Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza pesquisa inédita na América do Sul



Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza pesquisa inédita na América do Sul

24 de outubro de 2016
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Informação qualificada é item-chave para a formulação e implantação de programas de saúde pública, como a garantia de diagnósticos e tratamentos adequados a serem oferecidos pelas redes pública e privada. Por esse motivo, esta é uma prioridade nas ações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Para obter informações mais aprofundadas, a SBD realizou um mapeamento para medir a prevalência da psoríase diagnosticada por médicos nas capitais do Brasil. Foi realizada uma pesquisa inédita na América do Sul, que mostra a variação da prevalência da doença nas regiões brasileiras, indo de 0,92% na região Norte a 1,88% na região Sudeste.

Entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, foram contatados, via telefone, 8.947 moradores de 3.002 domicílios de 26 estados brasileiros, constatando-se 117 casos de psoríase com diagnóstico confirmado por médicos, dos quais 59 homens (1,47%) e 58 mulheres (1,15%). Os pacientes diagnosticados têm idades entre 19 e 52 anos.

Segundo Hélio Miot, dermatologista e coordenador da pesquisa que é também professor da Unesp de Botucatu, foram explorados fatores que pudessem explicar a grande variabilidade de prevalências constatada entre as capitas das diversas regiões brasileiras. "Concluímos que a proporção de ancestralidade europeia, a menor incidência solar e a maior densidade de dermatologistas são elementos que se associaram à maior prevalência em algumas capitais", explica. Para o dermatologista Marcelo Arnone, que, ao lado de Hélio Miot e Ricardo Romiti também trabalhou na coordenação do levantamento, algumas capitais podem ter apresentado um percentual de casos inferior a sua prevalência na população.

"Sabemos que, dependendo da região do país, o acesso da população ao sistema de saúde é mais difícil. Podem existir, então, casos não diagnosticados, mas não é possível mensurá-los", diz. Já a prevalência por idade mostrou que os idosos são mais acometidos, com a incidência de 2,29%  entre maiores de 60 anos, contra 0,58% entre menores de 30 anos e 1,39% em adultos entre os 30 e os 60 anos. Das cinco regiões do Brasil, houve mais casos diagnosticados nas regiões Sul e Sudeste.





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