Nova matriz de competências em dermatologia traz mais qualidade para formação de especialistas




12 de setembro de 2019 0

A publicação e a adoção de novas diretrizes relacionadas à Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica em Dermatologia no Brasil permitirão maior segurança na formação dos especialistas e a elevação dos níveis de qualidade do ensino no País. Essa é a avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sergio Palma, que considera a proposta em vigor alinhada com processos de semelhantes realizados em outros países. 

“Com a nova matriz, as habilidades que o profissional terá são equiparadas e, assim, há uma maior estabilidade para os médicos residentes, pois terão o mesmo ensino e treinamento em qualquer região do Brasil”, enfatiza o membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aldemir Soares, que acompanhou os debates sobre o tema no âmbito da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). O texto com as diretrizes (Resolução CFM nº 8) foi publicado no Diário Oficial da União, em abril de 2019.

Detalhes – No documento, é apresentado em detalhes o que o médico que busca formação em dermatologia deverá aprender e praticar nos três anos de sua formação na especialidade. Segundo Aldemir Soares, até o momento não existia nenhum programa de residência com uma matriz de competências definida.  “Os programas eram simples e compostos apenas pelo prazo de realização e setores de rodízio de treinamento e o tempo em cada um deles. Dessa forma, os profissionais não conseguiam demonstrar as competências da especialidade”, explica. 

Anteriormente, a formação do dermatologista era regida pela Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006, na qual eram delineados os requisitos mínimos dos Programas de Residência Médica. “Um dos principais benefícios da reformulação da matriz foi deixar muito claro que o médico com residência em dermatologia está capacitado para atuar na área clínica, cirúrgica e sanitária, assim como nos segmentos de cosmiatria e estética, além de definir e defender a abrangência para crianças e adultos”, ressaltou Sérgio Palma. 

Histórico – O documento com a matriz de competências foi construído pela CNRM, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), após diversas reuniões no último ano. A proposta foi aprovada pela CNRM em agosto de 2018, sendo que houve referendo do Ministério da Educação (MEC) em dezembro do mesmo ano e a publicação ocorreu em 2019. Com as alterações, os Programas de Residência Médica em dermatologia terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz a partir de março de 2020. 

“O papel da SBD na produção do texto foi fundamental. A instituição foi a responsável por apresentar e defender como um especialista na área deve ser formado e também demonstrar o alcance da atuação e as habilidades do dermatologista na prática cotidiana”, conclui Aldemir Soares. Na avaliação de Sérgio Palma, com as mudanças ganham a especialidade, os pacientes e o País, “pois passaremos a contar com profissionais com uma visão muito mais ampla sobre as diferentes área de atuação em dermatologia”. 

Competências – No total, o texto apresenta 61 competências que o médico deverá aprender nos três anos de residência. O primeiro ano (R1) tem como meta proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos e princípios da dermatologia; possibilitar a familiarização com as principais ferramentas e métodos clínicos utilizados na dermatologia, assim como o treinamento para manejo clínico e cirúrgico das doenças cutâneo-mucosas, dos anexos e dos fâneros, mais prevalentes.

Ao fim deste ciclo, o especialista deve dominar a utilização dos componentes da abordagem centrada na pessoa; a avaliação dos nervos periféricos, assim como das cadeias linfonodais periféricas; os princípios da biópsia da pele, como suas técnicas e seleção do local para sua realização; valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando se fizer necessário; compreender diagnóstico e tratamento das queimaduras; dominar os princípios básicos de curativos; entre outros. 

Faixas – Já no segundo ano (R2), a meta é consolidar as competências (conhecimento, habilidades e atitudes) na área do exercício da dermatologia com grau crescente de complexidade do treinamento e adição de novos conhecimentos e habilidades dermatológicos mais complexos. 

Nesta fase, o residente deve realizar pronto-atendimentos dermatológicos; manejar o atendimento às doenças nas faixas etárias pediátrica e geriátrica; realizar e analisar os exames não invasivos através de propedêutica armada como dermatoscopia e vídeo-dermatoscopia; obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações; e mais.

O terceiro e último ano (R3) tem como propósito consolidar as competências (conhecimento, habilidades e atitudes) na área do exercício da dermatologia com grau crescente de complexidade e acréscimo do treinamento em questões clínico-cirúrgicas dermatológicas mais avançadas.

Entre as competências que o especialista deve ter ao final, estão a realização de exames dermatoscópicos de rotina e analisar a indicação e do mapeamento digital corporal; a avaliação dos padrões avançados de complexidade de análise em micologia, em dermatopatologia e em tricologia; o domínio procedimentos cirúrgicos de maior complexidade na abordagem de tumores cutâneos e ungueais; a produção de um artigo científico; entre outros. 

 


12 de setembro de 2019 0


Os médicos dermatologistas Sérgio Palma (atual presidente da SBD), Claudia Maia, José Antonio Sanches (presidente da SBD gestão 2017/2018), Sineida Berbert e Paulo Oldani

O Brasil passa a contar com um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o atendimento de pacientes com psoríase. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) comemora a publicação da portaria nº 10/2019, da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde, como resultado do esforço da entidade, por meio de seus representantes, para sensibilizar o Governo acerca dessa necessidade.

Entre os aspectos que passam a ser regulados, estão a forma de acesso dos pacientes com psoríase à medicação gratuita dentro da rede pública; os critérios para fechamento de diagnóstico; a exigência de que gestores do SUS observem as normas; e a obrigação de que os médicos informem o paciente, ou seu responsável legal, sobre os potenciais riscos, benefícios e efeitos adversos relacionados ao uso dos medicamentos preconizados. 

Especialistas – O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 6 de setembro, pouco antes da realização do 74º Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (DermatoRio 2019), que começou nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro (RJ), e termina no sábado (14). O encontro reúne cerca de 4 mil especialistas que analisarão diferentes aspectos relacionados ao diagnóstico e ao tratamento de doenças que afetam pele, cabelo e unhas, além de cuidados estéticos e cosmiátricos. 

“Foi uma feliz coincidência que coroa um trabalho realizado pela SBD ao longo dos anos. O esforço dos dermatologistas para sensibilizar o Governo sobre a necessidade de estabelecer parâmetros mínimos para o atendimento de pacientes na rede pública envolveu membros de diferentes gestões que levaram seu dever adiante, comprometidos com o bem-estar da população e em oferecer condições de atendimento aos especialistas”, ressaltou o presidente da SBD, Sergio Luiz Palma, que acompanhou de perto os debates. 


Claudia Maia e Paulo Oldani em reunião com o ministro Alexandre Padilha e o senador Delcidio do Amaral no Ministério da Saúde

Protocolo – Nos últimos anos, também com o apoio dos dermatologistas Cláudia Maia (RJ) e Paulo Oldani (RJ), e outros, a SBD se manteve firme na defesa dessa proposta no âmbito do Ministério da Saúde. O protocolo final, que contém o conceito geral da psoríase, traz critérios de diagnóstico; de inclusão e de exclusão; recomendações para o  tratamento; e definição sobre mecanismos de regulação, controle e avaliação; está  disponível em: http://portalms.saude.gov.br/protocolos-e-diretrizes.

A norma, de caráter nacional, serve de orientação para o funcionamento de serviços que atendem pacientes com esse transtorno, devendo ser seguido pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Isso vale para as etapas de regulação do acesso assistencial, de autorização, de registro e de ressarcimento dos procedimentos correspondentes.

Em sua exposição de motivos, o Ministério da Saúde afirma que o novo documento foi elaborado para atender a necessidade de atualização de parâmetros para atenção à psoríase no Brasil. No processo, argumentou o órgão, foram levadas em consideração diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com a doença.

Paciente – Pelo protocolo, entre outros pontos, torna-se “obrigatória a cientificação do paciente, ou de seu responsável legal, dos potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados ao uso de procedimento ou medicamento preconizados para o tratamento da psoríase”.

Segundo os especialistas da SBD, o normativo estabelece que a dispensação dos medicamentos não será imediata. Os prazos vão variar de estado para estado, dependendo da capacidade de organização administrativa de casa um, pois será exigida a parametrização de um sistema de códigos, o que pode levar alguns meses. Com relação às fórmulas, ficou definido que os biológicos só estão indicados para ocorrências de psoríase classificadas como de moderada a grave, sendo não responsivas ou intolerantes às terapias tradicionais (metotrexate, acitretina e ciclosporina). 

Biológicos – Os medicamentos biológicos incorporados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de psoríase em adultos são: 1ª linha: adalimumabe (Humira®); 2ª linha: ustequinumabe (Stelara®) e secuquinumabe (Cosentyx®); e para casos pediátricos só está liberado o etanercepte (Enbrel®).

A psoríase é uma doença sistêmica inflamatória crônica, não contagiosa, que apresenta predominantemente manifestações cutâneas, ungueais e articulares. Costuma ter características clínicas variáveis e acomete cerca de 2% da população mundial. No Brasil, o Censo Dermatológico da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostra que o diagnóstico de psoríase foi verificado em 1.349 de um total de 54.519 pessoas que consultaram dermatologistas em estabelecimentos públicos e privados, totalizando 2,5% dessa amostra. 

Estudo mais recente, realizado por consulta telefônica, mostrou uma prevalência de 1,31% de uma amostra de 8.947 pessoas em 3.002 residências pesquisadas. Pode ser uma doença incapacitante tanto pelas lesões cutâneas – fator que dificulta a inserção social – quanto pela presença da forma articular que configura a artrite psoríaca. Sua fisiopatologia não está completamente elucidada, sendo classificada como doença autoimune. A predisposição genética é um fator relevante na psoríase.


11 de setembro de 2019 0

O auditório do Windsor Barra recebeu inúmeros congressistas em um clima agradável de confraternização para a abertura do 74º Congresso Brasileiro de Dermatologia (DermatoRio 2019), nesta quarta-feira (11/9). A solenidade foi objetiva e marcante, com mesa composta pelos integrantes da Diretoria da SBD Nacional, capitaneada pelo presidente Sergio Palma, além do presidente do DermatoRio, Marcio Serra, e da representante da Associação Médica Brasileira (AMB), Débora Cavalcanti.

Agradecimentos, balanço dos dois anos de organização, o comprometimento da Comissão Organizadora e o trabalho em conjunto com SBD Nacional foram alguns pontos mencionados nas falas dos presidentes. 

A cerimônia contou com a participação especial da Orquestra Maré do Amanhã, formada por jovens da comunidade da Maré (RJ), que tocou clássicos da música popular brasileira.

Receberam homenagens os médicos dermatologistas José Alvimar Ferreira (patrono); Márcia Ramos-e-Silva e Luna Azulay.

A equipe de Comunicação da SBD está preparando uma cobertura especial do evento tanto para associados quanto para o público e a imprensa. Acompanhe toda movimentação aqui no site e nas redes sociais da entidade. 

Fotos: Torch
 


11 de setembro de 2019 0

Nesta quarta-feira (11/9) começa o 74º Congresso Brasileiro de Dermatologia, no Centro de Convenções Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro. Serão realizados centenas de atividades científicas, sendo 16 cursos práticos, 10 cursos teóricos, 6 cursos teórico-práticos, 47 simpósios, 10 palestras magistrais, além de sessões especiais, temas em destaque e mesas redondas. Estão sendo esperados aproximadamente 4 mil participantes.

A equipe de comunicação acompanhará toda a movimentação durante os quatro dias do evento e publicará matérias aqui no site e nas redes sociais da entidade sobre os principais assuntos abordados pelos congressistas, bem como divulgação de resoluções administrativas, incluindo as de valorização profissional.

Para conferir a programação completa, acesse aqui ou faça o download do aplicativo "SBD Eventos" pela Play Store (Android) e Apple Store (iOS).

Informações gerais

– A secretaria está aberta das 7h às 18h no primeiro dia do congresso (11/9). Nos demais dias (12 a 14/9), as atividades começam das 8h às 18h. 

— A cerimônia de abertura ocorre no dia 11 de setembro, às 17h30, no 2º andar do Windsor Barra. Na sexta-feira (13/9) haverá shows de Latino e Ludmilla no Pier Mauá (Av. Rodrigues Alves, 10). Este evento sociocultural acontecerá a partir das 21h. 

– No último dia de evento, 14, sábado, será realizada a Assembleia a partir das 11h, na sala Oceânico 13, localizada no 3º andar do Windsor Oceânico (Rua Martinho de Mesquita, 129 – Barra da Tijuca). O encerramento do congresso acontece no mesmo dia, a partir de 15h30.

–  Um serviço de transfer funcionará durante todo o Congresso. As rotas farão o trajeto diário dos hotéis oficiais, estação do metrô Jardim Oceânico e Niterói para o Centro de Convenções (ida e volta). Também haverá transporte para o evento sociocultural. 

– No estande da SBD, situado no 3º andar do Windsor Oceânico, é possível acompanhar as próximas atividades científicas da sociedade e encontrar seus colegas. No local, o congressista também pode esclarecer dúvidas sobre os principais serviços prestados pela Biblioteca da SBD.

– A praça de alimentação, localizada no 1º andar do Hotel Windsor Barra, funcionará diariamente (11 a 14/9), das 11h às 18h, e contará com opções variadas de comidinhas a preços acessíveis para passar o dia no evento. Confira as opções no local e desfrute do ambiente!

A SBD dá boas-vindas a todas e todos que participarão de mais um Congresso da Dermatologia Nacional!

 

 


9 de setembro de 2019 0

A atuação de não médicos na realização de procedimentos estéticos continua a causar transtornos para os pacientes, conforme alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No último fim de semana, uma nova ocorrência foi feita em Alagoas, onde a surfista e modelo Laura Cavalcante denunciou em seu perfil no Instagram que sofreu queimaduras de segundo grau após atendimento feito numa clínica, em Maceió. Diante do ocorrido, a entidade voltará a acionar o apoio do Ministério Público do Estado contra esse tipo de abuso.

Em agosto de 2018, a SBD já havia denunciado a mesma clínica onde ocorreu o problema, bem como sua proprietária – uma fisioterapeuta –, ao Ministério Público de Alagoas por exercício ilegal da medicina. No ofício, a Sociedade informou que o estabelecimento realizava propaganda abusiva e enganosa, sendo que no local, eram praticados por profissionais de outras categorias atos que pela Lei do Ato Médico (nº 12.842/2013), são exclusivos dos médicos.

Entre os problemas apontados, na época, estavam aplicação de toxina botulínica e de laser, entre outros procedimentos estéticos e/ou terapêuticos invasivos. Na argumentação da SBD, essa clínica e seus profissionais geram “desinformação à população quanto aos riscos inerentes a esses procedimentos”. Na ocasião, a Sociedade pedia ao Ministério Público a adoção de medidas “necessárias e cabíveis” contra os abusos relatados.

Problema grave – O caso de Laura Cavalcante foi registrado na Polícia Civil da capital alagoana. “Esse problema é grave e exige a tomada de providências urgente por parte das autoridades. Pode parecer banal, mas não é. Os pacientes estão expostos a riscos que vão de lesões simples a complicações graves, que trazem transtornos emocionais e de autoestima de difícil superação. Há casos que se não forem bem encaminhados podem resultar até em mortes”, alerta o presidente da SBD, Sérgio Luiz Palma. Segundo ele, o que ocorreu em Maceió chama ainda mais a atenção, pois se trata de uma situação reincidente.

A paciente relata que foi convidada pela equipe de marketing da clínica de estética denunciada para fazer dois tipos de procedimentos: fotodepilação na parte posterior da coxa e clareamento de uma zona escurecida na região da virilha. Em contrapartida, deveria fazer a divulgação dos resultados em suas redes sociais. Porém, a promessa só trouxe “dores de cabeça”. Conforme relatou, os problemas começaram após a avaliação, com a troca de profissionais e poucos esclarecimentos sobre o que seria feito e os cuidados necessários.

"Senti muita dor. Disseram que era normal. Assim que acabou, já tinha mancha escura. Comecei a tremer, foi quando chamaram outra profissional e nada resolvia. Eu fui quem decidi ir ao hospital, quando já estava fora de mim de dor e tremedeira”, lembra a modelo. No hospital foram constatadas queimaduras de 2º grau no local da aplicação de laser.

Âmbito jurídico – Nos últimos anos, a SBD tem realizado meticuloso trabalho de alerta junto à população e às autoridades sobre os riscos relacionados à realização de procedimentos dermatológicos e estéticos por profissionais não devidamente habilitados. No âmbito jurídico, houve a apresentação de quase mil denúncias desse tipo, apontando a usurpação de atos exclusivos da medicina. O relatório produzido pela entidade sobre o tema chegou a ser entregue o Ministério Público Federal, em Brasília (DF), com pedido de apoio à apuração das denúncias.

No período de 2017 a 2019, já foram apresentadas 830 representações, sendo 351 em 2017; 371 em 2018; e 111 em 2019. Do ponto de vista da distribuição pelos estados, os dez maiores destaques ficam com São Paulo, com 199 denúncias; Minas Gerais (94); Rio de Janeiro (88); Santa Catarina (85); Paraná (55); Rio Grande do Sul (51); Espírito Santo (48); Goiás (45); e Bahia (28).

“Estamos atentos ao que ocorre nos estados. Há várias denúncias chegando e nos preocupa que até o momento, poucas ações tenham se desdobrado em medidas concretas. Porém, isso não é fator de desânimo. Continuaremos a fazer os alertas, pois o mais importante é conscientizar a população e as autoridades para os riscos”, ressaltou Sérgio Palma.

Segundo ele, é importante que pacientes interessados em procedimentos desse tipo procurem dermatologistas para realizá-los. “Os médicos devidamente habilitados estão cadastrados no site da SBD e também no dos CRMs, onde apresentam a posse de um Registro de Qualificação de Especialista (RQE). O detentor desse título possui a formação, o conhecimento, as habilidades e as atitudes necessárias para fazer seu trabalho”, pontuou.

* Imagens publicadas em reportagem divulgada pelo site do G1.


8 de setembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

Para garantir a qualidade da formação profissional dos dermatologistas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) tem trabalhado de forma contínua na avaliação e credenciamento dos serviços de ensino e pesquisa da especialidade de todo o País. Atualmente, a Comissão de Ensino da entidade chancela a atuação de 89 centros de residência e especialização (lato sensu), distribuídos nos 26 estados e Distrito Federal.

Para conferir os Serviços Credenciados, clique aqui.

Conforme reforça a presidente da Comissão de Ensino da SBD na gestão 2017/2018, Cacilda Souza, o objetivo da iniciativa é garantir que todos os médicos possuam as competências necessárias para a prática profissional ao concluir sua especialização em Dermatologia.  

“Assim como a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), a SBD também avalia os centros de residência e especialização, mas com base em normas dispostas em um regimento próprio. São critérios de avaliação semelhantes, relacionados à composição do corpo docente, à carga horária – mínima e máxima –, à infraestrutura da localidade, entre outros. Queremos assegurar qualidade de ensino aos estudantes e um bom atendimento aos futuros pacientes”, informa Cacilda Souza.

Descentralização – Segundo a especialista, outro foco do trabalho – conduzido já há alguns anos – é estimular o credenciamento de instituições em regiões mais distantes, em especial no Norte e Nordeste, onde a oferta de dermatologistas ainda é menor em comparação ao eixo Sul-Sudeste. Em sua avaliação, é fundamental que a entidade alcance também essas localidades, para auxiliar no adequado desenvolvimento dos serviços estaduais.

“Quando a Comissão Verificadora faz uma visita de inspeção, o objetivo não é punir ou depreciar o centro de ensino. A intenção é avaliar para identificar possíveis problemas e buscar soluções em conjunto. Se existirem inconsistências, serão apontados os meios de resolução, sempre atrelados a um prazo. No geral, esse tempo de chancela a uma instituição pode variar entre um e seis anos. Em visitas seguintes, é avaliada a possibilidade de recredenciar o serviço em função dos avanços demonstrados”, explica.

Nos últimos cinco anos, o número de serviços com vagas credenciadas pela Comissão de Ensino da SBD aumentou 15,5%, passando de 77 centros de ensino em Dermatologia, em 2015, para 89, em 2019. Nesse período, somente no Norte e Nordeste, foram incorporados serviços nos estados do Maranhão, Pará, Paraíba, Alagoas e Piauí.

Qualificação – De acordo com o presidente da SBD, Sergio Palma, os médicos que optam por estudar num centro sem o credenciamento da entidade estão sujeitos a lacunas na sua formação, principalmente no que se refere à prática clínica, não obtendo assim o conhecimento mínimo indicado para atuar na área dermatológica.

“O grande risco é a qualidade questionável da formação. Há cursos em que o estudante passa apenas dois ou três dias em atendimento e nos demais ele foca somente em questões teóricas. Se o aluno tem uma carga horária de atendimento tão reduzida, o treinamento fica prejudicado e como consequência será bem diferente do residente com experiência prática e vivência junto a pacientes”, conclui ele.

Palma lembra ainda que cursos de pós-graduação lato sensu não conferem ao médico o direito de se inscrever nos conselhos de medicina como especialistas ou anunciarem tais títulos. "Atualmente, apenas duas formas podem levar o médico a obter a especialização: por meio de uma prova de títulos e habilidades das sociedades de especialidades filiadas à Associação Médica Brasileira ou por residência médica reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica", explica.


Reunião entre Diretoria e membros da Comissão de Ensino da SBD

 


6 de setembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

Salas lotadas e grande movimentação marcaram o 74º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia (DermatoRio 2019), realizado de 11 a 14 de setembro, no Rio de Janeiro. Resultado de trabalho conjunto, participativo e democrático entre Diretoria da SBD, Comissão Organizadora e dermatologistas associados, o encontro mostrou a força da dermatologia brasileira ao reunir 4 mil congressistas para atualização, confraternização e networking. Sob o título “Rio de todos os tons. Hora de renovar, inovar e resgatar”, o Congresso abordou temas importantes de toda a área da dermatologia, (cosmiatria, laser e tecnologias, cirurgia dermatológica, rotina clínica) por meio de palestras e cursos práticos ministrados por renomados convidados nacionais e internacionais, como Gottfried Lemperle, da Alemanha, Toby Maurer e Hema Sudaram, dos Estados Unidos, Martin Sangueza, da Bolívia, e outros. 

“Desde o início dos trabalhos, a Comissão Organizadora implementou questionários para ouvir o associado e coletou informações nas mídias sociais para buscar do dermatologista o que em sua opinião merecia ser melhorado na parte científica. Os interesses coletivos foram atendidos neste Congresso e o que mais ouvimos dos médicos foi o orgulho de estarem presentes nesse encontro de aprendizagem e congraçamento", disse o presidente da SBD, Sérgio Palma, na cerimônia de encerramento, ocorrida na tarde de sábado (14).
 

Apesar da dificuldade encontrada nos últimos anos para a realização de grandes eventos, a resposta positiva do público mostrou que o DermatoRio 2019 trouxe a característica de acolher quem está chegando, resgatando o conceito de um grande congresso organizado e múltiplo, para discutir as atualizações em salas com estrutura e porte, em que as pessoas se sentissem confortáveis e pudessem absorver o conteúdo da melhor forma. O desafio motivou os organizadores a fazer e a conseguir excelentes resultados. 

"Foram inúmeros comentários positivos dos dermatologistas sobre a qualidade das sessões clínicas, então esse resgate da clínica dermatológica nos dá muito orgulho. Transmitir conhecimento para que o médico possa atender, tratar e cuidar melhor seu paciente, foi um objetivo traçado e conquistado. Bom também ver uma nova geração de dermatologistas brilhando. A força dessa dermatologia integral está viva e tenho certeza de que isso será levado para os futuros congressos brasileiros de dermatologia”, comentou Sérgio Palma.

Presidido por Marcio Serra, o Congresso ocorreu no Windsor Convention & Expo Center, na Barra da Tijuca, um local de fácil acesso, seguro, e que proporcionou maior conforto aos congressistas, com a possibilidade de ter momentos de descanso e diversão durante os quatro dias de atividades. Já a programação científica, coordenada pela dermatologista Luna Azulay, abriu espaço para os novos talentos da dermatologia. Um respiro bem-vindo para o programa científico do maior evento da especialidade.

“A grade do encontro foi totalmente pensada para que os participantes pudessem aproveitar cada momento do DermatoRio. A programação científica, por exemplo, focou nos temas do dia a dia do consultório, o que é fundamental para os médicos. Tivemos também menos palestrantes por sessão, para que pudesse haver mais tempo de exposição e discussão em torno de cada assunto; além da volta dos cursos práticos e da apresentação de diversos trabalhos de investigação com discussão dos casos clínicos relatados”, informou o presidente. 

Em sua fala durante o encerramento, Márcio agradeceu o envolvimento de toda equipe: Diretoria da SBD, Comissões e funcionários da instituição: "Não conseguiria fazer esse Congresso sozinho. O encontro se concretizou dessa maneira, porque estiveram ao meu lado amigos que trabalham, e que me deram muita força para realizar com sucesso esse evento. Agradeço toda minha equipe, a diretoria do DermatoRio (Flávio Luz, Abdiel Figueira, Egon Daxbacher e outros), os coordenadores dos cursos práticos (Fabiano Leal e outros), a coordenação científica (Luna Azulay), a gerência da SBD (Priscila Rudge) e todos os funcionários que se dedicaram arduamente até o último momento", afirmou. 

O presidente da SBD, Sérgio Palma, também agradeceu a presença de palestrantes, coordenadores e indústria farmacêutica e afirmou que foi muito proveitoso esse trabalho conjunto para a dermatologia brasileira. "Foram dias felizes, de clima leve e de alto astral em um evento que não só na minha opinião, mas na de todos os congressistas, cumpriu seus objetivos".

A importância dos Congressos para o aperfeiçoamento e valorização profissionais

A SBD representa uma sociedade médica que é a dermatologia, e organiza anualmente um evento científico para trazer informações mais atuais das diferentes áreas dentro da especialidade. É o momento em que os médicos que vêm para um congresso desse porte, conseguem se atualizar em sessões com os principais experts do Brasil e estrangeiros e têm a possibilidade de discutir com esses especialistas casos do seu dia a dia do seu consultório, clínica, hospital. É oportunidade ainda para o médico conhecer novos caminhos para doenças com características difíceis de serem lidadas, como a hanseníase, o melanoma, a psoríase e se inteirar dos equipamentos mais modernos para tratamentos cosmiátricos, como o laser e tecnologias, por exemplo. No entanto, todas as funções do encontro levam para um mesmo caminho que é prestar o melhor atendimento para o paciente.

Em diversos momentos do DermatoRio 2019, a ética médica foi abordada, por meio de fórum e simpósios, que levaram ao público informações sobre o trabalho desenvolvido pela SBD de forma eticamente correta e cientificamente comprovada, a fim de coibir a invasão da especialidade por não médicos. Em várias sessões e em momentos diferentes isso aconteceu.

"Acredito que uma importante forma de valorização do dermatologista é participar de um evento como este. Mostrar nosso orgulho de ser dermatologista. Essa é a luta que a SBD tem encampado há bastante tempo pelo reconhecimento profissional”, considerou Palma. 

Muitos dermatologistas passaram no estande da SBD para fotografar o totem ‘#Sou dermato SBD’ e postaram em suas redes sociais o orgulho de ser dermatologista. “Isso traz um impacto positivo, sem dúvida, porque os pacientes estão vendo. A SBD acredita nesse resgate de valorização do dermatologista e clamamos para que os dermatologistas não associados à SBD participem, prestem a prova do Título de Especialista em Dermatologia (TED) e estejam mais próximos da nossa sociedade", salientou o presidente.

O 75º Congresso Brasileiro de Dermatologia ocorrerá em São Paulo, na primeira semana de setembro. Captaneado pelo dermatologista Cyro Festa Neto, o encontro está sendo estruturado com dedicação para repetir o sucesso do Rio.


 

Premiação – Durante a cerimônia de encerramento, ocorreu ainda a premiação dos três melhores trabalhos de cada categoria. Ao todo, foram recebidos 949 trabalhos, dos quais 786 foram aprovados e 62 foram apresentados oralmente. O secretário-geral do evento, Abdiel Figueira Lima, parabenizou os dermatologistas pela produção cientifica recebida e apresentada no evento. Os congratulados receberam seus certificados das mãos de Luna Azulay.

“Gostaria de congratular os alunos que participaram dessas pesquisas e também aos orientadores pelos trabalhos de alto qualidade apresentados”, disse. 

Confira abaixo a lista completa dos homenageados: 

Categoria Minicomunicação 

1ª lugar: “Tumor glômico exatradigital como diagnóstico diferencial de Sarcoma de Kaposi no paciente com HIV”. Autores: Maria Cristina Arci Santos, Milvia Maria Simões e Silvia Enokihara e Camila Arai Seque. 

2º lugar: “Lúpus eritematoso discoide no couro cabeludo em paciente com lúpus eritematoso sistêmico: relato de um caso com repilação completa”. Autores: Cleide Garbelini-Lima, Andrea Cavalcante de Souza, João Gabriel Nogueira de Oliveira, Monique Freire Santana, Sidharta Quercia Gadelha, Wanessa da Costa Lima e Virginia Vilasboas Figueiras. 

3ª lugar: “Síndrome Stiff Skin: Relato de Caso”. Autores: Paula Baréa, Angélica Bauer, Michele Caroline dos Santos Garcia, Nathália Hoffmann Guarda, Bianca Lopes Nogueira, André Cartell e Renata Heck. 

Categoria Trabalhos de Investigação 

1º lugar: “Dimensionalidade e análise psicométrica do DLQI em uma população brasileira”. Autores: Marília Jorge, Bianca Paiva, Mayra Ianhez, Juliana Boza, Juliano Schmitt, Daniel Nunes e Hélio Miot. 

2º lugar: “Identificação do risco cardiovascular em pacientes com psoríase e artrite psorisíaca comparados com controles”. Autores: Mara Diane Lisboa Tavares Mazzillo, Patrícia Medeiros Gusmão Acioly, Cláudia Camargo, Maria Alice Penetra, Maria Isabel Noronha Neta, Márcia Ramos-e-Silva e Sueli Carneiro. 

3º lugar: “Prevalência e fatores associados à depressão e ansiedade em portadores de psoríase no Brasil: um estudo transversal”. Autores: Camila Pollo, Ticiane Matos, Jennifer Souza, Marilia Jorge, Luciane Miot, Silmara Meneguin e Hélio Miot. 

Categoria Dissertação/Tese 

1º lugar: “Criocirurgia no tratamento da esporotricose: experiência de uma década”. Autores: Vivian Fichman Monteiro de Souza, Antônio Carlos Francesconi do Valle, Dayvison Francis Saraiva Freitas, Priscila Marques de Macedo, Rodrigo de Almeida Paes, Raquel de Vasconcellos Carvalhaes de Oliveira e Maria Clara Gutierrez Galhardo. 

2º lugar: “Recidiva em hanseníase após o término da poliquimioterapia padrão entre 2013-2018 em um centro de referência brasileiro: introduzindo e atualizando conceitos”. Autores: Ana Cláudia Mendes do Nascimento, Diogo Fernandes dos Santos, Douglas Eulálio Antunes, Maria Aparecida Gonçalves, Luiz Ricardo Goulart Filho e Isabela Maria Bernardes Goulart. 

3º lugar: “Distribuição territorial dos casos de Hanseníase com grau 2 de incapacidade física em um município endêmico do Brasil: uma análise do programa de controle”. Autores: Aline de Souza Busnardo, Gustavo Palmares Gomes da Costa, Bruno da Rocha Porciúncula, Antônio José Ledo Alves da Cunha, Samanta Cristina das Chagas Xavier e Maria Kátia Gomes.

Saiba mais sobre o evento:

Dermatologistas discutem estratégias de defesa da especialidade durante o DermatoRio2019

DermatoRio 2019: SBD investe em atendimento, cobra melhores políticas de saúde e capacita médicos para enfrentar aumento da hanseníase

74º Congresso da SBD abre espaço para discussão sobre publicidade médica
 


6 de setembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.03 – 04

 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) foi apontada por outras entidades médicas como referência na luta contra a invasão de competências promovida por profissionais de outras áreas da saúde. O elogio público ocorreu durante reunião do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB), realizada em junho, em Fortaleza (CE), onde o trabalho realizado pelos dermatologistas no campo da defesa profissional mereceu destaque. A menção coroa o êxito das estratégias adotadas pela atual diretoria em seus primeiros seis meses de gestão.

Entre as estratégias que chamaram a atenção dos participantes do encontro está a atuação parlamentar, ou seja, a presença ativa de membros da atual gestão da SBD e seus colaboradores no Congresso Nacional na tentativa de sensibilizar os políticos em torno de propostas de interesse da categoria.

Também foram citadas as ações promovidas no âmbito do Judiciário, com a apresentação de quase mil denúncias contra profissionais não médicos no campo da estética, com a usurpação de atos exclusivos da medicina. Relatório produzido pela Assessoria Jurídica da SBD sobre o tema chegou a ser entregue ao Ministério Público Federal, em Brasília (DF), com pedido de apoio à apuração das denúncias.

Segundo dados levantados pela entidade em agosto, no período de 2017 a 2019, foram apresentadas 830 representações, sendo 351 em 2017; 371 em 2018; e 111 em 2019. Do ponto de vista da distribuição pelos estados, os dez maiores destaques ficam com São Paulo, com 199 denúncias; Minas Gerais (94); Rio de Janeiro (88); Santa Catarina (85); Paraná (55); Rio Grande do Sul (51); Espírito Santo (48); Goiás (45); e Bahia (28).

Congresso Nacional – O vice-presidente da AMB, Diogo Sampaio, elogiou a Diretoria da SBD pela firme atuação na defesa do Ato Médico. “Trata-se de uma das entidades mais presentes junto ao Congresso Nacional, sendo referência para as demais sociedades de especialidades na luta contra  pressão que outras categorias profissionais fazem junto a senadores e deputados”, destacou.

Para Sampaio, o trabalho da SBD é fundamental nesse processo de enfrentamento às entidades reguladoras de outras profissões que ferem a Lei do Ato Médico, atribuindo competências a profissionais não-médicos para realização de diagnósticos, prescrição de tratamentos e realização de procedimentos que exigem formação médica.

No encontro, o vice-presidente da AMB lembrou ainda a importância de que todas as sociedades de especialidades reforcem sua atuação junto aos legislativos (federal, estadual e municipal), como a SBD, para que os interesses da medicina e da saúde brasileira não sejam ultrajados. “Tivemos um grande avanço com a criação da Frente Parlamentar da Medicina para atuar nas grandes causas junto ao Congresso, sendo que a AMB incentivou recentemente a criação das comissões dentro de cada federada”, frisou.

Comunicação – Outro ponto bem avaliado pelos participantes do encontro, que ocorreu em 14/6, foi o plano de comunicação colocado em prática pela Sociedade, que tem conseguido estabelecer canais de diálogo dinâmicos com a população em geral e com os seus sócios, fortalecendo o elo dentro do segmento no que se refere à esfera da defesa profissional.

Ao mostrar em detalhes o trabalho conduzido pela SBD na atual gestão, o presidente da entidade, Sérgio Palma, comemorou a receptividade das outras instituições. “Isso representa a validação externa às iniciativas da diretoria. Mostra que estamos no caminho certo, não só porque fazemos a lição de casa, mas porque somos considerados por outros grupos como um exemplo a ser seguido. O importante é avançar ainda mais para continuar a fortalecer a dermatologia no país”, disse.

Segundo ele, um tema que deve ganhar espaço na agenda da SBD é o estabelecimento de uma parceria com o Ministério da Educação para fazer a vistoria dos programas de Residência Médica cadastrados. Essa iniciativa está sendo articulada pela Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde (DDES/MEC), coordenada por Rosana Leite de Melo, conforme previsto na Portaria MEC nº 25/2019. Ela acompanhou a reunião e afirmou que espera contar com a apoio das sociedades médicas, como a SBD, para verificar as condições e a qualidade do sistema formador em pós-graduação.

Lato sensu – Sérgio Palma ressaltou o interesse da SBD em participar desse processo e alertou à AMB sobre a necessidade de tomar providências com respeito a outro tópico no campo da educação médica: a proliferação de cursos de pós-graduação lato sensu, considerando-se que a oferta desses programas vem com direito a distorções.

“Muitas dessas escolas afirmam que a conclusão de um curso desse tipo dá direito ao aluno a portar um título de especialista. Isso é mentira: todos sabem que os únicos caminhos para obter essa certificação são passar por uma residência médica ou ser aprovado em exame em sociedade médica”, afirmou.

Ao fim da reunião, os participantes ainda aprovaram uma moção de apoio à manutenção dos termos da moratória das escolas médicas, prevista na Portaria nº 328/2018 (Ministério da Educação). A posição expressa a preocupação dos médicos com um possível retrocesso no tema, o que trará impacto direto sobre a qualidade da formação médica no Brasil. O texto foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo e pela Diretoria da AMB.

A preocupação com o tema é antiga e motivou, em 2018, a AMB a propor no Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem) a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina diante do cenário pós abertura indiscriminada de escolas médicas e pelo desempenho aquém do desejado de egressos dos cursos de medicina.

Os participantes da reunião aprovaram ainda a criação da Comissão Jurídica em Defesa do Ato Médico, no âmbito da AMB, para militar contra a invasão de profissionais na realização de diagnóstico e prescrição de tratamentos em áreas que exigem a necessidade de formação médica. A SBD empenhou apoio à iniciativa e encaminhará representantes para subsidiar as discussões e estratégias.

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30 de agosto de 2019 0

Ficam os senhores associados quites com as suas obrigações associativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) convocados, na forma do seu Estatuto Social, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 14 de setembro de 2019, às 11h00min em primeira convocação; e caso não seja atingindo o quórum necessário, em segunda convocação a ser realizada às 11h15min, no Auditório Oceânico 13, localizado no 3º andar do Hotel Windsor Oceânico (Rua Martinho de Mesquita 129, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, CEP: 22620-220), com a seguinte Ordem do Dia:

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA:

    
1. Palavra do Presidente;

2. Inscrição para Assuntos Gerais;

3. Relatório da Secretaria Geral;

3a. Quadro Social Atualizado;

3b. Atividades da Atual Diretoria até julho de 2019;

3c. Resumo das Deliberações do Conselho Deliberativo;

4. Relatório da Tesouraria;

5. Aprovação de Contas do Exercício de 2018;

6. Assuntos Gerais.
 

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2019. 

Sérgio Palma
Presidente
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
 


29 de agosto de 2019 0

Em 13 de setembro, o DermatoRio contemplará discussões sobre ética, marketing e defesa profissional. O presidente da SBD, Sergio Palma, comandará o Fórum de Discussão "Marketing e Defesa Profissional", abordando aspectos, possibilidades e limitações do Código de Ética Médica, o respeito à Lei do Ato Médico e como tem sido o trabalho da Sociedade pela garantia da integridade da atividade do médico dermatologista.

Lembrando que para participar do Fórum de Discussão, é necessário estar inscrito no 74º CSBD. As incrições com desconto podem ser feitas até sexta-feira, 30 de agosto. Após essa data, só será possível se inscrever no local.

Conheça outros temas da programação na página do evento.





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