Tratamento da hanseníase: dermatologistas têm até 17 de março para participar de consulta pública que exclui rifampicina para quimioprofilaxia do rol de medicamentos do SUS, como defende a SBD




14 de março de 2020 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) convida seus associados a participarem da Consulta Pública nº 07/2020, promovida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), sobre a exclusão da rifampicina para quimioprofilaxia de contatos de pacientes com hanseníase. O parecer da Conitec é favorável a essa retirada no âmbito do SUS, o que coincide com o entendimento da entidade de representação de dermatologistas. 

Para participar da consulta pública acesse aqui.

As manifestações na Consulta Pública podem ser feitas em formulários específicos, disponibilizados na internet. O envio das contribuições pode ser feito até 17 de março de 2020. A SBD analisou o tema, por meio de seu Departamento de Hanseníase, e produziu documento onde indica a existência de estudos que apontam que a droga não evita o desenvolvimento da doença em comunicantes com pacientes com alta carga bacilar. Além desse fato, a SBD chama a atenção para trabalhos que apontam que o uso dessa droga está relacionado a casos de resistência medicamentosa.

Histórico – A rifampicina para quimioprofilaxia de contatos de pacientes com hanseníase foi introduzida no escopo do Projeto PEP-Hans, desenvolvido com base nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2018, que recomendam a profilaxia, com dose única de rifampicina, para adultos e crianças acima de 2 anos.

Por meio do Projeto PEP-Hans, a rifampicina dose única foi incorporada no SUS, entre 2016 a 2018, em alguns municípios dos estados do Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins. Com a conclusão do estudo, a Conitec, após analisar os resultados apresentados, decidiu pedir a retirada da rifampicina 300mg e da rifampicina 20mg/ml (utilizadas para quimioprofilaxia de pessoas que tiveram contato com pacientes de hanseníase) do rol de medicamentos disponíveis no SUS. 

Relatório da Conitec aponta que estudos da OMS demonstram que o efeito protetor da rifampicina em dose única ocorreu somente nos dois primeiros anos, sem efeitos adicionais após quatro ou seis anos. Para ampliação de uso da rifampicina para a quimioprofilaxia de contatos de doentes de hanseníase no SUS, há a necessidade de condução de outros estudos sobre o assunto. 

Em seu relatório sobre o tema, a Conitec explica que a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, já está encaminhando duas propostas para sua avaliação:  um estudo de quimioprofilaxia pós-exposição para contatos e um estudo de avaliação e monitoramento de quem teve contato com doentes de hanseníase e que foram submetidos ao projeto PEP-Hans. 
 

Esclarecimento aos dermatologistas: posição da Sociedade Brasileira de Dermatologia sobre o uso da rifampicina como quimioprofilaxia em hanseníase
 

O uso profilático de antibióticos como ferramenta na prevenção da hanseníase vem sendo testado há vários anos, em estudos realizados em diferentes países endêmicos. Os resultados dessas pesquisas foram variáveis, dependendo do desenho do estudo e do tempo de observação (1).

Em 2008, um grande ensaio clínico controlado e randomizado foi realizado em área endêmica para hanseníase, em Bangladesh, com o objetivo de comparar a proteção da quimioprofilaxia com dose única de rifampicina com o uso de placebo. O estudo incluiu mais de 20.000 comunicantes de portadores de doença com diagnóstico recente, que foram acompanhados durante quatro anos (2). 

Os resultados mostraram que a rifampicina administrada em dose única não evitou que os comunicantes de pacientes com alta carga bacilar (multibacilares) desenvolvessem a doença, pois não houve diferenças significativas entre as chances de adoecer do grupo tratado em relação àqueles comunicantes que receberam placebo (OR=0,52; IC95%=0,22-1,19, p=0,12). 

Do mesmo modo, quando os autores compararam as chances de adoecimento de indivíduos que receberam a rifampicina e moravam na mesma residência de portadores de hanseníase (comunicantes intradomiciliares) com as daqueles que não receberam o antibiótico não observaram diferenças (OR=0,46; IC95%0,15-1,38, p= 0,16). Finalmente, o uso da rifampicina não evitou o adoecimento dos comunicantes geneticamente relacionados aos portares da doença (OR=0.76; IC95%=0.35-1.65, p=0.48)

Embora o uso profilático do antibiótico tenha diminuído as chances de adoecimento de indivíduos que moravam em casas mais distantes dos portadores de hanseníase (vizinhos dos vizinhos), quando comparado ao uso do placebo (OR 0,24; IC95%=0,11-0,52, p<0,05) e também daqueles que tinham contato com portadores da doença com hanseníase paucibacilar (OR=0,38; IC95%=0,16-0,87, p=0,02), essa proteção durou apenas 2 anos. Após esse período de observação, os comunicantes que receberam o antibiótico apresentaram a mesma chance de desenvolver a doença daqueles que não receberam a quimioprofilaxia.

Tendo em vista que a população com maior risco de apresentar hanseníase corresponde exatamente aos indivíduos que convivem com portadores das formas multibacilares da doença (3), especialmente os indivíduos consanguíneos e que têm convívio mais próximo com os doentes (4), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) se posiciona contra o uso da rifampicina em dose única com a finalidade de evitar a hanseníase, tendo em vista a ineficácia cientificamente comprovada dessa estratégia para proteger a população mais exposta ao risco de adoecimento.

Além desses fatos acima, ressalte-se ainda constatações de recente publicação sobre resistência multimedicamentosa em hanseníase no âmbito de um estudo em base populacional, em comunidade residente de 3000 pessoas, onde foram estudados 758 pacientes (5). 

Esse artigo demostra que, a partir de biópsias de 37 casos de hanseníase, houve 18 recidivas e 19 novos casos; e 16 (43.24%) variantes de resistência a medicamentos da seguinte forma: (i) 32,4% (12/37) ou 75% (12/16) com resistência multidroga à rifampicina + dapsona observada em 8 recidivas e 4 novos casos; (ii) resistência única à rifampicina detectada em 1 novo caso; e (iii) resistência única à dapsona presente em 2 recidivas e 1 novo caso.

Também se observou resistência molecular combinada e dados VNTR com evidências de transmissão primária intrafamiliar de M. leprae resistente. Os autores concordaram que "uma abordagem sistemática abrangente e de base populacional para investigar a resistência de M. leprae em uma população específica revelou um cenário alarmante do surgimento e transmissão de cepas resistentes". Isso exige ação imediata das autoridades de controle da hanseníase no Brasil e uma melhor vigilância em outras regiões do mundo.

Já houve relatos de taxas de resistência a M. leprae variando de (i) 2,05% (de 243 isolados na Colômbia) a 16% (de 24 isolados na Guiné-Conakry); (ii) um estudo indiano de 239 recidivas e 11 novos casos constatou que 21,6% dos casos são de DR e 6,8% de MDR; (iii) estudo recente de 1932 cepas de M. leprae, obtidas entre 2009 e 2015 em centros sentinelas de 19 países, determinou que 8,0% (154) dos isolados apresentaram algum grau de resistência, onde as resistências e primária e secundária ao CBO. 

Não menos importante é registrar o grande risco da identificação do nome do paciente que infringindo Código de Ética Médica e de pesquisa que é a confidencialidade do sujeito da pesquisa. Esta publicação, adicionalmente confirma o princípio básico da Infectologia, ou seja: "quanto mais um antibiótico é usado em larga escala, maior é a possibilidade de gerar resistência a medicamentos".

Desta forma, a rifampicina, o único medicamento bactericida em MDT, deve ser o mais poupado possível, considerando-se seu uso desnecessário, não utilizando SDR e não estendendo o tratamento MDT para além do necessário.

Em termos oficiais, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), pautou esse tema em Reunião de seu Comitê Técnico Assessor em Hanseníase que, após discutir as evidências de posicionou desfavorável por todos os motivos acima mencionados (ata anexa). Com todos esses argumentos científicos acima a Sociedade Brasileira de Dermatologia se posiciona desfavorável ao uso da rifampicina na quimioprofilaxia em hanseníase.
 
Rio de Janeiro (RJ), 14 de março de 2020

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD)


Referências:

1. Cunha SS. Review of chemoprophylaxis in leprosy contacts. Rev Panam Salud Publica. 2014 Sep;36(3):208.
2. Moet FJ, Pahan D, Oskam L, Richardus JH. Effectiveness of single dose rifampicin in preventing leprosy in close contacts of patients with newly diagnosed leprosy: cluster randomised controlled trial. Bmj. 2008;336(7647):761–4
3. Sales AM, Ponce de Leon A, Düppre NC, Hacker MA, Nery JAC, Sarno EN, et al. (2011) Leprosy among Patient Contacts: A Multilevel Study of Risk Factors. PLoS Negl Trop Dis 5(3): e1013. [00:28, 10/03/2020] Sandra Durães
4. Single-dose rifampicin and BCG to prevent leprosy. Lockwood, DN, De Barros, Walker SL. Int J inf Diseases 2020
5. Emergence and Transmission of Drug-/Multidrug-resistant Mycobacterium leprae in a Former Leprosy Colony in the Brazilian Amazon – Clinical Infectious Diseases – published online July 1, 2019).

 


13 de março de 2020 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou nesta sexta-feira (13/3) uma nota aos especialistas e à população na qual chama a atenção de todos para a importância de agir com calma e tranquilidade no enfrentamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (denominado SARS-CoV-2). Para a entidade, deve ser evitado o pânico. 

Confira a íntegra da nota da SBD

“Todas as orientações das autoridades sanitárias federais, responsáveis pela definição de estratégias de prevenção e de tratamento de casos suspeitos e confirmados da Covid-19, devem ser seguidas por gestores locais, médicos e outros profissionais da saúde, e população”, afirma o documento. 

No texto, a SBD faz recomendações à população, estimulando-a a adotar as regras de “etiqueta respiratória”, e aos dermatologistas.  O texto destaca, por exemplo, que “nos consultórios dermatológicos, sem prejuízo de seu trabalho, os especialistas devem estar atentos aos sinais e sintomas apresentados por seus pacientes, sendo que em caso de suspeita de contaminação a pessoa deve ser orientada a procurar o serviço adequado”.

Pandemia de Covid-19 – Recomendações da SBD

Com a confirmação da pandemia da Covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus (denominado SARS-CoV-2) – pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça as seguintes recomendações: 

1) Antes de tudo, é preciso manter a calma e a tranquilidade, evitando-se o pânico; 

2) Todas as orientações das autoridades sanitárias federais, responsáveis pela definição de estratégias de prevenção e de tratamento de casos suspeitos e confirmados da Covid-19, devem ser seguidas por gestores locais, médicos e outros profissionais da saúde, e população; 

3) Na rotina diária, a população, em geral, deve incorporar medidas de autocuidado e prevenção, como adoção de regras de “etiqueta respiratória” (cobrir o rosto ao tossir, entre outros) e de higiene das mãos (com água e sabão ou álcool em gel a 70%);

4) Nos consultórios dermatológicos, sem prejuízo de seu trabalho, os especialistas devem estar atentos aos sinais e sintomas apresentados por seus pacientes, sendo que em caso de suspeita de contaminação a pessoa deve ser orientada a procurar o serviço adequado; 

5) Os dermatologistas devem usar máscara cirúrgica, avental e luvas descartáveis e protetor facial ou óculos no momento de realizar procedimentos que possam expô-los a gotículas emitidas por pacientes; 

6) Sempre que solicitado, o dermatologista deve ajudar a informar a população sobre o problema, respondendo dúvidas e repassando dados de fontes confiáveis, disponíveis em sites do Ministério da Saúde, de Secretarias de Saúde, de entidades de classe e de veículos da imprensa reconhecidos pela sua credibilidade.

Na avaliação da SBD, a conjunção de esforços será fundamental para que o Brasil supere mais essa situação de emergência, demonstrando que o país possui um povo consciente e solidário, um governo atento às demandas surgidas e uma comunidade médica e de profissionais da saúde comprometidos com a vida. 

 

Rio de Janeiro (RJ), 13 de março de 2020. 

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD)


12 de março de 2020 0

Na terça-feira (3/3), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou a 17ª reunião técnica de atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde – que define a cobertura mínima obrigatória que todos os planos de saúde devem cumprir –, para discussão da inclusão de terapia imunobiológica para o tratamento da psoríase nesse rol, demanda da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e três indústrias farmacêuticas. Os médicos dermatologistas Paulo Oldani e Cláudia Maia representaram a SBD na defesa do dossiê elaborado recentemente pela sociedade médica e que pleiteia a inclusão da terapia imunobiológica subcutânea e endovenosa para o tratamento da doença. 

Tais medicamentos já foram incluídos por várias agências de avaliação de tecnologia em saúde, como o National Institute for Health and Care Excellence (NICE), há mais de uma década. No Brasil, apenas no final de 2019 o Sistema Único de Saúde (SUS) recomendou a incorporação dos biológicos para casos intolerantes ou não responsivos às medicações tradicionais, nas formas moderadas a grave da doença, estando disponíveis hoje no sistema público de saúde. (Leia mais: Conquista da SBD: dermatologistas comemoram publicação pelo Governo de parâmetros mínimos para o atendimento de pacientes com psoríase). 

Além dos especialistas da SBD, estiveram presentes os dermatologistas Wagner Galvão, Juliana Nakano e Elizabeth Lima Marques de Aguiar (representando a Associação Médica Brasileira – AMB, o Hospital Oswaldo Cruz e a Psoríase Brasil), representantes da indústria farmacêutica, das associações de portadores de psoríase e de planos de saúde de todo o Brasil.

Em sua participação, o dermatologista Paulo Oldani (foto acima) apresentou as evidências científicas contidas no dossiê submetido à ANS e a importância da disponibilização desse tratamento aos pacientes com psoríase. Em seguida, a representante da Sense, Camila Pepe, abordou os estudos farmacoeconômicos e de impacto orçamentário da implementação dos bioló. Após à apresentação da Fenasaúde, houve discussão dos pontos questionados por todos os envolvidos.

Análise das propostas
A reunião técnica da ANS não teve caráter deliberativo e os materiais apresentados serão avaliados pelos especialistas e submetidos à consulta pública. Somente após essa etapa, haverá a definição e publicação da atualização do rol. A previsão é de que isso ocorra até o final de 2020, para entrar em vigor em janeiro de 2021.

Para a médica dermatologista Cláudia Maia, a reunião foi positiva, apesar de ainda não se ter o resultado final. “Estamos animados. Apesar de sabermos do importante impacto orçamentário decorrente da incorporação dos biológicos, percebemos que houve o reconhecimento da eficácia e da segurança dos medicamentos propostos e da necessidade de nova linha de tratamento em casos de falha à terapia clássica. O posicionamento dos representantes dos planos de saúde foi bem diferente da que ocorreu há 3 anos, quando ainda se discutia a segurança a longo prazo dos medicamentos”. 
 
Para o médico dermatologista Paulo Oldani, a inclusão dos biológicos para psoríase na saúde suplementar completaria necessidades não atendidas, contemplando pacientes que não conseguem ser tratados adequadamente, além de colocar o sistema suplementar de saúde brasileiro em consonância com o restante do mundo. 

Participaram ainda da reunião a presidente da Associação dos Amigos e Portadores de Psoríase do Rio de Janeiro (Psorierj), Shirley Fátima Delgado; e a coordenadora de responsabilidade social no Biored Brasil e da associação de portadores de artrite reumatoide, Priscila Torres. 

A reunião teve transmissão ao vivo pelo YouTube e a íntegra pode ser assistida por meio do seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=AV_kxwtYmL4&feature=share.


11 de março de 2020 0

As contribuições da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ao aperfeicoamento das regras de telemedicina no País foram encaminhadas, na semana passada, ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que iniciou o processo de atualização da Resolução que trata do assunto. Um processo de consulta pública acaba de ser encerrado, com a participação de médicos e de entidades de representação da categoria. 

Na avaliação do presidente da SBD, Sérgio Palma, a modernização das regras da telemedicina, em função de avanços da tecnologia, de novos formatos de comunicação à distância e de mudanças nas relações sociais, configura necessidade premente para a medicina contemporânea. “Em jogo, há inúmeros benefícios para os pacientes e os profissionais. Porém, é um tema polêmico e complexo que deve ser avaliado à luz de normas éticas e legais”, disse. 

Dentre as considerações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, constam os seguintes pontos, dentre outros: os artigos referentes ao telediagnóstico, teleconsultoria, teletriagem e telemonitoramento são adequados por constituírem uma prática corrente no âmbito das redes pública e particular; os itens consulta médica e telecirurgia ainda não devem ser recomendados; se for mantida a consulta médica à distância, em casos de regiões distantes, solicita-se maior detalhamento na norma sobre as áreas que poderão ser classificadas como de difícil provimento e do papel a ser exercido por profissionais de outras categorias da saúde atuando como assistentes ou auxiliares. 

Especialistas – O documento enviado pela SBD foi elaborado com base em discussões realizadas envolvendo diretores da Gestão 2019-2020 e especialistas que estudam essa proposta de atendimento mediado por plataformas online. Dentre eles, cabe destacar a participação da professora Maria Leide Wand del Rey de Oliveira, coordenadora do Departamento de Telemedicina da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que atuou firmemente na busca de percepções dentre os associados e na organização das informações. 

Na mensagem encaminhada ao CFM, reitera-se a preocupação dos dermatologistas com mudanças nas regras para a oferta de serviços médicos à distância (telemedicina) sem uma ampla discussão com os profissionais e seus grupos de representação. Essa postura foi o motivo de fortes críticas à Resolução CFM nº 2227/2018, publicada em fevereiro de 2019 e revogada a seguir, em decorrências das reações. 

Nesse sentido, “percebe-se como acertada a decisão do CFM de retomar esse debate, reabrindo a possibilidade para que entidades de representação da classe possam oferecer seus comentários e contribuições à atualização dessa norma”, citou a SBD. Ao abordar o tema, a Sociedade expressa ao Conselho Federal a percepção dos especialistas de que os termos da Resolução nº 1.643/2002, os quais foram substituídos pela de nº 2.227/2019, eram muitos sucintos e desatualizados. 

Data limite – A partir de março, uma Comissão do CFM, formada especialmente para discutir o tema, fará a análise das sugestões enviadas por medicos e entidades e preparará um relatório com uma minuta de proposta de aperfeiçoamento das normas, a qual será avaliada pelo Plenário.  O grupo encarregado pela condução dos trabalhos ainda não formalizou uma data limite para a avaliação e aprovação das propostas. 

A autarquia tem reiterado em diferentes oportunidades que sua maior preocupação é, ao final do processo, proporcionar ao País uma regra clara, objetiva e responsável, que garanta a qualidade e a segurança na realização dos atendimentos tanto para os pacientes, quanto para os médicos.


11 de março de 2020 0

A Diretoria da Academia Americana de Dermatologia (AAD) emitiu comunicado oficial para informar o cancelamento do Congresso deste ano, o maior do mundo da especialidade, que ocorreria de 20 a 24 de março em Denver, Colorado. A decisão foi tomada em função do surto do Covid-19 (infecção por coronavírus), ocorrida em diferentes países do mundo. Inclusive, a Organização Mundial de Saúde (OMS/WHO) reconheceu hoje (11/3), a situação do Covid-19 como uma pandemia.

De acordo com a nota assinada pelo presidente da AAD, George Hruza, e divulgada no site da Academia, é preciso “respeitar a necessidade de nossos médicos estarem disponíveis e saudáveis para seus pacientes, comunidades e países”. Os canais de comunicação da AAD divulgarão comunicados futuros aos participantes que se inscreveram, bem como aos expositores e patrocinadores do encontro.

Como ocorre todos os anos, a SBD estaria presente em estande em conjunto com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Também seria representada por médicos dermatologistas, que ministrariam palestras.

 


11 de março de 2020 0

A valorização da competência dos dermatologistas diante das tentativas constantes de invasão de competências promovidas por profissionais de outras áreas também foi destaque no 13° Simpósio de Cosmiatria Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), realizado junto com o 6° Simpósio de Cosmiatria & Tecnologias da Regional São Paulo. Durante os dois dias de atividades – 6 e 7 de março, em São Paulo (SP) – os participantes foram confrontados com a importância do aprendizado constante para oferecer um melhor atendimento.

“O profissionalismo é o nosso grande diferencial. O dermatologista não é um mero injetor de produtos e nem deve usar a tecnologia sem responsabilidade”, destacou a coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD, Alessandra Ribeiro Romiti. Segundo ela, ao contrário de outros, que têm atuado indevidamente nesta área, o dermatologista somente age após fazer um diagnóstico cuidadoso do paciente, entendendo suas necessidades a partir de seu histórico e processo de envelhecimento. Só depois de traçar esse cenário, o especialista fará uma proposta de abordagem.

Procedimentos – O mesmo cuidado deve existir no momento de lançar mão de lasers e outras novas tecnologias. Essa é a opinião da coordenadora do Departamento de Laser da SBD, Taciana Dal Forno Dini que destacou: “é fundamental que procedimentos dessa natureza sejam realizados por dermatologistas”. Na sua avaliação, “uma pessoa não habilitada desconhece contraindicações importantes no momento de atender aqueles que os buscam e apresentam peles com determinadas características: bronzeadas, com manchas, infecções ou sinais de câncer de pele nas áreas a serem tratadas”.

“Muitas aplicações atingem camadas profundas da pele e do tecido subcutâneo, podendo causar complicações graves, como infecções e intoxicação anestésica, quando realizados de forma inadequada. Elas podem ainda provocar queimaduras, manchas e cicatrizes. Em quadros extremos, há até o risco de morte”, citou, lembrando o caso de quatro mulheres, do município de Três de Maio (RS), hospitalizadas após fazerem sessão de laser com uma farmacêutica. O fato ocorreu em março de 2019.

Capacitação – Para oferecer maior segurança aos seus pacientes e evitar transtornos no exercício da dermatologia, as duas especialistas apontam como caminho a busca pela atualização constante de práticas e de conhecimentos. “A capacitação é o remédio certo para os dermatologistas se destacarem na sua área de atuação. O médico capacitado diminui os riscos de complicações em procedimentos porque está sempre estudando e aprimorando sua técnica. Ele fará tudo para que o resultado final seja satisfatório”, pontuou Alessandra Romiti.

Taciana Dal Forno considera que riscos, geralmente, são maiores quando os atendimentos são conduzidos por pessoas despreparadas, sem expertise.  “Elas não conseguem avaliar doenças e problemas que a pessoa que está diante delas tem. Pior: não sabem mesmo se o injetável é adequado àquele procedimento e se pode causar efeitos colaterais ou tem alguma contraindicação”, lembrou.

Demonstração – Justamente para reforçar a capacitação de seus associados que a SBD promoveu neste Simpósio um fato inédito no Brasil: a demonstração da aplicação de injetáveis em pacientes e, ao mesmo tempo e ao vivo, em peça anatômica. “Essa prática visual trouxe respaldo em termos de segurança e eficácia. Ao ver a estrutura anatômica e conhecendo melhor as áreas de risco, se consegue fazer o tratamento de forma eficaz e com chances menores de complicação”, analisou a coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD.

Para o presidente da SBD, Sergio Palma, o aprendizado fortalece, valoriza e aperfeiçoa cada vez mais a prática em dermatologia. “Estamos em um patamar elevado. Por isso, é preciso ter muito cuidado com nossas práticas e exercê-las com responsabilidade”, recomendou.

 


9 de março de 2020 0


Taciana D'al Forno Dini (coordenadora do Departamento de Laser da SBD e presidente da SBD-RS); Alessandra Ribeiro Romiti (coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD); Débora Ormond (Departamento de Defesa Profissional da SBD); Sérgio Palma (presidente da SBD);  Emmanuel Fortes (3° vice-presidente do CFM e coordenador da Codame); e Eliandre Costa Palermo (presidente da SBD-Resp)

O trabalho desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em defesa da Lei do Ato Médico e a atualização das regras da publicidade médica foram os destaques do último dia do 13° Simpósio de Cosmiatria Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ocorrido em conjunto com o 6° Simpósio de Cosmiatria e Tecnologias da SBD Regional São Paulo. No sábado (7/3), os participantes tiveram a oportunidade de se aprofundar nestes temas em mesa coordenada pelo presidente da SBD, Sérgio Palma.

Logo na abertura da sessão, o presidente agradeceu a presença maciça e a participação ativa dos quase 1.300 inscritos no evento. Na sequência, convidou todos a se engajar ativamente no trabalho pela defesa da medicina e da especialidade ante às tentativas de invasão de competências que têm sido promovidas por outras categorias profissionais. 

“Essas são ações ilegais, contra as quais a SBD tem se manifestado em diferentes espaços. Continuaremos a lutar pelo respeito à nossa especialidade no Judiciário e no Congresso Nacional, buscando sensibilizar os parlamentares na discussão de projetos que são de nosso interesse. Esse é um compromisso da gestão da Sociedade Brasileira de Dermatologia que será mantido”, disse. 

Responsabilidade – Juntamente com os outros diretores da SBD presentes ao encontro – Mauro Ekinohara (vice-presidente) e Claudia Alcântara (secretária-geral), ele lembrou das responsabilidades dos dermatologistas no exercício de suas atividades. Na opinião dos dirigentes, essa atuação deve ser marcada pela competência, qualidade, respeito ao paciente e observando o padrão ético que caracteriza a medicina. 

Inclusive, Sergio Palma destacou a importância do preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos médicos e pacientes como forma de melhorar o relacionamento nos consultórios e prevenir possíveis problemas, sobretudo nos casos de pessoas que procuram ajuda após terem passado por procedimentos invasivos e estéticos com não médicos. “No atendimento de pacientes que chegam com complicações decorrentes de procedimentos feitos por não médicos, sugiro que, logo no início, seja assinado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e que todas as etapas sejam claramente registradas no prontuario. São medidas para a proteção dos especialistas  para evitar transtornos”, frisou. 

Na mesma mesa, o convidado especial da SBD – Emmanuel Fortes, 3° vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e coordenador da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) da autarquia – lembrou da importância da medicina para o país. “A nossa caneta movimenta 10% do PIB nacional, o que corresponde a cerca de R$ 603 bilhões. Queremos respeito para a Medicina, mas temos que trabalhar baseados na Lei, não na emoção”, destacou o conselheiro, que será responsável pelo processo de atualização da Resolução CFM nº 1.974/2011, que estabelece os critérios de publicidade médica no País. 

Publicidade – Diante de uma plateia lotada, Fortes falou sobre o fluxo para conduzir a revisão das regras de publicidade médica e ouviu dos presentes as principais dúvidas e reivindicações por parte dos dermatologistas. Segundo o representante do CFM, os médicos brasileiros podem encaminhar suas sugestões de aperfeiçoamento da norma por meio de plataforma de consulta pública disponível no site do Conselho Federal de Medicina (CFM). 

As propostas poderão ser encaminhadas até o próximo dia 20 de março. Na semana passada, ocorreu em João Pessoa (PB) a primeira reunião da Codame. Os 17 membros do grupo, dentre eles o presidente da SBD, foram apresentados à sistemática de trabalho a ser desenvolvida nos próximos meses, que fará a análise das sugestões dos médicos e também das entidades de classe, que se manifestarão por e-mail. 

“O debate realizado no Simpósio de Cosmiatria foi de altíssimo nível. Tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre a percepção dos dermatologistas acerca desse tema. Com certeza, as contribuições recebidas serão muito úteis”, disse Sergio Palma. Já o vice-presidente do CFM foi taxativo: “Um evento excelente do qual tive muito prazer em participar. Iniciativas desse tipo são importantes para nosso trabalho”.


7 de março de 2020 0

Médicos especialistas de quase todos os estados confirmaram presença no 13º Simpósio de Cosmiatria, Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), realizado em conjunto com o 6º Simpósio de Cosmiatria & Tecnologias da Resp No total, foram mais de 1,2 mil inscritos no evento, que entra para a história da SBD pela alta adesão e pelas inovações em sua programação.

“Ficamos muito contentes com os resultados alcançados. Isso prova que a SBD está no caminho certo, falando a língua de seus associados e conseguindo realizar as ações para atender suas expectativas”, disse o presidente da entidade, Sergio Palma, que agradeceu o empenho da equipe organizadora, que teve a participação de Eliandre Costa Palermo (presidente da SBD-SP), Alessandra Ribeiro Romiti (coordenadora do Departamento de Cosmiatria) e Taciana D'al Forno Dini (coordenadora do Departamento de Laser da SBD e presidente da SBD-RS).

Horizontes – Já tradicional no calendário de eventos da SBD, o Simpósio de Cosmiatria, Laser e Tecnologias chega em sua 13ª edição com a intenção de crescer ainda mais e ampliar seus horizontes. Nesse ano, inovou agregando tecnologia na demonstração de procedimentos e um espaço para debates sobre questões relacionadas à ética no uso da publicidade e da propaganda médicas. 

“Nos próximos, certamente teremos outras novidades. A intenção é oferecer aos associados da SBD, eventos com uma programação recheada de conteúdos importantes e ao mesmo tempo capaz de promover a confraternização e a troca de experiências”, afirmou Claudia Alcântara, secretária-geral da SBD, que acompanhou as atividades. Ao lado dela, o vice-presidente da entidade, Mauro Ekinohara, também ressaltou a importância desse encontro. “Atividades desse porte, com esse nível de organização, ajudam a capacitar os dermatologistas para o desafio da assistência. Temos uma responsabilidade muito grande: cuidar da saúde das pessoas, oferecendo a elas a segurança e a confiança de que estão em boas mãos”, acrescentou Ekinohara, também contente com os resultados apresentados.  

Conhecimentos – Somente no primeiro dia (sexta-feira, 6) do Simpósio, foram mais de 10 horas de atividades, com cerca de 30 palestrantes, que compartilharam seus conhecimentos, ensinaram e ainda interagiram com as diferentes plateias interessadas em assimilar os conteúdos oferecidos sobre métodos e procedimentos dos mais modernos e atuais.

No segundo e último dia (sábado), serão outros 30 especialistas a fazerem o mesmo, abordando temas como Lasers e tecnologias para otimizar resultados, critérios para a publicidade médica e tratamentos corporais aliando tecnologias aos bioestimuladores. Também falarão sobre procedimentos de baixo custo, rejuvenescimento íntimo, peculiaridades na abordagem dos millenials e o atendimento de pacientes transgêneros.

“Trata-se de um grupo qualificado, unido pelo mesmo objetivo: ser cada vez melhor no que faz e honrar a dermatologia. Há desafios para nossa especialidade. Sabemos que existem problemas a serem superados, sobretudo no que refere à luta contra a tentativa de invasão de competências por outras categorias. Contudo, ao participar de um evento como esse, o ânimo se renova”, finalizou Sérgio Palma.
 


7 de março de 2020 0

 

O uso da tecnologia de última geração, como no painel de procedimentos ao vivo de preenchimento (PPV), durante o 13° Simpósio de Cosmiatria Laser e Tecnologias, que acontece em conjunto com o 6° Simpósio da Cosmiatria & Tecnologias da Regional São Paulo (Resp), é a prova da busca da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) por soluções que deem acesso aos participantes de seus eventos a abordagens inovadoras e diferenciadas. A novidade em eventos desse tipo ganhou a atenção dos participantes e foi elogiada como um meio importante de aperfeiçoamento profissional.

Essa abordagem foi introduzida no Simpósio para dar a exata noção aos profissionais da complexidade de um procedimento. “Com isso, espera-se um ganho importante de conhecimento e na capacitação dos especialistas, dando-lhes mais segurança na execução do seu trabalho”, ressaltou Mauro Ekinohara, vice-presidente da SBD, que acompanhou as atividades do 13º Simpósio, acompanhado por Sérgio Palma, atual presidente, e Claudia Alcântara, secretária-geral. 

Demonstrações – Na manhã do primeiro dia, a equipe comandada pela coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD, Alessandra Ribeiro Romiti, se destacou nas demonstrações envolvendo o Terço Superior e a Região Periorbitária, com procedimentos de toxina e preenchimentos na área temporal, sulco nasojugal e de roof em pacientes. Ao mesmo tempo, a ação era feita, igualmente, em cadáver, com explicação minuciosa sobre cuidados na aplicação e efeitos nas áreas mais profundas da derme e epiderme. 

Para completar a experiência, vídeos foram veiculados, durante os painéis, ajudando a explicar, dentre outros aspectos, como combinar tecnologias no tratamento do fotoenvelhecimento, a aplicação do ultrassom microfocado e os prós e os contras de algumas tecnologias utilizadas na periorbitária e ablação termomecânica fracionada. 

Além dos procedimentos no Terço Superior e na Região Periorbitária, também houve demonstrações semelhantes relacionadas ao Terço Médio, envolvendo a ancoragem zigomática e a volumização malar, bem como de CaHa e PLLA. Todas foram complementadas com aula teórica de bioestimuladores e vídeo sobre tecnologias para tratamento da flacidez facial.

No período da tarde, ocorreram sessões relacionadas à Região Perioral e ao Terço Inferior, com novas demonstrações e debates. Houve procedimentos, ao vivo, de skinbooster, preenchimento labial e preenchimento de contorno e mento, no rosto de pacientes, e demonstração de toxina orbicular, sorriso gengival, mento, DAO e masseter, em cadáver. O uso de radiofrequência, microagulha e lasers fracionados foram demostrados em vídeos.

Capacitados – “Muitas novidades e associações de tratamentos estão sendo discutidos intensamente nesse Simpósio. Da mesma forma, temos ressaltado a importância de os procedimentos estéticos invasivos serem realizados por profissionais capacitados. Eles podem gerar complicações, inclusive com consequências graves, como necroses cutâneas, cegueira e embolia pulmonar. Com as abordagens utilizadas nesses eventos, preparamos os dermatologistas para evitarem essas situações”, destacou a coordenadora do Departamento de Laser e Tecnologias da SBD, Taciana D'al Forno Dini.

Pelo que expressaram os inscritos, a programação atingiu seu objetivo e causou boa impressão. O dermatologista Diogo Pazzini, que atua em Marília, interior de São Paulo, considerou bastante inovador associar as técnicas de procedimentos em pacientes e em cadáver, ao mesmo tempo. “Isso nos trouxe maior conhecimento sobre a parte anatômica e agregou relevantes noções sobre o emprego de tecnologias, principalmente na parte superior do corpo. Com certeza, essa metodologia nos dá bastante segurança”, destacou.  

Foi a mesma impressão que teve Mirella Mallocci, de Santos (litoral paulista): “Gostei muito dessa parte prática, apresentada no Simpósio, e me sinto mais segura para realizar procedimentos desse tipo daqui para frente”. Graça Tavares, do Rio de Janeiro (RJ), acrescentou: “Essa junção de ciência e tecnologia e a associação da técnica com as aulas de anatomia vieram aumentar o nosso conhecimento e reforçar a qualidade do nosso trabalho em relação a outros campos de atuação. O grau de conhecimento que adquirimos nos simpósios é sempre muito importante e faz valorizar nossa especialidade”.

Sábado – As atividades do 13º Simpósio prosseguem no sábado (7/3), com a previsão de painéis sobre otimização de resultados e novidades de Lasers e outras tecnologias, bem como de tratamentos corporais aliando tecnologia aos bioestimuladores. Ainda serão abordados temas como procedimentos de baixo custo, rejuvenescimento íntimo, peculiaridades na abordagem dos millenials e tratamento de pacientes transgêneros.

Também está prevista uma mesa, coordenada pelo presidente da SBD, Sergio Palma, que abordará questões como defesa profissional e mudanças nas regras de publicidade e propaganda médicas. “Essa será uma oportunidade importante de colher subsídios de nossa especialidade, encaminhando propostas para a atualização dessas regras. Inclusive, teremos como convidado nesse debate o 3º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Emmanuel Fortes, que conduzirá esse processo”, concluiu Palma. 


7 de março de 2020 0

As demonstrações – por dermatologistas convidados – de técnicas que usam tecnologias das mais avançadas na área da cosmiatria e apresentadas, simultaneamente e em tempo real, com aplicações em cadáver, foram os destaques do primeiro dia do 13° Simpósio de Cosmiatria, Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que ocorre em conjunto com o 6° Simpósio da Cosmiatria & Tecnologias da Regional São Paulo (Resp). Os eventos, realizados em 6 e 7 de março, no Centro de Convenções Frei Canada, na capital paulista, contou com plateia cheia e superou a casa dos 1,2 mil inscritos. 

Logo no início dos trabalhos, o presidente da SBD, Sérgio Palma, destacou a importância dos eventos, como oportunidades de atualização dos especialistas. Para ele, ao organizar encontros dessa magnitude a Sociedade Brasileira de Dermatologia e suas filiadas cumprem com sua missão. “Esse é um dos compromissos principais de nossas entidades: oferecer aos associados acesso a informações e tecnologias atualizadas, eficazes e seguras, que os ajudarão a oferecer melhores cuidados aos seus pacientes”, disse. 

Acompanhado por Eliandre Costa Palermo (presidente da SBD-SP); Alessandra Ribeiro Romiti (coordenadora do Departamento de Cosmiatria); e Taciana Dal Forno Dini (coordenadora do Departamento de Laser e Tecnologias da SBD e presidente da SBD-RS), na mesa de abertura, ele sugeriu aos associados que acompanhem o calendário de eventos organizados pela Sociedade para aproveitarem as oportunidades oferecidas ainda esse ano. 

Benefícios – “Para facilitar essa participação, a Gestão 2019-2020 tem trabalhado para reduzir custos de inscrições nos eventos organizados pela SBD para seus associados. É importante estar atento aos benefícios de fazer parte de uma entidade como a nossa e lançar mão dessas vantagens. Dentre elas, ser atualizado com o que é mais moderno no mundo da dermatologia”, acrescentou Palma. 

No Simpósio que se realiza, outros dois diretores da Sociedade – o vice-presidente, Mauro Ekinohara (o segundo da esq. para a dir. na foto abaixo), e a secretária-geral, Claudia Alcântara, – também compareceram para ajudar na divulgação das realizações da SBD e, ao mesmo tempo, colher a percepção dos associados sobre o trabalho realizado. “Nesse contato, colhemos subsídios que nos ajuda a aperfeiçoar projetos em curso e a desenvolver outros que fortalecerão nossa especialidade”, lembrou Claudia. 





SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Rio Branco, 39 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-003

Copyright Sociedade Brasileira de Dermatologia – 2021. Todos os direitos reservados