74º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia: programação de alto nível no terceiro dia de encontro




14 de setembro de 2019 0

Com sala lotada e muita participação dos congressistas, a mesa sobre Saúde LGBT – inédita em congressos brasileiros de dermatologia – movimentou a manhã do terceiro dia do DermatoRio 2019, no Rio de Janeiro. As principais ISTs na população LGBT, aspectos dermatológicos no paciente transgênero e procedimentos estéticos nessa população foram abordados por especialistas de São Paulo e Rio, entre eles, Felipe Aguinaga (foto acima), do ambulatório de Dermatologia e Diversidade de Gênero, do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay.

Em sua fala, o médico esclareceu conceitos e definições do campo de gênero e sexualidade, bem como a terminologia atualmente utilizada na literatura científica e a identidade de gênero como um determinante social de saúde. No campo da dermatologia clínica, explicou as complicações da hormonioterapia em homens e mulheres trans, as relacionadas ao uso de binders e de silicone industrial, dermatoses das neogenitálias, entre outros pontos. 

Novidades científicas também foram apresentadas na mesa "Mitos e verdades na fotoproteção e vitamina D" e no simpósio sobre envelhecimento cutâneo, alguns dos destaques da tarde desta sexta-feira (13/9).


Sala cheia na sessão sobre envelhecimento cutâneo

Outro tema de interesse neste dia foi o simpósio "Ética e marketing no consultório", sob a coordenação do presidente da SBD, Sérgio Palma e do dermatologista Hugo Guimarães Scotelaro Alves. A mesa de discussão contou com a presença dos palestrantes Débora Ormond, membro da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD, Juliana Fernandes de Mendonça Figueiredo, do Departamento de Psicodermatologia da SBD, e do vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro.


Juliana Figueiredo, Mauro Ribeiro (vice-presidente do CFM), Hugo Alves, Sérgio Palma (presidente da SBD) e Débora Ormond

Ainda na parte da tarde, o Fórum Marketing e Defesa Profissional chamou a atenção de muitos dermatologistas associados, que tiraram suas dúvidas em nova participação de Mauro Ribeiro, Sérgio Palma e Débora Ormond. Este debate contou ainda com a presença do dermatologista Erico Pampado.


Os médicos Erico Pampado, Mauro Ribeiro, Sérgio Palma e Débora Ormond


Por uma medicina unida: o presidente da SBD, Sérgio Palma, e o vice-presidente do CFM, Mauro Ribeiro

AGO
Neste sábado (14) será realizada a Assembleia Geral Ordinária (AGO) a partir das 11h. A SBD conta com a presença dos associados.

A movimentação completa do evento será publicada na próxima edição do JSBD.


13 de setembro de 2019 0

O simpósio coordenado pelo vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Mauro Enokihara, a respeito do "melanoma" – câncer de pele extremamente agressivo – foi um dos destaques do segundo dia de atividades científicas do 74º Congresso da SBD, que acontece no Rio de Janeiro até o dia 14 de setembro. Na oportunidade, os palestrantes do simpósio apresentaram tópicos sobre conceituação, métodos diagnósticos e tratamentos disponíveis para a doença.
 
Em sua participação, Mauro Enokihara ressaltou a importância do caráter interdisciplinar na assistência ao paciente com melanoma e abordou aspectos relacionados ao desenvolvimento da inteligência artificial, com foco na capacidade dos sistemas de interpretar corretamente dados e transformá-los em informações úteis, que podem auxiliar no diagnóstico do melanoma.

 
"A introdução de aparelhos na dermatologia vem ocorrendo já faz alguns anos. Em 2017, ocorreu a primeira publicação científica sobre a classificação das lesões dermatológicas feitas por computador. Redes neurais artificiais analisaram cerca de 130 mil imagens, com sucesso na diferenciação entre lesões benignas e malignas, demonstrando alto nível de competência", informou.
 
De acordo com o vice-presidente da SBD, o auxílio de computadores de alto desempenho tende a ser uma realidade no futuro. No entanto, garante ele, não há motivos para preocupação por parte dos especialistas, pois as máquinas – além de serem passíveis de falhas – não podem substituir a relação médico-paciente, hoje ancorada na afetividade, no acolhimento integral do indivíduo doente e na compreensão dos diversos aspectos inerentes à natureza humana.
 
Já a oncologista clínica e Chefe da Divisão de Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Andreia Melo, comentou o atual estado do tratamento sistêmico do melanoma. Segundo ela, muitos avanços aconteceram recentemente e diferentes substâncias com eficácia balizada por pesquisas e com perfis de toxicidade já estão disponíveis para os pacientes.
 
"Os estudos sobre melanoma têm conseguido trazer respostas para dúvidas a respeito das alterações moleculares, das mutações de genes, entre outros fatores sobre o modo como esses tumores se desenvolvem. As evidências têm indicado a utilização de terapia alvo combinadas como uma das alternativas (imunoterapia) mais eficazes para tratar a doença e garantir qualidade de vida aos pacientes", disse.


Melanoma acral – Também na coordenação do simpósio, Carlos Barcaui ministrou palestra sobre temas clínicos do melanoma acral, tipo raro de câncer, mais frequente em peles morenas e sem relação direta com a exposição ao sol. "Cerca de 30% desses casos recebem um diagnóstico equivocado. Os dermatologistas devem investir mais em examinar a região plantar e ter em mente essa patologia nos episódios de lesão acral inespecífica", salientou.


O encontro contou ainda com a participação de Juan Piñeiro-Maceira, docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), comentando a histopatologia do melanoma acral. Para o palestrante, os dermatologistas precisam estar capacitados para reconhecer as características de lesões e diferenciar manifestações benignas e malignas.
 
"No melanoma, é importante atentar ao padrão de cristas paralelas durante a dermatoscopia. No entanto, qualquer diagnóstico preciso deve ser fundamentado no comprometimento da junção da derme e epiderme e, em alguns casos, pela extensão da proliferação para a derme superior, atestada por um patologista", explicou.

 

 


12 de setembro de 2019 0

A continuidade do trabalho empreendido ao longo dos anos por diferentes diretorias em prol da dermatologia, especialmente por meio da integralidade dos cuidados com a pele, unhas e cabelos, foi um dos principais pontos celebrados pelo presidente da Sociedade Brasileira de dermatologia (SBD), Sérgio Palma, durante a solenidade de abertura do 74º Congresso da Sociedade SBD, o DermatoRio2019, na noite desta quarta-feira (11/9). “Todas as ações promovidas pela atual gestão da entidade são resultado de uma colaboração coletiva, construída de modo progressivo pelos gestores que já conduziram a instituição”, destacou.

Segundo o presidente (foto), o grande encontro anual dos dermatologistas brasileiros será marcado pelo congraçamento, confraternização e, sobretudo, muito aprendizado. “Com a realização do 74º Congresso, o intuito da SBD é reforçar seu compromisso com a formação dos dermatologistas que atuam nas esferas pública e privada, fornecendo subsídios para fortalecer a prática clínica e as diferentes áreas de atuação da especialidade, além de promover o envolvimento dos médicos mais jovens em procedimentos complexos".

Com o auditório do Windsor Barra, no Rio de Janeitro (RJ), repleto de congressistas, a solenidade de abertura também foi palco para homenagens e agradecimentos à Comissão Organizadora do DermatoRio2019, além de notáveis da especialidade. A cerimônia contou ainda com a participação especial da Orquestra Maré do Amanhã, formada por jovens da comunidade da Maré, que conduziram clássicos da música popular brasileira.

Além do presidente da SBD, participaram da mesa inaugural integrantes da Diretoria da SBD Nacional, o presidente do Congresso, Marcio Serra, e a representante da Associação Médica Brasileira (AMB), Débora Cavalcanti.

Homenagens – O presidente do 74º Congresso, Marcio Soares Serra, foi o responsável por conduzir as homenagens, com a entrega de placas ao presidente de honra do evento, José Alvimar Ferreira; e às professoras Márcia Ramos-e-Silva e Luna Azulay. Além disso, também foi homenageado in memorian o patrono do evento, Antar Padilha Gonçalves.


Luna Azulay e Marcio Serra


Marcia Ramos-e-Silva e Marcio Serra

"Quando penso na representação de referências da profissão, são estes os nomes que me veem à cabeça. Além de médicos excepcionais, eles são responsáveis por auxiliar centenas de dermatologistas em seus primeiros passos, incentivando e demonstrando o lado mais belo da especialidade. É uma honra poder demonstrar nossa gratidão àqueles que tanto contribuíram para que todos nós chagássemos aqui", disse Marcio Serra.

Defesa profissional – Na ocasião, a diretora de assuntos parlamentares da Associação Médica Brasileira (AMB), Débora Cavalcanti (foto acima), salientou o relevante trabalho conduzido pela atual Diretoria-executiva da SBD na defesa dos direitos e prerrogativas dos dermatologistas, em especial na luta contra a realização de procedimentos por não médicos.  

"A AMB tem acompanhado de perto os diferentes projetos de lei que visam diminuir o espaço de atuação dos médicos e tomado todas as medidas cabíveis contra esses abusos. E temos na atuação dos dermatologistas um exemplo de união e força, que deve inspirar outras especialidades médicas. Qualquer procedimento médico conduzido por outro profissional de saúde, que não foi devidamente capacitado para esse fim, representa um risco para os pacientes", afirmou.

Fotos: Torch


12 de setembro de 2019 0

O total de casos de hanseníase voltou a crescer no Brasil, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan). Em 2016, foram registrados 25.218 novos casos da doença. Em 2018, esse total subiu para 28.660, o equivalente a um aumento de 13,6%, motivado pelo reforço das ações de detecção da doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 mil novos casos de hanseníase são detectados em todo o mundo anualmente, sendo que Brasil, Índia e Indonésia concentram 80% desse total.

Diante do quadro epidemiológico, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) atua em múltiplas frentes (atendimento, auxílio na definição de políticas públicas junto ao Ministério da Saúde e formação de profissionais para diagnosticar a doença, entre outros pontos). Segundo o presidente da entidade, Sergio Palma, a prevenção e o combate à hanseníase dependem de um enfoque amplo para que os resultados positivos apareçam.

Estratégias – Para contribuir com a formulação de novas estratégias sobre o assunto, a SBD decidiu incluir uma mesa-redonda sobre essa doença, considerada negligenciada pelas políticas públicas de saúde, na programação do 74º Congresso Brasileiro da especialidade, que teve início nesta quarta-feira (11) e segue até o próximo sábado (14), na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

As discussões aconteceram no primeiro dia do evento, em mesa-redonda sobre diferentes aspectos relacionados ao transtorno, que, geralmente, afeta populações de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social. Na ocasião, em parceria com o Ministério da Saúde e a Novartis, a SBD capacitou cerca de 80 médicos de família na identificação da doença.

“Esse é um tema urgente. O aumento da detecção de novos casos demonstra que a doença precisa ser vista como um importante problema de saúde pública, pois a cada ano são detectados casos que já poderiam ter sido identificados antes. Quando isso acontece, ocorre aumento da detecção naquele ano, em comparação com anos anteriores”, enfatiza Sérgio Palma.

Para Egon Daxbacher, diretor da SBD que tem se dedicado ao tema, é preciso falar da hanseníase cada vez mais. Para ele, é necessário capacitar cada vez mais os profissionais de saúde no reconhecimento da doença e investir em informações e campanhas em relação aos seus sinais e sintomas.

Assistência – Por sua vez, no campo do atendimento, em parceria com o Ministério da Saúde e o laboratório Novartis Brasil, a Sociedade vem apoiando o Projeto Roda Hans. A iniciativa que acontece no Estado do Rio de Janeiro, desde agosto com previsão de término no fim de setembro, tem levado atendimento especializado à população e capacitação a profissionais para identificar casos da doença.

Além da conscientização e da assistência qualificada, o foco está no início do tratamento precoce. Participam da atividade as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a Regional da SBD no Estado e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).

ACESSE O ITINERÁRIO DO PROJETO RODA HANS

Até o momento, 13 localidades da região Metropolitana do Rio de Janeiro, Baixada Litorânea, Norte e Noroeste do Estado foram visitadas. Até o fim de setembro, outras seis cidades da Região Serrana, Centro-Sul, Médio Paraíba e Baía da Ilha Grande receberão a caravana. Em agosto, foram realizados 1.301 atendimentos, com o diagnóstico de 39 casos, e realizados 23 exames de baciloscopia e treinamento de técnicos. No mesmo mês, o projeto capacitou 304 profissionais, mas a meta é treinar 800 especialistas.

Na prática, uma carreta com seis consultórios tem visitado diferentes municípios dando aos pacientes acesso a dermatologistas especialistas em hanseníase que, durante o trabalho, contam com o suporte de residentes de serviços de dermatologia credenciados pela SBD.

O projeto Roda Hans já percorreu outros estados, como Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Piauí, entre 2014 e 2018. Os resultados acumulados incluem a cobertura por quase 500 municípios, realização de cerca de 70 mil atendimentos e o diagnóstico de 2.369 casos. Depois do Estado do Rio de Janeiro, a caravana seguirá para a Bahia, São Paulo e Espírito Santo.

Capacitação – A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Sandra Durães, ressalta que de alguns anos para cá houve o processo de descentralização do atendimento, isto é, os pacientes que antes eram atendidos em unidades de especialistas em dermatologia, atualmente são atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Programa de Saúde da Família (PSF). “Para isso ser possível, os dermatologistas trabalham incessantemente na capacitação dos médicos da Atenção Básica e de Saúde da Família para diagnosticar e tratar a doença”, destaca Sérgio Palma.

Para tanto, a SBD tem treinado médicos de família no reconhecimento da doença em vários locais no Brasil, conforme destacou o presidente da Sociedade, que no serviço público onde atua, em Recife (PE), também atende em ambulatório especializado nessa doença. “É preciso garantir recursos para a pesquisa e o desenvolvimento de novas ferramentas de combate à doença, principalmente em áreas pobres, distantes e vulneráveis. O Brasil ainda tem em torno de 25 mil casos todo ano, sendo que de 8 a 10% desses pacientes terão algum tipo de sequela”, alerta.

Agente etiológico – Doença infectocontagiosa potencialmente curável e que tem como agente etiológico o bacilo Micobacterium leprae, a infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é de difícil adoecimento, já que é necessário um longo período de exposição à bactéria, motivo pelo qual apenas uma pequena parcela da população infectada chega a adoecer.

Está classificada entre as doenças ditas negligenciadas que atingem populações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil, apesar de estar entre as grandes economias mundiais, apresenta grande desigualdade social, com grandes bolsões de pobreza nas periferias de suas metrópoles.

“A maioria da população é resistente à doença e ao entrar em contato com a bactéria consegue desenvolver uma boa imunidade e, automaticamente, resistência à bactéria. Um pequeno percentual de pessoas pode adoecer”, explica Sandra Durães.

O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e feito, em sua maioria, pelo exame físico e a história clínica do paciente. A partir daí um médico capacitado pode diagnosticar a doença. “Exames complementares como a baciloscopia, que mede a carga bacilar do paciente, e a biópsia da pele podem ser realizados, porém não são de extrema necessidade. Na maioria dos casos, o diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico”, destaca Sandra Durães.


12 de setembro de 2019 0

O debate sobre "Aspectos éticos do marketing digital e médico" foi o tema da palestra conduzida pelo presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, no curso teórico "Administração de consultório". O encontro aconteceu nesta quarta-feira (11/9), durante o primeiro dia de atividades do 74º Congresso da SBD, no Rio de Janeiro (RJ), e que segue até o próximo sábado (14).

Na oportunidade, o especialista comentou os principais preceitos e normas estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) – com ênfase na Resolução 1974/11 e suas respectivas atualizações 2126/15 e 2133/17 –, que regulamentam a publicidade no exercício da medicina e visam impedir a prática do sensacionalismo e da autopromoção. 

"Devido ao avanço da tecnologia e integração de novos meios de comunicação em nossa vida diária, é estritamente necessária a atualização – sem abandonar os preceitos éticos – de alguns pontos da Resolução. Além disso, também é importante que os dermatologistas estejam atentos às normativas vigentes para não incorrer em condutas passíveis de sanção. Somente nos últimos cinco anos, o CFM julgou cerca de 400 processos éticos-disciplinares, em grau de recurso, a respeito desse tema", destacou.

Palma enfatizou ainda que a atuação médica na internet e outros meios de comunicação deve ser pautada pela intenção de orientar a população e promover a educação em saúde para auxiliar no bem-estar e qualidade de vida dos pacientes. "Se não houver o caráter exclusivo de educar a sociedade, é vedada a participação de especialistas em qualquer meio de comunicação de massa para divulgar assuntos da medicina. Além disso, participar de anúncios de empresas comerciais, valendo-se da profissão, também é expressamente proibido". 

Entre as regras mais infrigidas pelos especialistas no contexto da publicidade e propaganda médica, constam os artigos 18, 111, 112, 113 e 51 do Código de Ética Médica (CEM). “É expressamente proibida a divulgação de informação médica de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico", exemplificou.

O dermatologista ressaltou também a necessidade de incluir nome completo, CRM, Registro de Qualificação de Especialista (RQE) e área de atuação em materiais de publicidade médica. Anúncios do tipo "antes e depois", para a demonstração de resultados de procedimentos, também continuam proibidos. Outro ponto destacado pelo presidente da SBD foi a importância do correto preenchimento do prontuário médico e utilização do termo de consentimento. 

Implicações – As implicações legais de infrações às Resoluções do CFM são julgadas pela Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) e podem incorrer desde a advertência até a cassação do CRM em casos mais graves.

"O médico que cumpre a regulamentação conquista respeito e credibilidade não só dos colegas de profissão, mas também de seus pacientes. Ao mesmo tempo, coíbe o uso dos mecanismos de propaganda médica de forma abusiva e enganosa. A SBD salienta a relevância dos dermatologistas estarem comprometidos com essa responsabilidade ética, principalmente na internet e redes sociais". 

O curso pré-congresso teve a coordenação de Abdiel Figueira Lima e Vicente Pacheco Oliveira e ainda contou com palestras dos dermatologistas Paulo Notaroberto Barbosa, Maurício Amboni e José Ramon Varella Blanco e do contador Alexandre Chevitarese.


Os dermatologistas Paulo Notaroberto Barbosa, José Ramon Varella Blanco (membro da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD), Abdiel Figueira Lima (membro do Conselho Fiscal), Sérgio Palma (presidente da SBD), Maurício Amboni (coordenador de Mídia Eletrônica da SBD)


12 de setembro de 2019 0

A publicação e a adoção de novas diretrizes relacionadas à Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica em Dermatologia no Brasil permitirão maior segurança na formação dos especialistas e a elevação dos níveis de qualidade do ensino no País. Essa é a avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sergio Palma, que considera a proposta em vigor alinhada com processos de semelhantes realizados em outros países. 

“Com a nova matriz, as habilidades que o profissional terá são equiparadas e, assim, há uma maior estabilidade para os médicos residentes, pois terão o mesmo ensino e treinamento em qualquer região do Brasil”, enfatiza o membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aldemir Soares, que acompanhou os debates sobre o tema no âmbito da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). O texto com as diretrizes (Resolução CFM nº 8) foi publicado no Diário Oficial da União, em abril de 2019.

Detalhes – No documento, é apresentado em detalhes o que o médico que busca formação em dermatologia deverá aprender e praticar nos três anos de sua formação na especialidade. Segundo Aldemir Soares, até o momento não existia nenhum programa de residência com uma matriz de competências definida.  “Os programas eram simples e compostos apenas pelo prazo de realização e setores de rodízio de treinamento e o tempo em cada um deles. Dessa forma, os profissionais não conseguiam demonstrar as competências da especialidade”, explica. 

Anteriormente, a formação do dermatologista era regida pela Resolução CNRM 2/2006, de 17 de maio de 2006, na qual eram delineados os requisitos mínimos dos Programas de Residência Médica. “Um dos principais benefícios da reformulação da matriz foi deixar muito claro que o médico com residência em dermatologia está capacitado para atuar na área clínica, cirúrgica e sanitária, assim como nos segmentos de cosmiatria e estética, além de definir e defender a abrangência para crianças e adultos”, ressaltou Sérgio Palma. 

Histórico – O documento com a matriz de competências foi construído pela CNRM, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), após diversas reuniões no último ano. A proposta foi aprovada pela CNRM em agosto de 2018, sendo que houve referendo do Ministério da Educação (MEC) em dezembro do mesmo ano e a publicação ocorreu em 2019. Com as alterações, os Programas de Residência Médica em dermatologia terão a obrigatoriedade da aplicação da matriz a partir de março de 2020. 

“O papel da SBD na produção do texto foi fundamental. A instituição foi a responsável por apresentar e defender como um especialista na área deve ser formado e também demonstrar o alcance da atuação e as habilidades do dermatologista na prática cotidiana”, conclui Aldemir Soares. Na avaliação de Sérgio Palma, com as mudanças ganham a especialidade, os pacientes e o País, “pois passaremos a contar com profissionais com uma visão muito mais ampla sobre as diferentes área de atuação em dermatologia”. 

Competências – No total, o texto apresenta 61 competências que o médico deverá aprender nos três anos de residência. O primeiro ano (R1) tem como meta proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos e princípios da dermatologia; possibilitar a familiarização com as principais ferramentas e métodos clínicos utilizados na dermatologia, assim como o treinamento para manejo clínico e cirúrgico das doenças cutâneo-mucosas, dos anexos e dos fâneros, mais prevalentes.

Ao fim deste ciclo, o especialista deve dominar a utilização dos componentes da abordagem centrada na pessoa; a avaliação dos nervos periféricos, assim como das cadeias linfonodais periféricas; os princípios da biópsia da pele, como suas técnicas e seleção do local para sua realização; valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando se fizer necessário; compreender diagnóstico e tratamento das queimaduras; dominar os princípios básicos de curativos; entre outros. 

Faixas – Já no segundo ano (R2), a meta é consolidar as competências (conhecimento, habilidades e atitudes) na área do exercício da dermatologia com grau crescente de complexidade do treinamento e adição de novos conhecimentos e habilidades dermatológicos mais complexos. 

Nesta fase, o residente deve realizar pronto-atendimentos dermatológicos; manejar o atendimento às doenças nas faixas etárias pediátrica e geriátrica; realizar e analisar os exames não invasivos através de propedêutica armada como dermatoscopia e vídeo-dermatoscopia; obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de impossibilidade do paciente, após explicação simples, em linguagem apropriada para o entendimento sobre os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações; e mais.

O terceiro e último ano (R3) tem como propósito consolidar as competências (conhecimento, habilidades e atitudes) na área do exercício da dermatologia com grau crescente de complexidade e acréscimo do treinamento em questões clínico-cirúrgicas dermatológicas mais avançadas.

Entre as competências que o especialista deve ter ao final, estão a realização de exames dermatoscópicos de rotina e analisar a indicação e do mapeamento digital corporal; a avaliação dos padrões avançados de complexidade de análise em micologia, em dermatopatologia e em tricologia; o domínio procedimentos cirúrgicos de maior complexidade na abordagem de tumores cutâneos e ungueais; a produção de um artigo científico; entre outros. 

 


12 de setembro de 2019 0


Os médicos dermatologistas Sérgio Palma (atual presidente da SBD), Claudia Maia, José Antonio Sanches (presidente da SBD gestão 2017/2018), Sineida Berbert e Paulo Oldani

O Brasil passa a contar com um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o atendimento de pacientes com psoríase. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) comemora a publicação da portaria nº 10/2019, da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde, como resultado do esforço da entidade, por meio de seus representantes, para sensibilizar o Governo acerca dessa necessidade.

Entre os aspectos que passam a ser regulados, estão a forma de acesso dos pacientes com psoríase à medicação gratuita dentro da rede pública; os critérios para fechamento de diagnóstico; a exigência de que gestores do SUS observem as normas; e a obrigação de que os médicos informem o paciente, ou seu responsável legal, sobre os potenciais riscos, benefícios e efeitos adversos relacionados ao uso dos medicamentos preconizados. 

Especialistas – O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 6 de setembro, pouco antes da realização do 74º Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (DermatoRio 2019), que começou nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro (RJ), e termina no sábado (14). O encontro reúne cerca de 4 mil especialistas que analisarão diferentes aspectos relacionados ao diagnóstico e ao tratamento de doenças que afetam pele, cabelo e unhas, além de cuidados estéticos e cosmiátricos. 

“Foi uma feliz coincidência que coroa um trabalho realizado pela SBD ao longo dos anos. O esforço dos dermatologistas para sensibilizar o Governo sobre a necessidade de estabelecer parâmetros mínimos para o atendimento de pacientes na rede pública envolveu membros de diferentes gestões que levaram seu dever adiante, comprometidos com o bem-estar da população e em oferecer condições de atendimento aos especialistas”, ressaltou o presidente da SBD, Sergio Luiz Palma, que acompanhou de perto os debates. 


Claudia Maia e Paulo Oldani em reunião com o ministro Alexandre Padilha e o senador Delcidio do Amaral no Ministério da Saúde

Protocolo – Nos últimos anos, também com o apoio dos dermatologistas Cláudia Maia (RJ) e Paulo Oldani (RJ), e outros, a SBD se manteve firme na defesa dessa proposta no âmbito do Ministério da Saúde. O protocolo final, que contém o conceito geral da psoríase, traz critérios de diagnóstico; de inclusão e de exclusão; recomendações para o  tratamento; e definição sobre mecanismos de regulação, controle e avaliação; está  disponível em: http://portalms.saude.gov.br/protocolos-e-diretrizes.

A norma, de caráter nacional, serve de orientação para o funcionamento de serviços que atendem pacientes com esse transtorno, devendo ser seguido pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Isso vale para as etapas de regulação do acesso assistencial, de autorização, de registro e de ressarcimento dos procedimentos correspondentes.

Em sua exposição de motivos, o Ministério da Saúde afirma que o novo documento foi elaborado para atender a necessidade de atualização de parâmetros para atenção à psoríase no Brasil. No processo, argumentou o órgão, foram levadas em consideração diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com a doença.

Paciente – Pelo protocolo, entre outros pontos, torna-se “obrigatória a cientificação do paciente, ou de seu responsável legal, dos potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados ao uso de procedimento ou medicamento preconizados para o tratamento da psoríase”.

Segundo os especialistas da SBD, o normativo estabelece que a dispensação dos medicamentos não será imediata. Os prazos vão variar de estado para estado, dependendo da capacidade de organização administrativa de casa um, pois será exigida a parametrização de um sistema de códigos, o que pode levar alguns meses. Com relação às fórmulas, ficou definido que os biológicos só estão indicados para ocorrências de psoríase classificadas como de moderada a grave, sendo não responsivas ou intolerantes às terapias tradicionais (metotrexate, acitretina e ciclosporina). 

Biológicos – Os medicamentos biológicos incorporados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de psoríase em adultos são: 1ª linha: adalimumabe (Humira®); 2ª linha: ustequinumabe (Stelara®) e secuquinumabe (Cosentyx®); e para casos pediátricos só está liberado o etanercepte (Enbrel®).

A psoríase é uma doença sistêmica inflamatória crônica, não contagiosa, que apresenta predominantemente manifestações cutâneas, ungueais e articulares. Costuma ter características clínicas variáveis e acomete cerca de 2% da população mundial. No Brasil, o Censo Dermatológico da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostra que o diagnóstico de psoríase foi verificado em 1.349 de um total de 54.519 pessoas que consultaram dermatologistas em estabelecimentos públicos e privados, totalizando 2,5% dessa amostra. 

Estudo mais recente, realizado por consulta telefônica, mostrou uma prevalência de 1,31% de uma amostra de 8.947 pessoas em 3.002 residências pesquisadas. Pode ser uma doença incapacitante tanto pelas lesões cutâneas – fator que dificulta a inserção social – quanto pela presença da forma articular que configura a artrite psoríaca. Sua fisiopatologia não está completamente elucidada, sendo classificada como doença autoimune. A predisposição genética é um fator relevante na psoríase.


11 de setembro de 2019 0

O auditório do Windsor Barra recebeu inúmeros congressistas em um clima agradável de confraternização para a abertura do 74º Congresso Brasileiro de Dermatologia (DermatoRio 2019), nesta quarta-feira (11/9). A solenidade foi objetiva e marcante, com mesa composta pelos integrantes da Diretoria da SBD Nacional, capitaneada pelo presidente Sergio Palma, além do presidente do DermatoRio, Marcio Serra, e da representante da Associação Médica Brasileira (AMB), Débora Cavalcanti.

Agradecimentos, balanço dos dois anos de organização, o comprometimento da Comissão Organizadora e o trabalho em conjunto com SBD Nacional foram alguns pontos mencionados nas falas dos presidentes. 

A cerimônia contou com a participação especial da Orquestra Maré do Amanhã, formada por jovens da comunidade da Maré (RJ), que tocou clássicos da música popular brasileira.

Receberam homenagens os médicos dermatologistas José Alvimar Ferreira (patrono); Márcia Ramos-e-Silva e Luna Azulay.

A equipe de Comunicação da SBD está preparando uma cobertura especial do evento tanto para associados quanto para o público e a imprensa. Acompanhe toda movimentação aqui no site e nas redes sociais da entidade. 

Fotos: Torch
 


11 de setembro de 2019 0

Nesta quarta-feira (11/9) começa o 74º Congresso Brasileiro de Dermatologia, no Centro de Convenções Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro. Serão realizados centenas de atividades científicas, sendo 16 cursos práticos, 10 cursos teóricos, 6 cursos teórico-práticos, 47 simpósios, 10 palestras magistrais, além de sessões especiais, temas em destaque e mesas redondas. Estão sendo esperados aproximadamente 4 mil participantes.

A equipe de comunicação acompanhará toda a movimentação durante os quatro dias do evento e publicará matérias aqui no site e nas redes sociais da entidade sobre os principais assuntos abordados pelos congressistas, bem como divulgação de resoluções administrativas, incluindo as de valorização profissional.

Para conferir a programação completa, acesse aqui ou faça o download do aplicativo "SBD Eventos" pela Play Store (Android) e Apple Store (iOS).

Informações gerais

– A secretaria está aberta das 7h às 18h no primeiro dia do congresso (11/9). Nos demais dias (12 a 14/9), as atividades começam das 8h às 18h. 

— A cerimônia de abertura ocorre no dia 11 de setembro, às 17h30, no 2º andar do Windsor Barra. Na sexta-feira (13/9) haverá shows de Latino e Ludmilla no Pier Mauá (Av. Rodrigues Alves, 10). Este evento sociocultural acontecerá a partir das 21h. 

– No último dia de evento, 14, sábado, será realizada a Assembleia a partir das 11h, na sala Oceânico 13, localizada no 3º andar do Windsor Oceânico (Rua Martinho de Mesquita, 129 – Barra da Tijuca). O encerramento do congresso acontece no mesmo dia, a partir de 15h30.

–  Um serviço de transfer funcionará durante todo o Congresso. As rotas farão o trajeto diário dos hotéis oficiais, estação do metrô Jardim Oceânico e Niterói para o Centro de Convenções (ida e volta). Também haverá transporte para o evento sociocultural. 

– No estande da SBD, situado no 3º andar do Windsor Oceânico, é possível acompanhar as próximas atividades científicas da sociedade e encontrar seus colegas. No local, o congressista também pode esclarecer dúvidas sobre os principais serviços prestados pela Biblioteca da SBD.

– A praça de alimentação, localizada no 1º andar do Hotel Windsor Barra, funcionará diariamente (11 a 14/9), das 11h às 18h, e contará com opções variadas de comidinhas a preços acessíveis para passar o dia no evento. Confira as opções no local e desfrute do ambiente!

A SBD dá boas-vindas a todas e todos que participarão de mais um Congresso da Dermatologia Nacional!

 

 


9 de setembro de 2019 0

A atuação de não médicos na realização de procedimentos estéticos continua a causar transtornos para os pacientes, conforme alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No último fim de semana, uma nova ocorrência foi feita em Alagoas, onde a surfista e modelo Laura Cavalcante denunciou em seu perfil no Instagram que sofreu queimaduras de segundo grau após atendimento feito numa clínica, em Maceió. Diante do ocorrido, a entidade voltará a acionar o apoio do Ministério Público do Estado contra esse tipo de abuso.

Em agosto de 2018, a SBD já havia denunciado a mesma clínica onde ocorreu o problema, bem como sua proprietária – uma fisioterapeuta –, ao Ministério Público de Alagoas por exercício ilegal da medicina. No ofício, a Sociedade informou que o estabelecimento realizava propaganda abusiva e enganosa, sendo que no local, eram praticados por profissionais de outras categorias atos que pela Lei do Ato Médico (nº 12.842/2013), são exclusivos dos médicos.

Entre os problemas apontados, na época, estavam aplicação de toxina botulínica e de laser, entre outros procedimentos estéticos e/ou terapêuticos invasivos. Na argumentação da SBD, essa clínica e seus profissionais geram “desinformação à população quanto aos riscos inerentes a esses procedimentos”. Na ocasião, a Sociedade pedia ao Ministério Público a adoção de medidas “necessárias e cabíveis” contra os abusos relatados.

Problema grave – O caso de Laura Cavalcante foi registrado na Polícia Civil da capital alagoana. “Esse problema é grave e exige a tomada de providências urgente por parte das autoridades. Pode parecer banal, mas não é. Os pacientes estão expostos a riscos que vão de lesões simples a complicações graves, que trazem transtornos emocionais e de autoestima de difícil superação. Há casos que se não forem bem encaminhados podem resultar até em mortes”, alerta o presidente da SBD, Sérgio Luiz Palma. Segundo ele, o que ocorreu em Maceió chama ainda mais a atenção, pois se trata de uma situação reincidente.

A paciente relata que foi convidada pela equipe de marketing da clínica de estética denunciada para fazer dois tipos de procedimentos: fotodepilação na parte posterior da coxa e clareamento de uma zona escurecida na região da virilha. Em contrapartida, deveria fazer a divulgação dos resultados em suas redes sociais. Porém, a promessa só trouxe “dores de cabeça”. Conforme relatou, os problemas começaram após a avaliação, com a troca de profissionais e poucos esclarecimentos sobre o que seria feito e os cuidados necessários.

"Senti muita dor. Disseram que era normal. Assim que acabou, já tinha mancha escura. Comecei a tremer, foi quando chamaram outra profissional e nada resolvia. Eu fui quem decidi ir ao hospital, quando já estava fora de mim de dor e tremedeira”, lembra a modelo. No hospital foram constatadas queimaduras de 2º grau no local da aplicação de laser.

Âmbito jurídico – Nos últimos anos, a SBD tem realizado meticuloso trabalho de alerta junto à população e às autoridades sobre os riscos relacionados à realização de procedimentos dermatológicos e estéticos por profissionais não devidamente habilitados. No âmbito jurídico, houve a apresentação de quase mil denúncias desse tipo, apontando a usurpação de atos exclusivos da medicina. O relatório produzido pela entidade sobre o tema chegou a ser entregue o Ministério Público Federal, em Brasília (DF), com pedido de apoio à apuração das denúncias.

No período de 2017 a 2019, já foram apresentadas 830 representações, sendo 351 em 2017; 371 em 2018; e 111 em 2019. Do ponto de vista da distribuição pelos estados, os dez maiores destaques ficam com São Paulo, com 199 denúncias; Minas Gerais (94); Rio de Janeiro (88); Santa Catarina (85); Paraná (55); Rio Grande do Sul (51); Espírito Santo (48); Goiás (45); e Bahia (28).

“Estamos atentos ao que ocorre nos estados. Há várias denúncias chegando e nos preocupa que até o momento, poucas ações tenham se desdobrado em medidas concretas. Porém, isso não é fator de desânimo. Continuaremos a fazer os alertas, pois o mais importante é conscientizar a população e as autoridades para os riscos”, ressaltou Sérgio Palma.

Segundo ele, é importante que pacientes interessados em procedimentos desse tipo procurem dermatologistas para realizá-los. “Os médicos devidamente habilitados estão cadastrados no site da SBD e também no dos CRMs, onde apresentam a posse de um Registro de Qualificação de Especialista (RQE). O detentor desse título possui a formação, o conhecimento, as habilidades e as atitudes necessárias para fazer seu trabalho”, pontuou.

* Imagens publicadas em reportagem divulgada pelo site do G1.





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