Excesso de sol e cálcio comprometem resultados da toxina botulínica




3 de novembro de 2010 0

Estudos relacionados à substância explicam porque algumas pessoas não reagem a ela e porque os raios UVB e o cálcio bloqueiam os efeitos da toxina

Comumente utilizada no combate às rugas, a toxina botulínica ficou conhecida principalmente pela forma como age no organismo, reduzindo a contração dos músculos faciais e, consequentemente, a formação das rugas de expressão. Pesquisas recentes apontam que os efeitos esperados da substância podem ser afetados pela incidência de raios ultravioleta (UVB) e também pelo excesso de cálcio no organismo.

‘Após o tratamento com toxina botulínica, uma região que recebe radiação UVB pode ter os efeitos reduzidos, se comparada à outra que não incidiu com os raios. Por ter resultados temporários, o estudo aponta que o seu tempo de duração diminuiria’, comenta a Dra. Ana Paula Gomes Meski, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional São Paulo (SBD-SP).

A relação entre a substância e o cálcio se dá em esfera biomolecular. ‘A toxina botulínica bloqueia a transmissão neuromuscular, inibindo a contração dos músculos responsáveis pelo aparecimento das temidas rugas e pés-de-galinha. O excesso de cálcio no organismo atrapalha esse processo bloqueador, fazendo com que os resultados durem menos tempo’, explica a Dra. Meire Parada, dermatologista da SBD-SP. ‘Em contrapartida os estudos evidenciam que o uso de bloqueadores do canal de cálcio pode potencializar os efeitos da toxina botulínica’, completa a especialista.

A dermatologista Bhertha Tamura, também da SBD-SP, alerta que ‘a toxina botulínica dependendo do local onde será aplicada, da quantidade injetada e da doença a ser combatida pode apresentar efeitos adversos. Por isso deve ser aplicada apenas por médicos qualificados e com experiência comprovada’.

AUTOIMUNES À TOXINA BOTULÍNICA

Existem raríssimas pessoas que não respondem ao tratamento com toxina botulínica, pois, conforme explica Dra. Bertha, ‘alguns indivíduos, em casos raros, não apresentam as enzimas apropriadas para responder ao tratamento. Ainda não existem meios de saber se uma pessoa é imune à toxina botulínica antes de sua aplicação, mas não há relatos de efeitos adversos nos pacientes, exceto a eventual falta de resposta ao tratamento’, explica a médica.


27 de outubro de 2010 0

Um estudo realizado na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostrou pela primeira vez que o sulforafano, o poderoso agente contra o câncer presente no brócolis, é liberado do seu composto original por bactérias que vivem no intestino grosso, sendo então absorvido pelo organismo.

‘Esta descoberta abre a possibilidade de sermos capazes de aumentar a atividade dessas bactérias no cólon, aumentando o poder que o brócolis tem na prevenção do câncer,’ disse Elizabeth Jeffery, uma das autoras da pesquisa.

‘Também é reconfortante, porque muitas pessoas cozinham demais o brócolis, destruindo sem querer a enzima vegetal que nos fornece o sulforafano. Nós agora sabemos que a microbiota do nosso trato digestivo pode salvar uma parte desse importante agente de prevenção do câncer mesmo que isso aconteça,’ disse ela.

Embora os cientistas tenham teorizado há muito tempo que a microbiota intestinal poderia executar esse papel, o processo nunca havia sido verificado diretamente e não se sabia quais seriam os agentes de sua realização.

Agora, Jeffery e seus colegas Michael Miller e Ren-Hau Lai comprovaram a teoria.

Eles injetaram glucorafanina, o composto pai do sulforafano, no intestino inferior de ratos e demonstraram que o sulforafano estava presente no sangue da veia mesentérica, que flui do intestino para o fígado.

‘A presença do sulforafano em quantidades mensuráveis mostra que ele está sendo convertido na parte inferior do intestino e está disponível para absorção no organismo,’ explica Jeffery.

O ceco, a parte inferior do intestino dos ratos nos quais os cientistas inocularam a glucorafanina, abriga bactérias que ajudam na digestão e no metabolismo, de forma semelhante ao que acontece no cólon humano.

De acordo com Jeffery, o sulforafano é um agente extremamente potente contra o câncer: ‘A quantidade que você obtém em 3 a 5 porções por semana, que é menos do que um ramo diário de brócolis, é o suficiente para ter um efeito anticâncer. Com muitos dos outros alimentos bioativos dos quais você ouve falar, são necessárias quantidades muito maiores para se ter um resultado mensurável.’

O sulforafano também tem propriedades anti-inflamatórias, que são vistas com interesse pelos cientistas por sua capacidade de combater os efeitos de muitas doenças crônicas que acompanham a obesidade e o envelhecimento.

Miller sugere duas formas pelas quais as bactérias no intestino poder…


27 de outubro de 2010 0

Atire os primeiros óculos escuros aquele que nunca amanheceu com olheiras. E que nunca buscou alguma receitinha milagrosa para acabar com o estrago da noite maldormida, da balada ou do excesso de trabalho.

‘Quem não mudar hábitos vai ter que chamar as olheiras de meu bem e conviver com elas’, avisa o cirurgião plástico Nelson Letízio.

Mas nem só de maus hábitos são feitos os círculos escuros debaixo dos olhos.

‘As olheiras têm um componente constitucional. Se a pessoa tem predisposição, terá o problema por mais que durma bem’, diz Flávia Addor, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo.

As causas têm relação com a circulação sanguínea e a pigmentação. A vasodilatação local faz o sangue extravasar e depositar na região pigmentos que dão a cor azulada e ferro, que escurece a pele quando oxida.

Além disso, algumas pessoas têm tendência à hiperpigmentação: produzem excesso de melanina, que se acumula em áreas da pele, formando manchas escuras.

TRATAMENTOS

Para essas olheiras crônicas, a saída são tratamentos com dermatologista. ‘Há soluções à base de hidroquinona ou alguns ácidos que tiram a pigmentação da pele’, diz o oftalmologista Renato Neves, do Eye Care Hospital de Olhos, de São Paulo.

O clareamento dura algum tempo, mas, como os vasos sanguíneos continuam lá fazendo seu serviço, as olheiras acabam voltando.

Uma solução de mais longo prazo é o uso de laser para secar os vasos sob as pálpebras. Segundo Letízio, são feitas, em média, de três a seis sessões, com intervalos de um mês entre cada uma. O paciente usa um protetor de olhos em forma de meia concha e, se quiser, uma pomada anestésica.

A região pode ficar um pouco avermelhada e inchada, mas esses efeitos desaparecem em cerca de dois dias, de acordo com Letízio.

No caso de hiperpigmentação, é aplicada a luz pulsada, mais suave do que o laser usado para os vasinhos. O número de sessões vai depender do tom da pele.

Para a manutenção, não tem jeito: dormir bem e usar protetor solar são garantias para quem não quer acordar com cara de urso panda.

Quando a olheira não é crônica, soluções de emergência podem minimizar o estrago de noites em claro.<…


25 de outubro de 2010 0

Pesquisa inédita feita em oito capitais revela o quanto a psoríase, uma doença que atinge 3% da população, ainda é cercada pelo medo e desconhecimento. Pessoas entrevistadas não hesitam em afirmar que evitariam contratar, frequentar a mesma piscina e até mesmo serem vistas na companhia de alguém com a doença. ‘Mais do que dificuldades para tratamento, pacientes se queixam de segregação’, conta a chefe do serviço de dermatologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a dermatologista Lúcia Arruda.

Feita pelo Ibope a pedido do laboratório Janssen-Cilag, a pesquisa apresentou aos entrevistados fotos de pacientes tanto com a forma leve quanto com a forma grave da psoríase. As reações eram de pena, tristeza e nojo, mesmo diante das imagens da doença no estágio mais ameno. O desejo de ficar longe de pacientes com a doença ficou evidente, principalmente entre homens. Das 602 pessoas entrevistadas, 83% disseram que não namorariam ou não manteriam relações sexuais com portadores de psoríase e 67% não levariam os filhos em pediatras com a doença.

Outros 63% disseram que não contratariam um portador de psoríase para um cargo de gerência. Os porcentuais foram encontrados quando entrevistados estavam diante de fotos da forma mais leve da doença. Em fotos de pacientes com estágio mais adiantado, a resistência encontrada foi maior. Confundida no passado com hanseníase, a psoríase está longe de ser contagiosa. As manchas vermelhas, que muitas vezes descamam, encontradas em várias partes do corpo, são provocadas por processo inflamatório.

‘Vários fatores podem desencadear o problema: características hereditárias, reações a medicamentos, doenças respiratórias e até traumas emocionais’, diz Lúcia. Quando o processo é disparado, células do sistema imunológico, as células T, passam a se replicar e a se diferenciar, levando a uma produção exagerada de citocinas, substâncias ligadas ao processo inflamatório. ‘Mesmo passado o estímulo, o organismo acaba guardando a memória dessa reação exagerada. Uma nova crise poderá vir, tão logo o paciente seja exposto a um fator desencadeante’, afirma a professora.

O preconceito acaba se tornando mais um inimigo para essas pessoas. ‘Cria-se um círculo vicioso: o paciente que está num período de crise da doença nota a repulsa, o que aumenta o estresse e a dificuldade de o processo inflamatório ser debelado.’ Lúcia está convicta de que, para melhorar o problema, é preciso campanhas de esclarecimento. ‘As pessoas precisam ter em mente que a doença é controlável, acolher o paciente. Quanto mais bem aceito o portador se sentir, melhores as chances de uma crise não retornar.’

Ela cita o caso de um cobrador de ônibus que muitas vezes apresenta a doença nas mãos. ‘As pessoas se recusam a receber o bilhete que ele entrega. Imagine o estresse diário.’ Algumas vezes, o funcionário pede para ser afastado. ‘Ele não tem incapacidad…


20 de outubro de 2010 0

Fotoproteção é um conjunto de medidas. Aplicar o filtro solar diariamente é uma delas.

Assim que acorda você lava o rosto, escova os dentes e toma banho. Tem certeza de que não está se esquecendo de nenhum cuidado básico, desses que temos obrigação de realizar diariamente? Se a resposta foi sim, então provavelmente você engrossa a enorme massa que ignora o tubo de filtro solar.

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia constatou que cerca de 70% dos brasileiros não utilizam o produto diariamente, nem mesmo nos dias quentes de verão.

Para piorar, vivemos sob uma cultura que ainda valoriza e enxerga o bronzeado marcado como um sinal de beleza e saúde.

O American Cancer Center indica que, atualmente, há um aumento de 10% de casos de câncer de pele por ano no mundo. Só no Brasil, o Inca (Instituto doCâncer) aponta que sejam registrados até dezembro deste ano quase 120 mil diagnósticos positivos da doença.

Estatísticas mostram que é indispensável o uso do filtro todos os dias para nos proteger dos raios emitidos pelas luzes que atingem a pele. Sim, porque o sol não é o único vilão nessa história.

A luz das lâmpadas e do computador, por exemplo, também tem sua parcela de culpa. A exposição desprotegida ao sol e às luzes é a responsável pelo aspecto envelhecido mais temido entre as pessoas: a pele manchada e marcada por rugas.

A dermatologista Luciana Lourenço, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica a ação dos principais raios: ‘O UVA, embora também causecâncer, está mais relacionado ao fotoenvelhecimento. Ele oxida as células, causando uma inflamação. Quando a célula não consegue mais se regenerar dos danos causados, aparece uma cicatriz, no caso, a ruga. Os raios UVB são os principais causadores de câncer, já que incidem de forma perpendicular à pele, causando a vermelhidão. Os danos acontecem no DNA da célula. Por fim, o infravermelho é o calor que a pele recebe e que atua no fotoenvelhecimento’.

Por isso é extremamente importante saber como escolher o filtro ideal. Não se atenha apenas ao FPS da embalagem, que trata principalmente do poder de ação contra raios UVB. O FPS, para o dia a dia, nunca deve ser menor que 30 para rosto e mãos (regiões da pele mais sensível) e 15 para o restante do corpo. Procure por filtros que especifiquem o índice de proteção contra raios UVA também. A nomenclatura é PPB, e deve ser 10 ou 15. Se indicada por meio do s&…


20 de outubro de 2010 0

A realização de tarefas corriqueiras como apertar a mão de outras pessoas, segurar uma folha de papel ou pegar um transporte coletivo, pode ser difícil para as pessoas que têm Hiperidrose ou Sudorese, alteração no nervo que produz o suor.

O organismo produz o suor como mecanismo de defesa e controle da temperatura corporal. Mas, a pessoa com a Hiperidrose transpira excessivamente. A doença não é considerada grave. Contudo, pode trazer consequências perigosas para o convívio social dos portadores.

A estudante de jornalismo Marcele Mendes, 23 anos, faz parte de uma pequena parcela da população que tem esse problema. De acordo com o cirurgião de tórax, Sérgio Tadeu Pereira, apenas 1% da população brasileira tem a doença. O simples gesto de apertar a mão de outra pessoa exige um certo cuidado. “Eu até toco, mas tem todo um processo de enxugar mesmo antes de tocar”, explica Mendes.

A Hiperidrose pode ser primária ou secundária, atingindo as pessoas em maiores ou menores proporções. No primeiro caso, pode acometer a área das mãos, pés ou axilas. Já na secundária, a transpiração é generalizada, acorrendo no corpo inteiro. Contudo, a única maneira de se livrar da Hiperidrose primária é a realização da cirurgia conhecida como simpatectomia que pode ser realizada a partir dos dez anos.

Para a felicidade de quem tem o problema, mas tem medo da cirurgia, as opções para atenuar a doença são diversas: fórmulas a base de cloreto de alumínio, cremes e até a toxina botulínica, o botox. A toxina tem duração de até um ano.

A Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia-Bahia, Anete Olivieri, acredita que o uso do botox é uma boa alternativa para quem tem o problema, apesar de cada sessão custar R$ 1.500. “Você usa nas mãos e nas axilas. Tem um resultado bom, apesar de ter um custo bem mais alto”, pondera a dermatologista.

De acordo com Pereira, a realização da simpatectomia torácica vem sendo bem sucedida. “Em 97% dos casos tem efeitos positivos”, garante o cirurgião. Já para quem transpira muito nos pés, o procedimento a ser realizado é a simpatectomia lombar. Todavia, em cerca de 30 a 40% dos casos, os pacientes podem ter sudorese, menos intensa, em outras partes do corpo: pernas, barriga e costas. A operação é coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e dura em média 10 minutos.

O efeito colateral da cirurgia não assusta Mendes, que está decidida a se submeter à operação em novembro. Essa é a sua chance de parar de transpirar tanto pelas mãos e pés. “Eu vou poder realizar minhas atividades com muito mais tranqüilidade. Minhas expectativas são as melhores. Eu acho que vou ficar mais confortável em todos os sentidos”, desabafa a estudante.


14 de outubro de 2010 0

A quarta e nova classe de hidroxiácidos – composta por poli-hidroxiácidos e ácidos biônicos – podem promover uma revolução nos tratamentos de pele, principalmente por evitar o sofrimento dos pacientes. Esta informação é do Dr. Reinaldo Tovo Filho, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional de São Paulo.

Ele explica que os poli-hidroxiácidos apresentam uma estrutura molecular que favorece sua absorção de forma mais lenta pelo tecido epitelial, provocando menos irritação e diminuindo a sensação de coceira, queimação e ardor, que são as reações mais comuns em pacientes que fazem tratamento com outros ácidos.

Além disso, explica o médico, “esses ácidos apresentam efeitos antioxidantes notáveis, aumentando a espessura dérmica, diminuindo a hiperpigmentação e deixando a pele firme, pois estimulam a produção de colágeno e outros componentes que aumentam a qualidade das fibras elásticas”.

O dermatologista também afirma que o uso de poli-hidroxiácidos vem potencializando os resultados de procedimentos dermatológicos como o laser e a microdermabrasão. “Eles podem ser associados ao ácido retinóico para o tratamento da acne, ao retinil palmitato para evitar o envelhecimento cutâneo e com a hidroquinona contra distúrbios de hiperpigmentação”, exemplifica o Dr. Tovo.

Cientificamente divididos em quatro categorias, sintetizados e aplicados em procedimentos dermatológicos desde a década de 80, os hidroxiácidos são substâncias orgânicas encontradas em alimentos naturais, principalmente nas frutas.

São amplamente utilizados no tratamento de algumas desordens cutâneas como a rosácea, o fotoenvelhecimento e os distúrbios de pigmentação (como melanoses solares e melasma). Possuem ainda indicações no tratamento de pele seca, cicatrizes cutâneas e no combate à acne.


14 de outubro de 2010 0

Assim como no corpo e o rosto, a pele próxima aos cabelos também precisa de cuidados. A esfoliação é o principal procedimento para cuidar do couro cabeludo. E produtos específicos para isso começam a ganhar força no mercado.

Com o objetivo de retirar células mortas e resíduos, o esfoliante capilar é indicado principalmente para pessoas com cabelos oleosos. Em cabelos secos, os grãos podem causar irritação e até descamação. “Às vezes o cabelo não é lavado diariamente ou é usado muito mousse, gel, pomada. A esfoliação serve para retirar todas essas sobras’, explica Úrsula Metelmann, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo ela, o ideal é usar o produto uma vez por semana.

A aplicação deve ser feita antes do xampu, fazendo movimentos circulares com as pontas dos dedos, sem deixar que chegue ao longo dos fios. Esfoliantes faciais ou corporais podem substituir o produto específico, mas será mais difícil retirar os microgrãos do cabelo.


13 de outubro de 2010 0

O Ministério da Saúde vai receber mais de R$ 330 milhões para o combate de doenças sexualmente transmissíveis. O dinheiro virá do Banco Mundial e será aplicado até 2014. O repasse está condicionado ao cumprimento de metas, como melhora de acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento.

Deverá haver um aumento do acesso ao diagnóstico e a preservativos pelas populações consideradas mais vulneráveis à contaminação pelo HIV.

Nessa categoria, se enquadram homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas. Uma das medidas recém-adotadas é a liberação de medicamentos antirretrovirais para pessoas que tiveram relações sexuais desprotegidas e correm o risco de se ser cotaminadas pelo HIV.

Os medicamentos têm vários efeitos colaterais e o Ministério da Saúde ressalta que os métodos preventivos ainda são os mais adequados. Para receber os antirretrovirais, é preciso procurar um centro de referência no tratamento de HIV e Aids até 72 horas após a relação sexual desprotegida. O tratamento dura 28 dias.


13 de outubro de 2010 0

A gravidez é uma caixinha de surpresas. O corpo todo se modifica, as emoções ficam à flor da pele, surgem os desejos inesperados. Com o cabelo não é diferente. Então, prepara-se para as mudanças. Quando os hormônios entram em ação, o resultado é imprevisível. Se seus cabelos são secos, na gestação podem se tornar oleosos e vice-versa. Os lisos talvez ganhem cachos e os ondulados, quem sabe alisem. Mas ainda que você tenha que se adaptar com o novo visual e as mudanças do seu corpo, a boa notícia é que as transformações capilares costumam ser animadoras.

Em geral, a espera do filhote torna os cabelos mais bonitos, cheios e sedosos. ‘Durante os nove meses de gestação, os fios permanecem em sua fase anágena (de crescimento) e estimulados pelos hormônios (progesterona e estrogênio) tornam-se mais espessos, diminuindo a queda e avolumando a cabeleira’, revela a dermatologista Aline Vieira.

TESTE: COMO ANDA O SEU CABELO?

Mas nem tudo são flores nesse período e as mamães adeptas de escovas progressivas, tinturas e permanentes podem ter que ficar algum tempo longe dos salões de beleza.

A POLÊMICA

O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não recomendam o uso de química nos cabelos durante a gravidez. ‘Acredita-se que alguns componentes usados nos produtos para cabelos são teratogênicos (geram defeitos no feto), tóxicos e até cancerígenos’, justifica Aline Vieira. A amônia, o benzeno, o formol e metais pesados como chumbo, alumínio e cobre são algumas das substâncias vetadas pelos especialistas.

A proibição pode durar mais de nove meses. ‘Ainda que não se tenham estudos que comprovem a passagem dessas substâncias do couro cabeludo para o sangue e para o leite da mãe, o recomendado é só recorrer a esses produtos ao fim do aleitamento materno’, aconselha a especialista.

“As manifestações alérgicas podem ser das mais leves como irritação, coceira e vermelhidão até quadros mais graves como reações anafiláticas”

O tema é controverso e gera polêmica nos consultórios médicos. ‘Não existem provas conclusivas dos males dessas substâncias na gestação. Como não é ético testar o efeito desses produtos em pacientes grávidas, as possíveis conseqüências são desconhecidas’, argumenta Aline Vieira. Por isso, enquanto alguns especialistas reprovam o uso dessas substâncias químicas durante a gestação, outros liberam sua utilização. ‘Alguns especialistas acreditam que a absorção desses produtos do couro cabeludo para o sangue é mínima e que dificilmente as substâncias tóxicas alcançam a pl…





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