Dermatologista brasileira é agraciada com títulos internacionais




6 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

Durante o Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV), realizado em setembro de 2018, em Paris, a dermatologista Marcia Ramos-e-Silva recebeu do presidente do encontro o Award for Clinical Care. Em março, a médica dermatologista foi agraciada com o título de sócia honorária da Academia Americana de Dermatologia (AAD), durante o Congresso, em Washington, sendo a primeira especialista brasileira a ter esse título. A honraria foi recebida durante a Awards Ceremony “Star of the Academy”. Já em junho, no Congresso Mundial de Dermatologia (WCD), em Milão, Marcia mereceu a honra de ser a Maria Duran Lecturer, escolhida pelo Maria Duran Committee, da International Society of Dermatology, no Simpósio da International Society of Dermatology. Na ocasião, proferiu a palestra “Tropical Dermatology and Women”.

 

 


6 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04


Nas palestras ministradas para pescadores e suas famílias são oferecidos
materiais explicativos, incluindo histórias em quadrinhos que mostram
formas de prevenção e principais animais causadores de agravos 

O projeto Pescadores do Brasil idealizado pelo dermatologista, professor e pesquisador da Faculdade de Medicina da UNESP, Vidal Haddad Junior, (foto) foi indicado para receber apoio da Liga Internacional de Sociedades de Dermatologia (ILDS) pela sua relevância social e científica. Implementada há 20 anos, a iniciativa traz benefícios positivos para a sociedade por meio de campanhas de conscientização para a prevenção de acidentes (envenenamentos e traumas) por animais aquáticos voltadas tanto para pescadores como para suas famílias. 

Centenas de colônias de pescadores marinhos e fluviais já foram visitadas e receberam informações sobre primeiros socorros por acidentes por peixes, águas-vivas, caravelas e ouriços-do-mar de cada região do país.

Para a elaboração de material didático, Vidal conta com parceria de alunos dos cursos de Medicina e Ciências Biológicas da UNESP e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

O financiamento foi concedido por meio do Projeto ILDS DermLink, que visa contribuir para a assistência dermatológica em comunidades carentes sob a temática dermatologia tropical e saúde de populações migrantes. É administrado por meio da International Foundation Dermatology (IFD). 


Pescadores em praia de Ubatuba, em São Paulo


6 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

Nos meses de agosto e setembro, a prevenção e o tratamento da hanseníase ganhará reforço motorizado. O Projeto Roda Hans estará circulando pelo Estado do Rio de Janeiro levando atendimento especializado à população e capacitando profissionais para a identificação de casos da doença. Além da conscientização e da assistência qualificada, o foco está no início do tratamento precoce.

O projeto é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), juntamente com o Ministério da Saúde e a Novartis Brasil. Na prática, uma carreta com seis consultórios visitará diferentes municípios dando aos pacientes acesso a dermatologistas especialistas em hanseníase que, durante o trabalho, contarão com o suporte de residentes de serviços de pós-graduação credenciados pela SBD.

“Esse é um momento muito importante para o diagnóstico precoce de casos da doença para orientação da população para os sintomas, além da capacitação dos profissionais da rede básica em relação à doença”, afirmou Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.

Iniciativas – Essa é apenas uma das iniciativas previstas pela SBD em seu esforço para a prevenção à hanseníase no Brasil, conforme o planejamento da atual gestão da entidade. O Janeiro Roxo, campanha do Ministério da Saúde de combate à doença, contará com o apoio e a colaboração da Sociedade. O esforço inclui a ativa participação dos dermatologistas por meio de esclarecimentos e aulas voltadas à população nas salas de esperas dos ambulatórios de todo o país.

Além disso, são realizados exames de pele para identificar novos casos de hanseníase e promovida a participação dos dermatologistas em entrevistas em jornais, rádios e televisão. “Temos que capacitar cada vez mais os profissionais de saúde no reconhecimento da doença, investir em informações e campanhas em relação aos sinais e sintomas da doença e garantir recursos para a pesquisa e o desenvolvimento de novas ferramentas de combate à doença, principalmente em áreas de baixa renda e de maior vulnerabilidade”, destaca Egon Daxbacher, diretor da SBD, que tem se dedicado ao tema. Ele salienta que cada vez mais é preciso falar da hanseníase: “Parece uma doença que já acabou quando na verdade ainda temos em torno de 25 mil casos todo ano, sendo que em torno de 8 a 10% desses pacientes terão algum tipo de sequela proveniente”, alerta.

Debate político – Nesta semana, a hanseníase voltou a ganhar evidência no debate político. A presidência da República defendeu o enfrentamento dessa doença no Brasil durante transmissão ao vivo em sua página no Facebook na segunda-feira (8/7), em que estava acompanhado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e pelo presidente da Fundação Nippon, o japonês Yohei Sasakawa, que lidera um trabalho internacional de prevenção e tratamento da doença.

Os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também acompanharam a transmissão. O presidente da República disse que desconhecia a extensão do problema no país e reforçou a necessidade de as pessoas procurarem ajuda sempre que identificarem qualquer sintoma. Segundo Egon Daxbacher, esse fato demonstra que o assunto entrou no radar da autoridade máxima do país, o que pode sinalizar um direcionamento dos recursos e dos esforços no combate à doença.

“A taxa de detecção da doença é considerada importante e em algumas regiões, como Norte, Centro-Oeste e Nordeste, há um número de casos expressivos. Nos lugares com menor endemia, ainda ocorrem atrasos no diagnóstico. Por isso, é preciso intensificar as ações em todo o País”, justifica.

Casos – O Brasil é o segundo país em casos de hanseníase no mundo. De acordo com Sandra Durães, o Ministério da Saúde tem se esforçado muito nos últimos anos no tratamento da doença. “De alguns anos para cá, houve o processo de descentralização do atendimento, isto é, os pacientes que antes eram atendidos em unidades de especialistas em dermatologia e neurologia, atualmente são atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Programa de Saúde da Família (PSF). Para isso ser possível, os dermatologistas trabalham incessantemente na capacitação dos médicos da Atenção Básica e de Saúde da Família para diagnosticar e tratar a doença”, destaca.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 mil novos casos da doença são detectados em todo o mundo anualmente, sendo que Brasil, Índia e Indonésia concentram 80% desse total. Ainda segundo a entidade, o Brasil respondeu por 93% dos 29.101 casos detectados nas Américas em 2017.

“A SBD atua juntamente ao Ministério da Saúde no Comitê Técnico Assessor de Hanseníase, onde auxilia na tomada de decisões. Também capacita os dermatologistas no combate à doença e treina médicos de família no reconhecimento da doença em vários locais no Brasil”, lembrou o presidente da SBD, Sergio Palma, que no serviço público onde atua, em Recife (PE), também participa do atendimento de um ambulatório especializado nessa doença.

Agente etiológico – Doença infectocontagiosa potencialmente curável e que tem como agente etiológico o bacilo Micobacterium leprae. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é de difícil adoecimento, já que é necessário um longo período de exposição à bactéria, motivo pelo qual apenas uma pequena parcela da população infectada chega a adoecer.

Está classificada entre as doenças ditas negligenciadas que atingem populações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil, apesar de estar entre as grandes economias mundiais, apresenta grande desigualdade social, com grandes bolsões de pobreza nas periferias de suas metrópoles.

“A maioria da população é resistente à doença e ao entrar em contato com a bactéria consegue desenvolver uma boa imunidade e, automaticamente, resistência à bactéria. Um pequeno percentual de pessoas pode adoecer”, explica Sandra Durães. A doença é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento, sendo que possui um longo período de incubação (em média, de dois a sete anos) até que os sintomas se manifestem.

Diagnóstico – O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e feito somente pelo exame físico e a história clínica do paciente. A partir daí, um médico capacitado é capaz de diagnosticar a doença. “Exames complementares como a baciloscopia, que mede a carga bacilar do paciente, e a biópsia da pele devem ser realizados, porém não são de extrema necessidade. Na maioria dos casos, o diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico”, destaca Sandra Durães.

Ela ressalta que o tratamento não é capaz de reverter o dano neural causado pela hanseníase e que, por isso, o diagnóstico precoce é crucial, pois deixará menos sequelas no paciente. “A bactéria da hanseníase tem uma afinidade especial pela pele e pelos nervos periféricos. Na pele, ele irá se apresentar com manchas, que podem ser brancas, rosas, vermelhas. Podem surgir caroços na pele, infiltrações (áreas vermelhas elevadas), e essas lesões possuem característica fundamental de apresentarem alguma alteração da sensibilidade ao frio, ao calor, à dor e ao tato. A área lesionada fica dormente e apresenta formigamento”, exemplifica.

Sandra Durães observa ainda que os pacientes podem apresentar perda dos pelos das sobrancelhas, sensação de nariz entupido, e ainda diminuição da força muscular nos pés e nas mãos justamente pelo acometimento dos nervos periféricos.

Tratamento – Existem dois tipos de tratamento a partir da análise do perfil dos pacientes, de acordo com a resistência que a pessoa tem à doença. Para os pacientes paucibacilares – com ótima resistência à doença, poucas lesões na pele e nos nervos periféricos e pequena carga bacilar – o tratamento é feito à base de antibióticos durante seis meses.

No oposto, existem os pacientes multibacilares, aqueles com grande carga bacilar e número expressivo de lesões na pele e nervos acometidos, cujo tratamento com antibióticos é feito durante 12 meses. O tratamento é feito gratuitamente nos postos de saúde em todo o território nacional. “O paciente vai lá uma vez por mês tomar determinado tipo de medicação e as outras medicações são administradas em casa. Com o tratamento, o paciente se torna incapaz de transmitir a doença às outras pessoas”, explica.

Estigma – A hanseníase é uma doença com alto potencial de causar incapacidades e deformidades físicas. Isso ocorre devido à lesão do nervo periférico. “A partir do momento que o paciente não tem a capacidade de sentir uma panela quente, ele vai se lesionar com a queimadura e esta pode se tornar uma infecção secundária da pele, ser transmitida ao osso e causar uma osteomielite, com a perda das extremidades dos dedos dos pés e das mãos”, adverte Sandra Durães.

Ela esclarece ainda que não há nenhuma medida de isolamento em relação à doença. “Antigamente os pacientes ficavam reclusos. Hoje, o tratamento é muito mais eficaz e isso não é necessário. A partir do início do tratamento, com a primeira dose do medicamento, o paciente já se torna não contagiante. Pessoas que conviveram com os pacientes antes do tratamento devem ser examinadas a fim de verificar se existe alguma lesão não percebida por elas. As pessoas que não têm a doença irão receber uma dose da vacina BCG, diminuindo as chances de casos mais graves da doença”, elucida.


6 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

O atendimento humanizado e direcionado para cada paciente é um dos principais valores defendidos pela medicina. Isso envolve todo tipo de paciente, incluindo os transgêneros – pessoas com as mesmas necessidades básicas de saúde de quaisquer outras, mas que experimentam muitas disparidades de cuidados, exigindo competências adicionais do profissional, sensibilidade e formação dedicada. Mesmo com avanços em ações e políticas públicas, as desigualdades são amplificadas pelo fato de que muitos pacientes relutam em interagir com o sistema de saúde devido ao preconceito e a discriminação com base na identidade e expressão de gênero, orientação e comportamentos sexuais. Tal fato também se manifesta em vários espaços da sociedade contemporânea.
 
Na Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as discussões sobre essa realidade estão cada vez mais em pauta, e a temática LGBT tem sido divulgada em seus encontros científicos. Um exemplo é a mesa de debate Saúde LGBT, do DermatoRio 2019, que abordará as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) na população LGBT, bem como os aspectos dermatológicos em pacientes transgêneros. Um dos participantes é o dermatologista Felipe Aguinaga, do Ambulatório de Dermatologia e Diversidade de Gênero, do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay. Na palestra “Aspectos dermatológicos no paciente transgênero”, o médico levantará importantes questões para melhora na qualidade do atendimento ao paciente trans, como as complicações da hormonioterapia em homens e mulheres desse segmento, complicações relacionadas ao uso de binders e silicone industrial, dermatoses das neogenitálias, entre outros assuntos.
 
Ele comenta o atual preparo do dermatologista quanto aos cuidados de afirmação de gênero, seja por meio de medicina e procedimentos relacionados à transição ou pelo gerenciamento de complicações da terapia de afirmação hormonal:
 
“Nós, como dermatologistas, temos em nosso arsenal diversas ferramentas para auxiliar a comunidade transgênero em seu processo de transição. Procedimentos estéticos para feminização ou masculinização da face e do corpo, procedimentos para remoção ou crescimento de pelos, tratamento de cicatrizes cirúrgicas, manejo da acne, da alopecia e de outras complicações da hormonioterapia. O campo de atuação é amplo, e o dermatologista já está habituado a lidar com a maioria dessas questões no seu dia a dia. Temos, portanto, muito a oferecer à comunidade trans em sua busca por autoestima, qualidade de vida e saúde. O processo de afirmação de gênero tem inúmeras interseções com a pele, e nosso papel como especialistas na prestação desses serviços essenciais para essa população deve ser afirmado, divulgado e exercido com excelência”.
 
No entanto, ainda são muitos os problemas para alcançar esse alto nível esperado no atendimento do público trans, como encontrar com mais frequência literatura ampla sobre o assunto. “Os dermatologistas, em especial, têm uma perspectiva única e especial em relação às necessidades da população LGBT, tanto do ponto de vista clínico quanto estético. Conhecer seus aspectos dermatológicos específicos é essencial para prover uma assistência de qualidade. A literatura científica relacionada às questões dermatológicas desse grupo, porém, ainda é escassa, embora o número de publicações sobre o tema tenha aumentado nos últimos anos”, comenta.
 
Segundo Aguinaga, a maior parte dos artigos disponíveis sobre o assunto refere-se ao uso de preenchedores ilícitos e infecções sexualmente transmissíveis. “Mas os aspectos da saúde influenciados pela orientação sexual e pela identidade de gênero em que o dermatologista pode atuar são muito mais abrangentes”, salienta.

Medo de julgamento e discriminação impactam a morbimortalidade da população
O medo de ser julgado, a vergonha e a discriminação por identidade de gênero ou orientação sexual fazem com que esses pacientes evitem buscar assistência médica, o que impacta negativamente na sua saúde. De acordo com Aguinaga, pesquisas apontam que dois terços dos pacientes LGBT referem já ter sido vítimas de homofobia ou transfobia em serviços de saúde.
 
“A relutância em buscar assistência médica por esses motivos são algumas das várias barreiras que essas pessoas enfrentam e que impacta negativamente a morbimortalidade dessa população. É essencial a promoção de iniciativas educacionais para que os profissionais de saúde sejam capacitados e sintam-se preparados para lidar com esses pacientes e para fornecer a melhor assistência possível”, realça. Dessa forma, o dermatologista está mais bem preparado para atendê-los quando cria um ambiente em que o paciente se sinta bem-vindo e acolhido.
 
“Uma das grandes barreiras enfrentadas pela população LGBT é a dificuldade de encontrar médicos capacitados para lidar com suas questões particulares e sensíveis a suas demandas. Muitos pacientes resistem em procurar assistência médica por conta de experiências prévias insatisfatórias. Esse não é um assunto abordado na formação da maioria dos médicos; por isso é necessário um esforço extra para buscar esse conhecimento e manter-se atualizado. Felizmente, tem aumentado a disponibilidade dessas oportunidades educacionais, incluindo palestras sobre saúde LGBT nos congressos de dermatologia e artigos científicos nas principais revistas científicas dermatológicas”, ressalta.

Uma medicina que dialoga com a população sem distinção
Para viabilizar a excelência no atendimento dermatológico desses indivíduos, é fundamental que o profissional saiba que a orientação sexual, a identidade de gênero e os comportamentos sexuais são conceitos diferentes.
 
“É preciso ter sensibilidade na hora de colher essas informações, já que são muitas vezes clinicamente relevantes. Algumas recomendações simples têm amplo impacto na melhora da relação com esses pacientes: respeito ao nome social, usar pronomes corretos, utilizar formulários que sejam inclusivos e ofereçam opções de identidade de gênero não binárias. É fundamental tratar todos os pacientes com dignidade e respeito”, destaca.
 
Sobre a influência das interseções de gênero, raça, etnia, status socioeconômico nas disparidades de saúde das populações LGBT, Aguinaga comenta que a população LGBT é heterogênea, composta por indivíduos com identidades diversas e únicas. Logo, ao lidar com o paciente, o médico deve reconhecer suas experiências vividas, sem pré-julgamentos.
 
“Somente com uma abordagem interseccional de todas essas variáveis (identidade de gênero, raça, orientação sexual, status socioeconômico) são reconhecidos determinantes sociais de saúde, permitindo, assim, otimizar a assistência aos pacientes que atendemos”.

DermatoRio contemplará palestras sobre saúde LGBT
Segundo o médico, que ministrará a aula “Aspectos dermatológicos no paciente transgênero” a ser realizada na manhã do dia 13 de setembro, no DermatoRio 2019, o objetivo da apresentação é identificar e esclarecer conceitos e definições do campo de gênero e sexualidade, bem como a terminologia atualmente utilizada na literatura científica, além de abordar identidade de gênero como um determinante social de saúde.  
 
“Também vamos orientar sobre aspectos gerais na consulta do paciente trans e expor as principais questões enfrentadas pela população transgênero na esfera da dermatologia clínica: complicações da hormonioterapia em homens e mulheres desse segmento, complicações relacionadas ao uso de binders e de silicone industrial, dermatoses das neogenitálias, entre outros. Além disso, iremos compartilhar nossa experiência no Ambulatório de Dermatologia e Diversidade de Gênero, do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, no Rio de Janeiro”, informa.

 


6 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizou nesta quinta-feira (11/7) uma audiência pública para discutir a criação da Semana de Prevenção e Combate ao Câncer da Pele. Como contribuição para os debates, o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma (foto acima), apresentou aos parlamentares as ações desenvolvidas pela entidade no âmbito da campanha Dezembro Laranja, cujas ações já beneficiaram diretamente mais de 600 mil pacientes em todo o Brasil ao longo dos últimos 20 anos.

A realização da audiência atendeu a um requerimento do deputado Dr. Frederico (Patri-MG), relator do PL 4234/08. Dentre outros pontos, o projeto prevê a instituição de uma data específica para a organização e implementação de atividades governamentais nos meios de comunicação acerca da prevenção e do tratamento da doença. Segundo a proposta, caberá ao Ministério da Saúde a realização das ações, que se estenderá por todo território nacional, “podendo, para tanto, celebrar convênios e acordos com órgãos congêneres públicos e privados, e, especialmente, com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde”.

“Na campanha deste ano, que se inicia em 7 de dezembro, contaremos com mais de 4 mil médicos e voluntários em 132 postos pelo país, atendendo a população gratuitamente para a prevenção e diagnóstico do câncer da pele”, destacou Palma. O presidente da SBD acrescentou que a medida é um passo importante e propôs que as atividades alusivas à prevenção do câncer da pele se estendessem ao longo do mês de dezembro, não se restringindo apenas a uma semana.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Dr. Frederico (Patri-MG), o presidente da SBD, Sérgio Palma, a representante do MS Jaqueline Silva Misael, o vice-presidente de Relações Nacionais e Internacionais da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Gustavo dos Santos Fernandes, e parlamentares

A sugestão foi bem recebida pelo deputado federal Dr. Frederico, pela representante do Ministério da Saúde, Jaqueline Silva Misael, e pelo vice-presidente de Relações Nacionais e Internacionais da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Gustavo dos Santos Fernandes, que também participaram da sessão. Confira a íntegra da apresentação do presidente da SBD na Câmara dos Deputados.

Campanha SBD – A sensibilização promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia acontece sempre no último mês do ano, quando a entidade realiza diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento. 

No período, são iluminados monumentos, realizadas iniciativas de conscientização em praias, parques, praças em locais de grande movimentação, entre outras atividades. Todo ano o tema da campanha é renovado para atrair um maior número de pessoas nessa luta de conscientização.

Em 2018, a iniciativa passou a contar com o apoio e a chancela da Academia Americana de Dermatologia (AAD) e da Liga Internacional de Sociedades de Dermatologia (ILDS).

Panorama – O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém, seus números são muito altos.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.


6 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – MAIO-JUNHO

A Sociedade Brasileia de Dermatologia (SBD) encaminhou ofício às diretorias de Jornalismo e de Entretenimento das principais emissoras de TV e de rádio do Brasil cobrando atenção por parte das equipes na hora de convidar profissionais para tratar de temas relacionados à saúde da pele, do cabelo e das unhas, inclusive no se refere à estética e à cosmiatria. O texto, divulgado nesta quinta-feira (25/7), também foi enviado às redações de jornais e revistas de grande circulação. O objetivo é, sobretudo, estimular a observação pelos veículos de critérios que protegem a população e garantem a valorização dos que estão realmente habilitados pelas entidades da área médica para executar essas ações. 

No documento, a SBD reitera a importância de as emissoras respeitarem a legislação que protege o Ato Médico (Lei nº 12.842/2013), pela qual apenas graduados em medicina podem realizar procedimentos estéticos invasivos e fazer o diagnóstico e o tratamento de doenças. Para a entidade, a participação de não médicos em reportagens sobre esses assuntos, desrespeita pressuposto legal e coloca o espectador numa situação de vulnerabilidade ao informá-lo erroneamente sobre quem pode executar determinados serviços, como aplicações de preenchimentos e de toxina botulínica. Nesse caso, em pautas sobre a saúde e os cuidados com a pele, cabelos e unhas o ideal é ouvir dermatologistas, conforme reitera a Sociedade da especialidade. 

“Os veículos de comunicação são peça-chave na formação de hábitos e comportamentos saudáveis. Desse modo, ao solicitar que observem aspectos normativos vigentes, reconhecidos por diferentes instâncias judiciais, a SBD está apenas alertando-os para que cumpram com rigor sua tarefa de repassar boas informações ao seu público. Temos certeza de que rádios, TV, jornais e revistas serão sensíveis ao nosso pleito, pois têm compromisso com a ética e com a legalidade”, ressaltou o presidente da entidade, Sergio Palma.

Especialista – Além desse tema, a SBD solicitou ainda aos responsáveis pelos veículos de comunicação que ao creditarem médicos convidados a falar sobre assuntos relativos à dermatologia, apenas nomeiem como especialista na área da dermatologia os que tiverem seu título registrado junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM), ou seja, possuam um número no Registro de Qualificação de Especialista (RQE). 

A queixa decorre do crédito indevido a alguns médicos que desconsideram as regras da publicidade médica e se anunciam como especialista sem possuírem a titulação devida, o que é proibido e passível de processo ético-profissional. Da mesma forma, a SBD espera que os veículos de comunicação fiquem sensíveis a esse pleito. 

“Para ser um dermatologista, o médico estuda mais de oito mil horas de estudo, apenas na residência. A imprensa deve reconhecer e valorizar esse esforço. Atribuir título a quem não passou por esse processo não reconhece o mérito de quem trabalhou para atuar no tratamento e no diagnóstico de doenças da pele e de seus anexos, assim como agride as normas que regulam a categoria médica”, disse Sergio Palma. 

Informação – Recentemente, ocorreu episódio desse tipo no programa da apresentadora Ana Maria Braga, que contou com a participação de uma médica que, mesmo sem ter título de especialista em dermatologia registrado no CFM, foi creditada como tal. Na avaliação de Palma, “mesmo que o profissional diga ser detentor de determinado atributo, os jornalistas devem checar a veracidade da informação”.

Inclusive, a SBD se colocou à disposição para identificar nomes de referência para oferecer esclarecimentos em entrevistas e reportagens. Também foi informado como verificar a situação de todos os médicos brasileiros, os veículos de comunicação e qualquer pessoa podem acessar o portal do CFM (https://bit.ly/1O55zWK). No campo busca de médico, ao informar o nome do profissional, o interessado terá acesso a dados como números do CRM e do RQE, o que atesta ser ele um especialista em determinada área. No caso da dermatologia, no site da SBD, é possível encontrar informações sobre todos os que possuem título, atribuído após aprovação em exame específico organizado pela entidade. 

Para se tornar dermatologista é preciso ser graduado em Medicina, curso que compreende seis anos de estudo em período integral. A seguir, concluir um curso de residência médica em dermatologia reconhecido pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou de especialização em Serviço Credenciado à SBD, com aprovação no Exame de Título de Especialista em Dermatologia (TED), promovido pela entidade em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB). Ao fim dessas etapas, o médico ainda necessita se registrar no Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde atuará, informando ser especialista em dermatologia para poder se anunciar dessa forma. 


2 de agosto de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologista (SBD) divulgou nesta sexta-feira (2/8) esclarecimento para médicos e população no qual alerta para notícia falsa (fake news) que tem sido veiculada em grupos de discussão e em redes sociais. O texto aponta a existência de suposto projeto de lei que altera o nome do curso de graduação em Odontologia para Medicina Orofacial e dá o título de médico-orofacial aos seus graduados. De acordo com a SBD, pesquisa realizada no Congresso Nacional aponta a inexistência de iniciativa desse tipo.

Confira a íntegra da nota:
 

ESCLARECIMENTO AOS DERMATOLOGISTAS E À POPULAÇÃO

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que não procede documento que circula nas redes sociais e em grupos de discussão que seria suposto projeto de lei que altera o nome do curso de graduação em Odontologia para Medicina Orofacial e dá o título de médico-orofacial aos seus graduados.

A assessoria parlamentar da SBD pesquisou a origem do texto junto à Câmara dos Deputados e do Senado Federal e identificou que, até a presente data, não existe projeto de lei sobre o tema que tenha sido submetido ou esteja em tramitação.

De qualquer modo, essa equipe se mantém em alerta para apontar iniciativas que causem prejuízos à especialidade. Assim, a gestão 2019/2020 da SBD reitera seu compromisso com a dermatologia e a medicina, lutando em todas as instâncias contra abusos que afetem o profissional e o paciente.

Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2019.

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Gestão 2019/2020


2 de agosto de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) enviou ofício (clique para ler) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), à Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) e ao Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, ligados ao Ministério da Saúde, em que solicita a tomada de providências urgentes para o reabastecimento do medicamento acitretina, tanto na rede pública quanto no mercado privado. 

O pedido veio após o laboratório TEVA, atual fabricante do medicamento, informar no site institucional sobre a suspensão da produção, sem data especificada para retomada. No documento, a SBD sugere a possibilidade de o Ministério da Saúde importar, de forma emergencial, o medicamento para suprir as demandas até que a produção no Brasil seja normalizada.

“O problema cresce em proporção ao considerarmos que a Acitretina é a única medicação eficaz e disponível para tratamento de uma série de genodermatoses graves (disceratoses – distúrbios de ceratinização da pele), o que deixa uma grande população de crianças gravemente enfermas sem possibilidade de tratamento”, diz trecho do ofício.

O ofício da SBD reitera ainda a posição da instituição em manter, nos últimos dez anos, tratativas junto aos gestores federais com o intuito de estabelecer parceria nas decisões relacionadas aos assuntos da especialidade, dentre os temas, aqueles relacionados à melhora da assistência farmacêutica oferecida aos doentes dermatológicos no País. 

“Trata-se de um apelo em nome de pacientes e profissionais que contam com esse medicamento para fazer o controle de doenças. Contamos com a sensibilidade do Governo diante desse grave problema, cuja solução passa pela vontade política dos tomadores de decisão. Os dermatologistas estão empenhados na cobrança por respostas”, disse o presidente da SBD, Sérgio Palma. 

 
 


2 de agosto de 2019 0

“O Programa Médicos pelo Brasil, que acaba de ser lançado pelo Governo Federal, incorpora uma nova lógica na contratação de profissionais da medicina que atuarão em unidades básicas de saúde de áreas de difícil provimento. Ao contrário do Mais Médicos, que foi implementado nas gestões anteriores, a iniciativa atual propõe remuneração diferenciada e vínculo empregatício com carteira assinada. 

“Em princípio, as condições são melhores para atrair e fixar o médico na rede pública. Acreditamos que um passo importante foi dado, mas é preciso acompanhar de perto para nos certificarmos que tudo será realizado conforme a proposta”, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sergio Palma, que acompanhou a solenidade de lançamento, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). 

Critérios – Ao todo, serão 18 mil vagas previstas, sendo cerca de 13 mil em municípios de difícil provimento. O Governo Federal priorizará a participação de municípios em regiões carentes. Para isso, adotou metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que classifica as cidades em espaços rurais e urbanos, considerando o tamanho da população, densidade demográfica e distância de grandes centros urbanos. Assim, os municípios foram divididos em 5 categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos.

Todas as regras constam da Medida Provisória que dá escopo legal à iniciativa e que deverá ser votada pelo Congresso Nacional. Pela MP, os médicos serão selecionados por meio de processo seletivo eliminatório e classificatório que contemplará duas funções diferentes: médicos de família e comunidade e tutor médico. Para a função de Médico de Família e Comunidade, serão selecionados médicos com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Se aprovados na prova escrita, serão alocados em USF pré-definidas pelo Ministério da Saúde para realização do curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade.

Para a função de Tutor Médico serão selecionados especialistas em Medicina de Família e Comunidade ou de Clínica Médica com CRM. Nessa modalidade, os profissionais aprovados na prova escrita já ingressam, por meio de contratação via CLT, e ficam responsáveis pelo atendimento à população nas USF a que foram designados e pela supervisão dos demais médicos ingressantes no Programa Médicos pelo Brasil, durante o período do curso de especialização.

Remuneração – Ao longo dos dois primeiros anos no Programa Médicos pelo Brasil, os profissionais realizarão o curso de especialização, recebendo bolsa-formação no valor de R$ 12 mil mensais líquidos, com gratificação de R$ 3 mil adicionais para locais remotos (rurais e intermediários) e de R$ 6 mil adicionais para Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), além de localidades ribeirinhas e fluviais. Se aprovados no curso, os médicos realizarão uma prova para adquirirem titulação de especialista em Medicina de Família e Comunidade e poderão ser contratados via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permanecendo nas USF em que realizaram a formação.

A contratação via CLT apresenta quatro níveis salariais, com progressão a cada três anos de participação no programa, além de gratificação por desempenho vinculada ao alcance de indicadores de qualidade de atendimento e satisfação das pessoas atendidas. Este adicional por desempenho pode variar entre 11% e 30% em relação ao salário. O primeiro nível salarial pode chegar até R$ 21 mil e, gradativamente, até R$ 31 mil, considerando o acréscimo máximo da gratificação por desempenho e local de difícil provimento. Esses valores também incluem gratificação de R$ 1 mil mensais para os médicos que acumularem o cargo de tutor.

Durante a participação no programa, os médicos serão avaliados através de métodos científicos e indicadores de saúde da população, a partir da valorização da opinião das pessoas e de critérios de desempenho clínico. O médico também avaliará a estrutura de USF e da rede de serviços do município em que trabalha. Essa avaliação ajudará no fortalecimento da qualidade da Atenção Primária à Saúde no Brasil.

Especialização – O curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade será obrigatório para a contratação federal via CLT. O médico cumprirá jornada semanal de 60 horas, sendo 40 horas voltadas à integração ensino-serviço, desenvolvendo atividades de atendimento direto à população, e 20 horas de atividades teóricas.

Os médicos serão supervisionados por seus respectivos tutores e passarão uma semana, a cada dois meses, na Unidade de Saúde da Família do tutor, realizando atendimentos em conjunto. Além disso, o tutor deverá estar disponível para supervisão de casos à distância a qualquer momento. Os médicos também contarão com a possibilidade de discussão de casos via telessaúde, de médico para médico, utilizando os recursos já ofertados pelo Ministério da Saúde.

O componente teórico será realizado por instituição de ensino superior parceira, com a participação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), na modalidade de ensino à distância. As avaliações serão semestrais, com aprovação obrigatória para continuidade no Programa. Ao final do curso, o médico deverá realizar um trabalho de conclusão que consistirá na identificação e priorização de um problema existente na população vinculada a sua USF, acompanhado da intervenção para a melhoria desse problema.

Com informações da Agência Saúde
 


2 de agosto de 2019 0

“O Programa Médicos pelo Brasil, que acaba de ser lançado pelo Governo Federal, abre uma nova perspectiva para o trabalho do profissional da medicina dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Diferentemente de outras propostas, há um eixo estruturante que permite que aquele que ingressar conte com mais estímulos para realizar um bom trabalho”. Essa foi a avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, após assistir a solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na qual a iniciativa foi apresentada à população. Com a novo Programa, o Ministério da Saúde espera ampliar a oferta de serviços médicos em locais de difícil provimento ou de alta vulnerabilidade, além de formar especialistas em Medicina de Família e Comunidade.

A estratégia ampliará em cerca de 7 mil vagas a oferta de médicos em municípios onde há os maiores vazios assistenciais na comparação com o programa Mais Médicos, sendo que as regiões Norte e Nordeste juntas têm 55% do total dessas vagas. Ao todo, serão 18 mil vagas previstas, sendo cerca de 13 mil em municípios de difícil provimento.


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o presidente da SBD, Sérgio Palma

Comunidade – A Atenção Primária à Saúde (APS), em que os médicos do Programa Médicos pelo Brasil vão atuar, é a base do Sistema Único de Saúde (SUS), onde as doenças mais frequentes são acompanhadas, como diabetes, hipertensão e tuberculose. A proximidade da Equipe de Saúde da Família (ESF) com a comunidade permite que se conheça melhor o cidadão, garantindo maior adesão aos tratamentos e às intervenções médicas propostas. Assim, nesse nível de atenção, é possível resolver cerca de até 80% dos problemas de saúde, sem a necessidade de intervenção na emergência de Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h) ou de hospitais.

“A ampliação do acesso a esses serviços nas Unidades de Saúde da Família é prioridade do Governo Federal. Assim, vamos promover a qualidade de vida da população e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação, uso de tabaco, dentre outros. Também vai trazer para perto da comunidade serviços como consultas médicas, exames, vacinas, radiografias e pré-natal para gestantes”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O Governo Federal priorizará a participação de municípios em regiões carentes. Para isso, adotou metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que classifica as cidades em espaços rurais e urbanos, considerando o tamanho da população, densidade demográfica e distância de grandes centros urbanos. Assim, os municípios foram divididos em cinco categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos.


O primeiro vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, agradece em nome dos 466 mil médicos brasileiros, pela implementação do programa que levará profissionais de medicina ao interior. O programa terá novo critério para distribuição de vagas entre os municipios e novas regras para seleção dos profissionais

Prioridades – Serão priorizados os municípios rurais remotos, rurais adjacentes e intermediários remotos, que concentram 3,4 mil cidades, e poderão incluir todas as equipes de Saúde da Família no Programa Médicos pelo Brasil. Todas as Unidades de Saúde da Família ribeirinhas e fluviais e os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) também serão consideradas como prioritárias.

Os municípios intermediários adjacentes e urbanos receberão médicos em USF consideradas de alta vulnerabilidade, a partir de critérios como proporção de pessoas cadastradas que recebam benefício financeiro do Programa Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou qualquer benefício previdenciário até o limite de dois salários-mínimos. Os municípios que quiserem participar do Programa Médicos Pelo Brasil deverão assinar Termo de Adesão onde serão definidas pelo Ministério da Saúde as responsabilidades dos gestores municipais, especialmente quanto à oferta de estrutura adequada para a realização do trabalho do médico.

A saída dos municípios e das Unidades de Saúde da Família do programa devem ocorrer na medida em que forem sendo alcançados melhores indicadores de desempenho no cuidado à saúde da população, influenciados ainda pela melhoria da economia. Isso porque a prioridade do Médicos pelo Brasil é levar médicos para áreas mais carentes.

Para apoiar a atenção à saúde em municípios de médio e grande porte, o Ministério da Saúde lançou em maio deste ano o programa Saúde na Hora, que oferece incentivo financeiro para Unidades de Saúde da Família que ampliarem horário de atendimento à população, aumentando o acesso da população aos serviços da Atenção Primária, como consultas médicas e odontológicas, coleta de exames laboratoriais, aplicação de vacinas e acompanhamento pré-natal.

Com informações da Agência Saúde

* Fotos Antonio Cruz – AG Brasil e Marcos Corrêa/PR – Palácio do Planalto





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