Com ênfase na qualificação do atendimento, a SBD promoveu Simpósio de Dermatoscopia




28 de abril de 2021 0

No sábado (24), associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) se dedicaram à atualização de seus conhecimentos em diagnóstico e conduta clínica em temas relacionados à melanoma, nevos especiais, lesões não melanocíticas, regiões peculiares (como face, aparato ungueal), e seguimento digital (como a inteligência artificial aplicada à técnica), dentre outros. Os participantes podem acessar o conteúdo apresentado por até 30 dias, após sua liberação.

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Os assuntos abordados no Simpósio de Dermatoscopia da SBD, evento online, o tornaram uma plataforma para oferecer aos participantes acesso ao que há de mais recente na área. O encontro contou com a coordenação dos especialistas Bianca Costa Soares de Sá, Juliana Casagrande Tavoloni Braga, Carlos Baptista Barcaui (tesoureiro da SBD) e Flávia Vasques Bittencourt (coordenadora Científica da SBD). 

Fortalecimento – Na oportunidade, o presidente da SBD, Mauro Enokihara, enfatizou que o objetivo central da atividade foi o fortalecimento da dermatologia. “Contamos com a colaboração de uma equipe muito parceira e atuante. Sabemos que existem dificuldades, para a realização de grandes eventos, mas isso só deve ser desafiador para que possamos realizar e obter resultados positivos, como o que tivemos”, salientou.

Segundo ele, o êxito da iniciativa transparece no grau de satisfação dos participantes. Como enfatizou, a realização de eventos com esse formato tem como meta qualificar o atendimento oferecido ao paciente. “Atender, tratar e cuidar melhor, bem como estar afeito aos melhores caminhos terapêuticos para lidar com doenças que possuem características difíceis. Por isso, a SBD apoia esses eventos”, frisou.


28 de abril de 2021 0

A realização da “biopsia perfeita” mobilizou os debates dos especialistas que participaram do terceiro episódio do SBCD + SBD Drops, realizado dia 26 (segunda-feira). Voltada para seus associados, a iniciativa conjunta das duas sociedades médicas visa promover aulas online e gratuitas sobre temas atuais com a presença de especialistas em cirurgia dermatológica. Para rever o conteúdo, basta o associado entrar na plataforma Conexão SBD e fazer login na área restrita do site.

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Participaram do debate os médicos: Nilceo Schwery Michalany, professor de Anatomia Patológica e colaborador do Departamento de Anatomia Patológica da Universidade Federal de São Paulo; Mílvia Enokihara, dermatopatologista dos Departamentos de Dermatologia e Patologia da Universidade Federal de São Paulo; e Luiz Roberto Terzian, professor da FMABC e especialista em cirurgia dermatológica.

Técnicas – O encontro contou com a moderação de Meire Parada, presidente da SBCD, e de Thiago Jeunon, coordenador do Departamento de Dermatopatologia do Serviço de Dermatologia do Hospital Federal de Bonsucesso. Durante aproximadamente duas horas, foram debatidas as melhores técnicas, tipos e abordagens da cirurgia dermatológica mais utilizadas no diagnóstico diferencial, como punch, exérese/fuso, saucerização ou barbirese (shaving), punção aspirativa (PAAF) e curetagem.  

Os participantes também abordaram a respeito de exames para a complementação do diagnóstico, como histopatológico; imunofluorescência direta; exame estrutural; estudo microbiológico; e métodos de biologia molecular.  

 

 

 

 

 

 


28 de abril de 2021 0

As indicações dos contraceptivos na dermatologia, seus efeitos colaterais na pele e as situações em que seu uso pode agravar a acne são debatidos no novo episódio do SBDcast. Para falar sobre o tema, o convidado é Marco Rocha, médico do Ambulatório de Cosmiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e PhD em Medicina pela mesma instituição. A moderação é de Cláudia Alcantara, secretária-geral da SBD.

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Durante o bate-papo, cujo episódio estreia nesta quarta-feira (28), Marco Rocha abordou a utilidade dos contraceptivos para a dermatologia, no tratamento de algumas condições de pele no qual o bloqueio hormonal pode ser importante. Ele destacou, inclusive, o quadro de pacientes que têm a acne controlada após o uso de contraceptivo.

Entre outros temas, o convidado especial falou ainda sobre o perfil hormonal de pacientes que podem se beneficiar com o uso de métodos contraceptivos. Na conversa, também se falou sobre o uso de cremes e de implantes contendo testosterona.

A edição do SBDcast que entra no ar faz parte do projeto lançado em fevereiro deste ano como um novo canal de conhecimento, ciência e informação da entidade. Trata-se de iniciativa da Gestão 2021-2022 que traz exposições sobre assuntos de interesse para a dermatologia, semanalmente, todas as quartas-feiras, exclusivamente para os associados. A série de programas está disponível na área do associado aqui no site, e no aplicativo da SBD.

 


28 de abril de 2021 0

Entre 27 e 29 de maio, acontece em formato totalmente online o VI Simpósio de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e IV Simpósio de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-SP). Os interessados em participar do evento têm até quarta-feira (28) para garantir sua vaga aproveitando o desconto.

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A programação oferecerá uma série de conferências sobre assuntos úteis à prática diária do consultório. Pelo menos dez renomados especialistas, oriundos da África do Sul, Alemanha, Bélgica, Espanha, Estados Unidos, Itália e Suíça, já confirmaram presença, como palestrantes do evento.

Além disso, haverá cursos teóricos, com inscrições a parte e limitadas, sobre temas como: “Dermatoscopia das unhas”, “Aprofundamento em alopecia androgenética masculina e transplante capilar”; “Cirurgia das unhas em consultório – prática diária”; e “Aprofundamento em alopecia androgenética feminina”, entre outros.

Atualização – Conforme salienta a coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD e uma das coordenadoras do VI Simpósio, Fabiane Andrade Mulinari Brenner, o encontro será uma oportunidade para quem busca atualização. “Vamos capacitar os dermatologistas nos temas mais relevantes da área. Serão mais de 20 horas de conteúdo científico, com abordagens sobre dermatoscopia, exames laboratoriais, biópsia, envelhecimento, cosmiatria e atualização terapêutica”, diz.

Na avaliação da coordenadora de Promoções Científicas da SBD-SP e também coordenadora do Simpósio, Aline Donati, a metodologia desenvolvida para esta edição proporcionará maior interação e dinamismo. “O formato de apresentação contemplará aulas rápidas e muito debate, no qual os convidados – nacionais e internacionais – compartilharão suas experiências, sempre ressaltando o que há de mais atual”, descreve.

Além de Fabiane Brenner e Aline Donati, completam o grupo de coordenação: Alessandra Anzai, Priscila Kakizaki, Nilton Gioia Di Chiacchio e Nilton Di Chiacchio.

 


26 de abril de 2021 0

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) faz um alerta aos brasileiros: todos devem ficar atentos aos riscos relacionados à realização de procedimentos estéticos. Essa é uma preocupação do órgão que orienta a população a redobrar cuidados na hora da escolha de profissionais para realizar um procedimento estético. O CNJ salienta ainda a relevância dos esforços empreendidos pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em busca de providências legais contra excessos e irregularidades.

Nos últimos quatro anos (2017-2020), a SBD protocolou 1.092 representações na Justiça, perante o Ministério Público e os conselhos de classe de outras categorias da saúde, acusando profissionais não médicos e estabelecimentos por exercício ilegal da medicina. Nas ações, monitoradas pelo Departamento Jurídico da entidade, o principal argumento utilizado é a constatação de infrações à Lei do Ato Médico (nº 12.842/2013). Esse trabalho tem gerado abertura de ações, sindicâncias e inquéritos civis e criminais em diferentes instâncias.

Formação – “Quando tratamentos são conduzidos por profissionais sem a formação adequada, em muitos casos, os prejuízos desses procedimentos malfeitos são irreparáveis. Infelizmente, também verificamos de forma recorrente, que a própria vida do paciente é colocada em perigo. Por isso, procurar um médico – com histórico transparente – é o melhor caminho para garantir segurança”, afirmou a conselheira Candice Jobim, supervisora do Comitê Executivo Nacional do Fórum da Saúde do Poder Judiciário, vinculado ao CNJ.

Neste sentido, o levantamento da SBD também reforça a preocupação dos dermatologistas com a segurança dos pacientes. O trabalho ganhou fôlego por conta de queixas de pacientes que trazem relatos de erros e maus resultados por conta da imperícia ou imprudência de profissionais não médicos que se anunciam como capazes de fazer procedimentos estéticos invasivos. O noticiário nacional e regional também registra essas situações que, muitas vezes, geram danos irreversíveis à imagem das pessoas.

Esferas – Aproximadamente 230 ações da SBD estão ativas nas esferas criminal, cível e administrativa, nos Ministérios Públicos e nas Vigilâncias Sanitárias do País. Em tramitação nos Conselhos Regionais de Odontologia, estão cerca de 130 procedimentos éticos disciplinares. Além disso, há procedimentos em análise nos Conselhos de Enfermagem, Farmácia, Biomedicina, entre outros.

Segundo frisa o presidente da SBD, Mauro Enokihara, o foco dessa ampla atuação repousa sobre a preocupação com a integridade do paciente, que tem sido exposto a complicações e erros. “As pessoas não devem ser expostas a riscos desnecessários. A complexidade, inerente aos procedimentos estéticos invasivos, torna indispensável a aplicação de conhecimentos que só os médicos detêm”, explica.

 


21 de abril de 2021 0

Hemangiomas na infância, anomalias vasculares, dermatite atópica e tinea capitis foram alguns temas apresentados pelas médicas dermatologistas Carolina Gonçalves Contin Proença, Elisa Fontenelle de Oliveira, Zilda Najjar Prado de Oliveira e Maria Cecília da Matta Rivitti no segundo episódio do mês do Conexão SBD. A moderação ficou por conta da coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD, Silvia Assumpção Soutto Mayor. O episódio está disponível para acesso na plataforma Conexão SBD, na área restrita do site, ou no aplicativo.

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No próximo programa, a ocorrer no dia 4 de maio, especialistas discutirão os diferentes tipos de câncer de pele. Com moderação do presidente da SBD, Mauro Enokihara, e do diretor financeiro, Carlos Barcaui, serão debatidos casos de carcinoma basocelular que necessitam de maior atenção; fatores prognósticos do carcinoma espinocelular e melanoma em paciente de alto risco.

 

 


21 de abril de 2021 0

A atualização do Consenso Brasileiro de Psoríase, que contou com a participação de mais de 60 especialistas, é debatida no episódio do SBDcast, lançado na quarta-feira (21). O programa, que está disponível na área exclusiva do associado no portal ou no aplicativo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), traz como convidado o coordenador nacional da Campanha de Psoríase da SBD e médico do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), André Carvalho. A moderação é do vice-presidente da SBD, Heitor Gonçalves.

OUÇA O SBDCAST SOBRE PSORÍASE

Conforme ressalta André Carvalho, o Consenso da SBD exerce um papel importante, sobretudo por incluir a nova classificação de gravidade da psoríase, auxiliando enormemente os dermatologistas na escolha do tratamento mais adequado para a condução da doença.
“Na publicação é possível encontrar informações relevantes a respeito de todos os tratamentos atualmente disponíveis, seja para a psoríase leve – que pode ser tratada com medicação tópica – quanto para a psoríase grave, para a qual há indicação de terapia sistêmica”, adianta.

ACESSE O CONSENSO BRASILEIRO DE PSORÍASE

Além disso, segundo complementa o especialista, é fundamental colher uma história médica pessoal e familiar do paciente, para avaliar comorbidades que podem influir na escolha terapêutica, tais como doenças vasculares, doença inflamatória intestinal, tuberculose, neoplasias, entre outras. 

Covid-19 – Dentre outros temas, o convidado da edição falou ainda sobre a prevenção ao novo coronavírus em pessoas com psoríase. Segundo ressaltou, os pacientes podem ser vacinados, independentemente do tratamento que estejam fazendo para psoríase, mesmo com o uso de biológicos. “Nestes casos específicos, somente se contraindica a realização de vacinas com vírus vivo e, até esse momento, no Brasil, as vacinas disponíveis para a covid-19 não contém o vírus vivo”, esclarece.

Lançado em fevereiro deste ano como um novo canal de conhecimento, ciência e informação da entidade, o SBDcast é uma iniciativa criada pela Gestão 2021-2022 que traz exposições sobre assuntos de interesse para a dermatologia e vai ao ar, semanalmente, todas as quartas-feiras, exclusivamente para os associados.

 

 

 


19 de abril de 2021 0

Aos dermatologistas que desejam aprimorar sua formação em biotecnologia básica – com foco em doenças inflamatórias imunomediadas e outras patologias –, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que estão abertas as inscrições para o Curso de Biotecnologia promovido em parceria pelo Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz e a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). A iniciativa de educação científica é gratuita e terá início no próximo dia 28 de abril, com duração aproximada de seis meses.

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O curso, aberto a todos os diplomados em Medicina, busca qualificar os participantes na compreensão dos processos biotecnológicos envolvidos no desenvolvimento de kits diagnósticos, biofármacos e vacinas. Desse modo, se promove a aproximação dos médicos com a temática e se ampliam as discussões científicas dentro das especialidades que utilizam medicamentos biológicos em sua terapêutica.

Metodologia – O conteúdo do curso será apresentado por meio de metodologia híbrida-online, composta por aulas assíncronas e tutoria ao vivo. Com periodicidade mensal, os encontros ocorrerão sempre na primeira e na última quarta-feira de cada mês. Os participantes que alcançarem frequência mínima de 75% nos encontros ao vivo e desempenho de 70% no total das atividades propostas receberão certificado de participação.

Conforme salienta o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a biotecnologia é um campo do conhecimento de expertise do Bio-Manguinhos/Fiocruz que impacta cada vez mais a prática da dermatologia. “Trata-se de uma atividade de alto interesse para os dermatologistas que contar com diferencial com o selo de qualidade técnica de um dos maiores institutos de pesquisa do País”, afirma.

Encontro com Especialistas – Os dermatologistas Paulo Oldani e Cláudia Maia serão os representantes da SBD no curso. Eles participarão como convidados na sessão Encontro com Especialistas que discutirá o módulo “Regulação em biotecnologia no Brasil e biossimilares”. A aula ocorrerá no dia 1º de setembro, às 19h.

 

 

 

 

 

 

 

 

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16 de abril de 2021 0

Após a recuperação da covid-19, alguns sintomas podem persistir. A queda de cabelo é um deles e pode acontecer assim que o paciente recebe o diagnóstico de cura da doença. “A perda de cabelo não é uma particularidade exclusiva dos casos de covid. Em diversas infecções graves, como a pneumonia, pode ocorrer o mesmo fenômeno entre dois e três meses depois. Entretanto, trabalhos realizados por pesquisadores estrangeiros revelam que, na covid-19, a queda acontece de forma muito mais precoce, sendo percebida de seis a oito semanas depois da doença”, explica a presidente do Departamento de Cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Fabiane Mulinari Brenner.

De acordo com pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia, a queda de cabelo aparece entre os cinco sintomas mais relatados por pacientes após a recuperação da covid-10. Para chegarem a essa conclusão, eles analisaram dezenas de estudos sobre o tema, envolvendo um total de 48 mil pacientes. Dentre os quadros mais recorrentes, surgiram: fadiga (58%), dor de cabeça (44%), dificuldade de atenção (27%), perda de cabelo (25%) e falta de ar (24%).

Febre alta – As causas da queda de cabelo podem ser diversas, sendo a ocorrência de febre alta uma delas. Para Fabiane Mulinari Brenner, pacientes que apresentam temperatura alta ou quadros mais graves da covid-19 podem, consequentemente, relatar mais queda de cabelo. “A própria infecção, o emagrecimento, o estresse pela doença ou a redução da oxigenação do folículo capilar também justificam essa alteração”, explica Fabiane.

A presidente do Departamento de Cabelos da SBD confirmou que de um a cada quatro pacientes que têm covid-19 com sintomas estabelecidos, excluindo os assintomáticos, costumam apresentar queixa de queda capilar depois do evento. A tendência, contudo, é de retomada dos fios. “Não é uma queda cicatricial, isto é, não deixa cicatrizes. O paciente vai ter uma perda abrupta, mas esse cabelo vai se recuperar na sequência”, afirma.

Reposição – Ela explica que ocorre um processo de reposição capilar, nesses casos. “Como caíram muitos fios, eles demoram a recuperar o volume. O cabelo cresce, mais ou menos, um centímetro por mês. Ao final de 75 dias, em média, os fios acabam voltando na sua densidade e, como vão voltar curtinhos, demora a preencher o volume do rabo de cavalo, em uma mulher, por exemplo”, elucida.

Porém, há fatores que podem influenciar nesse processo, como a existência de outras doenças prévias ou alteração anterior no couro cabeludo, como calvície. Nessas situações, a somatória de queda de cabelos decorrente da covid-19 pode deixar realmente o couro cabeludo muito aberto, informa Fabiane Mulinari Brenner. “Como caíram muitos fios, eles voltam um pouco mais finos e, aí, o couro cabeludo não recupera 100% do que tinha antes da crise”, observa.

Ciclo – Fabiane explica ainda que, nas pessoas sem o acometimento de doenças infecciosas, o cabelo tem um ciclo. Cada fio fica em processo de crescimento por mais ou menos seis anos, entra na chamada fase de repouso em que vai acabar caindo e logo substituído por um fio a igual a ele. “Isso deve acontecer de forma aleatória no couro cabeludo, sem que se perceba efetivamente redução do volume geral”, disse a dermatologista.

“No caso de uma infecção importante, como a covid-19, e de diversas outras doenças, muitos fios vão entrar nessa fase de repouso do crescimento, e os fios só cairão entre dois e três meses após o evento da doença”, conclui. Diante dessa situação,  e de quadros semelhantes, recomenda-se procurar o suporte de um dermatologista, que tem condições de fazer um diagnóstico adequado para o problema e prescrever tratamentos para enfrentar o problema, evitando efeitos duradouros.


16 de abril de 2021 0

Após a recuperação da covid-19, alguns sintomas podem persistir. A queda de cabelo é um deles e pode acontecer assim que o paciente recebe o diagnóstico de cura da doença. “A perda de cabelo não é uma particularidade exclusiva dos casos de covid. Em diversas infecções graves, como a pneumonia, pode ocorrer o mesmo fenômeno entre dois e três meses depois. Entretanto, trabalhos realizados por pesquisadores estrangeiros revelam que, na covid-19, a queda acontece de forma muito mais precoce, sendo percebida de seis a oito semanas depois da doença”, explica a presidente do Departamento de Cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Fabiane Mulinari Brenner.

De acordo com pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia, a queda de cabelo aparece entre os cinco sintomas mais relatados por pacientes após a recuperação da covid-10. Para chegarem a essa conclusão, eles analisaram dezenas de estudos sobre o tema, envolvendo um total de 48 mil pacientes. Dentre os quadros mais recorrentes, surgiram: fadiga (58%), dor de cabeça (44%), dificuldade de atenção (27%), perda de cabelo (25%) e falta de ar (24%).

Febre alta – As causas da queda de cabelo podem ser diversas, sendo a ocorrência de febre alta uma delas. Para Fabiane Mulinari Brenner, pacientes que apresentam temperatura alta ou quadros mais graves da covid-19 podem, consequentemente, relatar mais queda de cabelo. “A própria infecção, o emagrecimento, o estresse pela doença ou a redução da oxigenação do folículo capilar também justificam essa alteração”, explica Fabiane.

A presidente do Departamento de Cabelos da SBD confirmou que de um a cada quatro pacientes que têm covid-19 com sintomas estabelecidos, excluindo os assintomáticos, costumam apresentar queixa de queda capilar depois do evento. A tendência, contudo, é de retomada dos fios. “Não é uma queda cicatricial, isto é, não deixa cicatrizes. O paciente vai ter uma perda abrupta, mas esse cabelo vai se recuperar na sequência”, afirma.

Reposição – Ela explica que ocorre um processo de reposição capilar, nesses casos. “Como caíram muitos fios, eles demoram a recuperar o volume. O cabelo cresce, mais ou menos, um centímetro por mês. Ao final de 75 dias, em média, os fios acabam voltando na sua densidade e, como vão voltar curtinhos, demora a preencher o volume do rabo de cavalo, em uma mulher, por exemplo”, elucida.

Porém, há fatores que podem influenciar nesse processo, como a existência de outras doenças prévias ou alteração anterior no couro cabeludo, como calvície. Nessas situações, a somatória de queda de cabelos decorrente da covid-19 pode deixar realmente o couro cabeludo muito aberto, informa Fabiane Mulinari Brenner. “Como caíram muitos fios, eles voltam um pouco mais finos e, aí, o couro cabeludo não recupera 100% do que tinha antes da crise”, observa.

Ciclo – Fabiane explica ainda que, nas pessoas sem o acometimento de doenças infecciosas, o cabelo tem um ciclo. Cada fio fica em processo de crescimento por mais ou menos seis anos, entra na chamada fase de repouso em que vai acabar caindo e logo substituído por um fio a igual a ele. “Isso deve acontecer de forma aleatória no couro cabeludo, sem que se perceba efetivamente redução do volume geral”, disse a dermatologista.

“No caso de uma infecção importante, como a covid-19, e de diversas outras doenças, muitos fios vão entrar nessa fase de repouso do crescimento, e os fios só cairão entre dois e três meses após o evento da doença”, conclui. Diante dessa situação,  e de quadros semelhantes, recomenda-se procurar o suporte de um dermatologista, que tem condições de fazer um diagnóstico adequado para o problema e prescrever tratamentos para enfrentar o problema, evitando efeitos duradouros.

 

 

 





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