Descaso que custa vidas




19 de julho de 2011 0

Em 1978, Neville Davis disse: “o melanoma escreve a sua mensagem na pele com a sua própria tinta e ela está lá para que todos possam ver.” Essa frase diz respeito ao fato de esse tumor, que representa 2% dos cânceres da pele, apresentar-se, na maioria dos casos, como uma coloração escura, oriunda da produção do pigmento melanina pelas células tumorais. Apesar de sua crescente incidência ser relativamente baixa (132 mil novos casos por ano no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde), quando comparado a outros tumores, como o de mama ou de próstata, o melanoma pode ser fatal e é responsável por 75% dos óbitos relacionados ao câncer da pele. Entretanto, se diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura podem chegar a 100%.

Todavia, temos observado uma diminuição da mortalidade pelo melanoma. Em parte, devido às campanhas de conscientização, como a Campanha Nacional do Câncer da Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia desde 1999, mas também devido à melhoria das técnicas para a detecção precoce. Atualmente, lesões cutâneas suspeitas com menos de dois milímetros de diâmetro podem ser detectadas através de métodos não invasivos e com custo acessível. A orientação sobre o autoexamedas “pintas”, a educação quanto à exposição solar e um exame clínico dermatológico anual são medidas simples, pouco dispendiosas e comprovadamente eficazes para combater o melanoma.

Paradoxalmente e talvez pela impressãode superficialidade que um tumor na pele possa sugerir, ainda é impressionante o quanto o câncer dapele em geral e o melanoma, em especial, são negligenciados. Mesmo por pessoas esclarecidas, principalmente pelos homens. E o atraso no diagnósticopode significar uma vida.

Com os avanços científicos e tecnológicos das últimas décadas, a maneira como o melanoma é tratado vem sendo progressivamente modificada. As técnicas cirúrgicas empregadas são mais conservadoras e a biologia molecular assume um papel de destaque. Desde testes genéticos para detecção de mutações até o desenvolvimentode drogas cada vez mais específicas como a terapia alvo. Tivemos no primeiro semestre de 2011 uma época sem precedentes na história da medicina no que diz respeito ao tratamentodo melanoma em estágios avançados, com o lançamento, enfim, de medicamentos capazes de aumentar a sobrevida desses pacientes.

Estamos, portanto, presenciando atualmente uma reedição da frase referida acima de autoria do médico australiano Neville Davis, na qual quem escreve a mensagem é a Ciência, e ela também está aí para que todos nós possamos ver e nos beneficiar.


19 de julho de 2011 0

A Aliança de Controle do Tabagismo – ACT, parceira da Sociedade Brasileira de Dermatologia, está fazendo uma campanha para a compra de uma nova cadeira de rodas para o aposentado José Carlos Carneiro, que teve suas pernas amputadas devido a uma doença cuja causa é o tabagismo: a tromboangeíte obliterante.

José Carlos ficou conhecido ao ter sua imagem estampada nas advertências sanitárias dos maços de cigarros, em 2004. Hoje, aos 64 anos, ele é um símbolo nas campanhas antitabagismo.

O valor de uma cadeira de rodas elétrica está em torno de R$ 7 mil. Na campanha da ACT, você pode doar qualquer valor, não há uma quantia mínima. Doações a partir de R$ 50,00 têm direito a uma camiseta “Largue o Cigarro Correndo” ou “Diga Não à Propaganda de Cigarros”.

Sua doação pode ser efetivada através de depósito em conta, boleto bancário, transferência eletrônica ou cartão de crédito. Acesse a campanha em http://www.actbr.org.br/comunicacao/campanha-ze-carlos.asp e participe.

QUE RESPONSABILIDADE SOCIAL É ESSA?

Ex-trabalhador da área de segurança, aposentado por invalidez permanente aos 45 anos e recebendo um salário mínimo mensal, José Carlos fumava desde a adolescência, como acontece com 90% dos fumantes: “Fumava de brincadeira, quando vi estava viciado no cigarro, mas não sabia que era dependente químico. Depois desse começo, passei a fumar um maço por dia de Continental sem filtro”.

Em 1976, aos 30 anos, começou a sentir os pés dormentes, mas nenhum médico diagnosticou a doença. Aliás, ninguém fazia uma pergunta básica: se ele era fumante. Em 1981, finalmente teve o diagnóstico de tromboangeíte obliterante, quando formam-se coágulos nas artérias, impedindo a circulação sangüínea e cuja causa é o tabagismo. O membro atingido passa a ter isquemia, ou seja, morte dos tecidos por falta de circulação. Por isso, José Carlos teve que amputar a perna direita.

Com a volta para casa, bateu uma depressão: “Fiquei profundamente deprimido. Tinha parado de fumar durante a internação e nessa época voltei a fumar pesado, uns três maços por dia”.

Em 1983, a perna esquerda começou a apresentar os mesmos problemas e também teve que ser amputada.

Em 1998, José Carlos entrou com um processo contra a Souza Cruz, empresa fabricante da…


18 de julho de 2011 0

A Comissão de Seguridade Social da Câmara aprovou projeto de lei (PL 3.796/04) que cria a Política Nacional de Orientação, Combate e Controle dos Efeitos Danosos da Exposição ao Sol à Saúde.

O texto prevê que o governo faça campanhas sobre o assunto durante as férias escolares.

O relator do projeto, deputado Osmar Terra, do PMDB do Rio Grande do Sul, explica que o projeto também determina que o Executivo reduza os impostos incidentes sobre protetores solares, mas isso terá que ser feito por lei específica:

‘Por meio de leis específicas, o Poder Público deve reduzir as alíquotas dos tributos que incidem sobre o protetor, o bloqueador, o filtro solar ou isentar estes produtos. Para baratear, para facilitar o acesso da população a esse tipo de produto’.

O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Distrito Federal, Gilvan Alves, afirma que é preciso acabar com a ideia de que o bronzeamento é uma coisa saudável. Segundo ele, as pessoas precisam de apenas 5 minutos de sol por dia sem o uso de protetores.

O médico explica que o sol causa o envelhecimento precoce e produz manchas na pele. Em alguns casos, pode provocar o câncer, sendo que o mais grave é o melanoma. Gilvan detalha o ABC do melanoma:

‘Ele, geralmente, é uma pintinha que vai aumentando em área, que é a letra A; o B, ele tem uma borda irregular, lembra um mapa geográfico; e o C, ele tem variação de cor dentro dele. Então ABC até o D, que é o diâmetro maior do que meio centímetro. Então, para não levar pânico à população, são essas três ou quatro características, essa pintinha, que pode representar a sua vida’.

O texto determina ainda que os bronzeadores terão que conter mensagens sobre os efeitos nocivos do sol em excesso. O projeto veio do Senado e terá que passar pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo Plenário da Câmara.


15 de julho de 2011 0

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou na quarta-feira, em segunda votação, o projeto de autoria do deputado estadual Mauro Savi (PR) que obriga as empresas públicas e privadas a fornecerem protetor solar aos funcionários que exerçam funções expostos ao sol. A matéria segue agora para análise do Executivo, que poderá sancioná-la ou vetá-la.

Caso o projeto se torne lei, caberá à Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social estabelecer as regras bem como as sanções e multas em caso de não cumprimento da lei. Se o governador Silval Barbosa (PMDB) vetar o projeto, o veto passa necessariamente pela apreciação dos deputados estaduais, que podem derrubá-lo ou mantê-lo.

De acordo com o projeto aprovado, a aquisição e o fornecimento do protetor solar serão de responsabilidade da empresa ou do órgão contratante, não devendo os seus empregados e funcionários arcarem com qualquer ônus.

“O nosso Estado tem elevada temperatura e alta incidência solar o ano inteiro, por isso é necessário se preocupar com possíveis enfermidades e danos ao ser humano resultantes da exposição prolongada aos raios solares. E a proteção é ó único meio de evitar danos imediatos ou posteriores à pele”, argumenta o parlamentar ao observar que Estatísticas do Instituto Nacional de Câncer informam que o câncer de pele é o de maior incidência no Brasil e está diretamente relacionado à exposição solar.

Mauro Savi também ressalta há um grande número de trabalhadores que se expõe diariamente ao sol, durante toda a jornada de trabalho, a exemplo dos garis, carteiros, catadores de papel e trabalhadores da construção civil, entre outros. “Esses trabalhadores precisam de proteção redobrada, ou seja, além das roupas de manga longa, bonés e luvas, que normalmente usam, o protetor solar é fundamental”, frisou.

O projeto de lei determina ainda que, além de distribuir protetores solares, as empresas divulguem em local visível, no interior de suas dependências, cartazes informando a importância de se proteger contra os raios violetas.


15 de julho de 2011 0

O pelo encravado é tecnicamente conhecido como foliculite, um problema que ocorre em mulheres e homens. Isso acontece quando o pelo não nasce corretamente, ou seja, não consegue romper a pele, mas cresce internamente causando uma inflamação do folículo piloso, formando bolinhas acompanhadas de uma vermelhidão no local, dor e, quando infeccionado, pode apresentar pus.

Segundo a dermatologista Valéria Campos, os pelos normalmente nascem um pouco encurvados, mas os de algumas pessoas tendem a nascer mais recurvados e encravar. Além da tendência genética, a depilação é uma grande responsável pelo encravamento. A médica explica que arrancar os pelos com cera fria ou quente causa mais pelos encravados do que a lâmina ou o creme depilatório. Por isso, ela recomenda evitar a depilação ou aumentar o intervalo entre as sessões.

A lâmina usada incorretamente pode piorar o quadro principalmente no caso de virilha e barba. É importante evitar escanhoar, isto é, barbear no sentido contrário ao do crescimento do pelo.O indicado é utilizar a lâmina de forma bem suave e com a pele bem hidratada, de preferência após o banho. Quem já tem propensão a ter pelos encravados, a calça muito justa ou calcinha podem ser agravantes, assim como o excesso de esfoliação e cremes gordurosos ou óleo corporal.

Valéria Campos explica que o desencravamento manual de cada pelo é feito com agulha esterilizada, colocando-a sob a alça formada e levantando-o com delicadeza e, na medida do possível, evitando lesar a pele. Mas, se o pelo estiver inflamado, o médico dermatologista deve ser procurado para indicar um creme anti-inflamatório e antibiótico ou, nos casos mais graves, antibióticos orais.

Se o encravamento for leve e não houver sinais de infecção, uma esfoliação suave com fubá e mel ou creme hidratante não oleoso pode dar certo. ‘Em caso de inflamação leve recomenda-se apenas compressa com água ou soro em temperatura morna em cima da região inflamada’, complementa.

Uma consequência do trauma da depilação é a hipercromia pós-inflamatória, que resulta em manchas escuras temporárias ou definitivas na pele. De acordo com a dermatologista Juliana Romanini, o tratamento desse problema seria a depilação definitiva a laser e, quando houver ausência ou rarefação de pelos, um clareamento à base de produtos específicos orientados por um especialista.

Já as depressões causadas pela manipulação inadequada dos pelos encravados podem ser definitivas. Espremido insistentemente, um pelo encravado corre o risco de inchar e virar uma lesão chamada granuloma. A remoção pode ser cirúrgica ou à base de ácidos. A técnica mais indicada para resolver o problema &eac…


6 de julho de 2011 0

Você olha para o chão do boxe depois do banho e acha que há cabelo demais. Ao acordar, observa o travesseiro e, mais cabelo. Na escova ou no pente, nem se fala: depois de se pentear, lá está um monte de fios. Para completar, desconfia de que o cabelo está menos volumoso. É, você pode estar realmente perdendo fios ou até constatando o começo de um processo que muitas vezes leva à calvície. Porém, isso não é mais motivo para que você perca ainda mais cabelos.

De acordo com a dermatologista Marcia Ramos e Silva, professora associada e chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Fundão) e da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pode-se dizer que existe hoje cura para algumas formas de calvície. “O resultado dependerá da causa e também de o tratamento ser iniciado precocemente”, informa.

A médica esclarece que existem diferentes tipos de calvície, provocados por causas diversas. “A mais comum é a chamada alopecia androgenética, que se divide em alopecia de padrão masculino e de padrão feminino. As características clínicas e o tratamento poderão ser diferentes também. Há algumas doenças que provocam queda de cabelo e entre as causas frequentes estão as alterações da tireoide. Além disso, excesso de oleosidade e seborreia podem ser fatores desencadeadores de queda”, explica.

MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE DANOSOS

O uso de produtos locais que danificam o cabelo e medicações internas também podem provocar queda de cabelo, informa a dermatologista. “Existem diversos medicamentos que provocam a queda dos cabelos, como antidepressivos, quimioterápicos e hormônios, entre outros. É bom lembrar que o mau uso de certas substâncias corriqueiras, como o excesso de vitaminas, pode também provocar queda”.

Marcia aponta a finasterida como um dos medicamentos mais eficazes contra a calvície. “É hoje um dos melhores, senão o melhor tratamento para a calvície. Prático, de fácil manejo e com bem poucos efeitos adversos e contraindicações. Infelizmente, há casos em que não pode ser utilizado, pois não atua em todos os tipos de calvície”, pondera.

LAVAGEM DIÁRIA

Segundo a especialista, dependendo do tipo de cabelo e couro cabeludo, a limpeza constante e frequente dos cabelos não é prejudicial. “Por exemplo, cabelos oleosos devem ser lavados com maior frequência que cabelos secos, mas só se o couro cabeludo for oleoso também. Couro cabeludo seco deve ser lavado com menor frequência. O mais importante é saber a frequência para seu tipo de cabelo e couro cabeludo e utilizar produtos adequados, se for o caso, ao uso diário”, frisa ela, acrescentando que o jaborandi é uma substância que, em m…


5 de julho de 2011 0

Com o objetivo de melhorar a prestação de serviços no Sistema Único de Saúde (SUS), o governo federal decidiu adotar um modelo de gestão já usado na iniciativa privada: o de premiar quem cumprir metas e penalizar aquele que não atender ao compromisso.

Um decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff cria contratos que trarão metas específicas de atendimento a serem cumpridas pelos estados e municípios na rede pública de saúde, como número de cirurgias ou de pré-natal. Atualmente, são definidos apenas compromissos nacionais.

Quem descumprir os compromissos, corre o risco de ser punido, podendo deixar de receber recursos. Quem cumprir as metas, será recompensado e poderá ganhar o dobro do repasse.

‘O município tem responsabilidade de ofertar um conjunto de cirurgias. Ele não consegue ofertar, você pode tirar de um município e passar para outro da região. Você pode tirar o recurso do município e passar para o estado, para contratar o serviço naquela região’, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

As obrigações serão estipuladas a partir de um mapeamento sobre a realidade e a estrutura de saúde disponível nos municípios, a ser feito pelo Ministério da Saúde. Os estados e municípios serão divididos em 419 regiões, seguindo as semelhanças entre eles.
Não há prazo para as metas serem fechadas e entrarem em vigor. A expectativa do ministro é fechar 20% dos contratos até o fim do ano e a totalidade do país até 2014.

Outra novidade, segundo Padilha, é que o usuário irá saber quais os serviços disponíveis nos hospitais e postos de saúde da cidade onde mora. A ideia é disponibilizar as informações pela internet.

O decreto vem para regulamentar a Lei Orgânica da Saúde, que vigora há 21 anos. O modelo de gestão foi debatido com representantes da sociedade e secretários de Saúde estaduais e municipais.


4 de julho de 2011 0

O projeto das entidades médicas de realizar visitas aos hospitais de urgências e emergências do país ganhou força na tarde de quarta-feira (29). Em reunião com o deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), os membros da Comissão Nacional Pró-SUS, composta pelas três entidades médicas nacionais, foram informados que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados já aprovou um requerimento para a instauração de um Grupo de Trabalho que tem como principal objetivo fazer um diagnóstico da realidade das Urgências e Emergências do Brasil.

O drama das urgências e emergências noticiado dia após dia nos noticiários não é mais, segundo o deputado e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, um problema apenas de saúde pública, mas envolve também questões de direitos humanos ao comprometer a vida das pessoas.

‘Nosso receio é a banalização, que as pessoas se acostumem a muitas vezes ver um profissional de saúde ter que escolher entre vários pacientes que chegam com essa ameaça numa unidade de saúde e o médico ter que fazer a triste opção de ter que escolher apenas um deles para salvar em detrimento dos demais. As pessoas não conseguem salvar suas vidas no SUS e o Estado fechou as portas e os olhos para esse problema,’ destacou Jordy.

PARTICIPAÇÃO – O GT, que contará com a representação do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB), formatará a agenda das visitas em reunião prevista para julho deste ano. Também serão chamados para participarem do grupo o Ministério Público Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e outras entidades interessadas.

Para o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, o contato com a Comissão é importante para reforçar o objetivo das entidades médicas em se aliar com a sociedade para enfrentar as dificuldades e os desafios da saúde no Brasil. ‘Esse grupo vem ao encontro da nossa visão como profissionais médicos. Nós também queremos que haja um olhar da sociedade em relação aos direitos humanos das pessoas na assistência à saúde’.

O secretário de comunicação da Fenam e conselheiro suplente do CFM, Waldir Cardoso, deixou a reunião satisfeito. ‘A reunião foi muito importante e nos encheu de esperança de efetivamente conseguir fazer um trab…


1 de julho de 2011 0

Tomar remédio nem sempre é a melhor solução para resolver alguns problemas de saúde, principalmente quando não há orientação médica. A automedicação, muitas vezes, em vez solucionar, acaba agravando a situação.

A especialista Silvia Pereira, presidente da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), dá dicas de alternativas que podem ser adotadas para evitar a ingestão de remédios.

Para dor, por exemplo, uma compressa de água quente pode ser melhor que um anti-inflamatório.

Se a pessoa tem pressão alta, o mais adequado é evitar sal, o álcool e perder peso se quiser ficar longe dos remédios. Para a insônia, em vez de tomar um ansiolítico que ajude a dormir, a solução seria criar condições adequadas para o sono, que vão desde exercícios físicos até um ambiente silencioso e escuro.

– Em vez de tomar remédio, procure algumas alternativas. Mas há casos em que não é possível ficar sem remédio. Por isso, o melhor sempre é procurar um médico especialista.

Segundo o médico geriatra Clineu Almada Filho, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), os remédios sempre podem ser questionados. Mas existem dois pilares de sucesso que não mudam: estar dentro de peso adequado e manter atividade física regular.

– Os exercícios melhoram o rendimento cardíaco, a oxigenação dos tecidos, a capacidade pulmonar, libera endorfina (que causa bem-estar), diminui tecido gorduroso e melhora a massa muscular.

O Relatório Mundial sobre Drogas da ONU aponta um alto consumo de medicamentos no Brasil, com destaque para os analgésicos, que podem causar dependência. O documento do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, na sigla em inglês) mostra que o país está ao lado de Costa Rica e Chile como os que mais usam essas substâncias na América Latina e Caribe.

De acordo com o estudo, foi detectada alta concentração de uso não médico de opioides (analgésicos) de prescrição na Costa Rica, Brasil e Chile. Os mais comuns são a base de codeína, usada no tratamento de dores muito fortes, especialmente após cirurgias. Seu uso abusivo, no entanto, pode levar à dependência química.


1 de julho de 2011 0

A assembleia estadual dos médicos de São Paulo, realizada em 30 de junho e que reuniu mais de 500 profissionais, decidiu suspender o atendimento a 10 operadoras de planos e seguros de saúde que ignoraram as propostas de negociação apresentadas pela Comissão Estadual de Honorários Médicos, composta pelo Conselho Regional de Medicina, Associação Paulista de Medicina, Academia de Medicina, sindicatos médicos e sociedades de especialidades.

Serão alvo da paralisação as seguintes operadoras: Notredame e Porto Seguro ( seguradoras); Intermédica, Gama Saúde e Green Line ( Medicina de Grupo); ABET – Telefônica, Caixa Econômica Federal, Cassi – Banco do Brasil, Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Embratel ( autogestões) .

Outras seis empresas. que responderam com propostas aquém das reivindicações (Amil, Golden Cross, Medial, Geap, Marítma e Amico), terão um prazo de 30 dias para novas negociações.

Os médicos reivindicam recomposição do valor da consulta médica para R$ 80,00 e valores de procedimentos atualizados de acordo com a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Além disso, pedem a regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual.

PARALISAÇÃO ESCALONADA

Para não prejudicar o atendimento ao usuário, a assembleia decidiu paralisar o atendimento de forma escalonada, uma especialidade médica por vez.

Por exemplo: em uma semana, durante três dias, oftalmologistas deixarão de atender os convênios. Na semana seguinte seria a vez dos cardiologistas, e assim por diante.

O cronograma de paralisação será definido e amplamente divulgado nos próximos 20 dias.

IMPACTO DA PARALISAÇÃO

Os 10 planos de saúde que terão o atendimento paralisado reúnem cerca de três milhões de usuários no estado. Funcionam em São Paulo 327 operadoras de planos de assistência médico-hospitalar com registro ativo na ANS.

Além dos 16 planos de saúde inicialmente contatos pelas entidades médicas outras empresas serão selecionadas no mês de julho para início de negociações, considerando aquelas com maior número de usuários e as que praticam os menores valores de honorários.

Cerca de 58.000 médicos atendem planos e seguros de saúde em São Paulo ( dentre os 106 mil médicos em atividade no Estado)





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