Câncer da pele: a prevenção é o melhor remédio




9 de abril de 2018 0

O médico dermatologista Curt Mafra Treu falou sobre vitamina D e pele no quadro Ciência em Foco, do canal Ulbra Conhecimento. "A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que se conheça o nível individual de vitamina D de cada pessoa e a reposição seja feita apenas por médico, de forma supervisionada, apenas quando o nível de vitamina D for abaixo de 20 ng/ml", informa.

Clique na imagem e assista a íntegra do depoimento.

 


6 de abril de 2018 0

A criação de novos cursos de medicina no país está suspensa por cinco anos, de acordo com portaria assinada hoje (5) durante reunião do presidente Michel Temer com o ministro da Educação, Mendonça Filho. A medida vale para instituições públicas federais, estaduais e municipais e privadas. A ampliação de vagas em cursos de medicina já existentes em instituições federais também fica suspensa pelo mesmo período.

De acordo com  Mendonça Filho, a medida se justifica pela necessidade de fazer uma avaliação e adequação da formação médica no Brasil. Segundo ele, foi grande o número de cursos abertos no país nos últimos anos e agora é preciso zelar pela qualidade.

“Teremos moratória de cinco anos para que possamos reavaliar todo o quadro de formação médica no Brasil. Isso se faz necessário até porque as metas traçadas com relação à ampliação de médicos no Brasil já foram atingidas. Mais que dobramos o número total de faculdades de formação de medicina nos últimos anos, o que significa dizer que há uma presença de formação médica em todas as regiões do Brasil”, afirmou o ministro.

Mendonça Filho explicou que duas portarias serão publicadas no Diário Oficial da União de amanhã (6). Uma estabelece a suspensão da criação de novos cursos de medicina por cinco anos e a outra orienta os sistemas estaduais e municipais a cumprirem a norma.

“Nos casos das estaduais, a regulação é feita pelos Conselhos Estaduais de Educação. Elas têm autonomia, de acordo com a Constituição Federal, assim como as municipais. Mas todas essas regras estão subordinadas ao comando-geral definido a partir de uma portaria adicional que foi assinada hoje por mim”, explicou o ministro.

Repercussões – O presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital, disse que há um número excessivo de vagas abertas em cursos de medicina no país. “Essa portaria vem ao encontro da necessidade de controle da autorização de novas escolas. Temos algo em torno de 31 mil vagas de curso de medicina. Isso vai projetar o número de médicos per capta a uma demanda que não é compatível com países de primeiro mundo”, disse.

Questionado se suspender novos cursos não é uma atitude corporativista, Vital negou. “Isso é bem distante de um corporativismo. Essa é uma ação corporativa no sentido de preservar valores como vida, saúde e dignidade humana com uma prática médica qualificada”.

Para a Associação Médica Brasileira (AMB), a moratória pode ajudar a resolver os problemas envolvendo as escolas médicas. A entidade vem cobrando desde o ano passado medidas do governo, pois a maioria das novas escolas não tem conseguido garantir uma formação adequada aos estudantes de medicina, devido a problemas e deficiências que apresentam. A AMB também tem cobrado maior fiscalização nas escolas existentes e a realização de um exame nacional de proficiência em medicina para os estudantes e os egressos de todas as escolas.

Já a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) considera que a medida representa “um retrocesso que compromete o desenvolvimento do país e o atendimento à população naquilo que é um direito humano fundamental, o direito à saúde”. Para a ABMES, é contraditório que o governo, poucos meses após criar uma regra específica para o aumento de vagas, proíba a criação dessas mesmas vagas, inclusive em cursos com reconhecida qualidade, referindo-se ao Programa Mais Médicos.

Fonte: Conselho Federal de Medicina


4 de abril de 2018 0

O aplicativo SBD Eventos já está funcionando. A ferramenta é compatível com smartphones e tablets com sistema Android, além de iPhones e Ipads. O objetivo da entidade com o lançamento do app é que o participante tenha acesso a informações rápidas e relevantes de todos os eventos promovidos pela SBD em seu próprio celular, como programação, expositores, planta do local, pontos turísticos, hotéis credenciados, local do evento, incluindo como chegar, mapas, GPS, entre outros.

No aplicativo o médico consegue montar a própria agenda e “favoritar” as aulas de interesse. No mural de fotos, é possível publicar imagens pessoais via app e, posteriormente, acessar páginas e arquivos referentes ao fechamento do encontro. Quem estiver presente no evento também pode usar a ferramenta para enviar perguntas aos palestrantes.

Para download pelo sistema operacional Android, acesse a Play Store. Para o sistema IOS, dos Iphones e Ipads, o procedimento é basicamente o mesmo. Deve ser baixado na App Store.

Instale o aplicativo no seu dispositivo móvel e acompanhe todos os eventos realizados pela SBD.

 

 

 


4 de abril de 2018 0

Nesta quarta-feira (4/4), o presidente da República, Michel Temer, assinou o projeto que regulamenta as profissões de estecista (compreendida por esteticista e cosmetólogo) e técnico em estética. O documento não se aplica em atividades de estética médica, como previsto na Lei do Ato Médico (Lei 12.842/2013).

De acordo com a Lei 2.332/2015, de autoria da deputada Soraya Santos (PMDB/RJ), será considerado técnico em estética o profissional habilitado em curso técnico com concentração em Estética oferecido por instituição regular de ensino no Brasil e curso técnico com concentração em Estética oferecido por escola estrangeira, com revalidação de certificado ou diploma pelo Brasil. O texto aprovado permite ao técnico em estética continuar exercendo a atividade se já estiver há três anos na profissão, contados da entrada em vigor da lei, ou se possuir prévia formação técnica em estética.

Com relação ao esteticista e cosmetólogo, será considerado profissional da área os graduados em curso de nível superior com concentração em estética e cosmética, ou equivalente, oferecido por instituição regular de ensino no Brasil, devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação, ou instituição estrangeira com diploma revalidado no Brasil.

Pela valorização da saúde brasileira

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) teve importante atuação no processo decisório, participando de audiência pública e reuniões na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Como integrante do Grupo de Trabalho da CAS, a SBD colaborou para a redação final da lei que regulamenta as profissões de esteticistas, preservando os atos privativos do profissional médico por assegurar o disposto na Lei do Ato Médico (Lei 12.842/2013), e da qualidade da assistência à saúde dos cidadãos.

Clique para ler a cópia da Lei nº 13.643, de 3 de abril de 2018, que regulamenta as profissões de esteticista, que compreende o esteticista e cosmetólogo, e de técnico em estética, oriunda do PL 2.332/2015, de autoria da deputada Soraya Santos (PMDB/RJ).


3 de abril de 2018 0

De que forma podemos deixar o organismo abastecido de vitamina D? O 1º secretário da SBD, Hélio Miot, fala sobre o assunto em reportagem veiculada neste sábado (31/3) pela TEM Notícias.

O médico dermatologista comentou sobre estudo inédito promovido pela SBD que identificou que a utilização do fotoprotetor e exposição leve ao sol não afeta a capacidade de síntese cutânea de vitamina D.

Clique na imagem para assistir e compartilhe essa informação.

 


28 de março de 2018 0

O Serviço de Dermatologia do Hospital Santa Casa de Curitiba divulga o edital (clique para acessar) para o preenchimento de uma vaga no Curso de Especialização em Cirurgia Micrográfica de Mohs e Oncologia Cutânea. A especialização tem duração de doze meses, com início no próximo mês de maio e término em maio de 2019. O investimento mensal é de R$ 600.

Os pré-requisitos para o processo seletivo são residência médica em dermatologia ou especialização em Serviço Credenciado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e ter sido aprovado na prova de TED até o início do programa.

Para se candidatar, é necessário apresentar os seguintes documentos: duas cartas de recomendação (uma do diretor do programa de residência médica); currículo; cópias de licenças profissionais; declaração pessoal (máximo 500 palavras).

O prazo final para envio dos documentos é dia 3 de maio.

A prova e a entrevista serão realizadas no Centro Médico do Hospital Santa Casa de Curitiba, sala da Dermatologia (1º andar), no dia 7 de maio, às 19h, em Curitiba. O hospital está localizado na Avenida Visconde de Guarapuava, 3200.

Para outras informações, basta entrar em contato com o Serviço de Dermatologia do Hospital Santa Casa de Curitiba pelo e-mail dermatologiasc@hotmail.com ou pelos telefones (41) 3222-0842, (41) 99838-0360.


27 de março de 2018 0

De 31 de maio a 2 de junho, grandes especialistas do Brasil e alguns dos maiores nomes internacionais estarão reunidos no III Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas para falar sobre o que há de mais novo em diagnóstico e tratamento das doenças nessas duas áreas da dermatologia.

O encontro é uma iniciativa da SBD Nacional, por intermédio do Departamento de Cabelos e Unhas, em parceria com a SBD-DF.

Acesse a página do evento aqui no site da SBD, conheça os cursos teóricos e práticos pré-simpósio, bem como a programação completa que abordará, entre outros temas, novidades em onicologia e onicomicose; atualização em fisiologia e ciência básica dos cabelos; sessão interativa de cabelos e unhas e inscreva-se com antecedência. Até o dia 18 de maio os valores de inscrição são diferenciados.

 


26 de março de 2018 0

Médicos dermatologistas de todo o país se reuniram entre 22 e 24 de março, em Florianópolis, Santa Catarina, para o 1º Simpósio de Envelhecimento da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O encontro inédito ocorreu em conjunto com a 26ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e discutiu temas relacionados à promoção, prevenção e diagnóstico das doenças dermatológicas, bem como condutas terapêuticas diferenciadas nessa faixa etária, além do desafio da implementação de ações de prevenção e cuidados direcionadas às necessidades do idoso. Nesse contexto, o encontro ofereceu o curso de capacitação "Cuidados dermatológicos na pele envelhecida", voltado para profissionais e cuidadores que desejaram aprofundar e aprimorar os conhecimentos em temas relacionados a esse aspecto do envelhecimento humano.

“O envelhecimento está associado a uma diminuição da qualidade de vida e do nível de saúde. Com isso, é fundamental discutir e investir em ações de prevenção de doenças e de promoção de saúde. Convidamos essas pessoas para fazer uma troca de experiências e a propiciar momentos de aprendizado e enriquecimento. Essa interação permitiu atender à demanda desse público leigo que buscou atualização na área”, relata o presidente da SBD, Jose Antonio Sanches (foto acima). 

A programação abordou temas relacionados à cosmiatria, oncologia, doenças sistêmicas, casos clínicos da dermatologia geriátrica, rosácea, vitamina D, alopecias e condutas não cirúrgicas do câncer cutâneo não melanoma, entre outros. Um dos grandes nomes da especialidade mundial, o dermatologista Rox Anderson (EUA), foi convidado para falar sobre cosmiatria no idoso. 

A plateia também teve a oportunidade de assistir a uma palestra sobre “Mídia e ética”, ministrada pelo vice-presidente da SBD, Sérgio Palma (foto abaixo), e o presidente da SBD-SC, Maurício Conti.

Em sua apresentação, Palma destacou a importância da observação das normas éticas por todos os profissionais, citando a publicidade médica e das resoluções que dispõem sobre o assunto; o preenchimento correto do prontuário médico; a relação médico-paciente e o sigilo médico como essenciais para o bom andamento do exercício da profissão e para prevenção de ações que envolvam a judicialização. Também mostrou as infrações éticas mais frequentes em sindicâncias e processos ético-profissionais ocorridos de 2013 a 2018. Já Conti abordou o papel do médico dermatologista como provedor e consumidor de conteúdo nas mídias.

Organizado pela SBD, por intermédio do seu Departamento de Dermatologia Geriátrica, o encontro ocorreu em conjunto com a Jornada Sul Brasileira, promovida pela SBD-SC, e com apoio das Regionais Rio Grande do Sul (RS) e Paraná (PR).

“Foi um sucesso. Durante o evento, tivemos um retorno muito positivo. Além dos dermatologistas que tiveram a oportunidade de ter aulas excelentes e de didática e prática clínica muito boas, pela primeira vez a SBD ampliou o encontro para leigos, entre eles cuidadores, podólogos, enfermeiros, com a realização de curso sobre os principais cuidados para a saúde da pele do idoso. Agradeço ao empenho da atual Diretoria da SBD, captaneada pelo Dr. Jose Antonio Sanches, e ao apoio da SBD-SC, sob a presidência do Dr. Maurício Conti, na realização do 1º Simpósio de Envelhecimento da SBD. O evento agradou bastante e tende a crescer nos próximos anos”, disse a coordenadora do Departamento de Dermatologia Geriátrica da SBD, Silvia Marcondes. 

“O Simpósio e a Jornada foram excelentes. A programação científica estava bem dosada, com aulas de excelentes conteúdos e muito bem apresentadas. Observamos vários jovens talentos da dermatologia renovando, interagindo e debatendo com grandes mestres. Destaco a participação da plateia, que em todos os blocos se manifestou com perguntas aos palestrantes. Foi uma satisfação coletiva tanto para os organizadores como para os participantes”, ratifica o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.

Dados estatísticos

Segundo o IBGE, a população acima dos 60 anos triplicará até 2050, chegando a 66,5 milhões de indivíduos e já a partir de 2036 o Brasil será considerado um país envelhecido. Esse efeito se deve a alguns fatores, como o aumento da expectativa de vida, queda da mortalidade e redução da fecundidade, entre outros. Por isso, são importantes os cuidados com a saúde de maneira integral para chegar lá na frente bem.


A 2ª secretária da SBD, Silvia Schimdt; o presidente da SBD, Jose Antonio Sanches; a coordenadora do Depto de Dermatologia Geriátrica, Silvia Marcondes;
o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma; e o presidente da Regional Santa Catarina, Maurício Conti


23 de março de 2018 0

Começou nesta quinta (22/3) e vai até o próximo sábado (24/3) a 26ª Jornada Sul Brasileira de Dermatologia e o 1º Simpósio de Envelhecimento da SBD, no Centro de Convenções Centro Sul, em Florianópolis, Santa Catarina. Durante três dias especialistas discutem diferentes temas da dermatologia, incluindo alterações cutâneas e cuidados na prevenção e diagnóstico de frequentes patologias ocorridas na pele do idoso. O encontro é realizado pela SBD Nacional – por meio do Departamento de Dermatologia Geriátrica – em parceria com a SBD-SC e apoio da SBD-RS e SBD-PR.

A abertura oficial foi feita pelo presidente da Regional Santa Catarina, Mauricio Conti, que agradeceu a presença do público, fez um histórico das jornadas sul-brasileiras e mostrou a importância para a área médica, sobretudo para dermatologia, de se ter um olhar mais amplo sobre como o idoso está envelhecendo.

Em seguida, a coordenadora do Departamento de Dermatologia Geriátrica, Silvia Marcondes Pereira, agradeceu a iniciativa pioneira da entidade em realizar um encontro que aborda o envelhecimento, ressaltando que será o primeiro de muitos. Agradeceu também a iniciativa do curso voltado para leigos, que tiveram a oportunidade de tirar suas dúvidas sobre cuidados e condutas dos pacientes com mais de 60 anos de idade.

O presidente da SBD, Jose Antonio Sanches, ressaltou que o avanço da cosmiatria vem do amadurecimento da própria dermatologia e frisou a importância da abordagem da dermatologia em sua forma mais ampla.

“Existem outras áreas da dermatologia, como a clínica, que está sendo alijada e merece toda a nossa atenção. Dessa maneira, penso que as doenças infecciosas devem ser prioridade do dermatologista. Nosso olhar também precisa estar voltado para as doenças dermatológicas que afetam psicologicamente seus portadores, como o vitiligo”, disse. O presidente mencionou ainda que vivemos uma fase nova de investimento da indústria, com pesquisas com os biológicos, medicamentos com agentes-alvo e novas perspectivas terapêuticas, e os dermatologistas precisam estar prontos para essa nova era da especialidade.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação dos idosos de 60 anos de idade ou mais passou de 9,8% em 2005 para 14,3% em 2015, com tendência a se acentuar nos próximos anos. Em 2025, por exemplo, os idosos serão cerca de 35 milhões de uma população com 100 milhões de pessoas. Daí a necessidade de o médico dermatologista estar preparado para o atendimento desse tipo de população. Segundo Sanches, a cosmiatria pode acrescentar e melhorar a característica da pele do idoso, “mas existem muitas questões fisiológicas e clínicas que precisam ser tratadas; daí a importância de debatermos esse tema”.

Para ampliar a discussão, a entidade vai promover em agosto o 1º Fórum de Envelhecimento, no Rio de Janeiro, em parceria com O Globo.


Participaram da cerimônia de abertura a coordenadora do Departamento de Dermatologia Geriátrica, Silvia Marcondes Pereira; o presidente da SBD, Jose Antonio Sanches; o presidente da SBD-SC, Mauricio Conti; a presidente da SBD-RS, Clarisse Prates; e o presidente da SBD-PR, Anber Ancel Tanaka

Cuidados dermatológicos na pele envelhecida para leigos ou profissionais

O encontro ofereceu curso gratuito para cuidadores profissionais e familiares de idosos. Ocorrido na manhã desta quinta (22/3), abordou os seguintes temas: “Alterações na pele envelhecida e seus cuidados diários”; “Dermatoses mais prevalentes no idoso”; “Diagnóstico de câncer da pele e lesões pré-cancerosas”; “Conduta em úlcera de perna e úlcera de pressão: limpeza, curativos e seguimento”. As aulas foram ministradas por especialistas do Departamento de Dermatologia Geriátrica da SBD.

 


20 de março de 2018 0

Abertura sem precedentes no número de cursos e escolas médicas levou ao aumento no tamanho da população médica, que, no entanto, carece de políticas públicas que estimulem a migração e a fixação de profissionais em áreas do interior e menos desenvolvidas 

Nunca houve um crescimento tão grande da população médica no Brasil num período tão curto de tempo. Em pouco menos de cinco décadas, o total de médicos aumentou 665,8%, ou 7,7 vezes. Por sua vez, a população brasileira aumentou 119,7%, ou 2,2 vezes. No entanto, esse salto não trouxe os benefícios que a sociedade espera. 

Apesar de contar, em janeiro de 2018, com 452.801 médicos (razão de 2,18 médicos por mil habitantes), o Brasil ainda sofre com grande desigualdade na distribuição da população médica entre regiões, estados, capitais e municípios do interior. 

Os dados constam da pesquisa Demografia Médica 2018, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), e divulgado nesta terça-feira (20). O levantamento, coordenado pelo professor Mário Scheffer, usou ainda bases de dados da Associação Médica Brasileira (AMB), Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Educação (MEC)

O Sudeste é a região com maior razão de médicos por 1.000 habitantes (2,81) contra 1,16, no Norte, e 1,41, no Nordeste. Somente o estado de São Paulo concentra 21,7% da população e 28% do total de médicos do País. Por sua vez, o Distrito Federal tem a razão mais alta, com 4,35 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 3,55.

Na outra ponta estão estados do Norte e Nordeste. O Maranhão mantém a menor razão entre as unidades federativas, com 0,87 médico por mil habitantes, seguido pelo Pará, com razão de 0,97. “Há uma desproporção gritante entre as unidades da federação e entre as regiões: 39 cidades com mais de 500 mil habitantes concentram 60% dos médicos, enquanto os 40% estão distribuídos no país para atender o restante da população”, pontuou o presidente do CFM, Carlos Vital, que diante do quadro apresentou propostas para uma melhor distribuição dos médicos. “Um ponto fulcral é a criação de uma carreira de Estado para o médico e demais profissionais de saúde, que dê segurança jurídica, permita a educação continuada, ofereça condições de trabalho e valorize o trabalho do profissional para que ele se fixe nas cidades do interior”, defendeu Vital durante coletiva à imprensa nesta terça-feira (20), em Brasília.

O aumento total registrado e a má distribuição dos profissionais pelo território nacional têm relação direta com o fenômeno da abertura de novas escolas e cursos de Medicina no Brasil. Considerando-se que a graduação em Medicina dura seis anos, sem praticamente haver evasão ou repetência entre os alunos, cada vaga oferecida em 2018 corresponderá a um novo médico, em 2024. “Os resultados do estudo sustentam o debate sobre o grande número de escolas em funcionamento no país, que podem comprometer a qualidade da formação médica. Após diversas manifestações públicas do Cremesp e de demais conselhos e organizações de especialidades médicas, contra a abertura indiscriminada de escolas médicas no Estado, o governo federal comprometeu-se em assinar uma moratória para proibir a abertura de novos cursos de Medicina no país durante cinco anos”, enfatiza o presidente do Cremesp, Lavínio Camarim. “Essa medida servirá para que os cursos em funcionamento, atualmente, passem por avaliações e adequações que se fizerem necessárias para a boa formação do estudante de Medicina”, conclui Camarim, também presente na coletiva.

Naquele ano, estima-se que serão 28.792 profissionais egressos das escolas (três vezes o número de 2004, quando foram registrados 9.299 registros de novos médicos). Em duas décadas (com base nos números de 14 anos atrás), o crescimento previsto é de 200% no número de novos registros.

Para o presidente da AMB, Lincoln Lopes Ferreira, a Demografia Médica ajuda a sociedade a compreender melhor a distribuição dos médicos no país, já que o que se tinha até então eram dados e números dispersos, que não permitem uma visão do todo. “A atualização constante da Demografia Médica nos fornece insumos na busca de soluções para as questões da medicina, do médico e da saúde no Brasil, com base em análise de fatos e dados, e não puramente em ideologias”, afirma. Lincoln Ferreira enfatiza que a Demografia Médica 2018 consolida o entendimento de que não há falta de médicos no país, mas condições, estratégias e gestão para todas as regiões onde há necessidade. “Não precisamos de médicos importados, precisamos de carreira médica de Estado e de condições de trabalho nas mais diversas localidades”, defendeu Ferreira, durante a coletiva.

Contudo, na avaliação das entidades médicas, o grande número de profissionais, que deve aumentar exponencialmente nos próximos anos, enfrenta um grande problema: existem deficiências nas políticas públicas que geram maior concentração de médicos nas grandes cidades e no litoral, em especial nas áreas mais desenvolvidas, e nos serviços particulares em detrimento do Sistema Único de Saúde (SUS). 

A manutenção desse problema, na avaliação das lideranças médicas, decorre da ausência de políticas públicas que estimulem a migração e a fixação dos profissionais nas áreas mais distantes dos grandes centros, de modo particular no interior das Regiões Norte e Nordeste.  

Dentre os problemas, está a precariedade dos vínculos de emprego, a falta de acesso a programas de educação continuada, a ausência de um plano de carreira (com previsão de mobilidade) e inexistência de condições de trabalho e de atendimento, com repercussão negativa sobre diagnósticos e tratamentos, deixando médicos e pacientes em situação vulnerável.  A secretária-executiva da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Rosana Melo, destacou, durante a coletiva, que o Brasil vive uma situação paradoxal, “em que faltam médicos e não faltam médicos”. Disse, também, que o governo está atento para que a formação de especialistas atenda às necessidades do país.

Nos textos a seguir, os números são detalhados, apresentando diferentes nuances dos números encontrados, como o aumento da participação das mulheres no total da população médica; a redução na idade média dos profissionais; e a distribuição deles entre as especialidades médicas reconhecidas. São números que ajudam a fazer o diagnóstico de uma situação que exige respostas urgentes do poder público. 

PARA TER O DETALHAMENTO DESTE ESTUDO ACESSE OS SEGUINTES LINKS:

Brasil chega a quase meio milhão de médicos, com cada vez mais mulheres e jovens entre os profissionais
Desigualdade marca a distribuição geográfica dos médicos pelo País
Capitais têm quatro vezes mais médicos do que os municípios do interior brasileiro
Municípios do Brasil oscilam entre a África e a Europa quanto à distribuição de médicos
6 em cada 10 médicos do Brasil possuem pelo menos um título de especialista
Quatro especialidades concentram 39% dos especialistas do País

Fonte: CFM





SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Rio Branco, 39 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-003

Copyright Sociedade Brasileira de Dermatologia – 2021. Todos os direitos reservados