Fórum Saúde da Pele: Segunda mesa aborda a importância da informação no combate ao preconceito




30 de outubro de 2017 0

Com cerca de 25 mil casos por ano, o Brasil é o segundo país no mundo, depois da Índia, em diagnósticos de hanseníase, doença negligenciada e considerada um problema de saúde pública. Atualmente, são cerca de 30 mil casos por ano, principalmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Segundo os palestrantes, além da hanseníase, doenças como a psoríase, o vitiligo, doenças bolhosas e dermatite atópica precisam de mais atenção de médicos, da indústria farmacêutica, da mídia e do governo. Apesar da alta relevância epidemiológica e social, há pouco interesse no desenvolvimento de novos estudos de medicamentos no campo da ciência.

“Precisamos avançar muito, pois são grandes os desafios para chegar a eliminação desse problema de saúde pública”, ponderou Carmelita Ribeiro, coordenadora da área referente a essa patologia no Ministério da Saúde, completando que muitas pessoas preferem fazer o tratamento num hospital longe de casa, às vezes até em outro município, para que ninguém saiba, tamanho é o preconceito. A médica defende um trabalho mais eficiente na Atenção Básica à Saúde para a hanseníase e também mais preparo na formação de estudantes, pois a qualidade do serviço tem sido prejudicada. “Temos que aumentar o número de médicos de Atenção Básica à Família e atenção primária que saibam reconhecer os sintomas.”

Na sua exposição, o médico responsável pelo ambulatório de psoríase do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Ricardo Romiti, comentou que a atenção do médico é na saúde do ser humano, de acordo com o compromisso assumido pelos profissionais no Código de Ética.

"As doenças são comuns na nossa rotina em consultórios e hospitais, mas existe muito desconhecimento fora deles. Tomar sol é ótimo para diminuir os sintomas de doenças como a psoríase, mas o paciente acaba cobrindo as lesões e não frequentando diversos ambientes, causando sequelas psicológicas e sociais", explica Romiti. O dermatologista citou o trabalho realizado pela SBD para estimar a prevalência da psoríase, e chegou ao índice de 1,3% da população brasileira. “Esse número vem aumentando, o que talvez possamos atribuir aos hábitos de vida. Só quem tem a doença sabe o que ela representa. Então, o que podemos fazer como médicos é mostrar ao paciente que ele tem alguém com quem contar.”

Para a dermatologista do Hospital das Clínicas e especialista em doenças bolhosas Claudia Giuli Santi, há uma falta de empatia no combate ao preconceito, que deve ser resgatada na escola médica. "A propedêutica médica já sensibiliza e educa a empatia. Se colocar no lugar do paciente é fundamental. O próprio médico precisa ser educado, pois o que vemos é um distanciamento entre quem trata e quem é tratado. Outra questão é sensibilizar o estudante de medicina a comprometer-se mais com os problemas de saúde da população”, salientando a importância da bagagem clínica do ponto de vista do conhecimento geral.

Para combater a discriminação, a criação de grupos de pais, pacientes e médicos, fora do ambiente de hospital é uma ideia que atua na disseminação de ações não apenas de saúde, mas de educação e cultura, segundo o fundador da Associação de Apoio à Dermatite Atópica (Aada), o dermatologista Roberto Takaoka.

"A experiência do paciente é diferente da visão científica do médico. É preciso aproximar as duas, e grupos de apoio para pacientes e familiares podem ajudar no desenvolvimento e qualidade de vida dessas pessoas", considera.

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30 de outubro de 2017 0

Na terceira mesa do Fórum da Saúde, encontro organizado pela Folha de S. Paulo e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o debate girou em torno do acesso a novos tratamentos por intermédio do governo e planos de saúde. A dermatologista da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD e professora-assistente do Departamento de Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Claudia Maia, questionou a não inclusão dos medicamentos imunobiológicos para o tratamento da psoríase, assim como ocorre na artrite psoriática, no rol dos medicamentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e cobrou empenho dos gestores para uma melhoria nessa situação.

“Quando as terapias clássicas não funcionam, o paciente fica sem tratamento. Por que na manifestação de uma doença o tratamento é aceito como eficaz e seguro, e em outra não?”, questiona, lembrando da existência de um protocolo clínico para a fototerapia, mas também da sua pouca disponibilidade no país pelo SUS. “Há mais de 10 anos, a SBD vem realizando em reuniões com o Ministério da Saúde na tentativa de regulamentar essas medicações e permitir o direito a um tratamento igualitário”, ressalta.

O coordenador-geral de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Sandro José Martins, afirmou que o parecer sobre a não inclusão do tratamento foi dado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) em 2012. Segundo ele, faltou tempo de acompanhamento dos efeitos dos medicamentos imunobiológicos, já que existiam dúvidas sobre a falta de segurança para sua utilização a longo prazo. Após cinco anos, há evidências de segurança no uso a longo prazo do tratamento, informa Sandro Martins, sugerindo reavaliação por parte da Comissão.

A dermatologista Claudia Maia reivindicou a presença da SBD na revisão do Protocolo Clínico e Diretrizes de Tratamento da Psoríase (PCDT) do Ministério da Saúde e enfatizou a falta de resposta da instituição mesmo depois de envio pela SBD de dossiê atualizado sobre a doença em 2014. O documento baseou-se em níveis de evidência científica e revisão sistemática, incluindo todas as formas de tratamento, desde os tópicos, fototerapia e terapias sistêmicas tradicionais e biológicas, com estudo farmaeconômico e impacto orçamentário.

Para a presidente da associação de apoio a pacientes Psoríase Brasil, Gladis Lima, parece haver pouco interesse do governo pela incorporação de novos medicamentos e tratamentos. Ela cita a dificuldade geral de pacientes e médicos no preenchimento de formulário para participação de consultas públicas sobre a inclusão desses tratamentos. "O que pesa mais para o governo é o bolso, o quanto essa inclusão vai custar, e não o paciente", disse.

A gerente-geral de regulação assistencial da ANS, Raquel Lisbôa, ressaltou que a maior dificuldade da agência é balancear as necessidades dos pacientes e os interesses das empresas privadas que gerenciam os seguros. Lisbôa afirmou que o alto custo das novas drogas (de cinco a dez mil por mês) e a falha metodológica de estudos apresentados levaram a agência a não incluir os biológicos no rol dos medicamentos obrigatórios. Claudia Maia frisou que, desde 2012, havia resultados de pesquisas, confirmados por estudos internacionais, que comprovavam a segurança do tratamento a longo prazo.

Em outubro, foi implementada uma Frente Parlamentar no Congresso, que pleiteia a inclusão dos biológicos e mais atenção na rede básica. A SBD esteve presente no encontro.

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28 de outubro de 2017 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que o prazo para submissão de projetos de pesquisa técnico-científica para concorrer ao financiamento do Fundo de Apoio à Dermatologia (Funaderm) vai de 1º de novembro a 1º de dezembro. Estarão aptos a participar os associados titulares quites com as obrigações associativas.

Os projetos de investigação devem ser submetidos em formato PDF pelo e-mail funaderm@sbd.org.br, acompanhado da documentação descrita e publicada nos termos do regimento. Serão financiados projetos de pesquisa em todas as áreas da dermatologia, com orçamentos de até 25 mil reais (R$ 25.000,00), e com prazo de execução de até dois anos.

Os recursos do Funaderm são provenientes da arrecadação de doações, legados, auxílios, subvenções, contribuições e outras aquisições proporcionadas por quaisquer pessoas físicas ou jurídicas. De acordo com o regimento, haverá repasse anual relativo aos projetos de pesquisa de até 10% do resultado financeiro positivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O Funaderm é presidido por Antonio D'Acri, tem como secretario-geral, Flavio Luz, segundo secretário, Helio Miot, e coordenador de ética, Vidal Haddad.

Acesse o regimento e veja os requisitos para inscrição.
 


27 de outubro de 2017 0

A Regional Mato Grosso da SBD realizou ação especial de conscientização dos cuidados com cabelos e unhas no Bem Estar Global, no Parque das Águas, em Cuiabá, nesta sexta-feira (27/10). Na Tenda da Pele, o público teve acesso também a orientações sobre diversas doenças dermatológicas. Foram 200  atendimentos, cerca de 20% a mais que no ano passado, das 7h às 13h.

"Nosso principal objetivo foi oferecer ao público informação, ressaltando a necessidade da prevenção e orientando onde procurar tratamento adequado. Quadros clínicos identificados como doenças infecciosas, inflamatórias e casos de câncer da pele tiveram prioridade e encaminhamento para hospitais universitários da região", detalha o presidente da Regional da SBD-MT, Renato Roberto Liberato Rostey.

O vice-presidente da Regional da SBD em Mato Grosso, Igor Bottura, reforçou que é fundamental buscar o dermatologista para cuidar de cabelos e unhas. "Muitas vezes, as pessoas tratam problemas relacionados a cabelos e unhas sem um especialista e isso pode trazer efeitos colaterais prejudiciais à saúde", alerta. Para a dermatologista Noemy Sônia Ueno, que também participou da ação Bem-estar Global na tenda da SBD, "participar é uma forma de mostrar à população que o dermatologista também cuida de cabelos e unhas e que essa é uma especialidade médica que ajuda a identificar uma série de problemas de saúde, não só doenças dermatológicas como doenças clínicas, como câncer, anemia e casos de tireoide", explica.

Diagnóstico preciso que nem sempre todas as pessoas conseguem ter, conseguiram hoje com exclusividade. É o caso de Zilmeire Lourenço da Silva, de 48 anos, com suspeita de psoríase. "É difícil ter acesso a atendimento especializado e essa ação facilita o acesso à informação e à orientação médica. Fui atendida por um dermatologista e consegui encaminhamento para o Hospital Universitário Júlio Müller", conta.

A aposentada Paula Pereira (foto abaixo), 63 anos, ressaltou a importância da iniciativa para a cidade, que passa por dificuldade de atendimento da rede pública na região. "O médico dermatologista (Dr. Renato) me deu orientação sobre o que devo ou não fazer em relação às manchas de pele que tenho", revela, aproveitando a oportunidade para passar na Tenda da Acupuntura e da Alimentação Saudável para buscar orientações sobre prevenção da obesidade.

 

Os casos suspeitos foram encaminhados para o Hospital Universitário Júlio Müller, Hospital Geral de Cuiabá e Hospital Universitário de Várzea Grande. Também participou da ação a médica residente do Hospital Universitário Júlio Müller, Vivian Galindo.


26 de outubro de 2017 0

29 e 30/06/2018

Windsor Barra Hotel
Av. Lúcio Costa, 2630 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ

Em breve as inscrições online serão disponibilizadas

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24 de outubro de 2017 0

Toda mulher sabe que a consulta ginecológica anual é importantíssima para monitorar a saúde. Fazer a mamografia para prevenir ou detectar em fase bem inicial o câncer de mama e o papanicolau para analisar as secreções e diagnosticar doenças como candidíase, clamídia, sífilis e gonorreia, além do câncer de colo de útero, é (ou deveria ser) rotina para nós.

Mas existem muitos outros aspectos da saúde feminina que também merecem atenção e acompanhamento de rotina para que o corpo funcione direitinho. De acordo com estudo da Orizon, empresa referência em dados e análises do serviço de saúde suplementar do Brasil, o que mais faz as mulheres brasileiras acionarem o plano de saúde são as doenças respiratórias. Em seguida vêm os problemas do sistema urinário, como infecções urinárias. O terceiro lugar fica com as questões ortopédicas e a quarta posição, com a infectologia.

Para você saber que especialidades médicas deve ter em seu radar, levantamos as mais relevantes e conversamos com representantes delas, que explicaram a importância de cada uma na saúde da mulher.

Otorrinolaringologia
A otorrinolaringologia cuida da audição, das vias respiratórias, da garganta e das cordas vocais. “A audição é importante para qualquer pessoa, pois ouvir bem é parte de poder se comunicar bem. Os problemas das vias respiratórias não podem ser menosprezados, porque impactam na qualidade de sono e nas doenças dos seios da face, como as sinusites”, diz Wilma Anselmo Lima, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

No que diz respeito à garganta e às cordas vocais, mulheres que exercem funções em que precisam falar bastante – participam de muitas reuniões, dão aulas, trocam ideias em voz alta o dia todo – devem ter cuidado com o uso correto da voz. “É comum usar a voz de forma errada e, com o tempo, desenvolver rouquidão, que muitas vezes é até motivo para afastamento das atividades profissionais”.

Urologia
Você pode se perguntar “Uéééé, mas mulheres vão ao urologista?”. Sim! O urologista é o médico especialista no diagnóstico e tratamento das doenças do aparelho urinário; mulheres têm aparelho urinário e ele precisa de atenção. É nele, por exemplo, que ocorrem as infecções urinárias.

“É uma doença muito comum em todas as faixas etárias da vida da mulher. As causas são inúmeras e algumas mulheres têm episódios recorrentes de infecção urinária. Cada caso exige um tratamento”, explica Carlos Bellucci, coordenador-geral do Departamento de Urologia Feminina e Uroneurologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Ele cita também a incontinência urinária como uma doença comum entre as mulheres adultas e cuja prevalência aumenta com o passar dos anos. “Ela pode causar danos como depressão e inflamações da pele da região genital. O urologista é o médico que avalia cada caso e propõe o melhor tratamento, que vai de fisioterapia e medicamentos a cirurgias”.

Ortopedia
A ortopedia é importante na saúde da mulher por tratar tanto das questões ósseas quanto das musculares. O ortopedista André Weber, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Quadril (SBQ), conta que entre as mulheres mais jovens os problemas ortopédicos mais comuns são os musculares e de articulações.

“O motivo está na anatomia. A mulher tem a musculatura menor, e o estrógeno deixa os músculos menos rígidos. As articulações femininas também são mais frouxas. Tudo isso facilita o risco de lesões”, afirma. Outra questão relevante é nossa facilidade para lesões no ligamento cruzado anterior, já que nossas cartilagens dos joelhos são mais moles. “O uso excessivo de sapatos com saltos altos também leva muitas mulheres ao consultório”, complementa o médico.

Já entre as mulheres de idade mais avançada o desequilíbrio hormonal da menopausa pode causar perda de massa óssea e levar à osteoporose, uma doença que aumenta o risco de fraturas, entre elas a dos quadris. “É fácil evitar isso”, garante André. “Combinando medicação, cálcio, vitamina D, consumo de leite e adoção de atividades físicas, é possível fortalecer os ossos e melhorar a qualidade de vida”.

Infectologia
“Vivemos em um país tropical, com doenças infecciosas que permeiam todos. Dengue, zika, toxoplasmose e as sexualmente transmissíveis, como sífilis, gonorreia, hepatite B e C, HIV são as que mais levam as pessoas ao infectologista”, diz Marinella Della Negra, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.

A infectologista observa que as mulheres ficam em uma situação mais delicada quando estão grávidas, pois as doenças podem prejudicar o feto. Mas nem por isso as que não estão esperando um bebê podem descuidar. A toxoplasmose pode ser contraída em uma salada mal lavada ou de uma carne crua, dengue e zika vêm de um mosquito, e toda mulher que tenha uma vida sexual ativa e não se proteja 100% está sujeita a ter uma doença infecciosa.

Mesmo assim, dificilmente o consultório do infectologista é a primeira parada de quem precisa se tratar com ele. De acordo com Marinella, “o mais comum é um ginecologista ou um clínico geral fazer o diagnóstico e encaminhar a paciente”.

Angiologia
Principalmente por causa de questões hormonais, mulheres têm maior risco de desenvolver trombose. Ao notar os sintomas da doença – apenas uma das pernas inchada, com vermelhidão e talvez dor –, é o angiologista que devemos procurar.

Além disso, o angiologista e o cirurgião vascular cuidam da circulação de uma forma geral, como destaca Ivanésio Merlo, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV): “Todos os órgãos têm uma drenagem de artérias e veias. Uma doença nas artérias do rim leva à insuficiência renal. De varizes a um AVC, a angiologia e a cirurgia vascular têm uma importância vital, porque um órgão sem circulação sanguínea não existe”.

Endocrinologia
Transtornos das glândulas endócrinas, que secretam hormônios no sangue, são tratadas pelos endocrinologistas. Aí entram questões comuns aos dois sexos – diabetes, colesterol e tireoide, por exemplo – e várias são exclusivas das mulheres – como distúrbios da menstruação, síndrome dos ovários policísticos e a reposição hormonal da menopausa.

“A endocrinologia vê a saúde da mulher de forma ampla. Temos muita atuação em comum com o ginecologista, mas, quando a mulher vai ao consultório do endocrinologista, o todo é observado”, diz Rita de Cássia Weiss, presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBOT).

Isso significa que a mulher que vai tratar da síndrome dos ovários policísticos terá acompanhado de perto o maior risco de desenvolver diabetes, assim como a que já é diabética poderá prevenir a osteoporose com as medidas indicadas pelo endocrinologista.

Dermatologia
Mais do que estética, a dermatologia atua no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças relacionadas à pele, aos pelos, às mucosas, aos cabelos e às unhas. “A pele e seus anexos – cabelos e unhas – podem ser sede de inúmeras doenças, incluindo as autoimunes, o câncer, as dermatoses infecciosas e inflamatórias”, afirma Sergio Palma, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Muito do que acontece nos órgãos internos é refletido pela pele. Ressecamento excessivo pode ser sinal de diabetes, manchas e pintas podem ser um alerta para o câncer de pele. Claro que você pode e deve procurar sua dermatologista para cuidar da aparência, aproveitando que os tratamentos estão cada vez mais eficazes e seguros, mas lembre-se dela também quando algo estranho surgir em qualquer ponto de sua pele. Pode ser seu organismo pedindo ajuda.

Cardiologia
De acordo com a cardiologista Fátima Dumas Cintra, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardiovasculares são consideradas uma importante causa de mortalidade em mulheres. “A prevenção e o controle dos fatores de risco são fundamentais para um envelhecimento saudável”.

Ela destaca que, principalmente depois da menopausa, a incidência de doenças cardiovasculares aumenta entre as mulheres. Para evitar isso, temos que começar a nos cuidar ainda jovens, deixando cigarro e sedentarismo de lado e controlando diabetes e obesidade.

Oftalmologia
Existe uma condição dos olhos que é típica no sexo feminino e quase toda mulher tem: olho seco. “Não significa que o olho fique sem hidratação. Ele lacrimeja e arde”, explica a oftalmologista Cristina Nishiwaki Dantas, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). “O olho seco pode causar lesões na córnea e levar até à cegueira se não for tratado”, alerta. Por isso, ao sentir estes sintomas, agende uma consulta para examinar os olhos.

Ir ao oftalmologista uma vez ao ano também é necessário para verificar se há necessidade de uso de lentes corretivas. Dos 40 anos em diante, deve-se medir a pressão ocular para prevenir o glaucoma.

Nefrologia
O nefrologista e diretor científico da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) Marcelo Mazza do Nascimento conta que fato de cada vez mais mulheres apresentarem o diagnóstico de diabetes faz crescer entre o sexo feminino a incidência de doença renal crônica, que é o mau funcionamento dos rins.

“Outra condição relevante na nefrologia é a pressão alta, que afeta os rins. Atualmente, metade dos adultos hipertensos é mulher, e devemos destacar que algumas situações específicas em mulheres aumentam o risco do aparecimento da pressão alta, como a gestação, o uso de anticoncepcionais hormonais e a menopausa”, diz. Ele recomenda que toda mulher com fatores de risco – e acrescente histórico familiar aí – faça periodicamente exames de avaliação da função renal, que são simples e estão disponíveis na rede de saúde pública.

Proctologia
De novo você pode estar se perguntando “O quê? Mulher no proctologista???”. Sim, miga! O proctologista examina e diagnostica doenças no intestino grosso, no reto e no ânus, e nós temos tudo isso!

“São diversas as condições que acometem estes órgãos, mas certamente a mais temida é o câncer colorretal, que já é um dos cânceres mais frequentes em homens e mulheres”, diz Tomazo Franzini, diretor da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). A colonoscopia, ou endoscopia digestiva baixa, é o exame que verifica que está tudo ok na região e diagnostica qualquer anormalidade.

Outras questões femininas que atingem bastante os órgãos de especialização da proctologia são o intestino preso, que acomete mais mulheres do que homens, e as alterações do assoalho pélvico, decorrentes de gestações ou cirurgias ginecológicas e que podem causar incontinência fecal. O proctologista é o médico a se procurar para resolver isso. Sem medo nem preconceito, ok?

Fonte: MdeMulher


24 de outubro de 2017 0

Nesta quinta-feira, 26 de outubro, a SBD participa do primeiro fórum Saúde da Pele, que debaterá os novos tratamentos na área, o acesso a procedimentos e remédios no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos de saúde, além do preconceito contra portadores de doenças dermatológicas, como a psoríase e a hanseníase.

Promovido pela Folha de S. Paulo, o encontro ocorre a partir das 8h no Rooftop 5 & Centro de Convenções, no Complexo Axé Cultural (rua Coropé, 88, Pinheiros), em São Paulo.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente no site Folha Eventos.  O dermatologista associado poderá assistir o seminário em tempo real no Grupo Dermatologistas, no Facebook. 

 

Conheça a programação

CREDENCIAMENTO E WELCOME COFFEE HORÁRIO: das 8h às 9h

ABERTURA: Eliane Medeiros, portadora de vitiligo, é modelo para campanhas publicitárias e editoriais de moda

HORÁRIO: das 9h às 9h15

MESA 1: Novos tratamentos: o que podemos esperar?

HORÁRIO: das 9h20 às 10h20h

PARTICIPANTES: José Antonio Sanches, presidente da SBD e professor do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da USP; Caio Cesar Silva de Castro, Coordenador da Campanha de Psoríase da SBD e professor na PUC Paraná; Adriana Porro, vice-chefe do Departamento de Dermatologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Elisabeth Lima Barboza, médica dermatologista portadora de psoríase

COFFEE BREAK

HORÁRIO: das 10h20 às 10h50

MESA 2: Olhares e atitudes: o preconceito contra portadores de doenças de pele

HORÁRIO: das 10h50 às 11h50

PARTICIPANTES: Ricardo Romiti, médico responsável pelo ambulatório de psoríase do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Claudia Giuli Santi, dermatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP especialista em doenças bolhosas autoimunes; Roberto Takaoka, dermatologista e fundador da AADA (Associação de Apoio à Dermatite Atópica) e Carmelita Ribeiro, responsável pela coordenação de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde

MESA 3: Planos de saúde, Governo e acesso ao tratamento

HORÁRIO: das 11h50h às 12h50

PARTICIPANTES: Gládis Lima, presidente da Psoríase Brasil (União das Associações de Portadores de Psoríase do Brasil); Raquel Medeiros Lisbôa, gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar); Claudia Maia, dermatologista da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD e Sandro José Martins, responsável pela coordenação de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde

 

 

 





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