Dermatologistas capacitam cerca de 2 mil médicos e profissionais da saúde para combater a hanseníase no Brasil




8 de setembro de 2021 0

Um total de 1.911 médicos e membros de equipes que atuam em postos de saúde foram capacitados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para fazer a prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase. As atividades, realizadas entre junho e julho, beneficiaram profissionais de sete estados (Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco e Tocantins), que foram escolhidos com base em critérios epidemiológicos, por conta dos altos índices de incidência e prevalência da doença em seus territórios.

Como desdobramento do projeto contínuo de qualificação da assistência aos pacientes, visando, sobretudo, facilitar o diagnóstico e o tratamento precoces dessa doença, a SBD articula com o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) uma nova rodada de atividades, ampliando o treinamento a todos os estados brasileiros.

Dados do Ministério da Saúde confirmam a importância deste projeto desenvolvido pela SBD. Entre 2010 e 2019, no Brasil, foram diagnosticados 312 mil novos casos de hanseníase, ou seja, uma média de 30 mil registros por ano. Esse quadro deixa o país na segunda posição no ranking mundial desta doença, atrás apenas da Índia.

Treinamento – A etapa que acabou de ser realizada levou formação específica para quase dois mil médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde. No Maranhão, o treinamento atingiu 595 pessoas. Em Pernambuco, foram 276 beneficiados; no Pará, 275; no Mato Grosso, 266; em Tocantins, 199; na Bahia 171; em Goiás, 129.

A capacitação, que ocorreu na modalidade on-line, permitiu acesso a cinco módulos em vídeo, elaborados por alguns dos maiores especialistas em hanseníase no Brasil. Além de acompanhar as exibições, os participantes puderam tirar dúvidas, em tempo real, respondidas por dermatologistas convidados.

Para o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves, um dos responsáveis pela coordenação deste projeto, a alta frequência demonstra a carência de informações sobre o tema. Deste modo, explica, a iniciativa preenche essa lacuna e fortalece o combate à hanseníase. "O curso foi um sucesso, pois quem participou teve a chance de aumentar seu conhecimento sobre essa doença, ainda tão negligenciada no Brasil. Vale sempre lembrar que quanto mais rápido o diagnóstico, maiores são as chances de cura”, destacou.

Especialistas – O curso foi coordenado por Heitor de Sá Gonçalves (CE) e pela professora Sandra Durães (RJ), responsável pelo Departamento de Hanseníase da SBD. Os especialistas que participaram das aulas foram: Egon Daxbacher (RJ), coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD; professora Maria Araci Pontes (CE), assessora do Departamento de Hanseníase da SBD; Maria Eugenia Noviski Gallo (RJ), colaboradora da Secretaria de  Vigilância Epidemiológica do Estado do Rio de Janeiro; professora Maria Katia Gomes (RJ); professora Maria Leide Wand Del Rey de Oliveira (RJ); Maurício Nobre (RN), assessor do Departamento de Hanseníase da SBD; professora Lúcia Martins Diniz (ES), assessora do Departamento de Hanseníase da SBD;  e Sérgio Palma (PE), ex-presidente da SBD e coordenador científico do Jornal da entidade.

Entre os assuntos abordados durante a formação constavam conteúdo sobre agente etiológico, transmissão e situação epidemiológica; manifestações clínicas e diagnóstico; exame neurológico e prevenção de incapacidades; tratamento e manejo de casos; estados reacionais e seu tratamento; e vigilância de contatos e do potencial incapacitante. O trabalho foi organizado pela SBD, com o apoio institucional do Ministério da Saúde, Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e a ONG DAHW Brasil, de origem alemã. 


8 de setembro de 2021 0

O mês de setembro será importante para a discussão sobre avanços na assistência aos pacientes com hanseníase no País. No dia 17 (sexta-feira), pela manhã, ocorrerá um simpósio internacional sobre o tema, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Especialistas nacionais e convidados estrangeiros vão, juntos, debater diferentes aspectos relacionados a essa doença. 

Novidades no diagnóstico e tratamento da hanseníase, uso de medicamentos e desenvolvimento de pesquisas, entre outros temas, são destaque na programação. Dentre os palestrantes confirmados, estão o italiano Cesare Massone e a britânica Diana Lockwood, considerados duas das maiores referências da atualidade neste tema.

Acesso – O evento será gratuito, on-line e com tradução simultânea para inglês e português. Não é necessária inscrição prévia, bastando acessar o link de acesso enviado por e-mail a todos os associados e residentes e disponível na página do evento no site da SBD. 

A coordenação está sob responsabilidade de Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD, e de Sandra Maria Barbosa Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase. Entre os apoiadores estão, o Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a ONG DAHWL.

“No Brasil, apesar do tratamento ter início nos postos de saúde, os centros de referência na doença, credenciados pelo Ministério da Saúde, são serviços de dermatologia. Por isso, é fundamental que nossos associados participem deste simpósio e acompanhem as últimas novidades sobre o tema”, disse Gonçalves. 

Capacitação – As atividades serão abertas aos dermatologistas associados à SBD e aos médicos e outros membros das equipes de saúde da Atenção Primária que participaram do curso de capacitação em hanseníase, organizado pela Sociedade nos meses de junho e julho. No total, foram capacitados cerca de 1.900 profissionais, distribuídos em sete estados (Bahia, Pernambuco, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Pará e Tocantins).

Segundo o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a hanseníase ainda é um importante problema de saúde pública. “Sabemos da relevância que nossa Sociedade tem na disseminação de informações sobre o assunto entre os dermatologistas, outros profissionais de saúde e a população em geral. Por isso, é tão preponderante a participação neste evento, ampliando a troca de conhecimento e a qualificação da assistência”, ressaltou. 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

08h00 – 8h10 – Abertura – Mauro Enokihara, Heitor de Sá Gonçalves e Sandra Durães.
08h10 – 08h40 – Quimioprofilaxia na hanseníase – Sinésio Talhari.
08h40 – 09h00 – Discussão.
09h00 – 09h30 – 12 doses de PQT: isto é o bastante? – Diana Lockwood (Inglaterra) | Moderador – Gerson Penna.
09h30 – 09h50 – Discussão.
09h50 – 10h20 – Hanseníase e genética: o que nós podemos aprender com esta doença antiga – Marcelo Távora Mira.
10h20 – 10h50 – Pesquisa básica aplicada à hanseníase – Mariane Stefani.
10h50 – 11h10 – Discussão.
11h10 – 10h40 – Correlação clínico-histopatológica e diagnóstico diferencial em hanseníase – Cesare Massone (Itália).
11h40 – 12h00 – Discussão e encerramento.
 


8 de setembro de 2021 0

Já está no ar o novo site da revista Surgical & Cosmetic Dermatology (S&CD), publicação científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A plataforma entra em funcionamento com um novo layout, mais moderno, e novas funcionalidades, com área de notícias e busca avançada de artigos. Uma inovação importante é que tudo estará em formato responsivo, ou seja, com visualização adaptada automaticamente a celulares, tablets e smartphones. O acesso à ferramenta, em português e inglês, pode ser feito pelo endereço www.surgicalcosmetic.org.br.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O NOVO SITE DA S&CD

Outro ganho que chega com a reestruturação do site é a possibilidade de publicação de um fluxo contínuo de artigos ao longo do ano. Anteriormente, isso ocorria apenas a cada trimestre. “Isso permitirá acesso a textos recentes, sem a necessidade de aguardar três meses por uma nova edição. Esse formato é adotado por diversas revistas reconhecidas internacionalmente, ou seja, estamos em sintonia com as melhores práticas do meio científico”, explica Hamilton Ometto Stolf, editor científico da Surgical.

Audiência – Ele acrescenta ainda que as mudanças implementadas permitirão que os novos artigos sejam localizados por meio da busca do Google pelo nome, o que facilita a localização e aumenta significativamente a audiência do site. “Haverá acesso interativo dos textos, sendo que os mais recentes aparecerão entre os destaques na página inicial do site", ressaltou. 

Os ajustes na interface do site, bem como o incremento das funcionalidades, foram desenvolvidos pela percepção de que a plataforma anterior era pouco atrativa e não contribuía com a meta da revista de ampliar seu alcance. Na avaliação de Stolf, a partir de agora, com esta nova ferramenta, S&CD poderá conquistar novas indexações, aumentar o recebimento de artigos e ganhar maior destaque internacional. 

Resultados – "Produzir uma revista científica de alta qualidade e relevância é o que move a equipe editorial da Surgical há mais de 10 anos. Os desafios são enormes, porém os resultados a cada ano mostram que isso é possível, sobretudo com a participação ativa da SBD. Assim, vamos continuar a estimular o aperfeiçoamento de procedimentos cirúrgicos e cosmiátricos, bem como o estudo da oncologia cutânea", afirmou o editor. O trabalho de reestruturação do site contou com a participação e esforço do editor-científico, da co-editora, Bogdana Victoria Kadunc, de todo o corpo editorial e da equipe técnica da SBD.

O presidente da SBD, Mauro Enokihara, considera que a revista está seguindo o exemplo das melhores práticas editoriais, o que traz vantagens para a especialidade e os associados. “Como apoiadores desta iniciativa, buscamos constantemente oferecer aos pesquisadores e profissionais científicos um veículo de comunicação ágil e de qualidade, atendendo aos interesses de todos, independentemente de onde atual, no Brasil e no exterior”, complementou.
 


8 de setembro de 2021 0

Os Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) comemoram uma grande conquista. O Fator de Impacto (FI) da publicação aumentou 69% em 12 meses. Ele passou de 1,121, relativos a 2019, para 1,896, no ano seguinte, de acordo com o Journal of Citation Reports (JCR). Com esse resultado, ela avançou seis posições no ranking internacional que avalia periódicos dedicados à especialidade. Estava no 57ª lugar e agora está no 51ª. 

O FI é considerado como método bibliométrico de avaliação de periódicos científicos. Ele é calculado com base numa fórmula que leva em consideração o número de citações, no exemplo, recebidas em 2020 e número de artigos (citáveis) publicados em 2018 e 2019. Na avaliação do editor científico dos Anais, Silvio Alencar Marques, a performance registrada decorre de inúmeros fatores, principalmente sua maior visibilidade. "Fazer parte do portfólio de uma editora internacional, como a Elsevier, faz diferença", destacou. 

Mudanças – Marques ressalta que a conquista atual tem base no esforço de gestões anteriores, com realce na gestão a partir de 2016, quando os ABD estavam sob a coordenação do professor Sinésio Talhari, período de mudanças na publicação para ampliar o reconhecimento da dermatologia brasileira e ibero-latino-americana. Nesta fase, que foi até 2020, o foco dos Anais recaiu sobre a busca de maior qualidade nos textos e na documentação, com ênfase na dermatologia infecciosa/parasitária, bem como no incremento da exposição dos artigos de todas as seções.

O êxito do trabalho realizado serviu de parâmetro para o grupo que assumiu a coordenação dos ABD em 2021 e que ficará na função até 2026. "Mantivemos a ênfase na qualidade acadêmica, originalidade e conteúdo dos textos, que agregam conhecimento. Um ponto prioritário é melhor documentação fotográfica, clínica e histopatológica, com ênfase na dermatologia tropical e infectoparasitária, pois é o diferencial da dermatologia brasileira em relação ao que é praticado nos Estados Unidos ou na Europa”, explica Marques, que ressaltou a incorporação de duas novas práticas: agilidade nas avaliações dos trabalhos e busca de submissões de artigos produzidos por colaboradores estrangeiros. 

Conteúdo – O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Mauro Enokihara, também comemorou os números alcançados pela publicação que tem o apoio da atual Gestão. “A dermatologia é uma especialidade riquíssima em conteúdo, que deve ser divulgado. Estimular e subsidiar a produção científica, publicizando-a junto aos seus associados e à comunidade acadêmica e pesquisadores, é uma das tarefas essenciais da nossa entidade. Nesse sentido, a SBD e os ABD vêm cumprindo seu papel de forma exemplar”, enfatizou. 

O periódico Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) é a publicação científica oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com veiculação ininterrupta desde 1925. Com uma edição lançada a cada dois meses, esta revista divulga estudos, evidências e relatos técnico-científicos originais e inéditos, resultantes de pesquisas, revisões e comunicações na área da dermatologia e especialidades afins. 
 


8 de setembro de 2021 0

Vídeos divulgados por jovens em redes sociais que sugerem o uso indevido de um medicamento para, supostamente, deixar o nariz mais fino preocupam a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Em esclarecimento divulgado à população, a entidade reitera que, até o momento, não há pesquisas ou estudos científicos válidos que reconheçam segurança e eficiência nesta prática que tem sido alardeada.

ACESSE A ÍNTEGRA DO ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE

Além disso, a SBD reitera que o consumo indiscriminado da isotretinoína (vendida com diferentes nomes comerciais no Brasil), sem necessidade e acompanhamento adequado, deixa a pessoa exposta a efeitos adversos, que podem ser graves.

Sem comprovação – Em diferentes redes sociais, jovens aderiram a um desafio que viralizou. Somadas, as hashtags “roacutancheck” e “roacutanchallenge” chegam a 29 milhões de visualizações. Nos vídeos, os participantes alegam que tiveram o nariz remodelado após a ingestão da droga, o que não possui comprovação cientifica e coloca em risco a saúde do seu usuário.

A coordenadora do Departamento de Dermatologia Cosmiátrica da SBD, Ediléia Bagatin, informa que a isotretinoína, medicamento controlado com retenção de receita, pressupõe a adoção de uma série de cuidados antes de seu uso.

"É preciso fazer exames para checar as funções do fígado e os níveis de colesterol e triglicerídeos. Essa é uma droga proibida para mulher em idade fértil, pois se ela engravidar existe um risco de 30% do bebê nascer com malformações congênitas”, lembra.

Estudos – No esclarecimento à população, a SBD ressalta que a isotretinoína oral é utilizada há quatro décadas para tratamento sistêmico de acne vulgar moderada a grave com eficácia comprovada. No entanto, acrescenta, na comunidade científica não existem relatos, muito menos estudos clínicos prospectivos e controlados, que tenham sugerido o uso da isotretinoína oral para afinamento de nariz.

“Para receber orientação a respeito de qualquer procedimento estético invasivo ou terapia sistêmica, a SBD frisa a importância fundamental de agendar consulta com um médico dermatologista”, finaliza o esclarecimento emitido, que faz um importante alerta em favor da saúde dos brasileiros.


2 de setembro de 2021 0

Já está no ar o novo site da revista Surgical & Cosmetic Dermatology (S&CD), publicação científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A plataforma entra em funcionamento com um novo layout, mais moderno, e novas funcionalidades, com área de notícias e busca avançada de artigos. Uma inovação importante é que tudo estará em formato responsivo, ou seja, com visualização adaptada automaticamente a celulares, tablets e smartphones. O acesso à ferramenta, em português e inglês, pode ser feito pelo endereço www.surgicalcosmetic.org.br.

Outro ganho que chega com a reestruturação do site é a possibilidade de publicação de um fluxo contínuo de artigos ao longo do ano. Anteriormente, isso ocorria apenas a cada trimestre. “Isso permitirá acesso a textos recentes, sem a necessidade de aguardar três meses por uma nova edição. Esse formato é adotado por diversas revistas reconhecidas internacionalmente, ou seja, estamos em sintonia com as melhores práticas do meio científico”, explica Hamilton Ometto Stolf, editor científico da Surgical.

Audiência – Ele acrescenta ainda que as mudanças implementadas permitirão que os novos artigos sejam localizados por meio da busca do Google pelo nome, o que facilita a localização e aumenta significativamente a audiência do site. “Haverá acesso interativo dos textos, sendo que os mais recentes aparecerão entre os destaques na página inicial do site", ressaltou. 

Os ajustes na interface do site, bem como o incremento das funcionalidades, foram desenvolvidos pela percepção de que a plataforma anterior era pouco atrativa e não contribuía com a meta da revista de ampliar seu alcance. Na avaliação de Stolf, a partir de agora, com esta nova ferramenta, S&CD poderá conquistar novas indexações, aumentar o recebimento de artigos e ganhar maior destaque internacional. 

Resultados – "Produzir uma revista científica de alta qualidade e relevância é o que move a equipe editorial da Surgical há mais de 10 anos. Os desafios são enormes, porém os resultados a cada ano mostram que isso é possível, sobretudo com a participação ativa da SBD. Assim, vamos continuar a estimular o aperfeiçoamento de procedimentos cirúrgicos e cosmiátricos, bem como o estudo da oncologia cutânea", afirmou o editor. O trabalho de reestruturação do site contou com a participação e esforço do editor-científico, da co-editora, Bogdana Victoria Kadunc, de todo o corpo editorial e da equipe técnica da SBD.

O presidente da SBD, Mauro Enokihara, considera que a revista está seguindo o exemplo das melhores práticas editoriais, o que traz vantagens para a especialidade e os associados. “Como apoiadores desta iniciativa, buscamos constantemente oferecer aos pesquisadores e profissionais científicos um veículo de comunicação ágil e de qualidade, atendendo aos interesses de todos, independentemente de onde atual, no Brasil e no exterior”, complementou.
 


2 de setembro de 2021 0

Os Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) comemoram uma grande conquista. O Fator de Impacto (FI) da publicação aumentou 69% em 12 meses. Ele passou de 1,121, relativos a 2019, para 1,896, no ano seguinte, de acordo com o Journal of Citation Reports (JCR). Com esse resultado, ela avançou seis posições no ranking internacional que avalia periódicos dedicados à especialidade. Estava no 57ª lugar e agora está no 51ª. 

O FI é considerado como método bibliométrico de avaliação de periódicos científicos. Ele é calculado com base numa fórmula que leva em consideração o número de citações, no exemplo, recebidas em 2020 e número de artigos (citáveis) publicados em 2018 e 2019. Na avaliação do editor científico dos Anais, Silvio Alencar Marques, a performance registrada decorre de inúmeros fatores, principalmente sua maior visibilidade. "Fazer parte do portfólio de uma editora internacional, como a Elsevier, faz diferença", destacou. 

Mudanças – Marques ressalta que a conquista atual tem base no esforço de gestões anteriores, com realce na gestão a partir de 2016, quando os ABD estavam sob a coordenação do professor Sinésio Talhari, período de mudanças na publicação para ampliar o reconhecimento da dermatologia brasileira e ibero-latino-americana. Nesta fase, que foi até 2020, o foco dos Anais recaiu sobre a busca de maior qualidade nos textos e na documentação, com ênfase na dermatologia infecciosa/parasitária, bem como no incremento da exposição dos artigos de todas as seções.

O êxito do trabalho realizado serviu de parâmetro para o grupo que assumiu a coordenação dos ABD em 2021 e que ficará na função até 2026. "Mantivemos a ênfase na qualidade acadêmica, originalidade e conteúdo dos textos, que agregam conhecimento. Um ponto prioritário é melhor documentação fotográfica, clínica e histopatológica, com ênfase na dermatologia tropical e infectoparasitária, pois é o diferencial da dermatologia brasileira em relação ao que é praticado nos Estados Unidos ou na Europa”, explica Marques, que ressaltou a incorporação de duas novas práticas: agilidade nas avaliações dos trabalhos e busca de submissões de artigos produzidos por colaboradores estrangeiros. 

Conteúdo – O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Mauro Enokihara, também comemorou os números alcançados pela publicação que tem o apoio da atual Gestão. “A dermatologia é uma especialidade riquíssima em conteúdo, que deve ser divulgado. Estimular e subsidiar a produção científica, publicizando-a junto aos seus associados e à comunidade acadêmica e pesquisadores, é uma das tarefas essenciais da nossa entidade. Nesse sentido, a SBD e os ABD vêm cumprindo seu papel de forma exemplar”, enfatizou. 

O periódico Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) é a publicação científica oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com veiculação ininterrupta desde 1925. Com uma edição lançada a cada dois meses, esta revista divulga estudos, evidências e relatos técnico-científicos originais e inéditos, resultantes de pesquisas, revisões e comunicações na área da dermatologia e especialidades afins. 
 

jsbd-site-noticia_545x381.jpg

2 de setembro de 2021 0

23/06/2021 05:40


 

A associação entre covid-19 e manifestações de pele, tema que vem ganhando cada vez mais relevância na investigação clínica dos pacientes acometidos pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), é o principal destaque da nova edição do Jornal da Sociedade Brasileira de Dermatologia (JSBD). A publicação online já está disponível para acesso exclusivo dos associados.

Clique aqui para conferir o Jornal da SBD

A SBD divulgou, recentemente, documento científico com ampla revisão de estudos nacionais e internacionais relacionados ao tema. O texto foi disponibilizado para ajudar na atualização dos médicos dermatologistas implicados no tratamento de pacientes com covid-19 ou em fase de recuperação da doença. Nesta edição do JSBD, é apresentado aos leitores um resumo desse documento.

Entrevista – Além disso, na coluna “Entrevista”, a dermatologista Lília Guadanhim discorre sobre a suplementação oral de colágeno, demanda crescente nos consultórios de todo o Brasil. A edição do JSBD aborda ainda outros assuntos de relevância para os associados. Dentre eles, estão: a disponibilização da EBSCO como plataforma exclusiva de atualização do associado; a relação entre os psicofármacos e a dermatologia; e a realização do curso de capacitação para prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase, como resultado de parceria com o Ministério da Saúde (MS), a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e a DAHW Brasil (ONG alemã).

noticiasbdcast23-06_545x381.jpg

2 de setembro de 2021 0

24/06/2021 10:35


 

Dúvidas sobre como encaminhar pacientes com psoríase são comuns. Por isso, o SBDcast realiza mais uma edição sobre esse tema. Dessa vez, Ricardo Romiti, coordenador do Ambulatório de Psoríase do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), foi o escalado para trazer informação atualizada para o associado da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

OUÇA AQUI O SBDCAST COMPLETO

No programa já disponível, ele aborda questões como a indicação de tratamentos para as manifestações da psoríase nas regiões palmoplantar, genital, ungueal e do couro cabeludo. Em sua participação, ele fornece valiosas dicas para diferenciar o problema de outras doenças com sinais e sintomas semelhantes, como a dermatite seborreica e a onicomicose. O episódio contou com a moderação do vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves.

O SBDcast é uma iniciativa da Gestão 2021-2022 lançada no início do ano no intuito de fornecer exposições de expert sobre assuntos de amplo interesse dos dermatologistas. Toda quarta-feira, um novo episódio é disponibilizado de forma exclusiva para os associados. Para conferir o programa desta semana e edições anteriores, basta acessar o aplicativo da SBD ou a área restrita no portal.

istock-536619922_545x381.jpg

2 de setembro de 2021 0

28/06/2021 01:00


 

A abordagem de temáticas e necessidades específicas da população transgênero está sendo incorporada aos programas de formação de médicos especialistas na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças de pele, cabelos e unhas. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) que, com o apoio de serviços de Residência Médica credenciados, passou a estimular essa qualificação durante essa fase. Atualmente, há 90 desses cursos ligados à entidade, com aproximadamente 900 residentes inscritos.

Além desse cuidado com os futuros especialistas, a SBD também tem realizado iniciativas com foco nos mais de 10 mil dermatologistas brasileiros já em atividade. O atendimento à população transgênero no País tem sido discutido em congressos e atividades de educação continuada. Isso acontece porque esse segmento populacional, sobretudo durante a fase de transição, está sujeito a uma série de manifestações dermatológicas que exigem um profissional capacitado para atendê-lo.
“Acreditamos numa dermatologia de todos, e para todos. Nesse sentido, os médicos da nossa especialidade estão sempre buscando aperfeiçoamento técnico e clínico para dar respostas aos pacientes em suas demandas. É que acontece também nas questões envolvendo a população trans, que merece respeito e um atendimento adequado às suas necessidades”, disse o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

As peculiaridades da assistência aos transgêneros resultam quase sempre de efeitos dos tratamentos hormonais, estéticos e cirúrgicos para feminização ou masculinização da face e do corpo. Por exemplo, as mulheres trans, que usam estradiol em combinação com um antiandrogênico (espironolactona ou um inibidor da 5-alfa redutase), podem apresentar redução rápida e persistente na produção de sebo e, por isso, desenvolver xerodermia, prurido e alterações eczematosas.

Além disso, é muito comum que mulheres trans procurem tratamentos para remoção de pelos, como a depilação a laser, e outros procedimentos minimamente invasivos para feminização da face. Já entre os homens trans, que usam testosterona com regularidade, são frequentes os quadros de alopecia androgenética e de acne. O uso incorreto de binders, ou de outros métodos para comprimir e ocultar os seios, também pode acarretar problemas na pele.

Procedimentos – Além da hormonioterapia, alguns indivíduos trans podem necessitar do suporte dos médicos dermatologistas para reparar cicatrizes inestéticas, deixadas por procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero, como a retiradas das mamas (mastectomia), em homens trans, e a depilação pré-operatória nas mulheres trans que passarão pela vaginoplastia. Os dermatologistas também são capazes de tratar dermatoses nas neogenitálias e de lidar com outras questões comuns enfrentadas pela população transgênero, como as possíveis complicações do uso de silicone industrial.

“Hoje em dia esses problemas continuam acontecendo, pois parte das mulheres trans ainda vive marginalizada, devido ao estigma social e com dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Isso as leva a recorrerem a não médicos no processo de transição, iniciado por conta própria, por meio do uso de hormônios sem prescrição e de injeções de silicone industrial, principalmente como preenchedor corporal”, disse Marcio Serra, um dos coordenadores do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Aids da SBD e professor colaborador do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Gaffrée Guinle (RJ) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Infecções – Segundo aponta Márcio Serra, a maior parte das desordens dermatológicas nos transgêneros estão relacionadas à terapia hormonal, que também pode causar xerose e eczemas nas mulheres trans, além de complicações em cirurgias de afirmação de gênero. No entanto, o cuidado dermatológico dessas pessoas não se limita apenas aos aspectos da transição.

“Mulheres trans, por exemplo, têm maior risco de contaminação por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e HIV, que podem apresentar sinais e sintomas por meio de manifestações dermatológicas”, completa Felipe Aguinaga, também coordenador do Departamento de IST e Aids da SBD e chefe do Ambulatório de Dermatologia e Diversidade de Gênero, do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ).

Desafios – Pessoas trans possuem as mesmas necessidades básicas de saúde de quaisquer outras, mas precisam de uma série de cuidados que exigem competências adicionais do médico dermatologista, sem contar com maior tato no processo de atendimento, afirmam os especialistas.

Infelizmente, em decorrência do despreparo de alguns profissionais de saúde para acolher essa parcela da sociedade, ainda há relatos de situações de homofobia e transfobia. Por isso, os coordenadores do Departamento da SBD acreditam que há pacientes que evitam procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) com receio de serem vítimas de preconceito e discriminação. Estudos apontam que dois terços dos pacientes LGBTQIA+ referem problemas desse tipo, inclusive pela dificuldade de se identificarem.

“É preciso ter sensibilidade na hora de colher informações, como orientação sexual, identidade de gênero e comportamentos sexuais, já que são dados clinicamente relevantes. Algumas recomendações simples têm amplo impacto na melhora da relação com esses pacientes: respeito ao nome social, uso de pronomes corretos, utilização de formulários que sejam inclusivos e oferecimento de opções de identidade de gênero não binárias (pessoas que não se identificam com o gênero masculino ou o feminino)”, afirma Aguinaga.

Serra lamenta a falta de médicos e membros das equipes de saúde preparados para lidar com as questões particulares da população LGBTQIA+. São profissionais às vezes com dificuldades de assimilar e tratar as demandas específicas. Por isso, Aguinaga considera “essencial a promoção de iniciativas educacionais para que esse grupo – médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, dentistas e até os integrantes das equipes administrativas, entre outros – sejam capacitados para lidar com esses pacientes, oferecendo-lhes a melhor assistência possível”.

População trans – Em janeiro, a revista científica Nature, publicou artigo que afirma que 1,9% da população brasileira (aproximadamente 4 milhões de pessoas) se identifica como transgênero ou não binário. Apesar desse grande número, os canais para atendimento das demandas específicas são poucos. Segundo o Ministério da Saúde (MS), hoje existem apenas cinco centros no SUS que oferecem atendimentos complexos à população trans, como cirurgias de redesignação sexual e acompanhamento pré e pós-operatório.

São eles: Hospital das Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia; Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife; Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, na capital paulista; e Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Devido à insuficiência na rede pública para a realização desse e de outros tipos de procedimentos, muitas pessoas trans recorrem ao atendimento na rede particular para agilizar o processo de transição.

Por isso, a demanda tem sido cada vez mais comum nos consultórios dermatológicos. Diante desse panorama, a SBD investe na atualização dos seus especialistas para viabilizar assistência de excelência à população trans, considerando suas necessidades e demandas específicas.

Na avaliação de Felipe Aguinaga, é importante que a população trans consiga reconhecer os médicos dermatologistas como profissionais prontos e capacitados para amenizar as disparidades de saúde e melhorar sua qualidade de vida. Afinal, aponta, é uma especialidade com interface direta com a autoestima e com os efeitos decorrentes do processo de afirmação de gênero que tem inúmeras interseções com a pele.

“Há compromisso crescente de todas as áreas da medicina para compreender e melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas trans e de outras minorias. Neste sentido, a dermatologia, em seus diversos campos de atuação, desponta como uma especialidade essencial para acolher várias dessas demandas”, salienta o especialista que, apenas na unidade pública onde trabalha, recebe cerca de 30 pacientes com esse perfil por mês.

Conexão SBD – O tema “Dermatologia e Saúde LGBT” também foi abordado na primeira edição do Conexão SBD, iniciativa da entidade que discute, por meio de encontros online, tópicos de interesse da especialidade. As principais infecções sexualmente transmissíveis (IST) na população LGBT, aspectos dermatológicos no paciente transgênero e procedimentos cosmiátricos foram alguns assuntos debatidos pelos médicos dermatologistas Felipe Aguinaga e Márcio Serra. Também esteve em pauta a necessidade de se ter formas de promoção de cuidado mais acolhedoras para pacientes que fazem parte de minorias sexuais ou de gênero.

“Como identidade de gênero e a orientação sexual são informações autodeclaradas, durante o atendimento é importante o médico evitar fazer suposições. Enquanto identidade de gênero se refere a como o indivíduo se identifica (masculino e/ou feminino), a orientação sexual está ligada a como o indivíduo se relaciona sexual e afetivamente”, explica Aguinaga.

Clique aqui para assistir ao Conexão SBD

Em 2011, o Ministério da Saúde reconheceu identidade de gênero e orientação sexual como determinantes sociais de saúde. Por meio da Política Nacional de Saúde Integrada População LGBT, propõe diferentes ações de eliminação das iniquidades e desigualdades dessa população e de acolhimento das necessidades de saúde.

“Pessoas que fazem parte de minorias sexuais são mais vulneráveis ao HIV e às infecções sexualmente transmissíveis, isso porque essas pessoas têm práticas sexuais e hábitos específicos. Se nós, como médicos, desconhecermos essas necessidades, podemos deixar de fazer alguns diagnósticos”, informa.





SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Rio Branco, 39 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-003

Copyright Sociedade Brasileira de Dermatologia – 2021. Todos os direitos reservados