Saiba mais sobre a psoríase, doença inflamatória, crônica, recorrente e com forte participação genética




1 de novembro de 2017 0

O dermatologista Ricardo Romiti, médico responsável pelo ambulatório de psoríase do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, fala sobre a psoríase, doença inflamatória que geralmente está associada à uma série de manifestações sistêmica, analisa a fisiopatologia e os tratamentos indicados para cada grau da doença.

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30 de outubro de 2017 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em parceria com a Folha de S. Paulo promoveu o primeiro Fórum Saúde da Pele, no dia 26 de outubro, em São Paulo. O objetivo do encontro foi abordar, em três mesas de debate, os novos tratamentos de doenças dermatológicas; o acesso a procedimentos e medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos de saúde para tratamento da psoríase; e o preconceito enfrentado pelos portadores de doenças dermatológicas estigmatizantes.

Cerca de 150 pessoas, entre dermatologistas convidados e estudantes de medicina participaram do encontro, que contou com a presença do presidente da SBD, José Antonio Sanches; do coordenador da Campanha de Psoríase da SBD, Caio de Castro; além dos dermatologistas, da presidente da Psoríase Brasil, Gladis Lima; e de representantes da Agência Nacional de Saúde (ANS) e do Ministério da Saúde. O encontro teve transmissão ao vivo para Grupo de Dermatologistas no Facebook da SBD. Também foi publicado no dia 28 de outubro um caderno especial do jornal sobre o encontro.

Na abertura, a estudante de direção de arte e modelo tocantinense Eliane Medeiros, portadora de vitiligo, diagnosticada com a doença aos cinco anos de idade, ressaltou que sofreu bastante preconceito, especialmente durante a adolescência, mas que hoje, seu trabalho assumiu um papel de agente de transformação social, incentivando as pessoas a repensar seus comportamentos e se aceitar do jeito que são. “Não conseguia me imaginar como seria se eu não tivesse vitiligo. Então, abracei a doença e a transformei em oportunidade de crescimento”, declarou.

Na primeira mesa “Novos tratamentos: o que podemos esperar?”, o presidente da SBD, José Antonio Sanches, argumentou que doenças como a psoríase e o vitiligo, por exemplo, “são de baixa mortalidade, e por isso foram negligenciadas durante muito tempo, mas que trazem um sofrimento muito grande por questões de autoestima e preconceito”, ressaltando a necessidade do diagnóstico precoce para ampliar as opções de tratamento, e da devida atenção para enfermidades de pele, "apesar de as opções de tratamento para doenças como melasma, psoríase, dermatite atópica, alopecia areata e vitiligo terem melhorado ao longo do tempo". 

Em seu depoimento, a médica dermatologista Elisabeth Barboza contou sua experiência após ter descoberto, em 2015, ser portadora de artrite psoriática, o que a fez a abandonar as funções acadêmicas e profissionais. Após tentativas sem sucesso com tratamentos clássicos, Elisabeth recorreu a terapia com medicamentos biológicos. Atualmente, Elisabeth tem a doença sob controle e luta pelos direitos do pacientes. “Depois do que passei, me tornei levantadora da bandeira da qualidade e restauração da vida com as terapias inovadoras.”

Estima-se que cinco milhões pessoas tenham psoríase no Brasil, sendo 500 mil com a forma mais grave, precisando de tratamento com medicamentos inovadores. Sobre o assunto, o coordenador da campanha de Psoríase da SBD, Caio de Castro, ressaltou que fototerapia é a primeira opção terapêutica para a psoríase de moderada a grave. Além de ser um tratamento de fácil manejo e eficaz, seu custo é baixo. No entanto, são poucos os hospitais públicos no Brasil que dispõem do equipamento. O médico observou ainda que as doenças com tratamento de baixo custo são ignoradas no Brasil, citando o vitiligo, que afeta 0,5% da população mundial.

Fazer a informação chegar à população por meio de campanhas de conscientização foi a ação destacada pela professora adjunta do Departamento de Dermatologia da Unifesp Adriana Porro como fundamental para obter avanços na área. “Essas ações também devem ser voltadas para os médicos de outras especialidades para que sejam capazes de encaminhar o paciente o mais cedo possível para avaliação e tratamento adequados”, afirmou. Segundo a médica, o desafio não é só agilizar o diagnóstico, mas investir em ações de vigilância e informação para combater a ignorância.

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30 de outubro de 2017 0

Com cerca de 25 mil casos por ano, o Brasil é o segundo país no mundo, depois da Índia, em diagnósticos de hanseníase, doença negligenciada e considerada um problema de saúde pública. Atualmente, são cerca de 30 mil casos por ano, principalmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Segundo os palestrantes, além da hanseníase, doenças como a psoríase, o vitiligo, doenças bolhosas e dermatite atópica precisam de mais atenção de médicos, da indústria farmacêutica, da mídia e do governo. Apesar da alta relevância epidemiológica e social, há pouco interesse no desenvolvimento de novos estudos de medicamentos no campo da ciência.

“Precisamos avançar muito, pois são grandes os desafios para chegar a eliminação desse problema de saúde pública”, ponderou Carmelita Ribeiro, coordenadora da área referente a essa patologia no Ministério da Saúde, completando que muitas pessoas preferem fazer o tratamento num hospital longe de casa, às vezes até em outro município, para que ninguém saiba, tamanho é o preconceito. A médica defende um trabalho mais eficiente na Atenção Básica à Saúde para a hanseníase e também mais preparo na formação de estudantes, pois a qualidade do serviço tem sido prejudicada. “Temos que aumentar o número de médicos de Atenção Básica à Família e atenção primária que saibam reconhecer os sintomas.”

Na sua exposição, o médico responsável pelo ambulatório de psoríase do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Ricardo Romiti, comentou que a atenção do médico é na saúde do ser humano, de acordo com o compromisso assumido pelos profissionais no Código de Ética.

"As doenças são comuns na nossa rotina em consultórios e hospitais, mas existe muito desconhecimento fora deles. Tomar sol é ótimo para diminuir os sintomas de doenças como a psoríase, mas o paciente acaba cobrindo as lesões e não frequentando diversos ambientes, causando sequelas psicológicas e sociais", explica Romiti. O dermatologista citou o trabalho realizado pela SBD para estimar a prevalência da psoríase, e chegou ao índice de 1,3% da população brasileira. “Esse número vem aumentando, o que talvez possamos atribuir aos hábitos de vida. Só quem tem a doença sabe o que ela representa. Então, o que podemos fazer como médicos é mostrar ao paciente que ele tem alguém com quem contar.”

Para a dermatologista do Hospital das Clínicas e especialista em doenças bolhosas Claudia Giuli Santi, há uma falta de empatia no combate ao preconceito, que deve ser resgatada na escola médica. "A propedêutica médica já sensibiliza e educa a empatia. Se colocar no lugar do paciente é fundamental. O próprio médico precisa ser educado, pois o que vemos é um distanciamento entre quem trata e quem é tratado. Outra questão é sensibilizar o estudante de medicina a comprometer-se mais com os problemas de saúde da população”, salientando a importância da bagagem clínica do ponto de vista do conhecimento geral.

Para combater a discriminação, a criação de grupos de pais, pacientes e médicos, fora do ambiente de hospital é uma ideia que atua na disseminação de ações não apenas de saúde, mas de educação e cultura, segundo o fundador da Associação de Apoio à Dermatite Atópica (Aada), o dermatologista Roberto Takaoka.

"A experiência do paciente é diferente da visão científica do médico. É preciso aproximar as duas, e grupos de apoio para pacientes e familiares podem ajudar no desenvolvimento e qualidade de vida dessas pessoas", considera.

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30 de outubro de 2017 0

Na terceira mesa do Fórum da Saúde, encontro organizado pela Folha de S. Paulo e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o debate girou em torno do acesso a novos tratamentos por intermédio do governo e planos de saúde. A dermatologista da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD e professora-assistente do Departamento de Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Claudia Maia, questionou a não inclusão dos medicamentos imunobiológicos para o tratamento da psoríase, assim como ocorre na artrite psoriática, no rol dos medicamentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e cobrou empenho dos gestores para uma melhoria nessa situação.

“Quando as terapias clássicas não funcionam, o paciente fica sem tratamento. Por que na manifestação de uma doença o tratamento é aceito como eficaz e seguro, e em outra não?”, questiona, lembrando da existência de um protocolo clínico para a fototerapia, mas também da sua pouca disponibilidade no país pelo SUS. “Há mais de 10 anos, a SBD vem realizando em reuniões com o Ministério da Saúde na tentativa de regulamentar essas medicações e permitir o direito a um tratamento igualitário”, ressalta.

O coordenador-geral de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Sandro José Martins, afirmou que o parecer sobre a não inclusão do tratamento foi dado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) em 2012. Segundo ele, faltou tempo de acompanhamento dos efeitos dos medicamentos imunobiológicos, já que existiam dúvidas sobre a falta de segurança para sua utilização a longo prazo. Após cinco anos, há evidências de segurança no uso a longo prazo do tratamento, informa Sandro Martins, sugerindo reavaliação por parte da Comissão.

A dermatologista Claudia Maia reivindicou a presença da SBD na revisão do Protocolo Clínico e Diretrizes de Tratamento da Psoríase (PCDT) do Ministério da Saúde e enfatizou a falta de resposta da instituição mesmo depois de envio pela SBD de dossiê atualizado sobre a doença em 2014. O documento baseou-se em níveis de evidência científica e revisão sistemática, incluindo todas as formas de tratamento, desde os tópicos, fototerapia e terapias sistêmicas tradicionais e biológicas, com estudo farmaeconômico e impacto orçamentário.

Para a presidente da associação de apoio a pacientes Psoríase Brasil, Gladis Lima, parece haver pouco interesse do governo pela incorporação de novos medicamentos e tratamentos. Ela cita a dificuldade geral de pacientes e médicos no preenchimento de formulário para participação de consultas públicas sobre a inclusão desses tratamentos. "O que pesa mais para o governo é o bolso, o quanto essa inclusão vai custar, e não o paciente", disse.

A gerente-geral de regulação assistencial da ANS, Raquel Lisbôa, ressaltou que a maior dificuldade da agência é balancear as necessidades dos pacientes e os interesses das empresas privadas que gerenciam os seguros. Lisbôa afirmou que o alto custo das novas drogas (de cinco a dez mil por mês) e a falha metodológica de estudos apresentados levaram a agência a não incluir os biológicos no rol dos medicamentos obrigatórios. Claudia Maia frisou que, desde 2012, havia resultados de pesquisas, confirmados por estudos internacionais, que comprovavam a segurança do tratamento a longo prazo.

Em outubro, foi implementada uma Frente Parlamentar no Congresso, que pleiteia a inclusão dos biológicos e mais atenção na rede básica. A SBD esteve presente no encontro.

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28 de outubro de 2017 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que o prazo para submissão de projetos de pesquisa técnico-científica para concorrer ao financiamento do Fundo de Apoio à Dermatologia (Funaderm) vai de 1º de novembro a 1º de dezembro. Estarão aptos a participar os associados titulares quites com as obrigações associativas.

Os projetos de investigação devem ser submetidos em formato PDF pelo e-mail funaderm@sbd.org.br, acompanhado da documentação descrita e publicada nos termos do regimento. Serão financiados projetos de pesquisa em todas as áreas da dermatologia, com orçamentos de até 25 mil reais (R$ 25.000,00), e com prazo de execução de até dois anos.

Os recursos do Funaderm são provenientes da arrecadação de doações, legados, auxílios, subvenções, contribuições e outras aquisições proporcionadas por quaisquer pessoas físicas ou jurídicas. De acordo com o regimento, haverá repasse anual relativo aos projetos de pesquisa de até 10% do resultado financeiro positivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O Funaderm é presidido por Antonio D'Acri, tem como secretario-geral, Flavio Luz, segundo secretário, Helio Miot, e coordenador de ética, Vidal Haddad.

Acesse o regimento e veja os requisitos para inscrição.
 


27 de outubro de 2017 0

A Regional Mato Grosso da SBD realizou ação especial de conscientização dos cuidados com cabelos e unhas no Bem Estar Global, no Parque das Águas, em Cuiabá, nesta sexta-feira (27/10). Na Tenda da Pele, o público teve acesso também a orientações sobre diversas doenças dermatológicas. Foram 200  atendimentos, cerca de 20% a mais que no ano passado, das 7h às 13h.

"Nosso principal objetivo foi oferecer ao público informação, ressaltando a necessidade da prevenção e orientando onde procurar tratamento adequado. Quadros clínicos identificados como doenças infecciosas, inflamatórias e casos de câncer da pele tiveram prioridade e encaminhamento para hospitais universitários da região", detalha o presidente da Regional da SBD-MT, Renato Roberto Liberato Rostey.

O vice-presidente da Regional da SBD em Mato Grosso, Igor Bottura, reforçou que é fundamental buscar o dermatologista para cuidar de cabelos e unhas. "Muitas vezes, as pessoas tratam problemas relacionados a cabelos e unhas sem um especialista e isso pode trazer efeitos colaterais prejudiciais à saúde", alerta. Para a dermatologista Noemy Sônia Ueno, que também participou da ação Bem-estar Global na tenda da SBD, "participar é uma forma de mostrar à população que o dermatologista também cuida de cabelos e unhas e que essa é uma especialidade médica que ajuda a identificar uma série de problemas de saúde, não só doenças dermatológicas como doenças clínicas, como câncer, anemia e casos de tireoide", explica.

Diagnóstico preciso que nem sempre todas as pessoas conseguem ter, conseguiram hoje com exclusividade. É o caso de Zilmeire Lourenço da Silva, de 48 anos, com suspeita de psoríase. "É difícil ter acesso a atendimento especializado e essa ação facilita o acesso à informação e à orientação médica. Fui atendida por um dermatologista e consegui encaminhamento para o Hospital Universitário Júlio Müller", conta.

A aposentada Paula Pereira (foto abaixo), 63 anos, ressaltou a importância da iniciativa para a cidade, que passa por dificuldade de atendimento da rede pública na região. "O médico dermatologista (Dr. Renato) me deu orientação sobre o que devo ou não fazer em relação às manchas de pele que tenho", revela, aproveitando a oportunidade para passar na Tenda da Acupuntura e da Alimentação Saudável para buscar orientações sobre prevenção da obesidade.

 

Os casos suspeitos foram encaminhados para o Hospital Universitário Júlio Müller, Hospital Geral de Cuiabá e Hospital Universitário de Várzea Grande. Também participou da ação a médica residente do Hospital Universitário Júlio Müller, Vivian Galindo.


26 de outubro de 2017 0

29 e 30/06/2018

Windsor Barra Hotel
Av. Lúcio Costa, 2630 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ

Em breve as inscrições online serão disponibilizadas

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