25º Congresso Mundial de Dermatologia traz preocupação com nações carentes, novidades da dermatologia e movimenta região da Ásia



congresso2.png

5 de julho de 2023 0

25º Congresso Mundial de Dermatologia trás preocupação com nações carentes, novidades da dermatologia e movimenta região da Ásia

Esta é a primeira vez em que o Congresso Mundial de Dermatologia acontece no sul e sudeste da Ásia, o evento, tem como tema ‘Dermatologia Além Fronteiras’. Como o primeiro a ser realizado em uma cidade tropical, o congresso será olhar para lançar luz sobre a pele de cor, para chamar a atenção para a importância das doenças de pele em relação ao sofrimento e morbidade humana, saúde global da pele e cuidados dermatológicos, enfatizando as nações carentes e as iniquidades sociais de saúde.

O evento busca ainda abordar as últimas novidades clínicas, aspectos científicos, sociais e culturais da dermatologia e áreas afins, ao mesmo tempo em que valoriza envolvimento do paciente e da comunidade, e promover a compreensão de princípios básicos e translacionais e ciência de implementação para buscar de forma ampla novas alternativas.

“À medida que emergimos de um período de turbulência econômica e de saúde, WCD2023 será ainda mais significativo na reunificação de especialistas médicos e científicos à medida que traçamos novos caminhos a seguir.  É a primeira vez que será realizado no sul e sudeste da Ásia, que abriga uma população de 2,3 bilhões de pessoas e mais de 30.000 dermatologistas”, lembra Professor Roy Chan, Presidente do 25º Congresso Mundial de Dermatologia.

O 25º Congresso Mundial de Dermatologia é o principal evento internacional da área, abrangendo 130 anos de história. Desde a sua criação em 1889, o evento internacional atravessou o mundo em 19 cidades, reunindo dermatologistas, cientistas, pesquisadores e representantes da indústria profissionais de todo o mundo.

A médica dermatologista Aline Bressan falou direto do Congresso ontem e disse que assistiu plenária sobre um tema que muito a interessa: Dermatite atópica. “Vimos que as comorbidades impactam demais a vida da pessoa com a doença e é preciso acompanhar isso. E a principal queixa deles é o prurido, a coceira. Então juntamos comorbidades com a queixa principalmente do paciente, para escolher o melhor tratamento, visando a qualidade de vida, a doença, dermatológica e comorbidades desse paciente”, destaca ela, que é Coordenadora do Departamento de Medicina Interna da SBD.

congresso2.png

5 de julho de 2023 0

Com enorme orgulho a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) celebra a oportunidade de ver o Dr. Ricardo Romiti como delegado da América Latina junto à ILDS. Com a oportunidade de representar a SBD e a todos os dermatologistas da América Latina. E Ricardo, ao ser eleito demonstrou seu carinho pelos colegas, em especial à Regina Carneiro, Diretoria e Heitor de Sá Goncalves, presidente) por todo empenho nessa jornada. “Vocês são verdadeiros embaixadores da nossa especialidade. É uma honra enorme”, disse ele.

Sobre a eleição de Dr. Ricardo, o presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves, externou sua alegria. “A eleição de Ricardo como delegado da América Latina junto à ILDS representa, além de uma vitória pessoal maravilhosa, um novo tempo de protagonismo institucional da Sociedade Brasileira de Dermatologia no cenário mundial! Protagonismo esse coroado com a participação decisiva, também hoje, na vitória de Guadalajara como sede do Congresso Mundial de Dermatologia/2027! Orgulho de ser SBD!”.

congresso2.png

4 de julho de 2023 0

 

De modo oficial Cingapura é uma República de uma cidade/Estado em uma ilha localizada no sul da Península Malaia, no Sudeste Asiático. É lá que acontece até o dia oito o Congresso Mundial de Dermatologia, com temas extremamente relevantes e especialistas de todo o mundo, num intercâmbio cultural-científico de alto nível. O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Heitor de Sá Gonçalves, destaca a presença de diversos representantes da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no local. “O 25º Congresso Internacional de Dermatologia, realizado esta semana em Cingapura, se mostra de grande importância para a fase atual da SBD e estamos atuando institucionalmente de forma coletiva, primeiro no sentido de ampliar a participação da SBD em nível mundial e ainda, integrando as ações com a Liga Mundial de Dermatologia, apoiando o nosso candidato, pela América Latina, Ricardo Romiti”, diz Heitor. “Ricardo atualmente é Professor da Faculdade de Medicina da USP, cuja eleição deve acontecer amanhã (quarta-feira, dia nove). E estamos formando um grande bloco com especialistas da Europa, Estados Unidos, Ásia, África para viabilizar o próximo Congresso Mundial em Guadalajara, no México”, conta o presidente.

Regina de Carvalho Carneiro que é Secretária Geral da SBD também destaca a importância de estar no evento. “Estar aqui é muito importante. Teremos contato com profissionais que só conhecemos por livros, publicações, em um evento para 12 mil pessoas. A SBD vem com 12 delegados, representando-a, na luta para compor o comitê da Liga Mundial de Dermatologia entidade a qual somos ligados”, explica a médica.

“Ser parte do Congresso Mundial de Dermatologia é uma chance de representar nosso país e mostrar a qualidade do trabalho que estamos desenvolvendo aqui. Além disso, é uma forma de trazer conhecimentos e técnicas que podem ser aplicadas para melhorar a saúde da pele da população brasileira”, destaca Márcia Linhares, médica do Departamento de Laser da SBD que está no Congresso.

Para os especialistas, participar do Congresso Mundial de Dermatologia é uma oportunidade ímpar de estar em contato com as mais recentes descobertas e avanços na área da dermatologia. Além disso, possibilita a troca de experiências com colegas de todo o mundo, o que contribui para o aperfeiçoamento da minha prática clínica e para o avanço da dermatologia como um todo.

enem-medicos.jpg

29 de junho de 2023 0

A Associação Médica Brasileira (AMB), juntamente com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a Federação Médica Brasileira (FMB), promove nos dias 29 e 30 de junho de 2023, o XIV Encontro Nacional de Entidades Médicas – ENEM, realizado na sede do CFM, em Brasília (DF). O encontro visa promover a unidade e a mobilização das entidades e do movimento médico, em defesa do Sistema Único e Saúde (SUS) pela da população, além de discutir encaminhamentos e ações conjuntas das entidades representativas dos médicos. Deliberando sobre propostas e estratégias da profissão médica e da Medicina. Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) pleiteia mais fiscalização e ação junto a parlamentares.

Outras necessidades e diálogos

O presidente da SBD Nacional Heitor de Sá Gonçalves e a presidente da SBD Brasília Luanna Portela, tem pleiteado junto a outros colegas da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) um trabalho intensivo no Congresso Nacional. “Sejam médicos ou não, na luta pela defesa do ato médico de forma plena”, diz Heitor. Desde junho esses encontros e debates vem sendo realizados. Visto que, no Brasil, cada vez aumenta mais o número de casos noticiados de mortes e imperícia em procedimentos do tipo, realizado por não médicos. É a Defesa do Ato Médico e da formação concreta de profissionais tirando da população o risco de maiores complicações e impedindo que indivíduos sejam colocados em risco. “Estamos numa busca com encontros pelo menos desde maio neste ano, audiências e discussões pelo Revalida, bem como atuando como atuando no Congresso Nacional no Congresso Nacional, na busca de uma medicina segura, que garante a segurança da formação médica e dos diplomas de quem estudou fora e os RQS, que são registros profissionais de médicos especialistas”, explica Luanna, que representa a SBD no evento dos dias 29 e 30 (foto).

As sociedades médicas e a frente médica parlamentar estão verificando o número de médicos no Brasil e a realização do Revalida, bem como atuando no Congresso Nacional, junto a deputados e senadores, na busca de implementar pautas favoráveis ao desenvolvimento de uma medicina segura.

farmaceutico-com-frasco-de-comprimidos-1200x801.jpg

28 de junho de 2023 0

 

Aprovado novo tratamento chamado CIBINQO® (abrocitinibe) é indicado para o tratamento de dermatite atópica moderada a grave a partir dos 12 anos. Os Dermatologistas e pacientes agora aguardam um prazo de 90 dias para aprovação de preço e em seguida sua comercialização no Brasil.
Veja em: https://www.pfizerpro.com.br/centro-de-atualizacao/deeplink-novo-tratamento-para-dermatite-atopica

estecapa-noticia-sousam-vitiligo-sbd.png

26 de junho de 2023 0

Em 25 de junho é celebrado o Dia Mundial do Vitiligo: O que sabemos a respeito?

Linda e educada, a modelo canadense Winnie Harlow chama atenção onde vai. Não pela pele que mostra já no rosto o vitiligo, mas pela beleza e elegância.

Apesar da doença não afetar capacidades e talentos, existe muito estigma e preconceito sobre ela. O preconceito, descende da falta de conhecimento. O vitiligo caracterizasse pela perda da coloração da pele em virtude da destruição dos melanócitos, células que formam a melanina, o vitiligo é uma doença genética e autoimune, não contagiosa, muito menos incapacitante, mas que causa sequelas emocionais em virtude da discriminação sofrida por pessoas portadoras. Os impactos desse preconceito variam de pessoa para pessoa, e vão desde impactos psicológicos até restrição no acesso a vagas em concursos públicos.

O Instituto Maurício de Sousa e a Sociedade Brasileira de Dermatologia sabem que hoje é Dia Mundial do Vitiligo. E que essas manchinhas não devem ser motivo de preconceito. Conheça mais sobre. Veja a campanha que entrou nas redes neste domingo.

Há sim fatores desencadeantes como estresse e questões psicológicas, mas não como causa e sim como fator desencadeante. A dermatologista Ivonise Follador, que é a Coordenadora do Departamento de Psicodermatoses (SBD), explica que popularmente se diz muito que a doença “não tem cura”, como se não tivesse tratamento, e isso desestrutura o paciente quando recebe esse diagnóstico. “Precisa haver clareza e acolhimento”, diz. No entanto, existe tratamento após o diagnóstico correto da doença, sua forma clínica, observação do grau de extensão, locais atingidos, se está aumentando ou não), o grau de impacto da mesma no paciente, a presença de outras doenças associadas, entre outros aspectos a serem avaliados.

Depois dessa avaliação, o tratamento é determinado visando primeiro parar o surgimento de novas manchas e, em paralelo, tentar repigmentar o que for possível. Existem várias técnicas, com excelentes e variáveis resultados, a exemplo do uso de corticoide oral, corticosteróides tópicos, inibidores de calcineurina, fototerapia, entre outros. “Medicações novas estão em pesquisa, algumas aprovadas fora do país e breve teremos novidades para o tratamento dessa doença ainda tão órfão de opções e tão estigmatizante. O apoio da família e o acompanhamento psicológico são fundamentais para que o vitiligo não tenha um impacto tão negativo nos pacientes”, enfatiza.
Para compor as ações necessárias para o combate a desinformação,

o presidente da SBD, Heitor Gonçalves, presidente da SBD, explica que “a entidade também tem como alvo o compromisso com a conscientização direta com a sociedade sobre as possibilidades de controle da doença, e na instrução sobre os direitos que os pacientes têm enquanto aos melhores acessos para o tratamento desta doença crônica”.

Ivonise diz que o vitiligo alcança 1% em média da população do mundo. Homens e mulheres. Sendo 25% abaixo dos 5 anos, 50 abaixo dos 10 anos. Mas pode surgir em qualquer idade. Ela tem uma base genética na família, mas não causas muito específicas. Existe uma alta agressão da célula que atinge os melanócitos, não se sabe porquê. O principal é acompanhar, seguir a orientação médica esclarecer que não é contagiosa. Não é puramente genética e nem emocional, pode estar associada à outras doenças como tireoidites, alopecia areata, por exemplo. É comum que haja o estudo da tireoide. Há muita desinformação, vejam que já se provou que não é uma doença incapacitante, mas alguns concursos rejeitam pessoas com vitiligo”.

A grande questão ainda para os portadores de vitiligo é o acesso a esses tratamentos. Segundo Ivonise, as pessoas que mais enfrentam essa dificuldade são os pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão sem contato com um especialista. Nesses casos, a dermatologista aconselha procurar um serviço universitário e um credenciado pela SBD.

“Em relação à fototerapia, quase todos os serviços credenciados têm a câmara e isso é um trabalho das últimas diretorias. Já nos hospitais universitários, essas máquinas também são utilizadas para psoríase e linfoma e não há um espaço significativo para os pacientes de vitiligo. Então a questão de acesso é uma grande dificuldade e precisamos de centros de referência municipais, estaduais e federais para tratamento desta doença tão estigmatizante”, salienta a médica.

O vitiligo não é uma doença contagiosa e nem incapacitante. Se caracteriza pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos, destaca a Organização da Saúde (OMS).

 

 

 

 

dr-carlosesta.png

18 de junho de 2023 0

O Albinismo é uma condição que ainda causa muito preconceito, pelo desconhecimento. Trata-se apenas de uma condição genética, onde as pessoas nascem muito brancas e devem proteger pele e olhos e ter acompanhamento constante.

Ao Fantástico. em matéria veiculada neste domingo, 18 de junho de 2023, Dr Carlos Barcauí, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), falou sobre o albinismo.

Assista em:

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2023/06/18/albinismo-condicao-genetica-presente-em-21-mil-brasileiros-vira-tema-de-novela.ghtml

(Links e todos os diretos reservados à TV Globo)

SBD no Fantástico: Em “Terra e Paixão”, novela das 21h da TV Globo, o personagem Cristian é vítima de preconceito e abre diálogo. Dr Carlos Barcauí esclareceu sobre o tema.

carrapato-estrela.jpg

15 de junho de 2023 0

SBD:NOTA TÉCNICA

FEBRE MACULOSA (FM) OU FEBRE DAS CAPIVARAS

É causada pela bactéria Gram negativa Rickettisia rickettsii e é equivalente à Rocky Mountain Spotted Fever. Acontece em todos os estados brasileiros, mas poupa a região amazônica.

A Febre Maculosa é transmitida por carrapatos (principalmente os do gênero Amblyomma, os carrapatos-estrela). Os carrapatos dos cães não transmitem a doença. A bactéria pode estar presente em artrópodes adultos, ninfas (vermelhinhos) e larvas (micuins). Todos estes estágios necessitam de uma fase hematófaga em um vertebrado, que pode ser um animal selvagem (especialmente capivaras e cervos), um animal de criação ou mesmo o Homem. Na maioria as vezes, haverá uma história de visita a ambientes selvagens/rurais antes do surgimento dos sintomas.

As manifestações da infecção iniciam-se de modo brusco, com um estado gripal que causa febre, cefaleia e mialgias e que se prolonga por duas a três semanas. Por volta do terceiro ou quarto dia, surge uma erupção eritematosa maculopapular, de tonalidade pálida. Esta se inicia na região dos punhos e tornozelos, podendo se disseminar para membros inferiores, superiores e tronco. Por volta do sexto dia, as lesões podem assumir um aspecto purpúrico (por formação de petéquias), o que é um fator indicador de gravidade da doença, pois indica o surgimento de uma vasculite generalizada decorrente da multiplicação do agente nas células endoteliais de pequenos vasos.

A Febre Maculosa pode evoluir sem sintomas ou em sintomas são atenuados, mas alguns casos provocam necroses cutâneas extensas nas áreas onde se instalam sufusões hemorrágicas. Torpor, agitação psicomotora e sinais meníngeos são frequentes. A face torna-se congesta e infiltrada, com edema peripalpebral e injeção conjuntival. É possível observar tosse e hipotensão arterial. A letalidade pode chegar a 60% dos doentes.

A melhor forma e comprovar o diagnóstico é por meio da Reação de imunofluorescência indireta (RIFI). O tratamento ainda nos primeiros cinco dias é fundamental para o prognóstico e a suspeita clínica é suficiente para iniciar o tratamento. A droga prioritária no tratamento é a doxiciclina 100 mg duas vezes ao dia, até 3 dias após o desaparecimento da febre.

Os casos que surgiram recentemente em Campinas estão dentro de um perfil de acidentes que acontece ocasionalmente na região (por ser uma área endêmica), assim como em Piracicaba e outros municípios de São Paulo. O provável local onde as pessoas adquiriram a doença era naquele momento frequentado por mais de 3000 pessoas e alguns carrapatos infetados transmitiram a doença para até agora 6 vítimas. Não há motivo para pânico e sim para atenção dos órgãos e saúde e profissionais para possíveis novos casos, que podem ou não acontecer. 

 

Colaboração: Vidal Haddad, Aline Bressan, Helio Miot e Heitor Gonçalves

 

 

 

 

*Imagem: https://br.freepik.com/

mulher-misturando-tintura-de-cabelo-em-uma-tigela-1200x798.jpg

12 de junho de 2023 0

 

Nota técnica da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Tinturas Capilares sem PPD

 

A parafenilenodiamina (PPD ou PPDA) é o principal componente das tinturas de cabelo, podendo incitar reações graves em pacientes alérgicos. Ela possui grande capacidade de penetração na pele e alto poder alergênico, ou seja, grande capacidade de gerar dermatite.

Diversos sinônimos da PPDA podem ser identificados nos rótulos, como: 1,4-diaminobenzeno, p-aminoanilina, 1,4-benzenodiamina, p-benzenodiamina, 1,4-fenilenodiamina, p-diaminobenzeno, 4-aminoanilina, CI 76060, Ursol D.

Além disso, a PPDA ainda possui reações cruzadas com outras substâncias, dentre elas: aminoazobenzeno, paratoluenodiamina (PTD), 2-nitro-4-fenilenodiamina, 4-aminophenol (p-aminophenol), 3-aminophenol (m-aminophenol), corantes têxteis (Disperse Yellow 3, Disperse Orange 3), sulfoniluréias, PPD-mix, hidroquinona, antraquinona, benzocaína, sulfas, IPPD, fotoprotetores à base de PABA (ácido para aminobenzóico) e o anti-inflamatório celecoxibe.

Muitas das tinturas com a inscrição no rótulo de “sem PPD” contém ao menos uma das substâncias acima, tornando perigoso o seu uso por pacientes alérgicos à PFDA.

Os rótulos com a inscrição “sem PPD” ou “sem PPDA”, ou ainda “tintura hipoalergênica”, NÃO são necessariamente seguros para indivíduos alérgicos a PPDA. Somente a leitura atenta de todos os ingredientes da tintura pode garantir a segurança do uso em pacientes alérgicos.

 

Foto: https://br.freepik.com/

doutores-que-verific-uma-historia-medica-1200x800.jpg

1 de junho de 2023 0

NOTA PÚBLICA:

Após mais uma notícia de prisão em flagrante por exercício ilegal da Medicina por profissional não médico, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vem a público informar sobre o risco atual em que as pessoas se encontram por receber atendimento por profissionais não médicos.

É fundamental esclarecer que o exercício ilegal da Medicina, crime tipificado no artigo 282 do Código Penal Brasileiro, não é somente quando um profissional não médico utiliza o nome e identificação profissional de médico, mas também quando qualquer outra profissão invade o ato médico e passa a executar procedimentos sem a devida autorização legal , o que só poder ser concedida por meio de Lei Federal e não por ato administrativo (resolução de conselho de classe, por exemplo).

Infelizmente têm se instalado no Brasil a narrativa de que não médicos podem realizar procedimentos que médicos estão legalmente habilitados para realizar, bastando que esses profissionais não médicos realizem certos cursos de curta duração e fiquem aptos a atender a população, bem como divulgar procedimentos na internet sem qualquer regulação, o que leva à população ficar desguarnecida de informação e segurança quanto a saber se quem está realizando o procedimento é o profissional adequado.

Importante ressaltar que o médico é o profissional que além dos seis anos do curso de Medicina, passa por pelo menos mais três a quatro anos de residência médica/especialização (carga horária anual de 3.200 horas, total de 9.600 a 12.800 horas de especialização) na área de interesse, além dos demais cursos específicos. Todo esse aprendizado possibilita ao mesmo não apenas a realização dos procedimentos médicos, bem como saber  o que fazer em caso de complicação, para reverter a situação, principalmente as mais graves.

A situação acima é diversa quando estamos diante de profissionais não médicos que muitas vezes realizam cursos de finais de semana, de poucos meses ou horas (Pós-graduações de 380 horas por exemplo), o que Infelizmente é a realidade em que se encontra a população, sendo atendida profissionais não médicos e não capacitados , que colocam em risco a vida do brasileiro.

A SBD nos últimos anos denunciou 1.200 profissionais não médicos por estarem exercendo ilegalmente a medicina aos órgãos competentes (Ministério Público, Vigilância Sanitária, Polícia Civil e Conselhos de Classe), estando com 215 procedimentos administrativos ativos nos mais diversos órgãos que apuram essas ilegalidades e 39 processos judicias que discutem a invasão do ato médico por esses profissionais.    Continuaremos cumprindo nosso dever de buscar sempre a melhor assistência para a população brasileira.

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Imagem: Freepik





SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Rio Branco, 39 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-003

Copyright Sociedade Brasileira de Dermatologia – 2021. Todos os direitos reservados