150 dias de gestão




19 de agosto de 2019 0

A forte atuação da assessoria parlamentar da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) – com o monitoramento permanente da tramitação dos principais projetos de lei de interesses da especialidade – tem sido a tônica da atual diretoria. Ao longo dos primeiros meses à frente da instituição, a Diretoria-Executiva identificou e tem monitorado pelo menos 78 propostas na Câmara dos Deputados e outras 11 no Senado Federal que tratam de temas de interesse da especialidade. 

Além do acompanhamento da tramitação de projetos de impacto na rotina dos dermatologistas, a SBD também tem procurado estar presente nos principais debates dentro do Parlamento. No Senado, por exemplo, alertou aos congressistas, durante audiência pública, sobre os riscos para população causados pela realização de procedimentos estéticos invasivos por não médicos.

Outra importante questão para a SBD, e que foi alvo de discussão na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, é o uso dos filtros solares na prevenção de doenças dermatológicas, entre elas o câncer da pele. Em audiência pública sobre o Projeto de Lei (PL) 616/2019, que dispõe sobre a regulação ambiental de cosméticos e sobre a proibição de protetores solares considerados tóxicos para recifes de corais, representante da entidade destacou que “qualquer decisão no sentido de restringir o acesso aos protetores solares pode causar um grande impacto negativo à saúde da população”.

Para o presidente da SBD, Sérgio Palma, esse monitoramento do cenário político e a rotina de corpo-a-corpo serão mantidos, sempre na expectativa de conquistar apoio aos argumentos apresentados pelos médicos. “Também participamos de audiências para discutir questões relacionadas à modernização da Tabela SUS e da Criação da Semana de Prevenção e Combate ao Câncer de Pele”, complementa.

Sensibilização – Durante os primeiros 150 dias de gestão, também foram visitados cinco gabinetes de deputados federais e senadores para tratar de assuntos de interesse dos dermatologistas, tais como o reconhecimento da área de Estética e Cosmetologia e/ou Saúde Estética aos profissionais da Saúde e sobre a regulamentação das profissões de Esteticista, que compreende o Esteticista e Cosmetólogo, e de Técnico em Estética.

Uma dessas audiências foi realizada com o senador Marcos do Val, que recebeu das mãos do presidente da SBD um dossiê com diversas denúncias que foram levadas a órgãos de fiscalização, como o Ministério Público, Vigilância Sanitária, Conselhos Profissionais de Classe e Poder Judiciário. Com encontros assim, a SBD espera sensibilizar os políticos sobre sua responsabilidade de coibir o exercício ilegal da medicina na área dermatológica.

Parcerias – Outro passo importante foi o estabelecimento de parcerias com os novos gestores do Ministério da Educação para fazer a vistoria dos Programas de Residência Médica credenciados pela SBD. A iniciativa foi articulada pela Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde.

“Além disso, a SBD cobrou da Associação Médica Brasileira (AMB) a tomada de providências com respeito à proliferação de cursos de pós-graduação lato sensu pelas distorções que trazem ao afirmar que dão direito aos participantes a portarem um título de especialista”, destaca Sérgio Palma.


17 de agosto de 2019 0

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu efeitos de decisão liminar concedida à Associação Brasileira de Médicos com Expertise de Pós-Graduação, retirando-lhe a possibilidade de divulgar e anunciar titulações latu senso na área da medicina, conforme pretendido em ação movida na Justiça contra o Conselho Federal de Medicina (CFM). Com isso, ficaram mantidas as regras previstas na Resolução CFM nº 1.974/2011. 

Esse texto, em seu artigo 3º, veda ao profissional o anúncio de pós-graduação realizada para a capacitação pedagógica em especialidades médicas e suas áreas de atuação, mesmo que em instituições oficiais ou por estas credenciadas. Essa vedação está amparada no Código de Ética Médica que estabelece a proibição de anunciar títulos científicos que o médico não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM). 

No entendimento do CFM, o portador de títulos de pós-graduação lato sensu ao anunciá-los induz o paciente à confusão, fazendo-o acreditar que ele é um especialista. Para o CFM, conforme estabelece a legislação em vigor, podem ser considerados detentores de título de especialidade médica apenas aqueles que concluíram Programa de Residência Médica ou que foram aprovados em exames de títulos realizados por sociedades de especialidade. 

O desembargador Novély Vilanova da Silva Reis, relator da decisão, anunciada na sexta-feira (16/8), reiterou que, ao contrário do que é questionada pela Associação Brasileira de Médicos com Expertise de Pós-graduação, o CFM tem competência legal para dispor sobre “ética médica”, caso em que essa autarquia federal pode definir preceitos e vedações a que os médicos estão sujeitos. 

“O CFM apenas editou a Resolução 1974/2011, que é um ato normativo, geral e abstrato, assim insuscetível de lesar direito. O ato que lesaria direito subjetivo seria a eventual penalidade aplicada pelos Conselhos Regionais de Medicina (autarquia federal com personalidade jurídica do CFM) a quem compete cumprir esse ato”, alertou o desembargador em sua decisão, que suspende todos os efeitos da liminar concedida anteriormente.


14 de agosto de 2019 0

A campanha "Vitiligo na luta contra o preconceito" da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em parceria com a agência Approach Comunicação ganhou medalha de bronze na 16ª edição do Annual International Business Awards, realizado pelo The Stevie Awards, uma das principais premiações empresariais que abrange o mundo inteiro. Os vencedores foram selecionados entre 4 mil indicações recebidas de organizações de 74 países. 

Em documentário, a modelo e universitária Eliane Medeiros, participante da campanha, falou sobre como superou o preconceito, passando a se aceitar com suas manchas.

"Fico feliz demais por ter feito parte da campanha. Foi uma experiência incrível compartilhar minha experiência de vida com vocês", disse.

Conheça os resultados da campanha de vitiligo: https://bit.ly/31FS238.
 


14 de agosto de 2019 0

O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) apresentou, nesta semana, o Requerimento nº 2105/2019, que solicita a retirada do Projeto de Lei nº 4384/2019 que pretendia a atualização de nomenclaturas no âmbito da Odontologia. O texto buscava alterar os “nomes da profissão e do curso de graduação em Odontologia que passariam a ser chamados de Medicina Orofacial, sendo que o graduado receberia o título de médico-orofacial”.

O pedido de retirada aguarda apenas o despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para ser aprovado. Logo após essa confirmação, o texto será imediatamente arquivado. O assunto estava sendo monitorado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), por meio de seus diretores e de sua equipe de assessores.

Desde que houve a confirmação de que a proposta de PL havia sido oficializada na Câmara dos Deputados, buscou-se a sensibilização do parlamentar para os prejuízos decorrentes dessa mudança. Esse é um trabalho realizado sistematicamente pela SBD com relação a todos os projetos em tramitação no Congresso Nacional que têm impacto maior na atuação da dermatologia.

“A SBD atua em defesa da medicina e da dermatologia. Esse mesmo empenho aparece na luta por melhores condições de trabalho para os profissionais e de acesso à assistência para os pacientes. Esses são compromissos da gestão 2019-2020 que têm sido cumpridos em todas as esferas. No Poder Legislativo, continuaremos atentos e dispostos ao convencimento dos políticos em favor da nossa percepção sobre esses e outros assuntos de interesse da especialidade”, pontuou o presidente da entidade, Sérgio Palma.

 


12 de agosto de 2019 0

O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região suspendeu o efeito da liminar que dava direito à médica Patrícia Leite Nogueira de utilizar imagens do tipo “antes e depois” em propagandas e publicidades relativas aos seus serviços. A decisão foi tomada pelo desembargador Novely Vilanova da Silva Reis, no dia 9 de agosto, em resposta ao pedido de agravo de instrumento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Em sua decisão, o magistrado se baseia em artigos da Resolução CFM nº 1.974/2011, que estabelece os critérios da publicidade médica no País. Ele também cita trechos do Código de Ética Médica, recentemente atualizado por meio da publicação da Resolução CFM nº 2.217/2018.

ACESSE A ÍNTEGRA DA DECISÃO

O desembargador explica em seu despacho que a proibição do uso de imagens (prevista no art. 3º, alínea “g” da Resolução 1.974/2011) não exige lei específica, pois não se trata de “condições ou qualificação para o exercício de profissão” (Constituição, arts. 5º/XII e 22/XVI), conforme alegado na queixa apresentada.

Ética – Segundo ele, essa vedação visa preservar a ética profissional do exercício da Medicina. “São notoriamente sabidos os malefícios e dissabores causados com a divulgação imagens de pessoas pelas redes sociais, além de configurar captação de clientela. O médico está sujeito a disciplina deontológica estabelecida pelo órgão profissional. Pouco importa que o eventual abuso seja reprimido pela lei civil ou pelo Código de Defesa do Consumidor decorrente de relações contratuais do médico com o seu paciente”, afirmou o desembargador.

Ainda em seu despacho, ele reitera que a “participação do médico na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deve se pautar pelo caráter exclusivo de esclarecimento e educação da sociedade, não cabendo ao mesmo agir de forma a estimular o sensacionalismo, a autopromoção ou a promoção de outros, sempre assegurando a divulgação de conteúdo cientificamente comprovado, válido, pertinente e de interesse público”.

Conflitos de interesse –  A decisão reforça ainda que, ao conceder entrevistas, repassar informações à sociedade ou participar de eventos públicos, o médico deve anunciar de imediato possíveis conflitos de interesse que, porventura, possam comprometer o entendimento de suas colocações, vindo a causar distorções com graves consequências para a saúde individual ou coletiva. Nestas participações, o médico deve ser identificado com nome completo, registro profissional e a especialidade junto ao Conselho Regional de Medicina, bem como cargo, se diretor técnico médico responsável pelo estabelecimento.

“Em suas aparições o médico deve primar pela correção ética nas relações de trabalho, sendo recomendado que não busque a conquista de novos clientes, a obtenção de lucros de qualquer espécie, o estimulo à concorrência desleal ou o pleito à exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos. Essas ações não são toleradas, quer em proveito próprio ou de outros”, afirmou o juiz em sua decisão
 


7 de agosto de 2019 0

Um plano de comunicação para dar maior visibilidade internacional à revista Surgical & Cosmetic Dermatology (S&CD) – publicação científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o que, consequentemente, deve ampliar seu número de citações e fator de impacto – está sendo implementado pela atual gestão da instituição. Em constante crescimento, a S&CD tem obtido excelentes resultados. Em 2018, o fator de impacto no Scimago Journal & Country Rank apontou uma evolução de 0,143 contra 0,141 do ano anterior.

Entre as ações previstas, estão o estímulo a maior participação de autores internacionais na publicação por meio do envio de cartas às sociedades internacionais de dermatologia; o fortalecimento da identidade da S&CD junto ao público internacional; a inserção de conteúdos e ações específicas nas redes sociais corporativas da SBD (Facebook, Twitter e Linkedn); o aumento da presença da revista em redes acadêmicas como Academia.edu, Mendeley e ResearchGat; o desenvolvimento de conteúdos para parceiros, mídia especializada e grande imprensa; além de entrevistas com autores.

Para o presidente da SBD, Sérgio Palma, é extremamente importante que os serviços credenciados em dermatologia estimulem os jovens residentes à produção científica para que estes submetam artigos científicos na Surgical. “Essa dinâmica servirá de estímulo para que busquem não só a qualificação, mas também o interesse pela pesquisa científica, tão importante para o desenvolvimento de qualquer profissional”, salienta.

Indexação – Segundo a atual editora científica da S&CD, Bogdana Victoria Kadunc, a equipe de editores está constantemente em busca de melhorias para a publicação a fim de ampliar a visibilidade da revista. “Hoje não é fácil indexar numa base grande como o Pubmed, por exemplo. Há uma grande concorrência e inúmeras publicações são criadas o que torna o processo mais exigente no que se refere aos tipos de artigos, à qualidade científica, à distribuição geográfica de origem desses artigos e ao aumento da participação de autores estrangeiros nas edições”, observa.

Criada em 2009 com a missão de divulgar a cirurgia dermatológica, a oncologia cutânea, a cosmiatria brasileira e tecnologias, a revista Surgical atualmente está indexada nas bases de dados Scopus, Directory of Open Access Journais (DOAJ), LILACS, Sumários.org, Latindex, Periódica e Redalyc. A revista – cuja edição impressa é em português e a versão online em português e inglês – possui edições trimestrais, com sistema de submissão online e revisão feita por pares.

“Nesses dez anos de existência, a S&CD despertou a atenção de muitos jovens dermatologistas para a investigação científica e para as publicações. Essa nova geração é que tem alimentado a revista com seus artigos de qualidade. Ou seja, a Surgical tem cumprido dois papéis: a divulgação da cirurgia dermatológica e da cosmiatria brasileira e o despertar dos jovens para produção de artigos científicos”, frisa Bogdana Kadunc.

Após dez anos como editora-chefe, Bogdana Kadunc passará o cargo de editora-chefe para Hamilton Stolf, que assumirá a função a partir de janeiro de 2020. Para ela, delegar as tarefas da Surgical permitirá o surgimento de novos ângulos, caminhos e horizontes. “O novo editor é um colega cirurgião muito querido que atua na Unicamp e que com certeza acrescentará muito à revista, fazendo-a crescer ainda mais”, salienta.

Sergio Palma destacou a brilhante atuação de Bogdana Victoria na S&CD e deseja ao novo editor uma excelente condução na gestão da revista. “Foram anos de dedicação da Bogdana para o pleno desenvolvimento da Surgical, fazendo com que a publicação se tornasse referência em nossa especialidade. Tenho a certeza de que o Hamilton desenvolverá com maestria esse mesmo trabalho”, finaliza.

Novo editor – Hamilton Stolf é mestre e doutor pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp, ex-coordenador da Cirurgia Dermatológica no Departamento de Dermatologia da FMB-Unesp e atualmente professor colaborador na Disciplina de Dermatologia da FCM- Unicamp. Já foi presidente da SBD-Resp (gestão 2012) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) na gestão 2008-2009.

Para ele, o lançamento da S&CD marcou definitivamente o início da histórica união entre a SBD e SBCD, oferecendo aos associados informações disponíveis na literatura médica mundial, bem como a experiência e opinião dos especialistas brasileiros e estrangeiros, além dos artigos do Programa de Educação Médica Continuada (EMC).

Ao assumir a nova função, pretende dar continuidade ao trabalho realizado por Bogdana Victória nos últimos dez anos. Segundo destacou, a meta é aperfeiçoar a cirurgia dermatológica (em seu planejamento, execução e complicações), procurando apoiar a melhor decisão do cirurgião dermatológico junto ao paciente, fomentando a discussão prática diante dos inúmeros artigos disponíveis na literatura.

 “Devemos aperfeiçoar, firmar e diferenciar as raízes de pesquisa e ensino da Surgical desde a cirurgia básica e avançada, cosmiatria e laser, harmonizando os conteúdos dos temas abordados. O câncer cutâneo é um tema que tem que estar presente de maneira marcante devido à sua relevância”, destaca.

Acessos – Entre janeiro e junho deste ano, o número de acessos aos artigos da S&CD chegou a quase 6 mil. As quatro últimas edições, além do suplemento anual da Surgical, possuem 78 artigos publicados, 70 em revisão, 17 aprovados e outros 63 recusados, totalizando 218 submissões. Dos que foram publicados, 50% são artigos originais, 15% de revisão e 35% englobam relatos de casos, novas técnicas ou outros. Nove são internacionais, oriundos de Portugal (3), Estados Unidos (2), Suíça (1), Malásia (1), Indonésia (1) e Irã (1).

Entre os temas mais abordados estão tricologia, microagulhamento, dermatoscopia, preenchimento-complicações, tecnologias, reconstrução, CMMohs, tumores raros, estatísticos e outros. As instituições que mais contribuíram nas publicações 2018-2019 da S&CD foram  Universidade do Estado do Pará (UEPA); Santas Casas de Misericórdia do Rio de Janeiro e de São Paulo; Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC); Clínica Célia Kalil-Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS); Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM); Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) e a Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

Meta – O amplo incentivo aos jovens dermatologistas para que se dediquem às pesquisas científicas é um trabalho amplo que vem sendo desenvolvido pelo Conselho Editorial da Surgical. O objetivo é fazer a publicação crescer ainda mais em número de submissões e acessos.

Para cumprir esse desafio, Bogdana sugere aos chefes dos serviços credenciados que coloquem como prioridade aos seus residentes o envio de Trabalhos de Conclusão de Cursos (TCCs) para a Surgical. Ela pede também aos presidentes de Congressos para que vinculem os trabalhos apresentados à publicação na revista.

“Os autores em geral devem citar a Surgical quando publicam em outras revistas a fim de aumentar o nosso fator de impacto e incentivar amigos-autores estrangeiros a mandarem artigos para conseguirmos cumprir a exigência da Scielo de 20% de autores internacionais. Além disso, é preciso estimular os residentes e colegas que vão estagiar em outros países a publicarem trabalhos científicos em conjunto”, solicita.


7 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

A reunião do Conselho Deliberativo realizada em junho, em São Paulo, é o destaque deste número do JSBD. Na ocasião, mais de 100 delegados debateram amplamente questões importantes de diferentes áreas da dermatologia. Entre os temas em pauta estavam os fluxos administrativos, a defesa profissional, o ensino médico e a formação de especialistas. Essa foi a primeira vez que uma reunião do Conselho ocorreu antes do Congresso Brasileiro de Dermatologia e a mudança agradou a todos.

Nesta edição você também poderá acompanhar um pouco do trabalho desenvolvido pela Diretoria, capitaneada pelo presidente Sérgio Palma, durante os primeiros 150 dias de gestão. Ações em várias esferas foram desenvolvidas visando ao fortalecimento e crescimento da dermatologia e do dermatologista, como iniciativas contra a invasão de competências promovida por profissionais de outras áreas da saúde e seu reconhecimento por parte de entidades médicas nacionais; reportagens sobre ética na medicina e dermatologia em mídias impressas, digitais, televisivas e radiofônicas; publicações e pesquisas médicas realizadas pela SBD para os associados, entre outras.

Na coluna “Com a palavra”, convidamos o médico dermatologista Daniel Houthausen Nunes para abordar a prática da telemedicina no país e seus benefícios na interpretação de imagens – fase importante para o raciocínio diagnóstico em diferentes especialidades, entre elas a dermatologia.   

O debate sobre os cuidados em saúde da população LGBT é assunto da coluna “Outros olhares”, que contou com a participação do médico dermatologista Felipe Aguinaga, do Ambulatório de Dermatologia e Diversidade de Gênero, do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, no Rio de Janeiro. Na matéria, ele comenta o atendimento dermatológico dessas pessoas; a relação entre raça, etnia, status socioeconômico nas disparidades de saúde; a importância do atendimento humanizado desses pacientes, além de outros aspectos interessantes para atualização profissional. O debate se mostra pertinente, já que parte considerável dessa população ainda é vítima de homofobia ou transfobia nos serviços de saúde no país.

O investimento em inovação científica tanto para o pesquisador como para o dermatologista brasileiro é uma das iniciativas importantes para a valorização e a diferenciação dos profissionais da área. O JSBD convidou o coordenador científico da SBD, Hélio Miot, para abordar o assunto.

Já na seção “Entrevista”, falamos nesta edição com o editor-chefe dos Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD), Sinésio Talhari, que comentou sobre o aumento no fator de impacto do periódico, divulgado em junho pela base de dados Journal Citation Reports, bem como as estratégias para que a revista obtenha ainda mais alcance internacional em sua trajetória.

O posicionamento oficial da SBD a respeito da liminar que libera uso de imagens de pacientes antes e depois de cirurgias; informações sobre eventos da Sociedade, entre eles o DermatoRio, agora em setembro, são outros assuntos abordados nesta edição.

Espero que goste e boa leitura!

Equipe editorial JSBD

 


7 de agosto de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

 

 

A avaliação positiva de atividades conduzidas pela atual gestão da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) foi a marca do encontro do seu Conselho Deliberativo, que aconteceu no sábado (29/6), em São Paulo (SP). Com a participação de cerca de 110 delegados, representando a entidade nacional e suas filiadas estaduais, houve um debate amplo e participativo em torno de questões importantes para o grupo, em diferentes áreas, como fluxos administrativos, defesa profissional, ensino médico e formação de especialistas. 

“Assistimos a um processo democrático e de crescimento individual e coletivo. A SBD avança em cada reunião de seu Conselho Deliberativo pela possibilidade do debate em torno de temas que são de alta relevância para a nossa especialidade. Temos que agradecer o engajamento de todos os participantes no processo, bem como as contribuições que trouxeram para as discussões”, pontuou o presidente da entidade, Sérgio Palma. 

Durante o encontro, foram analisados relatórios de comitês temáticos e do Conselho Fiscal da SBD. Também foram exibidas sínteses com as principais ações realizadas pela atual gestão desde que tomou posse, em janeiro desse ano. Destaques foram feitos ao esforço para o aperfeiçoamento administrativo, com a modernização de processos e economia em despesas, e ao empenho em se fortalecer a atuação da entidade no campo da defesa profissional, junto ao Poder Judiciário e ao Congresso Nacional. 

Além disso, os participantes se debruçaram sobre os preparativos para os próximos Congressos Brasileiros de Dermatologia e encaminhamentos relacionados às suas publicações – Anais Brasileiros de Dermatologia e a revista Surgical & Cosmetic Dermatology. Ainda houve a eleição para escolha dos novos componentes dos comitês técnicos da Sociedade. A seguir, alguns dos principais resultados apresentados durante a reunião do Conselho Deliberativo da SBD, sendo que outras reportagens detalharão outras decisões: 

Formação – Em seu relatório, a Comissão de Ensino Médico listou a realização de 24 visitas a serviços credenciados à SBD. Desse total, 23 se relacionavam a situações de recredenciamento, incluindo-se um de aumento de vagas. A solicitação restante se referia a um novo credenciamento. Finalmente, foi comunicado o reconhecimento do empenho da SBD para a Aprovação da Matriz de Competências da Dermatologia junto à CNRM/MEC. Contudo, a Comissão destacou que conta com um aprimoramento progressivo no processo, a partir de um esforço coletivo que contemple a integração do treinamento em algumas áreas clínicas gerais imprescindíveis aos cuidados de pacientes em unidades ambulatoriais e de internação em vários dos nossos serviços credenciados que oferecem assistência de maior complexidade no sistema de saúde.

Qualificação – A Comissão de Título de Especialista em Dermatologia (TED) destacou, durante sua apresentação ao Conselho Deliberativo, o compromisso com a adoção de critérios técnicos que garantam a lisura do processo de realização desse exame, para tanto tem utilizado como norma em cada questão adotar pelo menos duas referências bibliográficas das referências sugeridas no Edital. Esse cuidado, que revela o rigor adotado nesse trabalho, tem se refletido na seleção dos candidatos. Finalmente, o grupo destacou ainda em seu relato na elaboração das provas teórica e prática, observando os pressupostos da Taxonomia de Bloom, com a oferta de questões consideradas fáceis, de nível médio e difíceis, de modo a avaliar o candidato a partir de seu conhecimento, habilidades e atitudes. 

Pesquisa – Em sua participação, a Comissão Científica da SBD destacou a importância de se estimular a pesquisa na área dermatológica através de diferentes iniciativas. Dentre elas, destacou a oferta de bolsas por meio da Funaderm. Conforme foi relatado, em 2018, foram aprovados sete projetos de um total de 11 submetidos à análise, sendo que a boa parte das desclassificações decorreu de questões formais (orçamento, cronograma, ética). Outras propostas defendidas, foram a criação de um prêmio anual para dermatologistas que se destacaram pela atividade científica; a inclusão, como já ocorreu este ano, de novos dermatologistas como expositores nos próximos congressos e jornadas da SBD; e o estímulo ao cadastramento acadêmico de associados em banco criado para servir de fonte à seleção de palestrantes em eventos científicos. Além disso, defendeu-se uma maior interface entre os trabalhos realizados pelas Comissões Científica, de Ensino Médico e de Título de Especialista em Dermatologia, assim como o credenciamento da entidade junto à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). 

Ética e defesa – O fortalecimento do correto exercício profissional na especialidade foi a preocupação externada pela Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD em seu relatório apresentado. No encontro, em São Paulo, os membros do grupo relataram formas de aperfeiçoar o seu trabalho, como suporte administrativo e jurídico. Também se falou sobre iniciativas para ampliar a divulgação de normas éticas e profissionais entre os médicos, usando os meios de comunicação da própria Sociedade de Dermatologia. 

Transparência – Na reunião, em São Paulo, o Conselho Fiscal da SBD informou que, após a leitura da ata da reunião anterior, observou-se que as sugestões feitas pelo grupo anteriormente haviam sido acolhidas em sua maioria. Foi ressaltado que, com base em exames efetuados e principalmente no relatório de auditores independentes que emitiram opinião sem ressalvas, o Conselho Fiscal decidiu aprovar as contas apresentadas do exercício de 2018. Na oportunidade, os participantes discutiram também aspectos relativos ao aperfeiçoamento de fluxos internos e à aprovação de cidades sedes de futuros eventos.

 


7 de agosto de 2019 0

Já se inscreveu no Painel de Procedimentos ao Vivo (PPV) de preenchimento e toxina botulínica? O curso, que ocorrerá no dia 13 de setembro, no Windsor Barra*, contará com a participação de expoentes em cosmiatria, como os médicos dermatologistas Carlos Roberto Antonio, Eliandre Palermo, Alessandra Romiti, Daniel Coimbra, André Braz, entre outros.

Confira a programação e garanta sua presença. As vagas são limitadas e o valor da inscrição é de R$ 100,00.

Aproveite e inscreva-se online até o dia 30 de agosto.

* Sala Barra 5 (2º andar)





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