Solidariedade motiva a participar de campanha




19 de outubro de 2015 0

Extrovertido, muito apegado à família, ao bairro paulistano da Mooca e ao Palmeiras, seu time de coração, Alexandre Altamari se sente desfrutando a vida aos 73 anos de idade. Depois de lidar com a psoríase por mais de três décadas, atendeu com naturalidade e alegria ao pedido de seu médico, o dr. Ricardo Romiti, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, para que participasse da Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase de 2015 .

"Foi normal, uma coisa muito natural participar da campanha. Do jeito que veio, foi. Minha família e eu achamos importante ajudar a esclarecer o que é psoríase para as pessoas que não conhecem a doença", relembra Alexandre. A gratidão ao médico não é imotivada. Até encontrá-lo, Altamari fez uma verdadeira peregrinação a consultórios dermatológicos. A psoríase começou a manifestar-se em suas unhas quando tinha 38 anos. Levou cinco anos até que soubesse efetivamente do que se tratava, pois até então a doença era tratada como micose. Depois que ela começou a se espalhar pelo corpo, procurou outro médico que fez o diagnóstico correto. Passou ainda por outros cinco ou seis médicos até conhecer o dr. Romiti.

"É preciso encontrar um médico que procure ajudar, saiba o que você está passando, seja compreensivo", diz, reforçando um aspecto recorrente nos pacientes da doença: a vulnerabilidade emocional que ela provoca. Pré-selecionada para a campanha de 2015, Cibeli Sampaio, 76 anos, se dispôs a falar de seu problema como forma de retribuição à ajuda médica que lhe foi dedicada. "É uma doença desconhecida da maioria dos dermatologistas. A minha começou no coro cabeludo e se espalhou pelo corpo. Diziam que era psoríase, mas não sabiam como tratar", relembra.

Como seu caso era de moderado a grave, os tratamentos tradicionais – pomada com cortisona e fototerapia – não deram conta do problema. Hoje, Cibeli toma um medicamento biológico e, sempre que pode, participa de ações de conscientização. "Sempre que possível, falo do problema. No meu círculo de amigos e conhecidos, vários me perguntam, pedem mais informações sobre a psoríase", relembra.

 

Assista ao filme da Campanha de Conscientização de 2015 

 

 


19 de outubro de 2015 0

A gravidez é um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher. E a psoríase não pode atrapalhar esse momento. Nem precisa. Durante o período da gestação podem surgir crises, e a grávida precisa estar preparada para encará-la com mais serenidade ainda. Um dos principais cuidados é em relação à medicação. A gestante deve consultar tanto o dermatologista quanto seu obstetra para saber se a medicação indicada não é prejudicial ao feto. Muitos deles não são recomendáveis. O mesmo vale para quem estiver amamentando.

Genética

A psoríase tem raízes genéticas. Não se sabe exatamente como a doença é transmitida dos pais para o filho. Nos estudos populacionais são observados casos familiares em cerca de um terço dos casos, mas é difícil dizer com precisão a chance de o portador de psoríase ter um filho com psoríase. Já nos casos em que o pai e a mãe tem psoríase, o risco da criança ter a doença é de 50%.

Tratamento

Alguns médicos sugerem a suspensão completa dos tratamentos medicamentosos durante o período da gravidez, mas essa conduta não é unânime. A melhor saída é discutir seu caso com o seu médico e avaliar com ele os riscos e benefícios do tratamento para você e o bebê. O uso de medicamentos tópicos costuma ser mantido, mas o produto usado deve passar pela avaliação do médico nessa fase. Todas as medidas preventivas, como usar roupas de algodão, tomar sol e hidratar bem a pele podem ser mantidas. Há hidratantes eficientes para a gestação. Se você ainda está na fase de planejar a gravidez, converse com seu médico para suspender os medicamentos que podem interferir na concepção.    


19 de outubro de 2015 0

Dados apurados pela Associação Psoríase Brasil através de pesquisas, enquetes e banco de dados com 2.108 pacientes voluntários mostram que os portadores da doença são vítimas constantes de preconceito e discriminação. De acordo com a pesquisa, mais de 37% dos doentes já foram tratados com diferença em alguns ambientes e 48% mudaram hábitos de rotina para evitar constrangimentos. Nesse contexto, 81% tiveram autoestima e vaidade afetadas. Em 52% dos casos, a psoríase interfere em seus relacionamentos interpessoais. A doença também interfere no tipo de roupa que essas pessoas utilizam (72%).

Um total de 73% dos portadores de psoríase se sentem envergonhados com a doença. O cenário evidencia a necessidade de inclusão de novas terapias, inclusive as de alta complexidade para aqueles pacientes que já passaram por todos os tratamentos convencionais e já não tem mais nenhuma opção. No levantamento realizado pela Associação descobriu-se que 64,7% dos pacientes realizam tratamentos tópicos; 18,7% tratamentos sistêmicos; 11% biológicos; 3,1% fototerapia e 2,5% dois tratamentos (biológico + tópico ou sistêmico + tópico).

Foi verificado que poucos estados do Brasil disponibilizam o tratamento por fototerapia. Outra constatação foi que alguns medicamentos ficam em falta por longos períodos. Há seis anos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Associação Psoríase Brasil lutam junto ao Ministério da Saúde para demonstrar a necessidade de melhoria no tratamento da psoríase. O pleito se dá pela liberação de medicamentos diferenciados para os portadores de psoríase moderada a grave que sejam intolerantes, apresentem contra-indicação ou falha terapêutica aos medicamentos tradicionais disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


18 de outubro de 2015 0

Amigos, parentes e colegas de trabalho têm papel importante no apoio aos portadores de psoríase. Saiba como ajudar alguém próximo a você.

Informe-se

Entender a doença e suas consequências ajudam a compreender a condição de vida do portador e suas limitações emocionais. Eduque-se sobre os sintomas, as causas e os tratamentos.

Tratamento

A maioria dos pacientes, muitas vezes, usam um ou mais medicamentos para lidar com a doença. Mas a automedicação pode agravar os sintomas. Incentive uma visite ao especialista e ofereça-se para acompanhar. Isso pode ajudar o paciente a se lembrar e entender melhor o conselho do médico e a compreender o tratamento. Durante o período de cuidados, seja um incentivador para que o plano de tratamento seja mantido à risca.

Ajude a diminuir o estresse

Psoríase e estresse têm relação íntima. O estresse pode desencadear o aparecimento das placas, e as placas podem causar mais estresse. Encontrar maneiras de lidar com o estresse é uma parte importante para conviver melhor com a psoríase. Faça o seu melhor para ajudar a criar um ambiente livre de estresse para o doente. Disponha-se a ouvi-lo sempre que precisar.


18 de outubro de 2015 0

O paciente com psoríase pode se sentir intimidado ao falar sobre a doença. Mas o dermatologista é o médico mais indicado para abordar o paciente com psoríase, reconhecendo os seus sintomas e sinais, avaliando possíveis doenças associadas e controlando a enfermidade da melhor forma possível.

Durante a consulta, mencione todos os remédios, cremes e tratamentos que já tenha usado anteriormente. A informação é fundamental tanto para médicos quanto para pacientes. Conhecer seu histórico é muito importante para indicar o tratamento correto. É comum esquecer algum detalhe durante a consulta, especialmente no caso de uma doença como a psoríase, que afeta a autoestima. Uma boa ideia é anotar todos os pontos que devem ser abordados e consultar as notas durante a consulta.

O clínico geral pode fazer o primeiro diagnóstico da psoríase, mas é o dermatologista, especialista no tratamento das doenças que acometem a pele, quem deve confirmar o diagnóstico e conduzir o tratamento. Encontre aqui no site da SBD um dermatologista próximo de você.


18 de outubro de 2015 0

Embora não haja uma ligação científica entre alimentação e  psoríase, muitos pacientes acreditam que alguns tipos de alimentos ativam seus as crises. Não existem evidências científicas que justifiquem a exclusão de determinadas comidas da dieta do paciente com psoríase. A orientação dietética a ser transmitida a ele visa fazer com que o paciente adote uma dieta mais saudável e equilibrada.  

Veja abaixo alimentos que podem ser a base de uma dieta saudável e auxiliar no tratamento:

– peixes de água fria, como atum, salmão, sardinha e bacalhau, ricos em ômega 3

– azeite, sementes e nozes também são recomendados por serem ricos nessa substância

– quanto mais colorido de vegetais for o prato, melhor.

Tenha sempre à mesa cenouras, couve, batata doce, abóbora, brócolis, mangas, figos e morango. O morango é rico em ácido fólico, substância que ajuda a controlar a inflamação.


18 de outubro de 2015 0

A psoríase é uma doença crônica, sem cura conhecida. A doença funciona em ciclos, as crises podem piorar e melhorar, dependendo de um conjunto de fatores que envolvem desde a imunidade até o nível de estresse a que o paciente está submetido.

Em momentos de crise mais severa, o médico pode recomendar o uso de anti-inflamatórios e corticóides, que atuam para diminuir a inflamação e, por consequência, os sintomas e sinais mais agudos como a coceira e a descamação, que podem se tornar insuportáveis. Cada paciente deve ser avaliado individualmente pelo dermatologista e a automedicação não deve acontecer em nenhum caso. Pessoas em crise podem adotar algumas ações para mitigar os principais seus efeitos. Conheça algumas recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia:

Hidratação constante

Quem tem psoríase deve ter cuidado redobrado com a hidratação. É preciso aplicar hidratantes corporais uma ou duas vezes ao dia. Os mais indicados são os sem perfume, pois diminuem os riscos de alergias.

Exposição ao sol

O sol ajuda a combater as inflamações, sendo benéfico aos portadores de psoríase. Bastam dez minutos diariamente ou pelo menos 3 a 4 vezes na semana. Neste caso, deixe para passar protetor depois do banho de sol para obter melhor resultado. Reaplique ao longo do dia.

Banhos

Eles devem ser rápidos e mornos. Não use buchas nem esfoliantes, que podem ferir a pele que já está sensível. Dê preferência a sabonetes neutros e sem perfume. Use toalhas macias para secar as áreas afetadas.

Depilação

As mulheres devem ter cuidado redobrado com a depilação e optar por métodos que não agridam a pele, especialmente durante os períodos de crise, em que a pele está descamada e muito sensível.

Cosméticos

O melhor é evitá-los completamente quando as crises se instalam e usar com moderação fora delas. Evite usar produtos que agridam a pele nas áreas afetadas.

Roupas

Tecidos de algodão, produzidos com fibras naturais, são a melhor opção. Evite materiais que impedem a transpiração, como a lycra e o poliéster, por exemplo, que favorecem a proliferação de fungos. Roupas justas são desconfortáveis para os pacientes, porque atritam com a pele, o que pode desencadear mais descamação e crises de coceira. No inverno, lembre-se de colocar uma peça de algodão sob os casacos de couro e de lã para evitar o contato direto da pele com materiais que podem ser alergênicos.

Nunca é demais repetir que: a psoríase não é transmissível.


18 de outubro de 2015 0

Um dos principais problemas que portadores de psoríase enfrentam é o desconhecimento sobre a doença. Como a psoríase afeta especialmente a pele ou outras partes visíveis do corpo, como as unhas, o resultado pode ser a rejeição das pessoas ao doente. A pele descamada e a aparência de irritação nas áreas afetadas podem dar a sensação de que a doença é transmissível. Mas esse é dos grandes mitos associados à doença, que não é transmissível ao tocar no paciente ou ao compartilhar roupas e objetos com ele. Também não se contrai a doença por relações sexuais ou pelo beijo. Por isso, os portadores podem e devem manter uma convivência normal com seus amigos e familiares. Trata-se de uma doença autoimune, que afeta homens e mulheres da mesma forma no mundo todo. Um dos principais efeitos colaterais da doença é a depressão provocada pelo preconceito e pelo estigma que os pacientes de psoríase sofrem. Em alguns casos, a pessoa acaba abandonando o convívio social para evitar ser vista de maneira diferente ou para evitar os olhares curiosos e desconfiados de quem não tem conhecimento sobre a doença. Ajude a evitar o preconceito e espalhe a verdade sobre a psoríase: ela não pega.


18 de outubro de 2015 0

Existem diferentes tipos de psoríase, que também variam no grau de intensidade de paciente para paciente.

SINTOMAS   A forma clínica mais comum é a psoríase em placas ou psoríase vulgar, mas existem outras variantes clínicas menos comuns que serão apresentadas abaixo. Os fatores ambientais também podem interferir nas manifestações clínicas, colaborando com o agravamento do quadro. Entre os fatores,  destacamos a obesidade, o estresse e o tabagismo. Veja abaixo quais são os tipos de psoríase conhecidos pela medicina:  

Psoríase em placas ou psoríase vulgar   Comum joelhos

A área dos joelhos é umas das mais afetadas nos casos de psoríase vulgar ou de placas a manifestação mais comum da doença. Forma placas secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas. Essas placas coçam e algumas vezes doem, podem atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e o interior da boca. Em casos graves, a pele em torno das articulações pode rachar e sangrar.  

Psoríase ungueal   Unhas A psoríase ungueal afeta dedos e unhas; pode aparecer nas mãos e nos pés Afeta os dedos das mãos e dos pés e também as unhas. Faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e fique com sua superfície áspera, além de perder a cor. Em alguns casos a unha chega a descolar da carne e, nos casos mais graves, a esfarelar.  

Psoríase do couro cabeludo Couro cabeludo. Psoríase no couro cabeludo   Surgem áreas avermelhadas com escamas espessas branco-prateadas, principalmente após coçar. O paciente pode perceber os flocos de pele morta em seus cabelos ou em seus ombros, especialmente depois de coçar o couro cabeludo. Assemelha-se à caspa, porém geralmente é mais intensa e associada à vermelhidão do couro cabeludo.  

Psoríase gutata Geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta. É caracterizada por pequenas feridas, em forma de gota no tronco, braços, pernas e couro cabeludo. As feridas são cobertas por uma fina escama, diferente das placas típicas da psoríase que são grossas. Este tipo acomete mais crianças e jovens antes dos 30 anos.  

Psoríase invertida Atinge principalmente áreas úmidas, como axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor das genitais. São manchas inflamadas e vermelhas. O quadro pode agravar em pessoas obesas ou quando há sudorese excessiva e atrito nas áreas de dobra da pele.  

Psoríase pustulosa Nesta forma rara de psoríase, podem ocorrer manchas em todas as partes do corpo ou em áreas menores, como mãos, pés ou dedos, a chamada de psoríase palmo-plantar. Geralmente ela se desenvolve rápido, com bolhas cheias de pus que aparecem poucas horas depois de a pele tornar-se vermelha. As bolhas secam dentro de um dia ou dois, mas podem reaparecer durante dias ou semanas. A psoríase pustulosa generalizada pode causar febre, calafrios, coceira intensa e fadiga.  

Psoríase eritodérmica É o tipo menos comum. Acomete todo o corpo com manchas vermelhas que podem coçar ou arder intensamente, levando a manifestações sistêmicas. Ela pode ser desencadeada por queimaduras graves, tratamentos intempestivos como uso ou retirada abrupta de corticosteróides , infecções ou por outro tipo de psoríase foi mal controlada.  

Artrite psoriásica Elbow pain. A artrite psoriásica afeta articulações como cotovelos e joelhos Além da inflamação na pele e da descamação, a artrite psoriásica causa fortes dores nas articulações. Afeta qualquer articulação e, além de causar limitação dos movimentos pela dor, pode levar a deformidades definitivas das articulações (sequelas) comprometendo o movimento das articulações.





SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Rio Branco, 39 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-003

Copyright Sociedade Brasileira de Dermatologia – 2021. Todos os direitos reservados