Brasil é o segundo país em número de casos de hanseníase no mundo




24 de janeiro de 2020 0

O Brasil ocupa o segundo lugar mundial em número de casos de hanseníase, perdendo apenas para a Índia. Pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que em 2017, enquanto o Brasil teve 26.875 casos, a Índia teve 126.164. Na última década, foram registrados cerca de 30 mil casos novos por ano no Brasil.

O pico da doença no território brasileiro foi observado em 2003, com 51.941 casos. Por isso, em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e consolidou a cor roxa para campanhas educativas sobre a doença no país.

A coordenadora da Campanha Nacional de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sandra Durães, disse hoje (23) à Agência Brasil que a hanseníase é uma doença que acomete as populações negligenciadas, com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do planeta. Embora o Brasil esteja entre as maiores potências econômicas, ainda apresenta grandes desigualdades e muitos bolsões de pobreza em áreas periféricas. “Isso também se demonstra pela incidência desigual no país”. O maior número de casos ocorre nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, enquanto o Sudeste e o Sul ocupam os quarto e quinto lugares, respectivamente.

Sandra Durães explicou que a hanseníase não afeta somente populações vulneráveis. Pessoas de níveis econômicos elevados também estão sujeitos a ter a doença. “Mas a maioria ocorre em populações de nível socioeconômico mais baixo”.

Características
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium leprae) que apresenta características peculiares, afirmou a médica. Uma delas é que todos os brasileiros, por morarem em um país endêmico, têm contato com ela ao longo da vida. “Ela tem alto poder de infectar mas, por outro lado, a maioria das pessoas é muito resistente à doença. Então, um pequeno percentual das pessoas é que pode realmente ficar doente com a hanseníase”.

Também dentro desse pequeno percentual, a apresentação clínica vai variar conforme a resistência que a pessoa tenha à doença. As pessoas mais resistentes mostram formas mais brandas. Segundo a especialista, o bacilo da hanseníase apresenta grande afinidade com dois órgãos: a pele e os nervos periféricos. O sistema nervoso periférico se refere às partes que estão fora do sistema nervoso central, isto é, fora do cérebro e da medula espinhal.

“A pessoa que tem mais resistência vai apresentar poucas lesões na pele, vai ter uma carga bacilar mais baixa, com pouco ou nenhum poder para contaminar outras pessoas e terá um tratamento mais rápido, em seis meses”. Já nas pessoas que têm menos resistência, a doença vai se apresentar de forma mais disseminada na pele, vai atingir os nervos periféricas, vai ter alta carga bacilar e maior capacidade de contaminar outras pessoas. Além disso, o tratamento é mais longo, por 12 meses.

Contaminação
A hanseníase é passada de uma pessoa que tenha uma forma transmissível da doença e não esteja em tratamento, para outra pessoa. “Essa doença é passada pela via respiratória. Respirando naquele mesmo ambiente, você tem mais risco de pegar. Geralmente em ambientes pouco ventilados e aglomerados, a pessoa tem mais risco de pegar”. Não tem a ver com higiene, esclareceu a médica.

Uma curiosidade que dificulta o controle da doença é que a incubação longa. Isso significa que a partir do momento em que a pessoa entra em contato com a bactéria, só vai ficar doente cerca de sete a oito anos após. A hanseníase se manifesta na pele pelo aparecimento de manchas brancas ou vermelhas e de lesões vermelhas altas denominadas placas ou infiltrações. Essas lesões se caracterizam por terem a perda da sensibilidade, porque a bactéria tem uma afinidade grande pelos nervos periféricos.

“A pessoa vai perder a sensibilidade das lesões. Além disso, pode apresentar sensação de nariz entupido, ardência nos olhos e ter dormência nas extremidades, ou seja, nas mãos e pés”, explicou.

Estigma
Sandra Durães explicou que havia muito estigma e preconceito contra a hanseníase no passado porque o tratamento não era tão eficaz. Na evolução da doença, o acometimento do nervo periférico faz com que a pessoa tenha alterações motoras e perca a noção de quente ou gelado, por exemplo. “Ela vai se lesionar no ambiente, vai ter infecção na pele que pode se transmitir ao osso e pode haver perda de tecidos, como ocorria no passado”. Atualmente, isso é muito raro, porque o tratamento é eficaz.

O diagnóstico precoce é muito importante e crucial para o controle da doença, explicou Sandra. Se a pessoa procurar logo atendimento médico r tomar o antibiótico ela fica bem. Mas se o paciente deixa a hanseníase evoluir, os antibióticos não têm o poder de reverter o dano neural. As manchas vão diminuir, o doente não vai contaminar mais pessoas, a doença vai ficar estacionada, mas o dano neural que houve até aquele momento não será mais revertido. Essa pessoa vai exigir orientação e acompanhamento de uma equipe de neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais para poder atuar no seu meio ambiente sem se lesionar para não ficar incapacitado.

“O ideal, disse a dermatologista, é que o diagnóstico seja feito em uma fase bem precoce em que ainda não haja o dano neural”. Com diagnóstico e tratamentos tardios, há risco de graves sequelas, como deformidades e incapacidades físicas irreversíveis.

Desconhecimento
As pessoas ainda têm grande desconhecimento da hanseníase, também conhecida como lepra. Daí o Ministério da Saúde promoveu a campanha Janeiro Roxo para chamar a atenção da população para o problema e informar que hoje o tratamento é supereficaz. Não há necessidade de a pessoa ficar reclusa, como ocorria com os antigos portadores de lepra, ou leprosos, que eram isolados compulsoriamente do restante da população.

Sandra Durães assegurou que a partir do momento em que a pessoa inicia o tratamento, tomando a primeira dose do antibiótico, ela praticamente deixa de ser contagiante. “As pessoas fazem o tratamento em casa, vão ao ambulatório uma vez por mês tomar medicamento e tomam outros remédios em casa”. O tratamento é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o território nacional.

Para o controle da doença é importante também que as pessoas que tiveram contato mais próximo com o paciente sejam examinadas para ver se apresentam alguma lesão que não foi ainda percebida. “Se têm lesão, vão ser tratados; se não têm (lesão), recebem uma dose da vacina BCG (vacina frequentemente administrada para prevenção da tuberculose, obtida pela preparação da bactéria Mycobacterium bovis em estado atenuado)”.

A vacina BCG provoca uma resposta de defesa do organismo. Sandra Durães informou, por outro lado, que essa vacina não impede que a pessoa tenha tuberculose ou hanseníase, mas dificilmente ela terá formas graves das duas doenças. Atualmente, a BCG é dada para todos os bebês na maternidade. Na década de 1990 a 2000, o governo brasileiro fez a segunda dose da BCG que não atua no caso da tuberculose, mas protege a saúde da pessoa, no caso da hanseníase.

A doença pode afetar pessoas de qualquer idade e sexo. Sandra destacou que a partir do momento em que ela toma a primeira dose do remédio, ela deixa de ser contagiante. “Não precisa separar talher, mudar de casa. Pode namorar, não tem problema nenhum”.

Descentralização
Embora o dermatologista seja o profissional que sempre esteve mais envolvido com a doença, em função dos problemas ocorridos na pele do paciente, nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde resolveram fazer uma descentralização da assistência da doença. Por isso, os dermatologistas da SBD trabalharam na última década para capacitar as equipes de saúde da família da atenção básica. Por isso, atualmente, 70% dos diagnósticos são feitos na atenção básica por clínico geral, por médico da família. Os casos com dificuldade maior de diagnóstico exigem exames laboratoriais complementares, como a biópsia da pele, por exemplo e, raramente, a biópsia do nervo, nos casos em que não aparecem manchas na pele. Pode ser necessário ainda fazer o exame de baciloscopia, que corresponde à coleta da serosidade cutânea, colhida em orelhas, cotovelos e da lesão de pele.

A campanha Janeiro Roxo se estenderá até o final do mês, com ações educativas e divulgação, pela mídia, dos sinais e sintomas da hanseníase que ainda são parcialmente desconhecidos por grande parte da população. O primeiro mês do ano é dedicado à conscientização, combate e prevenção da hanseníase.

Os doentes de hanseníase sempre foram objeto de preconceito. Na Idade Média, eram obrigados a carregar um sino para anunciar sua presença. Até pouco tempo atrás, o isolamento compulsório para separar os pacientes do restante da população era prática comum no Brasil. Parentes eram separados e ficavam anos sem se ver por conta dessa política pública.

Fonte: Agência Brasil – EBC


23 de janeiro de 2020 0

O associado que se inscrever no 13º Simpósio de Cosmiatria, Laser e Tecnologias da SBD e 6º Simpósio de Cosmiatria & Tecnologias da RESP até o dia *26 de fevereiro* pagará o valor da primeira tabela. Após essa data, as inscrições serão aceitas apenas no local do evento. A decisão foi tomada em conjunto com a SBD-RESP.

Lembrando que os valores para inscrição vêm sendo reduzidas progressivamente desde 2015. Este ano, houve nova redução em relação às taxas aplicadas ano passado.

Além de oferecer as melhores condições financeiras e administrativas aos associados, a iniciativa da gestão também visa estimular a atualização médica sobre cosmiatria, laser e outras tecnologias.

Aproveite essa oportunidade, acesse a programação e inscreva-se já: https://www.sbd.org.br/evento/13-simposio-de-cosmiatria-e-laser-6-simposio-de-cosmiatria-tecnologias//inscricao.aspx.

 

 


21 de janeiro de 2020 0

Todos os anos, cerca de 30 mil pessoas desenvolvem hanseníase no Brasil. A doença tem cura, mas o diagnóstico precoce é muito importante e o tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar deformidades e sequelas neurológicas no paciente.

O médico dermatologista Carlos Eduardo de Mathias explica as formas de transmissão e tratamentos disponíveis para a hanseníase no programa Balanço Geral, da TV Record filial São José do Rio Preto. Clique na imagem para assistir a íntegra da matéria.


21 de janeiro de 2020 0

O dermatologista Carlos Eduardo de Mathias, de São José do Rio Preto, fala sobre exposição de maneira consciente durante o verão, época mais quente do ano em todo país. É preciso estar atento a cuidados essenciais para evitar queimaduras e o câncer da pele. A matéria foi ao ar no programa Balanço Geral da TV Record (São José do Rio Preto).

 


17 de janeiro de 2020 0

A Conitec abriu a Consulta Pública n. 85/19 do Ministério da Saúde (MS) para a incorporação de novos medicamentos para o melanoma avançado não cirúrgico e metastático no Sistema Único de Saúde (SUS): a terapia-alvo (vemurafenibe, dabrafenibe, cobimetinibe, trametinibe) e a imunoterapia (ipilimumabe, nivolumabe, pembrolizumabe). O prazo para a contribuição de médicos e sociedade encerra no dia 21 de janeiro (terça-feira).

O melanoma é o tipo menos frequente entre todos os cânceres da pele, mas também o mais perigoso e com o maior índice de mortalidade. Anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são registrados mais de 1.700 óbitos em decorrência da doença no Brasil.  

Tratamento no SUS – Atualmente, os pacientes de melanoma metastático que utilizam o SUS têm acesso apenas à quimioterapia padrão. Com a incorporação dessas tecnologias pela Conitec, terapêuticas mais adequadas e eficazes estarão disponíveis. 

“É de grande relevância a participação dos médicos nesta decisão, a fim de que possamos disponibilizar melhores tratamentos na rede pública para o paciente com melanoma avançado, uma vez que hoje a sobrevida deste tumor no SUS é muito reduzida”, afirma a diretora da SBD, Flávia Bittencourt.

Siga o passo a passo para participar:

1.    Acesse o site http://conitec.gov.br/consultas-publicas.
 
2.    Clique em consulta número 85/19: "Terapia-alvo (vemurafenibe, dabrafenibe, cobimetinibe, trametinibe) e imunoterapia (ipilimumabe, nivolumabe, pembrolizumabe) para o tratamento de primeira linha do melanoma avançado não-cirúrgico e metastático".
 
3.    Analise o material disponível (Relatório Técnico e Relatório para a Sociedade) e envie suas contribuições por meio dos seguintes formulários: 

http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=53028 (médicos)

http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=53029 (sociedade)
 

Contribua, sua participação é muito importante.


15 de janeiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

Por Débora Ormond
Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD

Não há um mecanismo legal que determine os critérios para ser um bom profissional da medicina. Toda investigação médica deve começar com uma boa anamnese que deve ser feita com propriedade e profundidade, e sem pudor em perguntar. O médico deve ter o dom de fazer com que o paciente conte sua história; deve inspirar confiança de que a intimidade do paciente será mantida em segredo. Deve, enfim, estabelecer cumplicidade de forma que o paciente sinta no médico um amigo. Ao realizar um procedimento no corpo humano, o profissional da medicina deve ter consciência de que está realizando um ato médico num corpo dono de uma vida, em um ser que tem sonhos e muitas vezes distorção da percepção. O ato médico nunca deve ser considerado um aborrecimento, mesmo sabendo que atendemos algumas “pérolas” que torcemos para que esqueçam o endereço de nosso consultório.

A percepção do médico vai muito além das anotações em prontuários e registros fotográficos. Não se pode esquecer de que a medicina, de modo geral, é uma profissão de meios e não de fins. Não pode ser vista como um produto a ser comercializado nem assim considerada. A finalidade do médico é ajudar e, se possível, ajudar no sentido de melhor qualidade de vida, o que inclui a tentativa de melhorar a fisionomia do paciente.

Nas relações médico/paciente, a fim de evitar conflitos éticos e judicialização de sua conduta, deve o paciente receber as explicações sobre sua condição de doente ou expectativa de resultados de tratamentos estéticos. Isso exige tempo. Muito mais que os 15 minutos habitualmente destinados ao atendimento. Dialogar e inspirar confiança e segurança são atos médicos fundamentais.

Saber escutar muitas vezes pode ser mais importante do que falar. Tirar dúvidas e mostrar que as informações da internet são importantes, mas nada substitui o profissional preparado.

O médico deve ser o mais honesto possível quanto à expectativa de resultados e possíveis efeitos indesejáveis. Deve esclarecer o fato de que todo procedimento possui riscos, porém o profissional utilizará seus conhecimentos ao aplicar a técnica que considera mais adequada para o paciente e de forma a minimizar os riscos concernentes a cada tratamento/procedimento. Nunca esquecer de perguntar ao paciente se ele possui dúvidas e deixar que ele próprio opte pelo tratamento, estando ambos, médico e paciente, de acordo com o ato médico.

A atividade médica exige do profissional algumas habilidades inerentes à profissão: poder de explicação e convencimento de forma que o paciente ou seus familiares entendam a linguagem praticada. Não se pode utilizar uma terminologia técnica para explicar ao leigo e querer que tudo seja entendido. No momento do atendimento deve haver dedicação e manutenção do foco exclusivamente no paciente. A queixa principal deve ser valorizada, porém os aspectos sociais e comportamentais podem pesar muito na escolha do tratamento. Nem sempre a queixa motivadora inicial do paciente é seu problema principal. Deve-se atentar para o fato de que às vezes o que consideramos importante e relevante para um paciente pode estar em desacordo com o que ele pensa.

Para valorizar sua profissão, não basta o dinheiro. O dinheiro é consequência. As pessoas se sentirão gratas se forem bem atendidas. O pagamento será feito com satisfação.

* Texto baseado no livro O caos da medicina, de que Débora Ormond é coautora.

 


15 de janeiro de 2020 0

Como parte do Mês de Luta contra a Hanseníase (Janeiro Roxo), monumentos brasileiros estão sendo iluminados de roxo, cor alusiva à ação que ocorre durante todo o mês de janeiro. O objetivo é mobilizar e sensibilizar médicos e população sobre o tema. O Senado é um dos parceiros dessa iniciativa e recebe iluminação especial até o dia 31 de janeiro. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) coordena e reforça atividades de esclarecimento sobre a doença em todo o Brasil. 

Em matéria publicada no site do Senado, o diretor da SBD Egon Daxbacher ressalta a importância do diagnóstico precoce da doença para a prevenção de novos contágios e de possíveis sequelas. A doença é curável e com bom prognóstico. O tratamento é gratuito e realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o território brasileiro.

A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD e da campanha nacional, Sandra Durães, ressalta que de acordo com a gravidade, o tratamento pode durar de seis a doze meses. "Após o início da terapia, não é necessária qualquer medida higiênica ou de isolamento domiciliar, como separação de talheres. Com a primeira dose da medicação, o risco de contágio já cai drasticamente. É vital que os brasileiros estejam atentos aos seus sintomas e procurem assistência médica o mais rapidamente possível". 

Saiba mais: http://www.sbd.org.br/noticias/janeiro-roxo-cupula-do-senado-e-iluminada-como-alerta-contra-hanseniase/

Foto: Agência Senado – Moreira Mariz

 

 

 


15 de janeiro de 2020 0

A cúpula e o edifício do Anexo 1 do Senado Federal ficarão iluminados de roxo, até 31 de janeiro, por conta do mês de prevenção à hanseníase, doença bacteriana popularmente conhecida como lepra. A campanha foi oficializada pelo Ministério da Saúde em 2016 e é endossada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que coordena ações relacionadas ao período em todas as unidades da Federação.

Diretor da SBD, o médico Egon Daxbacher aponta que, por ser tratada como "doença bíblica", ainda existe preconceito quanto aos infectados. Os cuidados prestados por dermatologistas, contudo, podem impedir que uma pessoa acometida transmita a bactéria a outras.

— Gostaríamos que a conscientização acontecesse o ano todo, mas o Janeiro Roxo já é uma maneira de chamar atenção. Quanto mais rápido as pessoas identificarem a hanseníase, maior a chance de prevenir novos contágios e, principalmente, de evitar sequelas.

Entre os efeitos mais comuns da doença, mencionados pelo dermatologista, estão deformidades nas mãos e nos pés e até perda de visão. Por isso, sinais como manchas e caroços pelo corpo e dormência em membros devem ligar o alerta e fazer qualquer um ir ao médico. Muitas vezes, a pessoa também pode perder sensibilidade em partes do corpo ao calor, ao frio e, em estágios mais avançados, ao toque.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil registra uma média de 25 mil casos da doença por ano, tendo ultrapassado 30 mil em 2011. Esses números colocam o país como o segundo país com maior incidência da doença, atrás apenas da Índia.

Fonte: Agência Senado

Foto: Roque de Sá – Agência Senado 


15 de janeiro de 2020 0

Janeiro é o mês dedicado a conscientização, combate e prevenção da hanseníase. Popularmente referida como enfermidade bíblica e a mais antiga da humanidade, a doença tem cura, mas ainda hoje representa um problema de saúde pública no Brasil.

Doença tropical negligenciada, infectocontagiosa de evolução crônica, se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. É transmitida por um bacilo por meio do contato respiratório próximo e prolongado entre as pessoas. Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos minuciosos e, principalmente, da capacitação do médico. No entanto, fica o alerta: quando descoberta e tratada tardiamente, a hanseníase pode trazer deformidades e incapacidades físicas.

No Brasil, o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. 

Para esclarecer as dúvidas sobre o assunto, a dermatologista e coordenadora da Campanha Nacional de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sandra Durães, destaca o que é mito e o que é verdade sobre a doença.


 

Ao suspeitar dos sintomas, procure uma unidade de saúde da família mais próxima ou um médico dermatologista nas unidades de saúde do SUS. Também é possível fazer essa busca aqui no site da SBD.

Leia mais: 

Janeiro Roxo: Senado Federal é iluminado de roxo pelo Mês de Luta contra a Hanseníase

Janeiro Roxo: cúpula do Senado é iluminada como alerta contra hanseníase

 

 


13 de janeiro de 2020 0

As férias e o verão geralmente são épocas em que o uso do filtro solar é intensificado. Porém, estudos mostram que pelo menos 70% da radiação solar que recebemos durante a vida é adquirida no dia a dia, e somente 30% da radiação é obtida durante momentos de lazer. Por isso é recomendado o uso diário de roupas e acessórios com proteção UV, barracas e protetores solares, mesmo em dias nublados ou durante o trabalho, como explica o diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dr. Egon Daxbacher.

O órgão recomenda produtos com fator de proteção a partir de trinta para se proteger do sol. O protetor deve ser aplicado meia hora antes da exposição solar e reaplicado pelo menos a cada duas horas. Além de passar diariamente o filtro solar, a servidora pública Ana Maria Bastos, de 56 anos, sempre recomenda o mesmo à família. Para ela, o protetor é tão importante que deveria fazer parte da cesta básica do brasileiro.

Além disso, é preciso evitar a exposição solar entre nove da manhã e três da tarde. As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV. Outro item indispensável são os óculos de sol, que previnem catarata e outras lesões nos olhos.

É importante também proteger as cicatrizes, especialmente as novas, que podem ficar escuras se expostas ao sol. Já as antigas também devem ser protegidas, pois há risco de desenvolvimento de tumores. Além de filtro solar, a proteção pode ser feita com uso de barreiras físicas como adesivos e esparadrapos.

Em crianças, o filtro solar pode ser usado diariamente com orientação médica a partir dos seis meses de idade.

Fonte: EBC





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