Tipos de pele




24 de outubro de 2016 0

Normal

A pele normal tem textura saudável e aveludada, produzindo gordura em quantidade adequada, sem excesso de brilho ou ressecamento. Geralmente, a pele normal apresenta poros pequenos e pouco visíveis.

Seca

A perda de água em excesso caracteriza a pele seca, que normalmente tem poros poucos visíveis, pouca luminosidade e é mais propensa à descamação e vermelhidão. Também pode apresentar maior tendência ao aparecimento de pequenas linhas e fissuras. A pele seca pode ser causada por fatores genéticos ou hormonais, como menopausa e problemas na tireoide, e também por condições ambientais, como o tempo frio e seco, o vento e a radiação ultravioleta. Banhos demorados e com água quente, podem provocar ou contribuir para o ressecamento da pele.

Oleosa

Tem aspecto mais brilhante e espesso, por causa da produção de sebo maior do que o normal. Além da herança genética, contribuem para a oleosidade da pele os fatores hormonais, o excesso de sol, o estresse e uma dieta rica em alimentos com alto teor de gordura. A pele oleosa apresenta poros dilatados e maior tendência à formação de acne, de cravos e de espinhas.

Mista

É o tipo de pele mais frequente. Apresenta aspecto oleoso e poros dilatados na “zona T” (testa, nariz e queixo), podendo apresentar acne nesta região e seco nas bochechas e extremidades.


24 de outubro de 2016 0

Informação qualificada é item-chave para a formulação e implantação de programas de saúde pública, como a garantia de diagnósticos e tratamentos adequados a serem oferecidos pelas redes pública e privada. Por esse motivo, esta é uma prioridade nas ações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Para obter informações mais aprofundadas, a SBD realizou um mapeamento para medir a prevalência da psoríase diagnosticada por médicos nas capitais do Brasil. Foi realizada uma pesquisa inédita na América do Sul, que mostra a variação da prevalência da doença nas regiões brasileiras, indo de 0,92% na região Norte a 1,88% na região Sudeste.

Entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, foram contatados, via telefone, 8.947 moradores de 3.002 domicílios de 26 estados brasileiros, constatando-se 117 casos de psoríase com diagnóstico confirmado por médicos, dos quais 59 homens (1,47%) e 58 mulheres (1,15%). Os pacientes diagnosticados têm idades entre 19 e 52 anos.

Segundo Hélio Miot, dermatologista e coordenador da pesquisa que é também professor da Unesp de Botucatu, foram explorados fatores que pudessem explicar a grande variabilidade de prevalências constatada entre as capitas das diversas regiões brasileiras. "Concluímos que a proporção de ancestralidade europeia, a menor incidência solar e a maior densidade de dermatologistas são elementos que se associaram à maior prevalência em algumas capitais", explica. Para o dermatologista Marcelo Arnone, que, ao lado de Hélio Miot e Ricardo Romiti também trabalhou na coordenação do levantamento, algumas capitais podem ter apresentado um percentual de casos inferior a sua prevalência na população.

"Sabemos que, dependendo da região do país, o acesso da população ao sistema de saúde é mais difícil. Podem existir, então, casos não diagnosticados, mas não é possível mensurá-los", diz. Já a prevalência por idade mostrou que os idosos são mais acometidos, com a incidência de 2,29%  entre maiores de 60 anos, contra 0,58% entre menores de 30 anos e 1,39% em adultos entre os 30 e os 60 anos. Das cinco regiões do Brasil, houve mais casos diagnosticados nas regiões Sul e Sudeste.


24 de outubro de 2016 0

Durante o verão, aumentam as atividades realizadas ao ar livre. A radiação solar incide com mais intensidade sobre a Terra, aumentando o risco de queimaduras, câncer da pele e outros problemas. Por isso, não podemos deixar a fotoproteção de lado. Veja a seguir dicas para aproveitar a estação mais quente do ano sem colocar a saúde em risco.

Roupas e acessórios

Além do filtro solar, no verão é importante usar chapéu e roupas de algodão nas atividades ao ar livre, pois eles bloqueiam a maior parte da radiação UV.  Tecidos sintéticos, como o nylon, bloqueiam apenas 30%. Evite a exposição solar entre 10 e 16 horas (horário de verão). As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV.  Outro objeto que tem extrema importância são os óculos de sol, que previnem catarata e outras lesões nos olhos.

Filtro solar

O verão é o momento de intensificar o uso de filtro solar, que deve ser aplicado diariamente, e não somente nos momentos de lazer.  Os produtos com fator de proteção solar (FPS) 30, ou superior, são recomendados para uso diário e também para a exposição mais longa ao sol (praia, piscina, pesca etc.).

O produto deve proteger contra os raios UVA (indicado pelo PPD) e contra os raios UVB (indicado pelo FPS). Aplicar o produto 30 minutos antes da exposição solar, para que a pele o absorva. Distribuí-lo uniformemente em todas as partes de corpo, incluindo mãos, orelhas, nuca e pés. Reaplicar a cada duas horas. Porém, atenção, esse tempo diminui se houver transpiração excessiva ou se entrar na água.

Dica: o uso de fluidos siliconados nas pontas dos cabelos impede que eles se danifiquem com o vento, sol ou maresia.

É importante também proteger as cicatrizes, especialmente as novas, que podem ficar escuras se expostas ao Sol. Já as antigas também devem ser protegidas, pois há risco de desenvolvimento de tumores, apesar de ser um evento raro. A proteção pode ser feita com uso de barreiras físicas como adesivos, esparadrapos ou por meio do uso de filtro solar.

Em crianças, inicia-se o uso do filtro solar a partir dos seis meses de idade, utilizando um protetor adequado para a pele que é mais sensível, de preferência filtros físicos. Recomenda-se buscar orientação com pediatra ou dermatologista sobre qual o melhor produto para cada caso. É preciso que crianças e jovens criem o hábito de usar o protetor solar diariamente.

Alerta: pessoas de pele negra têm uma proteção “natural”, pela maior quantidade de melanina produzida, mas não podem se esquecer da fotoproteção, pois também estão sujeitas a queimaduras, câncer da pele e outros problemas. Assim como as pessoas de pele mais clara, precisam usar filtro solar, roupas e acessórios apropriados diariamente.

 

Hábitos diários

As temperaturas mais quentes exigem hidratação redobrada, por dentro e por fora. Portanto, deve-se aumentar a ingestão de líquidos no verão e abusar da água, do suco de frutas e da água de coco. Todos os dias, aplicar um bom hidratante, que ajuda a manter a quantidade adequada de água na pele.

Alguns alimentos podem ajudar na prevenção aos danos que o sol causa à pele, como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba, pois contêm carotenóides, substância que se deposita na pele e tem importante ação antioxidante. Ela é encontrada em frutas e em legumes de cor alaranjada ou vermelha.

No verão estamos mais dispostos a comer de forma mais saudável, ingerindo carnes grelhadas, alimentos crus e cozidos; frutas e legumes com alto teor de água e fibras e baixo de carboidratos. Apostar nesses alimentos ajuda na hidratação do corpo, previne doenças e adia os sinais do envelhecimento.

No banho, recomenda-se usar sabonetes compatíveis com o tipo de pele, porém, sem excesso. A temperatura da água deve ser fria ou morna, para evitar o ressecamento.

 

Doenças da pele

A combinação sol, areia, praia, piscina e excesso de suor elevam o risco de algumas doenças da pele. Saiba mais a seguir:

  • Micoses: infecções causadas por fungos e que podem ocorrer na pele, unhas e cabelos.  Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como calor, umidade e baixa de imunidade, estes fungos se reproduzem e passam então a causar a doença. Os pés, a virilha e as unhas são os lugares mais comuns em que elas aparecem, mas isso não significa que outras partes do corpo estejam imunes. Vale lembrar que ninguém está livre delas, crianças, jovens, adultos e idosos. A melhor forma de evitá-las é manter hábitos de higiene, como: secar-se bem após o banho, principalmente áreas de dobras da pele, como virilha, entre os dedos dos pés e axilas. Deve-se também evitar andar descalço em pisos constantemente úmidos (lava-pés, vestiários, saunas). Recomenda-se, ainda, evitar calçados fechados o máximo possível, optando pelos mais largos e ventilados. Importante também é usar somente o seu material para manicure.
  • Brotoejas: pequenas bolinhas que surgem, especialmente em bebês, devido ao contato da pele com o suor, principalmente nas “dobrinhas” da própria pele ou das roupas. Podem ser bolhas transparentes com pouca coceira ou “bolinhas” avermelhadas que coçam bastante. Usar roupas leves e soltas e evitar locais muito abafados que propiciam a sudorese excessiva são algumas dicas para evitar brotoejas, sobretudo em pessoas predispostas.
  • Manchas e sardas brancas: as manchas e as sardas brancas surgem devagar e, quando menos se espera, lá estão elas.  Representam danos que os raios solares causaram na pele e aparecem gradativamente com o tempo, principalmente nas áreas expostas da pele.
    As manchas senis ou melanoses solares, em geral, são escuras, de coloração entre castanho e marrom. Surgem em áreas que ficam muito expostas ao sol, como a face, o dorso das mãos e dos braços, o colo e os ombros. Já as sardas brancas aparecem quando há ação acumulativa da radiação solar sobre áreas de pele expostas ao sol de forma prolongada e repetida ao longo da vida. A melhor forma de evitá-las é não se esquecer do protetor solar. Essas lesões são benignas, não evoluem para o câncer da pele, entretanto, recomenda-se avaliação pelo dermatologista para diferenciá-las de lesões suspeitas, que merecem uma avaliação mais detalhada.
  • Acne solar: provocada pela mistura da oleosidade aumentada da pele, sudorese, uso do filtro solar e da própria radiação solar. Recomenda-se lavar o rosto com um sabonete adequado para o tipo de pele, usar tônicos mais adstringentes e filtros solares com base aquosa ou em gel, o que pode diminuir a oleosidade.

24 de outubro de 2016 0

Psoríase, um assunto para todos. É com esse mote que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança sua Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase 2016, em outubro. A falta de informação ainda faz com que a doença, que atinge cerca 3% da população mundial, seja confundida com outros tipos de patologias da pele, do cabelo e das unhas, como alergias, caspa e micoses, o que só aumenta o preconceito. Na nova campanha, a SBD dissemina o assunto, promove o esclarecimento e enfatiza por meio de uma série de ações nas redes sociais, o quanto é importante o apoio de pessoas queridas e de familiares no tratamento da doença. Um dos destaques é um vídeo com o testemunho de duas mulheres jovens que tiveram seus tratamentos bem-sucedidos e o apoio dos familiares sempre presente. A publicitária Letícia Vitti Marçola e a representante comercial Carin Ruela de Sá mostram o quanto se sentiram amparadas e queridas ao terem com quem contar durante o tratamento. Ao longo de outubro a SBD divulga outras peças publicitárias nas redes sociais, contendo situações que reforçam o apoio familiar ao paciente portador de psoríase. Todas elas também estão disponíveis no site www.psoriasetemtratamento.com.br. Veja como ficou o filme produzido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase! A Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase tem apoio dos laboratórios farmacêuticos Abbvie, Janssen, Novartis e Lilly. Ação no Congresso De 25 a 27 de outubro, a Associação Psoríase Brasil, parceira da SBD, promoverá ação de conscientização no Congresso Nacional envolvendo a veiculação do vídeo da campanha e de informações sobre a doença para parlamentares, jornalistas, pacientes e público em geral, além de simpósio com o tema “Entendendo a Psoríase e desmistificando conceitos – novas perspectivas de tratamento da doença e como alavancar qualidade na vida desses pacientes”, a se realizar no dia 27, das 9h às 11h, no Plenário das Comissões (sala a definir), na Câmera dos Deputados. A ação de três dias no Congresso Nacional busca o apoio dos parlamentares e da sociedade civil ao trabalho que as entidades têm desempenhado em prol dos pacientes. Há seis anos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Associação Psoríase Brasil, lutam junto ao Ministério da Saúde para demonstrar a necessidade de melhoria no tratamento de psoríase. Além das atividades em Brasília, as Regionais da SBD realizarão atos de conscientização e alusão ao Dia Mundial da Psoríase em todo o Brasil (29 de outubro).


22 de outubro de 2016 0

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A programação do último dia do 9º Simpósio de Cosmiatria e Laser da SBD e 3º TeraRio, neste sábado (22), no Rio de Janeiro, contou com 17 palestras distribuídas em cinco blocos. O debate teve início às 8h com o bloco de Laser que abordou os temas “Laser na gestação”; “Genitália feminina: tratamento estético e funcional e o laser e a mulher menopausada” e “Tratamentos corporais (celulite, estrias, flacidez)”. Os assuntos geraram movimentação bastante intensa entre debatedores e plateia, que discutiram os temas com grande competência.

“Com relação aos tratamentos corporais existentes, podemos dizer que eles evoluíram muito. Mas para quem vai iniciar, é muito importante checar as informações das empresas com colegas mais experientes, pois as fotos que muitas dessas nos apresentam, mostram ‘milagres’ e não a realidade, principalmente em relação à celulite e flacidez corporal. Também não há mais dúvidas de que para tratamentos corporais é muito importante a associação, tanto de diferentes tecnologias quanto de outros métodos, como aplicação de ácido polilático e outras técnicas para melhorar os resultados”, considera Roberto Mattos, do Departamento de Laser da SBD.

Na sequência, no bloco do TeraRio, um auditório participativo assistiu as aulas “Grupos farmacológicos: doses, efeitos colaterais e interações medicamentosas – carbamazepina, amitriptilina, gabapentina e pregabalina”; “Manejo do prurido”; “Manejo da dor neuropática”; e “Neuralgia pós-herpética: prevenção e tratamento”, aula que contou com a participação do anestesiologista e clínico da dor, Paulo Renato Fonseca.

“Esse bloco do TeraRio foi superinteressante e requisitado, com uma participação ativa da plateia, que utilizou nossa ferramenta de Whatsapp para o envio de diversas perguntas para os debatedores da mesa. A presença de um especialista de outra área também estimulou bastante o interesse e a participação de todos”, comenta o coordenador do TeraRio Egon Daxbracher, que proferiu aula de manejo da dor neuropática. “Para o dermatologista, é importante o domínio desse assunto, pois muitas vezes nos deparamos com algumas situações em que é importante saber manejar, ainda que inicialmente, a conduta para o alívio das dores do nosso paciente”, disse.

O dermatologista Geraldo Magela comandou a sessão de Cosmiatria, a última da manhã, sobre os desafios do melasma, as indicações dos fios de sustentação e o uso da isotretinoina oral (principal droga para o tratamento de espinhas) como ferramenta terapêutica utilizada por dermatologistas para o controle do fotoenvelhecimento. “No caso do uso da isotretinoina oral no fotoenvelhecimento, a substância precisa ser ministrada com cautela, porque é uma droga com altas chances de causar defeitos fetais, caso seja aplicada durante a gestação. As pessoas com idade mais avançada também podem sofrer efeitos colaterais, por causa da função hepática e do metabolismo dos lipídeos (um dos riscos do tratamento via oral com a isotretinoina é o mal funcionamento do fígado). Tudo que existe na literatura a respeito de eficácia e segurança da isotretinoina oral se refere a acne, portanto são necessários mais trabalhos para comprovar a sua eficácia”, enfatiza Edileia Bagatin, do Departamento de Cosmiatria da SBD.

 

MAIS TÓPICOS DA PROGRAMAÇÃO

Na parte da tarde, uma seleção de renomados especialistas discutiu as principais questões científicas que envolvem as áreas de laser e terapias dermatológicas. No bloco de Laser, sob a coordenação de Celia Vitello Kalil, foram debatidas as formas de evitar e tratar complicações em laser, como lesões vasculares, pigmentadas e tatuagem; o tratamento do melasma com radiofrequência microagulhada e/ou drug delivery; e desafios no laser.  

“Esses três blocos de discussão foram bastante produtivos, com aulas que trouxeram muitas novidades, principalmente em relação a combinações de tratamento além do clínico, de doenças como o melasma, as atualizações que estão surgindo para os tratamentos de estrias e as cicatrizes e as complicações do uso de lasers com técnicas inadequadas. Mostrou-se como o laser é usado na correção das consequências em geral e a gama de aparelhos que o mercado oferece, além da necessidade de se conhecer a luz para o bom uso”, relata Celia Kalil.

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O bloco TeraRio, sob a coordenação de Flavio Luz (presidente da SBD-RJ), Ana Luisa Sampaio e Marcio Serra encerrou a programação científica do encontro. Até as 17h30, convidados apresentaram e discutiram com a plateia temas, como “Pitiríase liquenoide”; “Vitiligo”; “Onicocriptose/granuloma piogênico”; e “Olheiras”. Para o dermatologista Flávio Luz, a parceria entre SBD Nacional e Regional deu certo. O médico ressaltou que a conjugação de esforços para a realização de eventos entre a SBD Nacional e as Regionais, contribui para que o associado tenha uma atualização de alta qualidade, prática e econômica.

“Nesse evento tivemos uma conjunção muito harmônica de eventos e de temas e percebemos que o público ficou muito satisfeito, se sentindo bem informado e atualizado. Esperamos que esse modelo seja cada vez mais implementado e utilizado, para racionalizar os recursos e facilitar a vida do dermatologista”, frisa.

Para o presidente da SBD, Gabriel Gontijo, o sucesso do evento conjunto mostra a integração e a força do Sistema SBD, composto pela Nacional e suas Regionais. “Somos a favor de uma agenda científica racional, com a redução do custo do associado na participação de eventos e diminuição da pulverização do investimento da indústria farmacêutica. Repetindo o sucesso obtido no Simpósio de Cosmiatria e Laser realizado conjuntamente com a Radesp, no ano passado, unimos nossas forças com a SBD-RJ para a realização desse evento de altíssimo nível científico, que permitiu ao congressista uma boa atualização de conhecimentos em cosmiatria, laser e clínica fazendo valer o fortalecimento do Sistema SBD”.

O 9º Simpósio de Cosmiatria e Laser da SBD e 3º TeraRio foram realizados conjuntamente pela primeira vez, de 20 a 22 de outubro, no Hotel Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.


21 de outubro de 2016 0

O bloco sobre cosmiatria composto pelos debatedores Maria de Fátima Melo Borges (MG), Geraldo Magela Magalhães (MG) e Vinícius de Oliveira (SP) iniciou os trabalhos do 9º Simpósio de Cosmiatria e Laser e 3º TeraRio na manhã do dia 21. Coordenado pelo dermatologista Carlos Roberto Antonio (SP) a sessão retratou para um público atento os temas “Cosmecêuticos: mitos e verdades”, “Glicação e radicais livres: verdadeiro papel no envelhecimento”, que são dois dos inúmeros mecanismos do fotoenvelhecimento, e “Toxinas botulínicas tipo A disponíveis no mercado: comparando eficácia e segurança à luz de evidências científicas”. O segundo bloco do dia abordou doenças mais comuns no consultório. Nele, os experts cariocas mostraram quais condutas utilizam para o tratamento de eczemas das mãos, pediculose e escabiose, pitiríase versicolor recidivante e hipercromia das dobras.

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Temas diversos

A programação da tarde foi preenchida por três mesas: de laser, teraRio e cosmiatria. Os assuntos abordados em cosmiatria foram os vários tipos de preenchedores disponíveis no mercado; os peelings químicos; e o tratamento por via oral do fotoenvelhecimento, tema considerado bastante polêmico, com muita controvérsia e poucas evidências de eficácia e até de segurança. “O programa da cosmiatria está bem enxuto com poucos tópicos, mas todos eles abordados de uma forma robusta, com maior profundidade e tempo de apresentação pelos palestrantes e de discussão com a plateia, que tem participado ativamente, fazendo muitas perguntas e comentários. Isso está sendo bastante interessante. As pessoas estão elogiando o formato prático do encontro, uma vez que dessa forma é possível abordar esses temas, alguns polêmicos, algumas novidades e atualizações, de uma forma mais profunda, com mais embasamento cientifico e com a participação dos congressistas por meio de perguntas e comentários”, disse a coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD, Edileia Bagatin.

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No bloco de laser, sob a coordenação de Paulo Barbosa, discutiu-se o tratamento da alopecia androgenética com infusão transdérmica de fármacos; o rejuvenescimento facial total associado a tecnologias; e laser fracionados ablativos e não ablativos, ultrassom microfocado para o rejuvenescimento, cicatrizes, estrias. “Uns dos assuntos que estão em voga e que foram discutidos nas aulas de hoje é a radiofrequência microagulhada como opção de tratamento ao laser de CO2 fracionado. Também foi comentado bastante sobre o laser 2940nm, que é um laser fracionado ablativo, que atua na superfície externa da pele, promovendo uma melhora da textura, dos poros e das rugas finas, além dos novos tratamentos de laser de CO2 para rejuvenescimento vaginal, com comentários elogiosos das dermatologistas Lais Rezende, Gabrielle Adames e Michele Souza”, destaca o coordenador do Departamento de Laser da SBD, Paulo Barbosa.

Com mais tempo para o debate e comentários entre palestrantes e plateia, a coordenadora do 3º TeraRio, Ana Luisa Sampaio, frisa que o encontro deste ano está sendo melhor do que nos anos anteriores. “Como organizadores, decidimos aumentar o tempo de discussão e a plateia está interagindo bem mais. O fato de termos disponibilizado as perguntas por mensagem de telefone ajudou a dar privacidade a quem pergunta e a deixar todos encabulados na hora de tirar suas dúvidas. Mesmo os temas bastante comuns estão rendendo discussões enriquecedoras de práticas do dia a dia e peculiaridades de condutas individuais dos médicos”, afirma a dermatologista que hoje ministrou aula sobre as novidades científicas dos antimaláricos, mostrando sua experiência com esses medicamentos.

“Acho que atingi o objetivo com a aula. E amanhã tem mais TeraRio com dois blocos excelentes e distintas: ‘Atualização terapêutica: prurido e dor neuropática’ e ‘Várias condutas para um paciente’”. Mais de 700 dermatologistas do Rio e de outros estados participam deste encontro conjunto realizado pela primeira vez entre a SBD Nacional e a SBD-RJ, mostrando que a união e o respeito mútuo alcançado pelas entidades é o caminho para o desenvolvimento crescente da dermatologia brasileira.


20 de outubro de 2016 0

Começou nesta quinta-feira (20) e vai até sábado (22) o 9º Simpósio de Cosmiatria e Laser da SBD em paralelo com o 3º TeraRio da SBD-RJ, na Barra da Tijuca (RJ). São esperados cerca de 700 especialistas do Rio e do Brasil para atualização científica nos diversos campos de atuação da dermatologia (clínica, cosmiátrica, cirúrgica e investigativa). A parte da manhã foi dedicada a três cursos pré-simpósio: “Toxina botulínica”, “Abordagem volumétrica o rejuvenescimento facial” e “Cosmiatria de cabelos e unhas”. Neste último, sob coordenação das dermatologistas Tatiana Aline, Denise Steiner e Tatiana Villas Boas Gabbi, foram apresentados e debatidos os aspectos cosmiátricos dos cabelos e unhas, fornecendo ao público informações técnicas de procedimentos e produtos utilizados nos salões de beleza.

“O curso estava bastante cheio e todas as pessoas bastante interessadas, com aulas de excelente qualidade que abordaram todos os tipos de produtos para o cabelo, quais características, para que servem, entre outros tópicos. Foram mostrados os tipos de shampoo, de condicionador, de tintura, e quais são contraindicados em determinadas situações, como a gravidez e a lactação”, menciona a ex-presidente da SBD, Denise Steiner. Outro assunto tratado nesse curso foi o envelhecimento capilar: quais os fatores que interferem o envelhecimento do cabelo, o cabelo branco, o processo de oxidação, no quanto que o sol e o fumo interferem nesse tipo de envelhecimento, a parte nutricional, as características da alopecia do idoso e os tipos de tratamento.

“Além disso, houve outras aulas interessantes, como a da Dra. Bruna Duque Estrada sobre couro cabeludo sensível e problemas como dermatite de contato, a microinflamação, alterações iniciais do líquen plano no couro cabeludo, que se confunde muito com a calvície. A Dra. Andreia Serra proferiu uma aula sobre os nutracêuticos, abordando os tipos de vitamina para o cabelo, como deve ser indicado e, por fim, a Dra. Tatiana Gabbi falou sobre unhas fracas e seus tratamentos, mencionando as novidades, como os esmaltes em gel. “As pessoas se interessaram muito pelo assunto e ficaram até o final nos fazendo perguntas. Notamos que o estudo do cabelo está se consolidando em uma área de destaque na dermatologia”, disse Denise Steiner.

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O presidente da SBD, Gabriel Gontijo, na apresentação do bloco “Pérola em laser e outras tecnologias”, coordenado por Paulo Barbosa e Valéria Campos, do Departamento de Laser da SBD Ao longo da tarde, os presentes conferiram três blocos dinâmicos e interativos com uma hora e meia de duração cada, – sendo cerca de 30 minutos destinados a perguntas e discussão com a plateia –, com a apresentação de temas como “Rosácea ocular, hordéolo, calázio”, com a presença da oftalmologista convidada, Luciana Albuquerque; “Acne neonatal e da infância”; “Dermatite seborreica”; “Pérolas em laser e outras tecnologias”; “Tratamento da gordura localizada e flacidez”; “Acne da mulher adulta x hiperandrogenismo x síndrome metabólica” e “Drug delivery”.

 

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Auditório lotado mostra a importância dos temas retratados no evento


19 de outubro de 2016 0

Melhorar o acesso à informação sobre a psoríase e, consequentemente, elevar o acesso ao tratamento médico adequado. Este é o principal mote da Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, que acontece neste mês de outubro, segundo o dermatologista e coordenador da ação, Dr. Marcelo Arnone, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A seguir, ele fala sobre a Campanha e seus focos de atuação.  

Qual o principal foco da mobilização do Dia Mundial da Psoríase (29 de outubro) no ano de 2016?

O mesmo dos anos anteriores: levar informação para que as pessoas conheçam mais sobre a doença e, dessa maneira, motivar os portadores a procurar tratamento médico.

Há iniciativas voltadas a públicos específicos, como as comunidades médica e da saúde ou o decisor político?

Queremos chamar atenção e aumentar o conhecimento da população sobre a psoríase, não só entre os portadores, e assim aumentar o diagnóstico sobre a doença. Se ampliarmos esse conhecimento, aumentaremos as possibilidades de tratamento, incentivando os portadores e as próprias famílias a procurar um dermatologista. Queremos mostrar ao paciente que tem sua qualidade de vida afetada pela doença que ele pode se beneficiar de um tratamento adequado. Nos casos de pacientes com lesões de moderada a grave, queremos mostrar também que existem necessidades de tratamento que hoje não são atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Quais são essas necessidades? 

Um dos tratamentos para psoríase de moderada a grave é a fototerapia (com uso de luz ultravioleta), oferecida em muito poucos locais. Essa é uma das coisas que precisam melhorar. A outra é que, hoje, utilizamos basicamente três medicamentos com os quais conseguimos tratar grande parte dos pacientes. Porém, há uma parcela que necessita de outros medicamentos, os imunobiológicos, que não são fornecidos pelo SUS para a psoríase, apenas para portadores de outras doenças, como a própria artrite psoriásica.

Quais as principais frentes de mobilização para a informação chegar na sociedade?

Nos últimos anos, no dia mundial da Psoríase, 29 de outubro, havia mobilizações feitas em hospitais ou locais públicos em que os médicos levavam panfletos para sensibilizar a população circulante no local. Esse formato ficou ultrapassado com as ferramentas de comunicação digital. Agora, além das redes sociais, temos o site www.psoriasetemtratamento.com.br. Por meio dessas ações e ferramentas a gente tenta fazer com que a informação se propague digitalmente.


19 de outubro de 2016 0

Presidente da ONG Psoríase Brasil desde 2015, Gladis Lima, destaca a importância do papel das campanhas de conscientização no combate e na oferta de informações sobre a enfermidade. Na entrevista a seguir, lista as ações que serão realizadas na Campanha de 2016.  

Como avalia o resultado das campanhas anteriores?

Há um saldo bastante positivo,  houve uma grande mudança. Hoje, já há muito mais informação, há mais especialistas voltados à doença, muito mais pesquisas. São resultados muito bons nesse tipo de ação de combate ao preconceito e à discriminação.

Qual o diferencial da campanha deste ano? Irá focar algum aspecto ou público em especial?

Neste ano, nosso foco é a questão da dificuldade de acesso ao tratamento que o paciente tem na rede pública.  A psoríase continua sendo uma doença sem importância para o poder público, desprezada e invisível. Faremos ações de conscientização voltadas principalmente a parlamentares, em Brasília. Mostraremos a necessidade de criação de um programa de atenção à saúde do paciente, que sofre inúmeros prejuízos à sua qualidade de vida, seja em virtude de diagnósticos incorretos ou tardios, seja pela falta de acesso ao tratamento. Em 2014, a psoríase foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença crônica grave, incapacitante, para qual ainda não há cura. O Relatório da OMS destaca que grande parte do sofrimento causado pela doença pode ser evitado com acesso ao diagnóstico inicial e tratamento adequado. Mas, mesmo sendo signatário, o governo brasileiro ainda não implementou a resolução.

Quais ações estão previstas?

Nos dias 25, 26 e 27 de outubro, a Psoríase Brasil e a Sociedade Brasileira de Dermatologia, estarão no Espaço Mario Covas, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Instalaremos uma tela de LED e apresentaremos um vídeo da campanha e outros com dados sobre a doença, para chamar a atenção dos parlamentares e do público em geral. Haverá também um simpósio, com especialistas, pacientes e representantes da Associação e da SBD, a ser realizado no Congresso, no dia 27 de outubro, numa sala de comissões. O tema é ?Entendendo a psoríase e desmistificando conceitos. Novas perspectivas de tratamento da doença e como alavancar qualidade na vida desses pacientes.?


19 de outubro de 2016 0

Os pacientes que sofrem com a artrite psoriásica – doença inflamatória que atinge as articulações e que afeta de 10 a 20% dos pacientes com psoríase – já têm uma nova opção mais eficaz para o tratamento da afecção. No último mês de junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou duas novas indicações de medicamentos biológicos que inibem a progressão radiográfica da artrite psoriásica em 84% dos pacientes. Estima-se que cerca de 900 mil pessoas sejam portadoras de artrite psoriásica no Brasil. Os novos medicamentos, de síntese biológica, inibem a proteína IL-17A, que tem papel chave no processo inflamatório da doença.

Em dezembro de 2015, já haviam sido aprovados para o tratamento de pacientes com psoríase de moderada a grave. Os medicamentos biológicos são produzidos por biossíntese em células vivas, diferentemente dos medicamentos sintéticos, produzidos por síntese química. Os medicamentos biológicos têm se constituído em grande fonte de novas soluções para diversas doenças, para muitas das quais as terapias tradicionais não têm apresentado respostas adequadas.

Segundo a dermatologista Cláudia Pires Amaral Maia, da SBD, os medicamentos dessa natureza são uma tendência em diversos ramos da medicina. "A cada ano surgem novas opções terapêuticas nesta classe de remédios, fruto de entendimento cada vez maior do mecanismo molecular das doenças", explica. Ela, no entanto, faz um alerta:  "A Anvisa tem liberado medicamentos imunobiológicos para a artrite, mas o que temos de ter em mente é que o uso dessas opções depende muito do quadro do paciente e das comorbidades associadas. Os medicamentos são bastante efetivos, mas têm efeitos colaterais que precisam ser avaliados criteriosamente pelo médico que está assistindo o paciente". 





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