Janeiro Roxo: SBD reforça campanha de conscientização sobre hanseníase




19 de janeiro de 2021 0

"A hanseníase é negligenciada, a sua saúde não". Este é o alerta da campanha lançada neste mês pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em apoio ao chamado Janeiro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre uma doença que, apesar de todo os avanços técnicos e científicos, ainda faz milhares de vítimas todos os anos no país. Pelo diagnóstico precoce e contra o estigma, o Tarde Nacional conversou com a assessora do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Lucia Martins Diniz.

Na entrevista, ela explica o que pode ser um sinal de hanseníase. O Brasil é o segundo país no mundo em casos e ela é considerada ainda uma doença negligenciada. Mais ligada à pobreza, a hanseníase é a antiga lepra, que todo mundo tem medo. Ou seja, mudou de nome mas continua endêmica no país e precisamos, portanto, dar importância. Para tanto, Lucia defende mais diagnósticos e mais esclarecimentos à população.

"Por ser uma doença silenciosa, ela não dá sintomas, não coça, nao dói. Ela só tem a alteração de dormência. Ou seja, a pessoa deixa de sentir determinados pontos da pele como temperatura fria, dor. E isso vai evoluindo com o aparecimento de manchas ou infiltrações disseminadas pelo corpo. Então, como ela demora mais na sua evolução, as pessos acabam não dando muita importância e com isso demorando mais a procurar a ajuda médica", esclarece a médica.

Causada por uma bactéria, a hanseníase compromete a pele, os nervos periféricos e, às vezes, evolui para órgãos internos. Ainda de acordo com a especialista, a doença pode comprometer o nervo do braço, da pele e levar a deformidades. Portanto, ela não é somente superficial.

Para marcar o Janeiro Roxo, a SBD planeja realizar eventos online, divulgar depoimentos de pacientes e celebridades, estimular a iluminação em roxo de espaços públicos e monumentos. No bate-papo, Lucia comenta também sobre os antigos leprosários que existiam no país.

Saiba mais no site da EBC.


18 de janeiro de 2021 0

Como parte das atividades em celebração ao Janeiro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre a hanseníase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove na quarta-feira (22), das 9h às 12h, uma live para atualizar associados e médicos de outras especialidades a respeito do manejo da doença. Com sete palestrantes e três horas de duração estimadas, será um momento de aprofundamento sobre diferentes temas relacionados à doença.

O encontro online será transmitido por meio do canal da SBD no YouTube. Foram convidados para ministrar as exposições: o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves; o coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas da SBD, Egon Daxbacher; a professora Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ), Maria Leide Wand del Rey de Oliveira; e os integrantes do Departamento de Hanseníase da SBD, Sandra Durães (coordenadora), Araci Pontes, Lúcia Diniz e Maurício Lisboa Nobre.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR À LIVE

No centro dos debates, estarão: “Novos métodos diagnósticos”, “Evidências da poliquimioterapia (PQT) ”, “Tratamento com esquema uniforme de multidrogas (UMDT) ”, “Efeitos adversos da PQT”, “Quadro clínico dos estados reacionais”, “Tratamento dos estados reacionais” e “Quimioprofilaxia: prós e contras”.
Hanseníase – Conforme salienta a coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Sandra Durães, anualmente são detectados cerca de 30 mil novos casos de hanseníase no Brasil. O índice coloca o País em segundo lugar no mundo em relação a números de registros, perdendo apenas para a Índia. A doença, considerada negligenciada, acomete principalmente as camadas socioeconômicas mais vulneráveis da população.

“É uma situação preocupante, cujo enfrentamento depende, de um lado, do aperfeiçoamento e da plena de ações governamentais, e, do outro, do olhar atento da população e dos profissionais de saúde para o problema. Por isso, convidamos os dermatologistas brasileiros a acompanharem o nosso encontro online no dia 22”, frisou.

Prioridades – A atividade do dia 22 será a primeira do tipo organizada pela Gestão 2021-2022 da SBD. De acordo com o vice-presidente Heitor de Sá Gonçalves, a implementação de políticas públicas que garantam assistência de qualidade na área da dermatologia configura uma das prioridades do atual grupo diretor. “Pretendemos acompanhar de perto essas questões, atuando junto aos tomadores de decisões, no Governo e no Congresso, e também oferecendo acesso à capacitação aos nossos associados”, disse.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, no período que acaba de se iniciar, a entidade atuará de forma intensa em defesa dos interesses dos dermatologistas e da população. Segundo ele, a “Sociedade de Dermatologia buscará estimular a qualificação dos especialistas para o atendimento dos brasileiros, mas, ao mesmo tempo, lutará para que profissionais e pacientes contem com boas condições de trabalho e de atendimento”.

 


18 de janeiro de 2021 0

O Ceará ocupa o sexto lugar no Brasil em número de casos novos de hanseníase. O alerta é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, identificou no estado a ocorrência de 19.068 casos novos da doença entre 2010 e 2019. Deste total, cerca de 26% chegaram aos consultórios e ambulatórios com algum grau de incapacidade, isto é, quando a doença causa alguma deformidade física ou causa diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, nas mãos e nos pés.

JANEIRO ROXO – Como janeiro é o mês dedicado à conscientização, combate e prevenção da hanseníase no País, a SBD somou forças para apontar a importância de se enfrentar essa doença tropical de evolução crônica, que se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormência e diminuição de força nas mãos e nos pés.

Proporcionalmente, a Região Nordeste do País concentra o maior número de casos novos detectados ao longo da última década: 43% do total, o equivalente a 132,7 mil casos. Em segundo lugar, aparece o Centro-Oeste, com 19,5% dos casos, seguido do Norte (19%) e Sudeste (15%). Somente 3,5% dos novos pacientes identificados nos últimos dez anos estão no Sul do Brasil.

Um terço dos casos novos registrados na população geral durante o período se concentraram apenas no Maranhão (36.482) e outras duas unidades da federação: Mato Grosso (33.104) e Pará (31.611). Os estados de Roraima, Rio Grande do Sul e Amapá diagnosticaram menos de 1.500 casos novos da doença na década.

Fonte: O Povo


18 de janeiro de 2021 0

A Diretoria Executiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) agradece o apoio dos associados de todo o País, que empenharam sua confiança neste grupo que tem a missão de comandar os rumos da entidade de 2021 a 2022.

Ciente dos possíveis impactos em decorrência da pandemia sobre o funcionamento de consultórios e clínicas dermatológicas, informamos que neste ano a SBD não reajustará o valor da anuidade. Ou seja, os valores praticados serão os mesmos de 2020, garantindo-se o parcelamento ou desconto para pagamentos à vista, por meio de boleto bancário, efetuados até 28 de fevereiro.

Aos que optarem pelo parcelamento, é possível efetuá-lo por meio de cartão de crédito em até quatro parcelas, com a primeira sendo efetivada em janeiro. Se pagar em fevereiro, poderá dividir o pagamento em três vezes; em março, duas vezes; e em abril, somente à vista. A data final para pagamento da anuidade é dia 30 de abril.

Para emitir o boleto digital e realizar o pagamento à vista com desconto ou de modo parcelado, acesse a área restrita do associado ou utilize o aplicativo da SBD. O documento impresso também está processo de envio pelos Correios.

Aproveite a oportunidade para atualizar o seu cadastro no site da SBD, na aba "Perfil de Dermatologista".

Com a anuidade em dia, o associado garante direito a uma série de benefícios, como acesso a publicações digitais e valores diferenciados em eventos científicos, como o Congresso Brasileiro de Dermatologia, entre outros.

Juntos, poderemos construir uma SBD ainda mais forte e oferecer ao País uma dermatologia de todos, e para todos!

Atenciosamente,

Diretoria da SBD
Gestão 2021-2022

 

 

 


18 de janeiro de 2021 0

Mais de 18 mil casos de hanseníase foram registrados em Goiás nos últimos dez anos. O estado está entre as dez unidades federativas com mais casos da doença no Brasil. O dado é resultado de levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Para falar sobre o assunto, o Bom Dia Goiás entrevista o médico dermatologista Hugo Alexandre Lima. O especialista fala sobre a campanha de conscientixação da hanseníase (Janeiro Roxo) realizada pela SBD, ressaltando a importância do diagnóstico precoce, bem como os principais sintomas e o tratamento disponível para a doença.

Clique na imagem para assistir a íntegra da matéria.


16 de janeiro de 2021 0

O Maranhão ocupa o primeiro lugar no Brasil em número de casos novos de hanseníase. O alerta é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, identificou naquele estado a ocorrência de 36.482 casos novos da doença entre 2010 e 2019. Desse total, cerca de 30% chegaram aos consultórios e ambulatórios com algum grau de incapacidade, isto é, quando a doença causa alguma deformidade física ou causa diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, nas mãos e nos pés.

Ranking dos estados

Proporcionalmente, a região Nordeste do país concentra o maior número de casos novos detectados ao longo da última década: 43% do total, o equivalente a 132,7 mil casos. Em segundo lugar, aparece o Centro-Oeste, com 19,5% dos casos, seguido do Norte (19%) e Sudeste (15%). Somente 3,5% dos novos pacientes identificados nos últimos anos estão no Sul do Brasil.

Um terço dos casos novos registrados na população geral durante o período se concentram apenas no Maranhão e outras duas unidades da federação: Mato Grosso (33.104) e Pará (31.611). Os estados de Roraima, Rio Grande do Sul e Amapá diagnosticaram menos de 1.500 casos novos da doença na década.

Fonte: O ProgressoNet.com

 

 


14 de janeiro de 2021 0

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Vamos falar sobre psoríase?

 

Promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, aberta oficialmente em outubro, visa combater o preconceito e melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras da doença. Para isso, desde 2016, a entidade elabora ações anuais de esclarecimento para mostrar que os pacientes podem conviver com a doença – considerada crônica sistêmica, autoimune e não contagiosa –, que afeta a pele de cerca de 3% da população mundial, isto é, 125 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 5 milhões apenas no Brasil.

 

A psoríase se manifesta, predominantemente, por lesões arredondadas, avermelhadas e descamativas na pele, que geralmente aparecem nos joelhos, cotovelos, unhas, mãos, pés e couro cabeludo, podendo atingir todo o corpo. Possui inúmeras opções de tratamento (tópicos, sistêmicos e com fototerapia), que sempre devem ser feitos por um médico dermatologista. Pacientes com psoríase têm mais chance de desenvolver artrite psoriática, diabetes, Doença de Crohn, doenças cardiovasculares, obesidade e depressão.

 

 

Esclareça suas dúvidas sobre a doença

Campanha de Conscientização sobre a Psoríase

Ação anual é mais uma oportunidade para informar pacientes e população sobre a doença, que é lembrada mundialmente no mês de outubro.

 

Alertar a população sobre uma doença de pele que afeta cerca de cinco milhões de pessoas no País, em especial os grupos de 30 a 40 anos e de 50 a 70 anos, sem distinção quanto ao gênero. Esse é o objetivo da Campanha Nacional de Conscientização sobre a Psoríase, lançada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A iniciativa engloba uma série de ações que ocorrerão durante o mês de outubro e tem como alvo também atualizar os médicos sobre as opções existentes para o diagnóstico e o tratamento dessa doença.

 

“Queremos deixar claro para todos que a psoríase tem tratamento, pode ser controlada. O melhor de tudo: graças ao trabalho da SBD e de outras organizações da sociedade, o SUS e os planos de saúde disponibilizaram para os pacientes acesso a medicamentos de alta eficácia, os chamados imunobiológicos. Ao contrário de anos anteriores, em 2021, temos um motivo para comemorar”, resumiu o coordenador Nacional da Campanha, André Carvalho.

 

Conheça algumas peças da campanha produzida pela SBD para a ação de 2021.

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A estratégia desenvolvida neste ano pela SBD inclui postagens (textos e imagens) nas redes sociais, o compartilhamento de vídeos de especialistas com esclarecimentos sobre a doença e a participação de celebridades com depoimentos sobre o tema. A cantora Kelly Key, que tem o diagnóstico de psoríase, e o jornalista Fernando Rocha estão entre as personalidades que emprestaram sua imagem e voz para alertar os brasileiros sobre os cuidados.

 

A SBD também preparou uma live para a população, no dia 29 de outubro, quando interessados poderão interagir com especialistas. Além disso, vários prédios e monumentos também vão iluminar suas estruturas em roxo e laranja, as cores da psoríase. Entre eles, estão o Congresso Nacional, em Brasília (DF), a sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, e o Teatro Amazonas, em Manaus (AM). Prefeitura, órgãos públicos e outras entidades também vão compartilhar as mensagens de prevenção em seus canais de comunicação.

 

Para os dermatologistas, a SBD desenvolveu duas abordagens. A primeira é a realização de uma live, durante a qual serão compartilhadas as mais recentes atualizações científicas e terapêuticas para o diagnóstico e o tratamento da psoríase. Da mesma forma, os profissionais serão alertados, por meio de mensagens, sobre a disponibilidade de medicamentos modernos e de alta performance na rede pública e nos planos de saúde.

 

 

 

Associações de Pacientes

Psoríase Brasil

ABEAPP – Associação Brasileira de Estudos e Assistência às Pessoas com Psoríase

ABRAPSE – Associação Brasiliense de Psoríase

ACEPP – Associação Cearense de Portadores de Psoríase

AMAPP – Associação Mineira de Apoio aos Portadores de Psoriase

APAM – Associação de Psoríase do Amazonas

PSORIERJ – Associação dos Amigos dos Portadores de Psoríase do Rio de Janeiro

PSORISUL – Associação Nacional dos Portadores de Psoríase

PSORIPAR – Associação Paraense de Pessoas com Psoríase 

 

 


14 de janeiro de 2021 0

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está iluminado neste mês para a campanha “Janeiro Roxo”, de conscientização sobre a hanseníase. Promovida pelo Ministério da Saúde, com participação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a mobilização incentiva o diagnóstico precoce e o tratamento da doença. O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia. A parceria do Judiciário reforça a importância da prevenção e amplia o conhecimento sobre a enfermidade.

A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa, causada por uma bactéria que pode deixar lesões permanentes na pele e nos nervos periféricos de mãos e pés, principalmente. Pode afetar pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade desde que a pessoa tenha um longo período de exposição à bactéria mycobacterium leprae, que é transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento.

Segundo a SBD, o diagnóstico da hanseníase é essencialmente epidemiológico e clínico, realizado por meio da análise histórica e das condições de vida do paciente e dos exames geral e dermatoneurológico, para identificar manchas, lesões ou áreas da pele com alteração de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas. “A doença tem um alto potencial de causar incapacidade e deformidades físicas. Mas também é potencialmente curável se tratada desde o início. Por isso, é importante que a população conheça os sinais e problemas da doença”, explica Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.

De acordo com ela, é preciso estar atento à perda de sensibilidade, formigamento ou falta de força nas mãos ou pés. Em 95% dos casos, a pele é comprometida. “Encostar em uma panela quente ou andar com uma pedra no sapato se tornam questões perigosas quando se perde a sensibilidade, pois podem causar uma infecção profunda e levar à perda dos dedos das mãos ou dos pés.”

O CNJ, por meio do Fórum Nacional de Saúde, tem lidado com questões referentes à judicialização da saúde, incluindo a hanseníase. Para a a conselheira do CNJ Candice Lavocat Galvão Jobim, coordenadora do Fórum, o trabalho dos Núcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NatJus) junto aos magistrados oferece esclarecimentos sobre a gravidade da doença e suas formas de tratamento. “Somos totalmente favoráveis à campanha como forma de alertar a população e os magistrados que, se a hanseníase for diagnosticada e tratada precocemente, o paciente pode ser completamente curado.”

Justiça

No Sistema e-NatJus, banco de pareceres de saúde mantido pelo CNJ para apoiar a tomada de decisão de magistrados e magistradas, há notas técnicas para vários casos referentes à hanseníase. Elas destacam a garantia do direito das pessoas de acesso ao tratamento, orientam sobre o uso de medicamentos adequados ao tratamento da doença e até mesmo esclarecem sobre a importância de aderir ao tratamento e sua continuidade para proteção do paciente e das pessoas próximas a ele.

Em um dos questionamentos registrados no e-NatJus, era pedida a internação compulsória de um paciente com hanseníase, pois se negava a tratá-la. A nota técnica registra que, ainda que se trate de doença transmissível, a hanseníase não se enquadra na Política Nacional de Transtorno Mental – já que não era o caso do paciente – e não há estrutura no SUS para internação compulsória para esses casos. Por tal, é direito da pessoa negar o tratamento. Dessa forma, foram feitos os esclarecimentos sobre a doença e seu tratamento, mas também sobre os direitos do paciente.

Em outro caso, a nota validou como favorável o tratamento de um rapaz de 21 anos, no Maranhão, com diagnóstico para hanseníase. O relatório explicou o que é a doença, como ela pode se agravar e que o tratamento – disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) – era recomendável para a situação descrita. “A hanseníase é curável, contudo, se não tratada na forma inicial, quase sempre evolui, de forma lenta e progressiva, tornando-se transmissível e podendo levar a danos físicos irreversíveis”, ressaltou a nota técnica.

Os NatJus subsidiam os magistrados com informações técnicas para a tomada de decisão com base em evidência científica nas ações relacionadas com a saúde, pública e suplementar. O sistema e-NatJus reúne as notas técnicas em um banco nacional de pareceres, disponível aos magistrados de todo o país, levando em conta a evidência científica, inclusive com abordagem sobre medicamentos similares já incorporados pela política pública.

“A parceria com o Conselho Nacional de Justiça configura um importante apoio na luta contra a hanseníase, essa doença milenar que, mesmo com todo avanço econômico e científico no mundo, continua a fazer milhares de vítimas todos os anos”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Mauro Enokihara. Apenas no Brasil, em média, são 30 mil novas ocorrências que entram para as estatísticas a cada período. “No país, o combate a esse problema exige, assim, a união de todos os setores, como médicos, movimentos da sociedade, políticos e os responsáveis pela condução das instâncias jurídicas. Ter o CNJ como aliado mostra que estamos no caminho certo.”

Além das luzes na cor da campanha, o CNJ também vai divulgar, em suas redes sociais, orientações sobre a importância da prevenção da hanseníase, além de reforçar com os demais tribunais que também adiram à campanha.

Diagnóstico e tratamento

No Brasil, o tratamento para a hanseníase é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde.

O tratamento precoce promove a cura. Ao primeiro sinal de lesões cutâneas com diminuição da sensibilidade na pele, é preciso procurar atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento ou nas equipes de saúde da família.

Entre os sinais e sintomas que podem surgir, estão manchas esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas na pele, com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil; sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; inchaço e dor nas mãos, pés e articulações; dor e espessamento nos nervos periféricos; redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés; e caroços no corpo, entre outros.

Lenir Camimura Herculano

Fonte: Agência CNJ de Notícias


14 de janeiro de 2021 0

Por acaso você viu, nos últimos dias, um prédio público ou algum monumento iluminado de roxo? Caso tenha visto, saiba que é uma forma chamar a atenção da sociedade para a hanseníase. O Janeiro Roxo foi criado em 2016 e tem o último domingo do mês como data símbolo. Nesse dia é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. São 30 mil novos casos da doença por ano no Brasil, que é o país com o segundo maior número de casos, perdendo apenas para a Índia.

Neste mês, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vai divulgar, com apoio de médicos da área, material sobre a doença. Entre as informações, a descrição de sinais e sintomas da hanseníase e orientações sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. A hanseníase, segundo especialistas, é uma doença estigmatizada e cercada de preconceito.

“Combater o estigma é salvar vidas. Por isso, queremos auxiliar a sociedade a compreender essa doença. Desfazer mitos e fazer prevalecer a verdade sobre a hanseníase são as principais formas de ajudar profissionais da área de saúde, familiares, amigos e principalmente aqueles que buscam por tratamento”, afirmou o vice-presidente da SBD, Heitor Gonçalves.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), a partir de dados do Ministério da Saúde, a doença é mais frequente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, que respondem por quase 85% dos casos do país. O Brasil concentra mais de 90% dos casos da América Latina.

A campanha de 2021 tem como slogan: A hanseníase é negligenciada, mas a saúde não!. Além da SBD, participam da campanha de esclarecimento à população as secretarias de Saúde dos estados, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Os portadores da doença eram, até a década de 70, excluídos do convívio social e condenados ao confinamento em colônias”, explica o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, em seu site. A hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium Leprae que atinge os nervos e se manifesta na pele.

Apesar do passado triste envolvendo a hanseníase, a doença tem cura, seu tratamento é simples e custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). E tão logo ele seja iniciado, a doença deixa de ser transmissível. O tratamento pode ser buscado, no caso da rede pública, em postos de saúde ou com uma equipe de saúde da família.
hanseníase

Sintomas

Os sintomas da doença aparecem, principalmente, nas extremidades das mãos e dos pés, no rosto, orelhas, nádegas, costas e pernas. São manchas esbranquiçadas, amarronzadas ou avermelhadas, com perda de sensibilidade ao calor, ao toque e à dor. É possível uma pessoa queimar a pele na chama do fogão ou em uma superfície quente e sequer perceber. A sensação de formigamento também é um sinal da doença.

Outros sintomas são sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; redução de força na musculatura das mãos e dos pés; e caroços no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. Condições precárias de moradia e saneamento favorecem a ação da Mycobacterium Leprae.

Quem tem diagnóstico para hanseníase deve começar a tomar os medicamentos prescritos de imediato. O tratamento deve ser seguido à risca. As pessoas que convivem com pacientes diagnosticados com a doença devem ser examinadas pelo médico.

“A prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, o que ajuda a evitar a transmissão e o consequente surgimento de novos casos. Precisamos frisar: hanseníase tem cura e quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas”, afirmou Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.

Fonte: Agência Brasil

 





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