônio Sanches, o envelhecimento da população traz um universo novo também para a medicina. “A dermatologia evoluiu muito no sentido de minimizar os efeitos do envelhecimento através da cosmiatria. Hoje, com procedimentos muito menos invasivos, conseguimos manter um aspecto jovial. Mas a pele é um órgão que nos defende das agressões do meio ambiente. Por isso, temos que cuidar dela muito além das rugas”, destaca. Sanches frisa que, cada vez mais, idosos estarão chegando aos consultórios, com demandas específicas. “A questão fundamental é envelhecer com o máximo de graça e saúde possível. A gente vai ficando um repositório de saber, de conhecimento, de história”.

E histórias para contar não faltam à atriz Rosamaria Murtinho. Aos 82 anos, ela contagia a todos com seu alto astral e elevada autoestima. “Comecei a me cuidar aos 60 anos. Eu fazia teatro e chegava em casa tarde da noite e só lavava o rosto no outro dia de manhã. Uma loucura. Ter uma boa autoestima é importante. Há coisas que ainda posso fazer, outras que não. Mas isso não deve ser um problema”, diz ela, que está em cartaz no teatro com a peça Isaura Garcia.

O médico Renato Veras, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), da Uerj, concorda que a autoestima é um ponto fundamental na cartilha da longevidade, que inclui ainda dieta saudável e colorida, atividades físicas, evitar o álcool, não fumar e aprender a lidar com o estresse. “Mas você não precisa seguir a cartilha de estilo de vida para ser perfeito. A questão é saber como usufruir das coisas boas da vida, sem prejudicar a saúde”, explica.

Já o dermatologista Luiz Gameiro, da SBD, acrescenta à cartilha a proteção contra o sol desde a infância para se chegar à terceira idade com a pele bonita: “A pele começa a envelhecer quando nascemos, e o sol é o principal agente externo que interfere nesse processo. Manchas, rugas, sinais de aspereza são muito mais relacionados ao envelhecimento extrínseco, ou seja, causado por cigarro, radiação ultravioleta e poluição atmosférica”, ensina.

Os excessos praticados pela indústria da beleza também foram abordados no seminário. “Devemos orientar o paciente a evitar exageros e a busca desenfreada pela juventude. Podemos trabalhar de forma correta na recuperação da autoestima. Para isso, podemos lançar mão de cosmecêuticos, medicamentos e um grande arsenal, que vai da toxina botulínica aos preenchedores, dos peelings aos lasers e outras tecnologias”, destacou o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.


Carlinhos de Jesus comanda a Macarena ao final do evento – Fabio Cordeiro

O médico Luis Fernando Correia, comentarista de saúde da rádio CBN e da TV Globo, ressalta que equilíbrio é a palavra-chave para o envelhecimento saudável. A exceção fica com o item alegria. Aos 65 anos, esbanjando energia, o dançarino Carlinhos de Jesus fala que não há idade para começar a requebrar as cadeiras. “Se não posso mais dançar rock fazendo cabide, jogando a parceira para cima, posso balançar os quadris ou o ombro. Dançar queima calorias, libera endorfina e serotonina, melhora a hidratação da pele, a respiração, a circulação e o equilíbrio e previne doenças articulares”, destaca.

Como diz o mantra de Kalache, nunca é tarde para começar. Mãos à obra! Ou melhor, mãos nas cadeiras! Ao final do encontro, Carlinhos de Jesus fez a plateia dançar a Macarena.

Por: Sociedade Brasileira de Dermatologia – Publicado na Revista Época.


30 de agosto de 2018 0

Por meio do Departamento de Imagem, coordenado por Carlos Barcaui, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realizou de 27 de junho a 18 de julho o inédito Censo Dermatoscópico. A primeira edição da pesquisa respondeu sobre os hábitos do dermatologista brasileiro quanto à utilização da dermatoscopia na prática diária.

O questionário mostrou que 97,7% dos 828 participantes utilizam a dermatoscopia em sua prática diária, sendo que 88,4%% o fazem ao menos uma vez ao dia. No entanto, apenas 60% dos participantes tiveram treinamento na técnica durante a sua formação na residência ou pós-graduação em Serviços Credenciados.

Segundo o médico dermatologista Carlos Barcaui, "esses resultados servem para estimular o ensino da dermatoscopia nos Serviços, mantendo todos os associados atualizados". Saiba mais na próxima edição do JSBD.

 


27 de agosto de 2018 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) lançam curso on-line exclusivo para seus associados ou residentes de Serviços Credenciados: Bases da Cirurgia Dermatológica, seus Elementos Essenciais e Reciclagem terá carga horária de 20 horas e contemplará as mais modernas técnicas de anestesia individualizadas para as hipóteses diagnósticas; técnicas atuais de assepsia, antissepsia e preparo do campo operatório; e técnicas exclusivas e fechamentos mais importantes da cirurgia dermatológica.

As aulas serão ministradas por reconhecidos especialistas brasileiros da área da cirurgia dermatológica.  

Confira a programação completa e inscrições: https://www.manole.com.br/curso-de-cirurgia-dermatologica-/p

Para mais informações, acesse o site www.manole.com.br ou ligue para (11) 2424-6700.

 


25 de agosto de 2018 0

Representantes da SBD e profissionais de diferentes áreas participaram, na manhã de terça-feira (21/8), no Rio de Janeiro, de seminário para ampliar o debate sobre um tema que se multiplica no Brasil: o envelhecimento. Segundo o IBGE, em 2030, a cada 100 crianças haverá 100 idosos. O encontro ocorreu em parceria com O Globo e apresentou ideias voltadas para melhor qualidade de vida e saúde da população durante essa fase da vida. Políticas públicas, fenômenos demográficos, hábitos saudáveis, socialização e cultura foram alguns assuntos tratados em três mesas de debates.

Após a abertura, a primeira mesa do Envelhecimento Além das Rugas debateu importantes questões sobre como estamos envelhecendo. Participaram da roda de conversa, o presidente da SBD, José Antonio Sanches; o gerente de Estudos e Pesquisas Sociais do IBGE, Antônio Tadeu; a coordenadora-geral de política de envelhecimento ativo e saudável da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos, Márcia Gebara; e o médico e comentarista de rádio e TV Luis Fernando Corrêa.

Em sua fala, o presidente da SBD, José Antônio Sanches, ressaltou que a dermatologia cresceu muito no sentido de minimizar os efeitos do envelhecimento da pele, através da cosmiatria. Hoje com procedimentos minimamente invasivos é possível manter um aspecto jovial. “A pele é um órgão que traz revestimento físico, químico e com propriedade imunológica que nos defende o tempo todo das agressões do meio ambiente. Por isso, temos que cuidar da saúde desse órgão muito além das rugas. Essa é a proposta da SBD para a sociedade como um todo”.

O gerente do IBGE Antônio Tadeu disse que a velhice virou um problema para o país, que cultiva de maneira obcecada pela imagem da juventude. “Temos que mudar esse paradigma e olhar de outra maneira para a velhice, tendo como enfoque o cuidado”. Ele salientou também a necessidade do envelhecimento ser acompanhado do desenvolvimento social e econômico. O Brasil não enriqueceu e dobrará o número de idosos em 23 anos, alcançando a impressionante taxa de 20% da população em 2033. A França levou 145 anos para realizar essa transição demográfica e os Estados Unidos 75 anos.

No segundo bloco, o assessor do Departamento de Dermatologia Geriátrica, Luiz Gameiro; o diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati-Uerj), Renato Veras; e o médico Alexandre Kalache, responsável durante 14 anos pelo programa global de envelhecimento da OMS e atual presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, debateram sobre como o idoso pode ser mais saudável e resistente às doenças.

Gameiro falou sobre a importância da proteção solar desde a infância para manter a pele bonita até a maturidade. “É necessário ter uma exposição solar equilibrada e com proteção. O sol não pode ser considerado vilão, pois é uma das formas mais eficazes para a produção da vitamina D. Manchas, rugas e sinais de aspereza são mais relacionados ao envelhecimento causado por cigarro, radiação ultravioleta e poluição atmosférica”. O médico dermatologista explicou ainda que o ressecamento é um dos principais problemas de pele em idosos: “O primeiro cuidado deve ser beber bastante de água. No banho, usar sabonetes à base de glicerina e evitar bucha. Em seguida, passar hidratante, repetindo a ação duas a três vezes ao dia”.

O médico Alexandre Kalache disse que as doenças que acometem a pessoa idosa são as mesmas que acometem os jovens e adultos. “A falta de investimento em saúde pública faz com quem tenhamos doenças precoces por falta de políticas de promoção à saúde. O prêmio de ter envelhecido vira um castigo em decorrência da desigualdade na velhice”, ressaltou, completando: “Há um mantra que diz ´quanto mais cedo, melhor, mas nunca é tarde demais´. Não se cuidou aos 20? Começa aos 30. Não se cuidou aos 30, começa aos 50. Não foi aos 50, começa aos 80. Porque sempre haverá ganhos, mas quanto mais cedo começar, melhor. Isso vale para nós individualmente e também para o governo e o Congresso. Se não começaram a se preparar para o envelhecimento da população, que comecem agora.”

Os excessos praticados pela indústria da beleza foram abordados pelo vice-presidente da SBD, Sérgio Palma, na terceira mesa, que contou com as participações do maquiador e fotógrafo Fernando Torquatto, do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus e da atriz Rosamaria Murtinho, de 82 anos.

“A indústria da beleza, com muitos profissionais não habilitados e mesmo alguns médicos que não têm postura ética, pode levar a exageros e à busca desenfreada pela juventude”, disse Sérgio Palma, salientando que a população brasileira tem acesso a diferentes tratamentos e procedimentos que trazem melhor qualidade da pele sem envolver produtos e tecnologias caras nas unidades públicas de saúde por meio dos Serviços Dermatológicos Universitários Credenciados pela SBD.

Procurar um profissional com bom treinamento é essencial para garantir a segurança do tratamento e para bons resultados.

Leia o caderno especial sobre envelhecimento publicado pelo O Globo neste domingo (26/8).

Mais sobre o assunto:

Envelhecimento com saúde e beleza

A nova onda é envelhecer com naturalidade (Publicado por Marie Claire)

Fotos: Fábio Cordeiro / O Globo


25 de agosto de 2018 0

Ficam os senhores associados quites com as suas obrigações associativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) convocados na forma do seu Estatuto Social para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária e Assembleia Geral Extraordinária, que serão realizadas conjuntamente no dia 8 de setembro de 2018, às 15h30min, em primeira convocação.

Caso não seja atingindo o quórum necessário, serão realizadas às 15h45min em segunda convocação, no Teatro Positivo, localizado no Expo Unimed Curitiba, Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, Campo Comprido, Curitiba – PR, com a seguinte Ordem do Dia:

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA:
1. Palavra do Presidente;
2. Inscrição para Assuntos Gerais;
3. Relatório da Secretaria-Geral;
3a. Quadro Social Atualizado;
3b. Atividades da Atual Diretoria até julho de 2018;
3c. Resumo das Deliberações do Conselho Deliberativo;
4. Relatório da Tesouraria;
5. Aprovação de Contas do Exercício de 2017;
6. Posse dos membros da Diretoria-Executiva para a gestão do biênio 2019/2020;
7. Assuntos Gerais.

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA:
1. Alteração do Estatuto da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A proposta de alteração do Estatuto encontra-se disponível neste link.

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2018.

José Antônio Sanches
Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia


23 de agosto de 2018 0

O uso da toxina botulínica, em dermatologia, visa à atenuação de rugas dinâmicas da face e do pescoço, e ao tratamento do excesso de transpiração (hiperidrose). A toxina botulínica, obtida pela cultura de bactérias Clostridium botulinum, é um tratamento farmacológico local para músculos hiperativos que age bloqueando temporariamente a liberação do neurotransmissor acetilcolina nas junções neuromusculares, o que desencadeia um processo de inatividade muscular por denervação química, permitindo o relaxamento provisório dos músculos atingidos.

Existem, no mercado brasileiro, diferentes preparações de toxina botulínica tipo A. O médico tem que estar devidamente treinado para fazer a diluição do frasco do medicamento e aplicá- lo na dose correta em cada ponto de injeção. A indicação do tratamento se baseia em diagnóstico médico, e sua aplicação com agulhas transfixa a barreira da pele.

Em geral, os efeitos adversos mais comuns são secundários à injeção de toxina botulínica, como equimose, eritema, dor e edema. As maiores complicações ocorrem quando a toxina atinge músculos adjacentes que não são alvos do tratamento, por difusão ou migração, por causa da aplicação em locais inadequados, erro de técnica, como queda da pálpebra superior e/ou das sobrancelhas, visão dupla, assimetria do sorriso e boca seca. Outras ocorrências referidas são edema e aparência de inchaço nas pálpebras inferiores. A queda da pálpebra superior é secundária à difusão da toxina para o músculo elevador da pálpebra, que pode ocorrer após tratamento da glabela (rugas entre as sobrancelhas). A assimetria do sorriso pode ocorrer após o tratamento do sorriso gengival e das rugas labiais.

Assim, a aplicação da toxina botulínica, apesar de ser hoje uma técnica muito divulgada, é um tratamento médico que deve ser feito de forma criteriosa, tanto na seleção do paciente, como na aplicação correta, para se atingir bons resultados e evitar complicações graves. O médico deve ter conhecimento abrangente da anatomia facial, incluindo não somente os músculos a serem tratados, mas também a inervação e a circulação. Precisa, ainda, ser capaz de identificar possíveis patologias subclínicas que possam ser contraindicações formais ao tratamento.

A SBD esclarece e alerta a população sobre os perigos da realização de procedimentos invasivos por não médicos, sejam esses procedimentos diagnósticos, terapêuticos ou estéticos.

A Lei do Ato Médico (Lei Federal nº 12.842/2013) define os atos privativos de médico no seu art. 4º, entre eles a indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos. Dessa forma, biomédicos, farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas e odontologistas não possuem em suas leis regulamentadoras autorização para a realização de procedimentos invasivos estéticos como aplicação de toxina botulínica, ácido hialurônico, microagulhamento, peelings (médios e profundos) e laser, por exemplo.

Nesse sentido e acreditando no estado democrático de direito em vigor no Brasil, onde às profissões regulamentadas somente é permitido a realização de atos prévia e expressamente previstos em lei, a SBD reitera que somente o médico possui essa autorização legislativa.

Ademais, é essencial destacar que o médico dermatologista estuda 6 anos na faculdade de medicina e mais três anos de formação na residência médica para ser especialista em dermatologia. Além da aprovação no Exame de Título de Especialista da Associação Médica Brasileira (AMB) com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Finalmente, é essencial alertar a população de que a realização desses procedimentos invasivos por não médicos caracteriza exercício ilegal da Medicina e pode acarretar danos às pessoas como os amplamente noticiados recentemente pelos meios de comunicação.

Ressaltamos que não se trata aqui de uma briga entre profissões ou uma reserva de mercado, mas sim uma luta em defesa da saúde da população e de se tentar respeitar no Brasil a lei que regulamenta as profissões e a Constituição Federal. A SBD respeita todos os profissionais da área da saúde e conclama todos a seguirem e obedecerem as definições estabelecidas em suas leis regulamentadoras.

As constantes vitórias do movimento médico junto ao Poder Judiciário, anulando atos administrativos de outras profissões, dão prova de que as autoridades começam a agir de forma específica sobre o tema.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia é a única instituição reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), como representante dos dermatologistas no Brasil.

Para mais informações acesse nosso site: www.sbd.org.br.


22 de agosto de 2018 0

Não é só na política que as chamadas "fake news" causam estragos. Na área da saúde, as redes sociais se tornaram terreno fértil para a propaganda de tratamentos estéticos duvidosos que oferecem resultados fabulosos e a preços baixos. Não por acaso, crescem também os problemas por procedimentos realizados por pessoas não habilitadas e em locais e condições inadequados. Uma combinação perigosa que pode trazer sérios riscos para quem se aventurar por um desses tratamentos "milagrosos", oferecidos atualmente em larga escala na internet.

 "Desconfie sempre dos exageros na publicidade de tratamentos estéticos, sobretudo em mídias socials", avisa a médica dermatologista, integrante da Câmara Técnica de Dermatologia do CFM (Conselho Federal de Medicina), Débora Ormond.

"Existem pessoas que publicam reiterados elogios e fotos de resultados cirúrgicos estéticos de determinado profissional por ganharem descontos nos procedimentos." Na opinião da médica, não existe problema em divulgar o trabalho médico, desde que seja de caráter informativo, com clareza e feita de maneira honesta.

"O sensacionalismo e a autopromoção são totalmente proibidos pelo CFM justamente como forma de proteção ao próprio paciente", afirma Ormond.

Para realizar o tratamento com segurança, alguns cuidados básicos devem ser tomados. Procedimentos invasivos estéticos devem ser realizados por médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos com registro de qualificação profissional, observa e presidente da SBD do Rio Grande do Sul, Clarissa Pratti. "Além disso, é importante que estes procedimentos sejam realizados em estabelecimentos habilitados pela Vigilância Sanitária e equipados com materiais para atendimento de emergências médicas, a fim de reduzir os riscos na assistência ao paciente", reitera a médica.

Cuidado com as contraindicações

A demanda em consultórios dermatológicos por complicações de procedimentos estéticos realizados por profissionais não habilitados vem aumentando bastante, ressalta a médica dermatologista Débora Ormond. "Os problemas vão desde queimaduras superficiais, resultando em cicatrizes permanentes a perdas teciduais com graves deformidades decorrentes de necrose de nariz e lábios, e ainda os casos extremos, como óbitos decorrentes de preenchimentos em glúteos, fatalidade que pode ser evitada."

Outro aspecto que demanda cuidado são as possíveis contraindicações que tratamentos podem apresentar por razões diversas e que, segundo Ormond, variam de acordo com perfil de cada pessoa.

“A característica da pele (cor do paciente) contraindica determinados ácidos utilizados em peelings químicos, como alguns tipos de lasers", informa a médica.

A especialista acrescenta a importância de saber diagnosticar lesões pré-cancerosas ou mesmo um melanoma entre as manchas na pele onde o paciente deseja tratar.

A lista de cuidados não termina aí: algumas doenças, o uso de certos medicamentos e a presença de infecções no local a ser tratado são fatores que demandam atenção.

Por isso, a dica é: procure sempre um profissional qualificado, que saiba fazer um diagnóstico corretamente e que tenha condições de tratar possíveis complicações decorrentes do procedimento.

Fonte: Jornal Metro


22 de agosto de 2018 0


A presidente da SBD-DF, Simone Karst; o presidente da SBD, José A. Sanches; a ex-presidente da SBD Bogdana Kadunc; a secretária-executiva da CNRM, Rosana Leite Melo, o presidente da AMB, Lincoln Ferreira, e o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma

Nesta quarta-feira (22/8), a Matriz de Competências da Dermatologia foi debatida em reunião plenária da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), no Ministério da Educação (MEC), em Brasília (DF). Participaram do encontro o presidente e o vice-presidente da SBD, José Antonio Sanches e Sérgio Palma; as dermatologistas Bogdana Kadunc (ex-presidente da SBD), Simone Karst (presidente da SBD-DF) e Mirian Lane Castilho (chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Dr. Anuar Auad – HAA, Goiás). Também esteve presente o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Ferreira.

A visão da SBD sobre a dermatologia foi apresentada pelo presidente José Antonio Sanches, que também falou sobre o trabalho e atuação da SBD, única instituição reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no Brasil.

Em sua participação, a secretária-executiva da CNRM, Rosana Leite Melo, enfatizou a importância da matriz de competências: o documento alinha as habilidades que o profissional terá e proporciona aos médicos residentes maior estabilidade, pois terão o mesmo ensino e treinamento em qualquer região do Brasil.


Especialistas debatem Matriz de Competências da Dermatologia

 

 





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