Dermatite Atópica: Confira Os Principais Sintomas E Cuidados



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15 de setembro de 2021 0

A dermatite atópica é uma doença genética, crônica e não contagiosa, cujos principais sintomas são pele seca e erupções que coçam, provocando a descamação da região afetada. Ela acomete principalmente braços, joelhos e pescoço. Rosana Lazzarini, assessora do Departamento de Alergia Dermatológica e Dermatoses Ocupacionais da SBD, destaca que, apesar do incômodo, esse problema de saúde dermatológico tem tratamento.

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Fonte: Portal Doutor Jairo


13 de setembro de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza entre 14 e 30 de setembro diversas ações para a atualização e conscientização de médicos e da população sobre a dermatite atópica (DA).  A campanha inclui a postagem de conteúdos (posts e vídeos) nas redes sociais, a realização de lives sobre o tema, a sensibilização de gestores sobre a importância de qualificar a assistência dos pacientes com este quadro e a divulgação em massa de dados e informações que ajudam a entender o desafio de se diagnosticar e tratar esta doença, em suas diferentes formas.

Sob o slogan "Dermatite atópica: atenção e cuidado com a sua pele", a campanha tem início em 14 de setembro, data mundialmente dedicada à conscientização sobre esta doença. Nas semanas seguintes, a SBD abordará a população sobre aspectos, como o caráter imunomediado da DA, que a torna uma doença não contagiosa. Também serão ressaltados a identificação de sinais e sintomas e as medidas que ajudam no controle do desconforto causado por conta da coceira, espessamento da pele, inflamação de áreas afetadas e recorrência dos quadros.

Em 23 de setembro, Dia Nacional de Conscientização sobre Dermatite Atópica, a SBD realiza uma live – voltada para a população em geral – onde estas e outras questões serão abordadas por especialistas convidados. O encontro, organizado em parceria com a revista Crescer, terá atenção especial para os casos de DA no público infantil. A transmissão ocorrerá, entre 19h30 e 20h30, pelos perfis da publicação no Facebook e no Instagram.

Além dessa abordagem, a SBD divulgará uma série de vídeos curtos em que dermatologistas responderão de forma objetiva dúvidas comuns de pacientes e familiares. Para os associados à instituição, uma atividade feita sob medida acontecerá no dia 21 de setembro, quando, em outra live, os participantes terão acesso a informações técnicas e científicas atualizadas, o que ajudará no aperfeiçoamento da sua conduta clínica e de suas escolhas terapêuticas. A campanha conta com o apoio institucional da Sanofi, Lilly, Abbvie e Pfizer.

Ao longo do mês, outras iniciativas serão realizadas pela SBD em torno deste tema de saúde pública. Dentre elas, a divulgação dos resultados de uma pesquisa sobre a percepção dos brasileiros sobre essa doença. Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, esta campanha supre uma lacuna no que se refere à conscientização dos brasileiros sobre o que é a dermatite atópica. "Apesar de atingir milhões de pessoas, em algumas situações de forma grave, esta doença não costuma ser discutida com a profundidade que merece. Isso implica em prolongar situações de perda de qualidade de vida e de bem-estar para pacientes. Esperamos que com este alerta esta situação mude", disse.

Dermatite – A dermatite atópica é uma doença genética, crônica e não contagiosa. Entre seus sintomas estão: pele seca e erupções que coçam, provocando a descamação da região afetada. Ela acomete principalmente braços, joelhos e pescoço. Rosana Lazzarini, assessora do Departamento de Alergia Dermatológica e Dermatoses Ocupacionais da SBD, destaca que, apesar do incômodo, este problema de saúde dermatológico tem tratamento.

Segundo conta, o tratamento a ser prescrito dependerá da idade do paciente e da gravidade da dermatose. "Podem ser utilizadas medicações com ação anti-inflamatória, aplicadas diretamente na pele, por alguns períodos. São cremes ou pomadas (corticosteróides e inibidores da calcineurina) que devem ser adequados à faixa etária do usuário e à localização das manifestações da DA", ressaltou.

Em alguns casos, os médicos podem indicar ainda medicações orais, na tentativa de reduzir a coceira. Eventualmente, ainda há possibilidade de uso de antibióticos, quando há infecção concomitante. Já o emprego de emolientes e hidratantes é indicado para todos, independentemente da idade. Estes produtos podem ser aplicados de forma constante sobre a pele, em todas as faixas etárias. A assessora alerta ainda para outras medidas que ajudam a evitar o surgimento de lesões e coceira: a adoção de sabonete suave (com pH próximo ao da pele) e o controle da temperatura da água do banho, que não deve ser quente.

Em situações de maior gravidade, a assessora do Departamento avisa serem necessários tratamentos mais complexos, como fototerapia (uso de radiação ultravioleta de maneira controlada), que auxilia a diminuir a inflamação da pele; e prescrição de imunossupressores (metrotexato, ciclosporina, azatioprina) e de imunomoduladores (dupilumabe, inibidores de JAK). Assistência em ambiente hospitalar não é descartada: "internações podem ser necessárias em casos muito graves, para controle da doença", afirmou.

Cuidados – Por ser de origem genética, até o momento, são desconhecidas formas objetivas de prevenção à dermatite atópica. Por conta disso, a especialista da SBD chama a atenção para a importância das medidas de tratamento e controle da doença. Neste sentido, independentemente de diagnóstico, Rosana Lazzarini acredita que a hidratação da pele é uma prática que deve ser incorporada à rotina desde cedo, assim com a adoção de banhos rápidos, com água morna ou fria, e o uso de sabonetes suaves.

Ela lembra ainda a influência que o ambiente tem sobre a doença. O calor em excesso piora as lesões. Por sua vez, o clima frio e seco aumenta o ressecamento da pele, o que agrava a coceira relacionada. Sabe-se ainda que a frequência da dermatite atópica atinge mais moradores de áreas urbanas do que os de regiões rurais. 

Rosana Lazzarini também chama atenção para o impacto que a dermatite atópica tem sobre a saúde mental de pacientes e familiares, bem como sobre a vida em sociedade. "A dermatite atópica traz impactos psicológicos, principalmente em casos mais intensos. Isso decorre de ser aparente e por causar distúrbios do sono. Pacientes com DA têm muita coceira nas lesões, o que não os deixa dormir de maneira adequada. Quando são crianças, os pais sofrem do mesmo problema, pois o incomodo causado prejudica o repouso de toda a família", complementa. 

Finalmente, a especialista enfatiza outro fator que dificulta a vida dos pacientes: a doença pode passar despercebida por médicos que não são dermatologistas. Assim, o atraso no diagnóstico, retardará também o início do tratamento. "O reconhecimento precoce da dermatite atópica pelo especialista é fundamental para uma melhor qualidade de vida do paciente. Portanto, esta campanha da SBD reforça a necessidade de termos mais ações de esclarecimento e difusão sobre a doença, inclusive entre os profissionais da medicina", finaliza.


13 de setembro de 2021 0

Por questões sociais, culturais, de trabalho e, sobretudo, de saúde, os banhos diários devem ser realizados e estimulados. A orientação à população é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) que, com o Guia do banho, lançado nesta segunda-feira (13), se posiciona diante de uma série de notícias veiculadas em sites e redes sociais que afirmam que esse ritual de higiene e limpeza traria prejuízos para a pele, como a retirada de camadas de proteção que ajudam a mantê-la hidratada.

ACESSE A ÍNTEGRA DO GUIA DO BANHO

No texto, essa informação é desmentida. Além disso, o Guia lembra que o banho diário “ajuda o organismo a se manter saudável e equilibrado, eliminando impurezas, inclusive as causadas pela poluição e pelo suor, trazendo a sensação de bem-estar”.

Limpeza – Dentre os pontos abordados no documento dos dermatologistas, estão orientações práticas sobre o uso de produtos de limpeza corporal, o tempo recomendado para uma ducha e qual a temperatura que a água deve ter. Também se fala sobre o emprego de buchas e esponjas, qual a melhor forma de se enxugar e a importância de se aplicar creme hidratante ao sair do box.

Com essas dicas simples, de fácil compreensão, a SBD espera conscientizar os brasileiros sobre a manutenção desse importante hábito. Os dermatologistas admitem que fatores externos, como o clima, o tipo de atividade realizado e o acesso à água, podem influenciar na quantidade de banhos por dia, porém não podem justificar o abandono dessa rotina, que deve ser diária.

Celebridades – Além das notícias inverídicas que circulam nas redes sociais, a SBD decidiu reforçar a importância do banho em função de manifestações inadequadas de celebridades, que podem influenciar seus admiradores na mudança de hábitos de higiene e limpeza. Alguns artistas renomados declararam em entrevistas que evitam tomar banho por receio de prejudicar a pele.

Em um reality show de veiculação nacional, recentemente realizado, também chamou a atenção do público a baixa frequência de banhos de alguns de seus participantes. Há casos de apenas 27 duchas ao longo de 51 dias de confinamento, ou seja, um banho a cada 45 horas.

Hábito – “Todos queremos ter saúde e manter uma imagem positiva para nós mesmos e diante de nossos familiares, amigos e colegas de trabalho e escola. Para tanto, manter o hábito de tomar banhos regularmente, pelo menos um por dia, é fundamental. Assim, para ajudar você a entender a necessidade dessa rotina de higiene e limpeza, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) preparou esse pequeno guia prático para tornar o seu banho diário ainda mais agradável”, afirma o texto. 

GUIA DO BANHO

10 dicas para tornar seu ritual de higiene um hábito ainda mais agradável

Todos queremos ter saúde e manter uma imagem positiva para nós mesmos e diante de nossos familiares, amigos e colegas de trabalho e escola. Para tanto, manter o hábito de tomar banhos regularmente, pelo menos um por dia, é fundamental.

Assim, para ajudar você a entender a necessidade dessa rotina de higiene e limpeza, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) preparou esse pequeno guia prático para tornar o seu banho diário ainda mais agradável.

Leia e compartilhe essas recomendações simples, mas que podem fazer a diferença na sua vida e nas das pessoas que você gosta e com quem convive.

  1. O banho diário é um hábito que deve ser praticado e estimulado nas diferentes faixas etárias, pois a falta de higiene pode ser prejudicial à saúde, em especial neste período de pandemia, quando a limpeza da pele e cabelos, ajuda na proteção contra o coronavírus. Porém, há outros problemas que podem ocorrer pela falta de banho e higiene. São exemplos: micoses, doenças infecciosas por bactérias, agravo do envelhecimento cutâneo pela deposição na pele de hidrocarbonetos da poluição ambiental e impregnação por detritos de descamação cutânea e oleosidade.
  2. A definição da quantidade de banhos por dia deve levar em conta questões ambientais (temperatura, umidade, clima), o tipo de atividades praticadas em cada período e o acesso à água, entre outros fatores.
  3. O hábito do banho ajuda o organismo a se manter saudável e equilibrado, eliminando impurezas, inclusive as causadas pela poluição e pelo suor, trazendo sensação de bem-estar.
  4. A rotina de limpar o corpo com o banho diário com água fria e morna não compromete a camada de sebo que ajuda na hidratação da pele.
  5. O banho deve ser curto. O tempo de duração varia de cinco a dez minutos. Recomenda-se o uso de água fria ou morna, evitando-se a com temperatura elevada.
  6. A água quente contribui com o ressecamento da pele e dos cabelos. Por sua vez, a água fria ajuda a aumentar os níveis de alerta e a liberação de endorfina. Além disso, os banhos desta forma são mais econômicos pelo menor gasto de eletricidade.
  7. O uso de produtos de limpeza corporal (sabão e sabonetes, em barra, líquido ou gel) deve ser adotado, especialmente os de pH próximo a 5, que é o pH natural. Eles facilitam a retirada de impurezas e mantêm a integridade da pele.
  8. Não se recomenda o uso rotineiro e indiscriminado de sabonetes antissépticos em todo o corpo, pois, geralmente, têm um pH alcalino (alto), o que danifica a integridade da barreira natural da pele.
  9. Durante o banho, sugere-se evitar também o uso excessivo de produtos de limpeza. Quando aplicados, devem ser usados predominantemente nas mãos, pés e regiões de dobras (axilas, mãos, pés, pescoço, entre glúteos, perianal e genitais). Também não se recomenda esfregar demais a pele com buchas ou esponjas.
  10. Recomenda-se o uso de hidratante logo após a ducha, se possível ainda dentro do banheiro, o que facilita a penetração do creme na pele. Por sua vez, o enxugamento do corpo deve ser feito de forma suave, sem movimentos bruscos.

8 de setembro de 2021 0

O Brasil acumulou mais de 360 mil casos de sífilis entre janeiro de 2018 e junho de 2020, revelam os últimos dados disponíveis sobre o assunto. O problema é que este quadro pode não retratar a realidade do País. Especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que fizeram o levantamento a partir de bases do Ministério da Saúde, com a pandemia de covid-19, que tem impactado negativamente na realização de consultas e de exames de prevenção, estima-se que milhares de pacientes não procuraram os serviços de saúde ao manifestarem sinais e sintomas dessa doença.

CONFIRA OS DADOS COMPLETOS DE 2010 A 2020

Para os dermatologistas, são altas as chances de um quadro instalado de subnotificação, o que compromete as estratégias de enfrentamento desse problema de saúde pública. Os últimos números disponibilizados pelo Ministério da Saúde, referentes ao intervalo de janeiro a junho de 2020, dão conta de 49 mil ocorrências de sífilis adquirida. Isso corresponde a uma média de 8,2 mil casos registrados por mês, ou seja, uma queda de 36% em comparação ao que foi informado a cada 30 dias em 2019.

Vigilância – Já entre janeiro e dezembro de 2019, o sistema de vigilância epidemiológica apontou a existência de 152,9 mil casos de sífilis adquirida, o que representa uma média mensal de 12,8 mil registros. Em 2018, o acumulado no ano havia sido de 158,9 mil ocorrências, ou 13,2 mil por mês. Apesar da constatação de uma tendência de queda – de um ano para outro -, essa variação não chegou a 4% no pré-pandemia (2018-2019).

“Mesmo que os números continuassem a cair, que é o desejado por todos, dificilmente isso ocorreria numa proporção em torno de 30%. A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que tem preocupado muito os médicos pela forma endêmica como se instalou no Brasil, muito em função de padrões de comportamento e de lacunas nas políticas de prevenção e tratamento”, afirma Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD. 

O quadro da sífilis se agrava quando se amplia a série histórica. Entre 2010 e 2020, o Brasil alcançou a soma de 783 mil casos de sífilis adquirida, seguindo uma proporção de crescimento exponencial. Há 11 anos (2010), foram registradas 3.925 ocorrências dessa infecção. Uma década depois, esse número foi 39 vezes maior (152,9 mil). A taxa de detecção seguiu o mesmo ritmo. Ela cresceu 34 vezes: foi de 2,1 registros por grupo de 100 mil habitantes, em 2010, para 72,8, em 2019.

Mulheres grávidas – Pelos dados do Ministério da Saúde, essa infecção afeta principalmente a população masculina. Entre 2010 e 2020, dos quase 800 mil casos registrados 59,8% eram homens. As mulheres representavam 40,2%. No entanto, mesmo com um percentual menor, elas agregam um fator a mais de preocupação, pois muitas manifestam sintomas durante a gestação, com alto risco de contaminação dos recém-nascidos, dando origem à sífilis congênita. 

No período de 2010 a 2020, foram 357,1 mil mulheres diagnosticadas com sífilis adquirida durante a gravidez. A maioria delas estava na faixa etária dos 20 aos 29 anos (53% dos casos). Na sequência, apareciam, respectivamente, pacientes de 15 a 19 anos (25%); e de 30 a 39 anos (19%). Outros períodos etários somavam apenas 3%.  Outro indicativo relevante é a baixa escolaridade das infectadas. 

Ensino e poder aquisitivo – Do total de mulheres grávidas com sífilis, 29% tinham o ensino fundamental incompleto, o que sugere a maior prevalência em populações socioeconomicamente mais vulneráveis. Em seguida, estavam os grupos com ensino médio completo (17%); médio incompleto (14%); e fundamental completo (10%). Aquelas com ensino superior representavam apenas 2% e as analfabetas 1%. No entanto, 27% não informaram escolaridade.

Outro dado que reforça o maior risco ao qual a população com menor poder aquisitivo ou grau de instrução está exposta é o de origem étnica das infectadas. Mais da metade (55,9%) das mulheres com sífilis adquirida, entre 2010 e 2020, eram pardas e 9,9% pretas. Por sua vez, as grávidas da cor branca somavam 23,7% dos registros; amarelas e indígenas, juntas, eram apenas 0,4% do total. As que não fizeram declaração de cor/raça chegam a 9,7%.

Segundo os dados oficiais, a sífilis congênita – relacionada diretamente à contaminação de mulheres – também é um problema em crescimento. Nos primeiros seis meses de 2020, o País registrou 8,9 mil diagnósticos da doença em recém-nascidos, ou seja, 1,5 mil pacientes a cada mês. Onze anos antes, em 2010, a média era bem menor e girava em torno de apenas 579 registros mensais. Na comparação do período de 2010 a 2019, os casos saltaram de 6.946 para 24.130 diagnósticos ao ano.

Subnotificação – Para o coordenador do Departamento de IST & Aids da SBD, Márcio Soares Serra, o quadro de subnotificação deve ser observado com bastante atenção, uma vez que pode agravar a situação em longo e médio prazos. "Muita gente não tem conseguido ou tem receio de agendar consultas por causa da covid-19. Há, por exemplo, a diminuição de pré-natal entre as mulheres. Outro ponto é que não temos uma busca ativa de contactantes no Brasil. Além disso, apesar da sífilis ser uma doença de notificação obrigatória, nem sempre isso é feito. Somados, todos esses fatores podem complicar ainda mais nossa situação epidemiológica”, disse. 

Segundo Márcio Serra, o diagnóstico precoce faz com que o paciente tenha mais chances de não desenvolver formas mais graves da doença. "A sífilis primária e a secundária podem evoluir sem tratamento. Caso o paciente permaneça com síndrome latente por muito tempo, vai continuar transmitindo. Acho que esse é um dos piores fatores que pode agravar ainda mais o que temos visto atualmente", enfatizou. Ele também alerta para a falta de campanhas de conscientização de doenças sexualmente transmissíveis. "Antigamente, tínhamos campanhas de ISTs durante o Carnaval e outros períodos. Agora, nem isso", lamentou. 

Tendência – A alta prevalência dessa infecção sexualmente transmissível aparece também em outros países. Nos Estados Unidos, na última década, a sífilis se consolidou como um problema de saúde pública. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), em 2019, foram notificados 129.813 casos naquele país. Desde que atingiu uma baixa histórica em 2000 e 2001, a taxa de sífilis entre os norte-americanos vem aumentando anualmente, com variação de 11% a mais nos números, quando se comparam 2018 e 2019 (último dado disponível).

“Essa é uma tendência internacional e o Brasil faz parte do grupo de nações com números alarmantes. Por ser uma doença com evolução grave, até mesmo fatal se não tratada adequada e precocemente, é fundamental que médicos e autoridades públicas permaneçam em alerta, atuando em ações educativas de prevenção e apoiando as fases de diagnóstico e tratamento”, avalia Heitor de Sá Gonçalves. 

Sinais e sintomas – Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) com diferentes estágios de evolução e variados sintomas clínicos, entre eles, manifestações dermatológicas. Conforme salienta o vice-presidente da SBD, embora ainda seja altamente prevalente, a doença tem tratamento simples e eficaz, por meio do uso de penicilina benzatina, que é administrada de acordo com o estágio clínico do paciente.

A sífilis pode ser classificada como sífilis primária, secundária, latente ou terciária. No estágio primário, ela geralmente se apresenta como uma pequena ferida, no local de entrada da bactéria (pênis, vagina, colo uterino, ânus ou boca), que aparece alguns dias após o contágio. A ferida normalmente é indolor e desaparece sozinha, depois de poucas semanas.

Estágios – Quando a infecção não é tratada, a bactéria permanece no organismo e a doença evolui para os estágios de sífilis secundária (quando podem ocorrer manchas, pápulas e outras lesões no corpo, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas) ou então sífilis latente (fase assintomática, quando não aparece mais nenhum sinal ou sintoma).

Após o período de latência, que pode durar de dois a 40 anos, a doença evolui para a sífilis terciária, condição grave que leva à disfunção de vários órgãos e pode causar a morte do paciente, costumando apresentar lesões ulceradas na pele, além de complicações ósseas, cardiovasculares e neurológicas.

Além da sífilis adquirida, outra forma de manifestação dessa IST é a sífilis congênita, transmitida por via placentária da mãe para o filho. A condição provoca diferentes sintomas no recém-nascido, como: baixo peso ao nascer ou dificuldade de ganhar peso; sequelas neurológicas; inflamação articular; dores nos ossos; perda visual; audição reduzida ou surdez; entre outros. A doença comumente é responsável por abortos espontâneos, prematuridade e óbito neonatal.

Prevenção – O uso do preservativo masculino ou feminino durante a relação sexual é a forma mais segura de prevenção contra a sífilis. Todo paciente que mantem atividades sexuais de risco ou se expõe a relações desprotegidas deve procurar o mais rápido possível uma unidade de saúde para realizar o teste rápido de detecção da sífilis. O exame é de graça na rede pública.

As gestantes também devem testar para a sífilis. Se a grávida receber o diagnóstico e realizar tratamento adequado, é possível prevenir a transmissão para a criança. “Por isso, é de suma importância insistir na testagem de pacientes com vida sexual ativa. Aos dermatologistas, a recomendação da SBD é para que redobrem a atenção, uma vez que as manifestações na pele são sinais relevantes e recorrentes neste tipo de infecção”, concluiu Sá Gonçalves. 
 


8 de setembro de 2021 0

Um total de 1.911 médicos e membros de equipes que atuam em postos de saúde foram capacitados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para fazer a prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase. As atividades, realizadas entre junho e julho, beneficiaram profissionais de sete estados (Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco e Tocantins), que foram escolhidos com base em critérios epidemiológicos, por conta dos altos índices de incidência e prevalência da doença em seus territórios.

Como desdobramento do projeto contínuo de qualificação da assistência aos pacientes, visando, sobretudo, facilitar o diagnóstico e o tratamento precoces dessa doença, a SBD articula com o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) uma nova rodada de atividades, ampliando o treinamento a todos os estados brasileiros.

Dados do Ministério da Saúde confirmam a importância deste projeto desenvolvido pela SBD. Entre 2010 e 2019, no Brasil, foram diagnosticados 312 mil novos casos de hanseníase, ou seja, uma média de 30 mil registros por ano. Esse quadro deixa o país na segunda posição no ranking mundial desta doença, atrás apenas da Índia.

Treinamento – A etapa que acabou de ser realizada levou formação específica para quase dois mil médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde. No Maranhão, o treinamento atingiu 595 pessoas. Em Pernambuco, foram 276 beneficiados; no Pará, 275; no Mato Grosso, 266; em Tocantins, 199; na Bahia 171; em Goiás, 129.

A capacitação, que ocorreu na modalidade on-line, permitiu acesso a cinco módulos em vídeo, elaborados por alguns dos maiores especialistas em hanseníase no Brasil. Além de acompanhar as exibições, os participantes puderam tirar dúvidas, em tempo real, respondidas por dermatologistas convidados.

Para o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves, um dos responsáveis pela coordenação deste projeto, a alta frequência demonstra a carência de informações sobre o tema. Deste modo, explica, a iniciativa preenche essa lacuna e fortalece o combate à hanseníase. "O curso foi um sucesso, pois quem participou teve a chance de aumentar seu conhecimento sobre essa doença, ainda tão negligenciada no Brasil. Vale sempre lembrar que quanto mais rápido o diagnóstico, maiores são as chances de cura”, destacou.

Especialistas – O curso foi coordenado por Heitor de Sá Gonçalves (CE) e pela professora Sandra Durães (RJ), responsável pelo Departamento de Hanseníase da SBD. Os especialistas que participaram das aulas foram: Egon Daxbacher (RJ), coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD; professora Maria Araci Pontes (CE), assessora do Departamento de Hanseníase da SBD; Maria Eugenia Noviski Gallo (RJ), colaboradora da Secretaria de  Vigilância Epidemiológica do Estado do Rio de Janeiro; professora Maria Katia Gomes (RJ); professora Maria Leide Wand Del Rey de Oliveira (RJ); Maurício Nobre (RN), assessor do Departamento de Hanseníase da SBD; professora Lúcia Martins Diniz (ES), assessora do Departamento de Hanseníase da SBD;  e Sérgio Palma (PE), ex-presidente da SBD e coordenador científico do Jornal da entidade.

Entre os assuntos abordados durante a formação constavam conteúdo sobre agente etiológico, transmissão e situação epidemiológica; manifestações clínicas e diagnóstico; exame neurológico e prevenção de incapacidades; tratamento e manejo de casos; estados reacionais e seu tratamento; e vigilância de contatos e do potencial incapacitante. O trabalho foi organizado pela SBD, com o apoio institucional do Ministério da Saúde, Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e a ONG DAHW Brasil, de origem alemã. 


8 de setembro de 2021 0

O mês de setembro será importante para a discussão sobre avanços na assistência aos pacientes com hanseníase no País. No dia 17 (sexta-feira), pela manhã, ocorrerá um simpósio internacional sobre o tema, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Especialistas nacionais e convidados estrangeiros vão, juntos, debater diferentes aspectos relacionados a essa doença. 

Novidades no diagnóstico e tratamento da hanseníase, uso de medicamentos e desenvolvimento de pesquisas, entre outros temas, são destaque na programação. Dentre os palestrantes confirmados, estão o italiano Cesare Massone e a britânica Diana Lockwood, considerados duas das maiores referências da atualidade neste tema.

Acesso – O evento será gratuito, on-line e com tradução simultânea para inglês e português. Não é necessária inscrição prévia, bastando acessar o link de acesso enviado por e-mail a todos os associados e residentes e disponível na página do evento no site da SBD. 

A coordenação está sob responsabilidade de Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD, e de Sandra Maria Barbosa Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase. Entre os apoiadores estão, o Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a ONG DAHWL.

“No Brasil, apesar do tratamento ter início nos postos de saúde, os centros de referência na doença, credenciados pelo Ministério da Saúde, são serviços de dermatologia. Por isso, é fundamental que nossos associados participem deste simpósio e acompanhem as últimas novidades sobre o tema”, disse Gonçalves. 

Capacitação – As atividades serão abertas aos dermatologistas associados à SBD e aos médicos e outros membros das equipes de saúde da Atenção Primária que participaram do curso de capacitação em hanseníase, organizado pela Sociedade nos meses de junho e julho. No total, foram capacitados cerca de 1.900 profissionais, distribuídos em sete estados (Bahia, Pernambuco, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Pará e Tocantins).

Segundo o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a hanseníase ainda é um importante problema de saúde pública. “Sabemos da relevância que nossa Sociedade tem na disseminação de informações sobre o assunto entre os dermatologistas, outros profissionais de saúde e a população em geral. Por isso, é tão preponderante a participação neste evento, ampliando a troca de conhecimento e a qualificação da assistência”, ressaltou. 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

08h00 – 8h10 – Abertura – Mauro Enokihara, Heitor de Sá Gonçalves e Sandra Durães.
08h10 – 08h40 – Quimioprofilaxia na hanseníase – Sinésio Talhari.
08h40 – 09h00 – Discussão.
09h00 – 09h30 – 12 doses de PQT: isto é o bastante? – Diana Lockwood (Inglaterra) | Moderador – Gerson Penna.
09h30 – 09h50 – Discussão.
09h50 – 10h20 – Hanseníase e genética: o que nós podemos aprender com esta doença antiga – Marcelo Távora Mira.
10h20 – 10h50 – Pesquisa básica aplicada à hanseníase – Mariane Stefani.
10h50 – 11h10 – Discussão.
11h10 – 10h40 – Correlação clínico-histopatológica e diagnóstico diferencial em hanseníase – Cesare Massone (Itália).
11h40 – 12h00 – Discussão e encerramento.
 


8 de setembro de 2021 0

Já está no ar o novo site da revista Surgical & Cosmetic Dermatology (S&CD), publicação científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A plataforma entra em funcionamento com um novo layout, mais moderno, e novas funcionalidades, com área de notícias e busca avançada de artigos. Uma inovação importante é que tudo estará em formato responsivo, ou seja, com visualização adaptada automaticamente a celulares, tablets e smartphones. O acesso à ferramenta, em português e inglês, pode ser feito pelo endereço www.surgicalcosmetic.org.br.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O NOVO SITE DA S&CD

Outro ganho que chega com a reestruturação do site é a possibilidade de publicação de um fluxo contínuo de artigos ao longo do ano. Anteriormente, isso ocorria apenas a cada trimestre. “Isso permitirá acesso a textos recentes, sem a necessidade de aguardar três meses por uma nova edição. Esse formato é adotado por diversas revistas reconhecidas internacionalmente, ou seja, estamos em sintonia com as melhores práticas do meio científico”, explica Hamilton Ometto Stolf, editor científico da Surgical.

Audiência – Ele acrescenta ainda que as mudanças implementadas permitirão que os novos artigos sejam localizados por meio da busca do Google pelo nome, o que facilita a localização e aumenta significativamente a audiência do site. “Haverá acesso interativo dos textos, sendo que os mais recentes aparecerão entre os destaques na página inicial do site", ressaltou. 

Os ajustes na interface do site, bem como o incremento das funcionalidades, foram desenvolvidos pela percepção de que a plataforma anterior era pouco atrativa e não contribuía com a meta da revista de ampliar seu alcance. Na avaliação de Stolf, a partir de agora, com esta nova ferramenta, S&CD poderá conquistar novas indexações, aumentar o recebimento de artigos e ganhar maior destaque internacional. 

Resultados – "Produzir uma revista científica de alta qualidade e relevância é o que move a equipe editorial da Surgical há mais de 10 anos. Os desafios são enormes, porém os resultados a cada ano mostram que isso é possível, sobretudo com a participação ativa da SBD. Assim, vamos continuar a estimular o aperfeiçoamento de procedimentos cirúrgicos e cosmiátricos, bem como o estudo da oncologia cutânea", afirmou o editor. O trabalho de reestruturação do site contou com a participação e esforço do editor-científico, da co-editora, Bogdana Victoria Kadunc, de todo o corpo editorial e da equipe técnica da SBD.

O presidente da SBD, Mauro Enokihara, considera que a revista está seguindo o exemplo das melhores práticas editoriais, o que traz vantagens para a especialidade e os associados. “Como apoiadores desta iniciativa, buscamos constantemente oferecer aos pesquisadores e profissionais científicos um veículo de comunicação ágil e de qualidade, atendendo aos interesses de todos, independentemente de onde atual, no Brasil e no exterior”, complementou.
 


8 de setembro de 2021 0

Os Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) comemoram uma grande conquista. O Fator de Impacto (FI) da publicação aumentou 69% em 12 meses. Ele passou de 1,121, relativos a 2019, para 1,896, no ano seguinte, de acordo com o Journal of Citation Reports (JCR). Com esse resultado, ela avançou seis posições no ranking internacional que avalia periódicos dedicados à especialidade. Estava no 57ª lugar e agora está no 51ª. 

O FI é considerado como método bibliométrico de avaliação de periódicos científicos. Ele é calculado com base numa fórmula que leva em consideração o número de citações, no exemplo, recebidas em 2020 e número de artigos (citáveis) publicados em 2018 e 2019. Na avaliação do editor científico dos Anais, Silvio Alencar Marques, a performance registrada decorre de inúmeros fatores, principalmente sua maior visibilidade. "Fazer parte do portfólio de uma editora internacional, como a Elsevier, faz diferença", destacou. 

Mudanças – Marques ressalta que a conquista atual tem base no esforço de gestões anteriores, com realce na gestão a partir de 2016, quando os ABD estavam sob a coordenação do professor Sinésio Talhari, período de mudanças na publicação para ampliar o reconhecimento da dermatologia brasileira e ibero-latino-americana. Nesta fase, que foi até 2020, o foco dos Anais recaiu sobre a busca de maior qualidade nos textos e na documentação, com ênfase na dermatologia infecciosa/parasitária, bem como no incremento da exposição dos artigos de todas as seções.

O êxito do trabalho realizado serviu de parâmetro para o grupo que assumiu a coordenação dos ABD em 2021 e que ficará na função até 2026. "Mantivemos a ênfase na qualidade acadêmica, originalidade e conteúdo dos textos, que agregam conhecimento. Um ponto prioritário é melhor documentação fotográfica, clínica e histopatológica, com ênfase na dermatologia tropical e infectoparasitária, pois é o diferencial da dermatologia brasileira em relação ao que é praticado nos Estados Unidos ou na Europa”, explica Marques, que ressaltou a incorporação de duas novas práticas: agilidade nas avaliações dos trabalhos e busca de submissões de artigos produzidos por colaboradores estrangeiros. 

Conteúdo – O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Mauro Enokihara, também comemorou os números alcançados pela publicação que tem o apoio da atual Gestão. “A dermatologia é uma especialidade riquíssima em conteúdo, que deve ser divulgado. Estimular e subsidiar a produção científica, publicizando-a junto aos seus associados e à comunidade acadêmica e pesquisadores, é uma das tarefas essenciais da nossa entidade. Nesse sentido, a SBD e os ABD vêm cumprindo seu papel de forma exemplar”, enfatizou. 

O periódico Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) é a publicação científica oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com veiculação ininterrupta desde 1925. Com uma edição lançada a cada dois meses, esta revista divulga estudos, evidências e relatos técnico-científicos originais e inéditos, resultantes de pesquisas, revisões e comunicações na área da dermatologia e especialidades afins. 
 


8 de setembro de 2021 0

Vídeos divulgados por jovens em redes sociais que sugerem o uso indevido de um medicamento para, supostamente, deixar o nariz mais fino preocupam a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Em esclarecimento divulgado à população, a entidade reitera que, até o momento, não há pesquisas ou estudos científicos válidos que reconheçam segurança e eficiência nesta prática que tem sido alardeada.

ACESSE A ÍNTEGRA DO ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE

Além disso, a SBD reitera que o consumo indiscriminado da isotretinoína (vendida com diferentes nomes comerciais no Brasil), sem necessidade e acompanhamento adequado, deixa a pessoa exposta a efeitos adversos, que podem ser graves.

Sem comprovação – Em diferentes redes sociais, jovens aderiram a um desafio que viralizou. Somadas, as hashtags “roacutancheck” e “roacutanchallenge” chegam a 29 milhões de visualizações. Nos vídeos, os participantes alegam que tiveram o nariz remodelado após a ingestão da droga, o que não possui comprovação cientifica e coloca em risco a saúde do seu usuário.

A coordenadora do Departamento de Dermatologia Cosmiátrica da SBD, Ediléia Bagatin, informa que a isotretinoína, medicamento controlado com retenção de receita, pressupõe a adoção de uma série de cuidados antes de seu uso.

"É preciso fazer exames para checar as funções do fígado e os níveis de colesterol e triglicerídeos. Essa é uma droga proibida para mulher em idade fértil, pois se ela engravidar existe um risco de 30% do bebê nascer com malformações congênitas”, lembra.

Estudos – No esclarecimento à população, a SBD ressalta que a isotretinoína oral é utilizada há quatro décadas para tratamento sistêmico de acne vulgar moderada a grave com eficácia comprovada. No entanto, acrescenta, na comunidade científica não existem relatos, muito menos estudos clínicos prospectivos e controlados, que tenham sugerido o uso da isotretinoína oral para afinamento de nariz.

“Para receber orientação a respeito de qualquer procedimento estético invasivo ou terapia sistêmica, a SBD frisa a importância fundamental de agendar consulta com um médico dermatologista”, finaliza o esclarecimento emitido, que faz um importante alerta em favor da saúde dos brasileiros.


2 de setembro de 2021 0

Já está no ar o novo site da revista Surgical & Cosmetic Dermatology (S&CD), publicação científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A plataforma entra em funcionamento com um novo layout, mais moderno, e novas funcionalidades, com área de notícias e busca avançada de artigos. Uma inovação importante é que tudo estará em formato responsivo, ou seja, com visualização adaptada automaticamente a celulares, tablets e smartphones. O acesso à ferramenta, em português e inglês, pode ser feito pelo endereço www.surgicalcosmetic.org.br.

Outro ganho que chega com a reestruturação do site é a possibilidade de publicação de um fluxo contínuo de artigos ao longo do ano. Anteriormente, isso ocorria apenas a cada trimestre. “Isso permitirá acesso a textos recentes, sem a necessidade de aguardar três meses por uma nova edição. Esse formato é adotado por diversas revistas reconhecidas internacionalmente, ou seja, estamos em sintonia com as melhores práticas do meio científico”, explica Hamilton Ometto Stolf, editor científico da Surgical.

Audiência – Ele acrescenta ainda que as mudanças implementadas permitirão que os novos artigos sejam localizados por meio da busca do Google pelo nome, o que facilita a localização e aumenta significativamente a audiência do site. “Haverá acesso interativo dos textos, sendo que os mais recentes aparecerão entre os destaques na página inicial do site", ressaltou. 

Os ajustes na interface do site, bem como o incremento das funcionalidades, foram desenvolvidos pela percepção de que a plataforma anterior era pouco atrativa e não contribuía com a meta da revista de ampliar seu alcance. Na avaliação de Stolf, a partir de agora, com esta nova ferramenta, S&CD poderá conquistar novas indexações, aumentar o recebimento de artigos e ganhar maior destaque internacional. 

Resultados – "Produzir uma revista científica de alta qualidade e relevância é o que move a equipe editorial da Surgical há mais de 10 anos. Os desafios são enormes, porém os resultados a cada ano mostram que isso é possível, sobretudo com a participação ativa da SBD. Assim, vamos continuar a estimular o aperfeiçoamento de procedimentos cirúrgicos e cosmiátricos, bem como o estudo da oncologia cutânea", afirmou o editor. O trabalho de reestruturação do site contou com a participação e esforço do editor-científico, da co-editora, Bogdana Victoria Kadunc, de todo o corpo editorial e da equipe técnica da SBD.

O presidente da SBD, Mauro Enokihara, considera que a revista está seguindo o exemplo das melhores práticas editoriais, o que traz vantagens para a especialidade e os associados. “Como apoiadores desta iniciativa, buscamos constantemente oferecer aos pesquisadores e profissionais científicos um veículo de comunicação ágil e de qualidade, atendendo aos interesses de todos, independentemente de onde atual, no Brasil e no exterior”, complementou.
 





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