No Senado, SBD defende uso de protetores solares para prevenir câncer da pele




5 de junho de 2019 0

A venda de protetores solares com substâncias tóxicas aos recifes de corais deve ser proibida? A questão foi o ponto de partida de um debate nesta quarta-feira (5/6) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal. Na audiência pública, que teve como objetivo instruir o Projeto de Lei (PL) 616/2019, a coordenadora do Departamento de Oncologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Jade Cury Martins, acompanhada do presidente da entidade, Sérgio Palma, defenderam a importância do uso dos filtros solares na prevenção de doenças dermatológicas, entre elas o câncer da pele. 

A proposta em discussão, que ainda deve passar por outras Comissões do Senado e também da Câmara dos Deputados, pretende alterar a Lei nº 6.360/1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária de medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, cosméticos, saneantes e outros produtos. Além disso, o texto dispõe sobre a regulação ambiental de cosméticos e sobre a proibição de protetores solares considerados tóxicos para recifes de corais.

Em sua fala, a representante da SBD destacou a pertinência do debate, mas lembrou aos parlamentares e convidados presentes que, atualmente, o uso regular de filtro solar na pele exposta ao sol constitui uma das principais medidas de prevenção contra o câncer da pele. “A preocupação com a questão ambiental precisa ser discutida e parabenizamos a iniciativa do Congresso Nacional em abordar este tema. Mas acreditamos que qualquer decisão no sentido de restringir o acesso aos protetores solares pode causar um grande impacto negativo à saúde da população brasileira”, enfatizou Jade. 


A dermatologista Jade Cury Martins e o presidente da SBD, Sérgio Palma, defenderam a importância do uso dos filtros solares na prevenção de doenças dermatológicas, entre elas o câncer da pele

Prós e contras – Segundo ela, apesar de alguns estudos relatarem possíveis danos provenientes de resíduos de protetores solares aos corais, a literatura científica é vasta em demonstrar os prejuízos da exposição excessiva à radiação solar ultravioleta para a saúde humana. Estudo recente divulgado pelo JAMA Dermatology, por exemplo, demonstrou que usar o filtro solar diariamente na infância reduz em 40% o risco de desenvolver melanoma na comparação com aqueles que raramente o utilizam.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é de 165.580 mil novos casos de câncer da pele não melanoma. “A Sociedade Brasileira de Dermatologia acompanha atentamente os resultados de estudos com filtros solares e até o momento não temos dados de segurança que contraindiquem o uso desse produto”, destacou Sérgio Palma. 

A proposta do senador Lasier Martins (PODE/RS), autor do projeto, exige que se modifique a fórmula da composição dos protetores solares e que a composição seja descrita nos rótulos, bulas e embalagens, sob pena de cancelamento do registro e de apreensão do produto em todo o território nacional. 

Além da SBD, participaram do debate representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de instituições ligadas à defesa do meio ambiente e representantes da indústria de cosméticos.

Branqueamento de corais – Uma das teses apresentadas pelos que defendem a restrição da comercialização dos protetores solares indica que algumas das substâncias do produto podem causar o branqueamento de corais – quando ocorre a destruição do pigmento de algas que vivem em simbiose com o coral. Apesar do argumento, a SBD entende que este problema ecológico está relacionado principalmente com o aumento da temperatura da água dos oceanos, além de outros fatores.

“O branqueamento é um fenômeno que apresenta relação com variações ambientais, tais como a grande incidência de luz, a poluição, a alteração na salinidade e, sobretudo, o aumento da temperatura das águas, decorrente do aquecimento global. Precisamos, portanto, ampliar o debate pela proteção do meio ambiente para além do uso de filtros solares por banhistas”, pontuou o presidente da SBD.

E você, concorda com a proposta do Projeto de Lei (PL) 616/2019? 

Vote na Consulta Pública disponível no site do Senado.
 


4 de junho de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou uma campanha com personalidades para alertar sobre os riscos desses tratamentos sem um médico habilitado. Além disso, a SBD também protocolou um documento no Ministério Público Federal em que pede providências quanto a essas irregularidades.

Para entender um pouco mais sobre esse assunto, o Jornal da Câmara recebeu o Dr. Mauro Enokihara, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Clique na imagem para ver a íntegra da entrevista.

 


3 de junho de 2019 0


Dermatologistas membros dos Departamentos de Doenças Infec. e Parasitárias; Hanseníase; Ist e Aids com pesquisadores e membros da Diretoria da Nacional

Os padrões de ocorrência das doenças tropicais, a interação entre agentes e ambiente, assim como a vulnerabilidade populacional, foram amplamente debatidos no 41º Simpósio de Dermatologia Tropical da SBD (DermaTrop), realizado de 30 de maio a 1º de junho, em Porto Alegre (RS). O encontro reuniu experientes dermatologistas dedicados ao tema, mas também jovens interessados em atualizar seus conhecimentos no tratamento de doenças infecciosas e de caráter endêmico – ainda frequentes no Brasil –, e suas complicações. Na abertura, o presidente Sérgio Palma destacou a importância do envolvimento dos dermatologistas com as doenças tropicais, esquecidas e negligenciadas, e o seu papel social na assistência à saúde da pele, principalmente no âmbito do Sistema Único de Saúde e saúde pública. “É muito bom ver nossa especialidade unida, mobilizada com a essência da dermatologia clínica e sanitária, e interessados em se aperfeiçoar e em transformar realidades”, realçou.
 
Realizado pela SBD Nacional com o apoio da SBD-RS, representada pela presidente Taciana Dal’Forno Dini, o 41º DermaTrop foi coordenado pelos dermatologistas Sinésio Talhari (coordenador nacional do XLI Curso Nacional de Dermatologia Tropical), Heitor de Sá Gonçalves (coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas da SBD) e André Costa Beber (coordenador local do XLI Curso Nacional de Dermatologia Tropical), além de contar com a presença do vice-presidente da SBD, Mauro Enokihara, e dos diretores Flávia Vasques Bittencourt e Egon Daxbacher.


O presidente da SBD, Sérgio Palma, e os médicos dermatologistas Heitor de Sá Gonçalves e Sinésio Talhari

Espaço de diálogo e estudo entre pesquisadores e estudantes, o DermaTrop é um dos encontros mais tradicionais da dermatologia brasileira e que contribui significativamente para a disseminação da informação científica das doenças tropicais negligenciadas. “Em meu nome e dos Professores Sinésio Talhari e André Costa enaltecemos o incisivo apoio dado pela SBD Nacional, sob a presidência do Dr. Sérgio Palma, ao encontro. A dermatologia tropical, aquela que cuida das doenças de grande parte dos brasileiros que não têm acesso ao setor privado da saúde, agradece o empenho, apoio e dedicação ao evento. Também não podemos olvidar do apoio indispensável da SBD-RS, na pessoa da sua presidente Taciana Dal’Forno Dini ", apontou Heitor de Sá Gonçalves.

Para a dermatologista Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, o apoio a eventos como o DermaTrop demonstra a preocupação da SBD em desenvolver a sensibilidade social das novas gerações de dermatologistas para o estudo das dermatoses que acometem principalmente as populações negligenciadas. Ratifica a opinião a dermatologista Regina Carneiro, assessora do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias, que afirmou a necessidade de o dermatologista ter conhecimento sobre essas doenças para oferecer o que há de melhor a seus pacientes. Ela também comentou sobre a a felicidade de ver uma sala cheia de jovens dermatologistas interessados em dermatologia clínica e sanitária e incentivou os jovens dermatologistas a publicarem sobre os temas. 

Conferência inaugural

A médica dermatologista Claudia Elise Ferraz (foto acima), do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), preceptora de residência médica e professora de dermatologia da UFPE, ministrou conferência inaugural sobre dengue, zika e chikungunya, com ênfase nas manifestações dermatológicas. Em sua fala, alertou sobre as perspectivas de surtos e crescimento em número de casos em todo o país. “Sabemos que informar a população sobre as formas de prevenção dessas doenças e sobre seu reconhecimento precoce é tarefa importante, assim como capacitar os profissionais de saúde na determinação dessas arboviroses e habilitar o médico quanto à sua condução, mas é inegável que o contexto social e de desorganização urbana em que vivemos contribui sobremaneira para a perpetuação do vetor e risco de novos surtos”, salienta.
 
Conheça as especificidades da dengue, zika e chikungunya
 
As três arboviroses têm em comum a transmissão pelo mosquito Aedes aegypti, presente em todo o território nacional, e se apresentam com febre e manchas vermelhas no corpo. No entanto, há algumas peculiaridades entre elas.

  • Dengue: febre, mialgia intensa, acompanhada de dor retro-orbitrária e cefaleia, com surgimento de manchas vermelhas em torno do quarto dia da doença. Pode haver manifestações hemorrágicas. “É preciso estar atento aos casos que podem evoluir com choque e dengue hemorrágica, mas a resolução costuma ocorrer em poucos dias, na maioria dos casos”, afirma Claudia Elise.

 

  •  Zika: as manchas estão presentes em mais de 90% dos casos, comumente acompanhadas de prurido e febre; pode haver conjuntivite não purulenta, mialgia e artralgia leves. É comum a infecção subclínica com quadros leves e até assintomáticos.

 

  •  Chikungunya: a febre e os sintomas articulares são extremamente relevantes. A dor é intensa, gerando dificuldade de realizar as atividades diárias. As manchas surgem dois ou três dias após o início dos sintomas e duram pouco tempo. “A grande problemática da chikungunya é que de 65% a 70% dos casos evoluem com quadros reumatológicos crônicos, com impacto significativo na população economicamente ativa. Das arboviroses é a que apresenta maior polimorfismo de manifestações dermatológicas: além das manchas, há quadros de hiperpigmentação centrofacial e flagelada, lesões vesicobolhosas em crianças, aftas em mucosas e dobras cutâneas, assim como a exacerbação de dermatoses preexistentes, como a psoríase, líquen e desencadeamento de reações hanseníase”, explica a médica.

 
Saiba mais: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/combate-ao-aedes
 
 
 


2 de junho de 2019 0

No Brasil, dados de 2019 evidenciam que 96,2% dos usuários de internet têm perfil em alguma rede social – 18,2% a mais que no ano passado. Os profissionais da saúde podem se tornar influenciadores digitais? De maneira geral, a figura do médico tem a confiança do público, mas, para ter relevância no ambiente digital, é preciso conquistar seguidores.

A oficina "Mídias sociais para profissionais de saúde", organizada em São Paulo pela empresa Banca de Conteúdo Comunicação Estratégica, é uma das que oferecem recomendações aos que buscam ocupar esse espaço. Treinadas na elaboração de mensagens de alto impacto, as organizadoras evento foram categóricas em afirmar que: quem não tiver tempo para as mídias sociais, pode acabar com horários vagos no consultório.

Instagram, Twitter, Facebook, LinkedIn…

Existem muitos canais, e cada um deles tem as próprias peculiaridades. O LinkedIn é uma rede profissional que permite a publicação de artigos longos e oferece aceso ao perfil profissional do usuário. Já o Instagram é onde as pessoas "se encontram" com os amigos e acompanham as celebridades. Os médicos youtubers são cada vez mais frequentes, mas manter um blog continua sendo uma boa maneira de compartilhar conteúdo de forma pessoal, complementando a informação profissional disponibilizada em páginas web, que podem ser utilizadas de forma institucional.

Independente da plataforma escolhida, quem decide tentar desbravar este território não pode esquecer um princípio básico: no caso dos médicos, as postagens nas mídias sociais devem ter caráter educativo.

Algumas recomendações

# Os usuários procuram conteúdo relevante; Evite as postagens com "cara de propaganda";
# Invista em produzir conteúdo original e autêntico;
# Se não tiver tempo ou não queira fazer as postagens, contrate profissionais qualificados para fazerem isso para você;
#  Interaja com o público. As interações mais comuns são por meio de enquetes ou da disponibilização de campos para os usuários fazerem perguntas e, em seguida, o médico publica as respostas;
# Recomenda-se que os vídeos tenham legendas. Existem aplicativos grátis que oferecem esta ferramenta;
# Evite as transmissões ao vivo (lives). O profissional pode cair em armadilhas, dar alguma resposta incorreta ou prestar uma consulta médica, o que é proibido; e

# Organize-se: regularidade é fundamental. Reserve um dia por semana para pensar a sua comunicação, e então poste diariamente.

Também é possível fazer postagens pagas nas redes sociais, o que nada mais é do que direcionar o conteúdo para os usuários que se quer atingir, com base em parâmetros variados, como, por exemplo, interesses e localização geográfica. Também é possível enviar conteúdos específicos para as pessoas que assistiram pelo menos 50% de um vídeo seu, ou criar públicos "lookalike", para atingir pessoas que, em tese, se interessariam pelo seu conteúdo.

Fazer anúncios deste tipo não é proibido, mas o médico deve respeitar as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM) referentes ao conteúdo. "O médico pode usar o impulsionamento de postagens respeitando os limites, tem que ter caráter exclusivo de educação", disse ao Medscape a Dra. Andreia Luz, do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e integrante da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) do Cremesp, comissão que, entre outras atividades, apura denúncias relacionadas com a publicidade médica irregular.

Cuidados

O novo Código de Ética Médica (CEM) revisto e publicado pelo CFM está em vigor desde 30 de abril de 2019. [2] "No capítulo Publicidade médica foi suprimido o artigo 114 do CEM anterior, que falava que era vedado ao médico diagnosticar ou prescrever por meio de qualquer veículo de comunicação. Agora, o artigo 37 do novo código expressa que a prestação de atendimento remoto aos pacientes será regulada por meio de resoluções específicas."

O novo código de ética complementa documentos anteriores [3] que estabeleciam os limites, compromissos e direitos dos profissionais e pacientes. Além do caráter educativo da informação, é importante que o profissional da saúde se identifique na descrição do perfil, compartilhando seu nome completo, estado no qual atua e CRM, além de Registro de Qualificação de Especialista (RQE).

Os perfis pessoais devem ser separados dos profissionais que, de forma geral, não podem:

# Compartilhar conteúdo sensacionalista;
# Ser autopromocionais;
# Difundir inverdades ou tratamentos não reconhecidos no meio científico;
# Ter "amizade" ou responder comentários dos pacientes, pois isso quebra o sigilo do paciente;
# Prometer resultados;
# Publicar imagens do tipo "antes e depois";
# Expor a imagem dos pacientes em divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento;
# Fazer selfie com paciente;
# Publicar fotos do paciente recém-nascido com os familiares ou no centro cirúrgico para relatar o procedimento que foi ou será realizado;
# Divulgar valores da consulta, dos procedimentos ou formas de pagamento, por caracterizar mercantilismo;
# Divulgar aparelhos e equipamentos como vantagens;
# Divulgar marcas. (Nenhuma marca, nem mesmo de produtos relacionados com a atividade, como medicamentos ou cosméticos.);
# Oferecer prêmios, consultas ou avaliações gratuitas;
# Anunciar o telefone do profissional na descrição do perfil ou em algum post;
# Anunciar especialização/área de atuação não reconhecida ou para a qual o profissional não esteja qualificado e devidamente registrado junto aos conselhos de medicina;
# Publicar elogios ou agradecimentos por parte de terceiros e prêmios que não tenham valor científico.

A Codame, do Cremesp, abriu 298 sindicâncias entre 2018 e 22 de maio de 2019, no conjunto de veículos, jornal, revista, televisão, site e mídias sociais. "As mais frequentes são sensacionalismo ou autopromoção, e há matérias veiculadas na televisão ou nos jornais, assim como Facebook, site e/ou Instagram. É obrigação do médico conhecer o código que rege a profissão", destacou a Dra. Andreia.

"Há bastante desconhecimento, mas como a Codame tem por objetivo educar, não apenas punir, respondemos bastantes consultas. Por exemplo, nos enviam o site e perguntam se está todo ok. Avaliamos e muitas vezes encontramos nomes de medicamentos ou de aparelhos que não deveriam estar lá", disse a médica. Sempre que houver dúvida, o médico pode consultar os conselhos regionais.

Fonte: Medscape

Leia mais:

Guia de Boas Práticas nas Redes Sociais da SBD disponível para download


31 de maio de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga nota de esclarecimento à população e aos médicos sobre o impacto do uso de filtros solares comerciais para a saúde. Trata-se de posicionamento técnico oficial em relação a notícias que circulam pela internet e em redes socais que relacionam a adoção dessa substância a possíveis efeitos adversos, como sua absorção em níveis não recomendados.

ACESSE A ÍNTEGRA DA NOTA DA SBD

“Com essa nota, a SBD espera eliminar dúvidas com respeito ao uso dos filtros solares. Entendemos que a população e os médicos devem estar sempre bem informados sobre todos os tópicos relacionados à saúde. Assim, um esclarecimento desse tipo contribui contra a distorção de fatos que podem ser prejudiciais”, disse o presidente da Sociedade, Sérgio Palma.

No esclarecimento, a SBD informa que está acompanhando a realização de estudos sobre o tema, e ressalta que, até o momento, não há qualquer resultado que justifique mudança na recomendação de uso de filtros solares registrados pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) com o objetivo de proteger a pele e reduzir os efeitos da radiação sobre ela. Ou seja, esses produtos podem e devem ser utilizados, conforme a prescrição dos médicos.

Os filtros solares são uma composição de substâncias cujo uso na pele exposta ao Sol é importante no tratamento e prevenção de inúmeras doenças agravadas por sua radiação do sol, bem como ajuda na prevenção de câncer de pele, em pessoas predispostas.

Regime intenso – Segundo o dermatologista Hélio Miot, responsável pela nota técnica da SBD, estudo clínico específico, conduzido pela agência reguladora de medicamentos americana (FDA), investigou a absorção de quatro componentes de filtros solares (avobenzona, oxibenzona, ecamsule e octocrileno) aplicados sobre a pele em regime intenso de uso. O resultado apontou aumento da concentração das substâncias no sangue dos participantes.

Contudo, destaca o dermatologista na nota da SBD, o experimento foi realizado com aplicações de grandes quantidades de filtro solar, em 75% da superfície da pele, reaplicado em um regime de quatro vezes por dia, por quatro dias. Na avaliação da Sociedade, essas características “contribuem para uma maior absorção de qualquer substância testada, e não representam o uso cotidiano de filtros solares pela população”.

Como alertou a SBD, a absorção de produtos aplicados sobre a pele depende de vários elementos ligados à substância, aos veículos associados, quantidade do produto utilizada, espessura da pele, idade, local de aplicação, oclusão, hidratação da pele, integridade da pele, frequência do uso e extensão de pele aplicada.

Além disso, os autores da pesquisa americana ainda destacaram que as concentrações encontradas no sangue não significavam risco direto de câncer em órgãos internos, efeitos hormonais ou mesmo risco para gestação ou lactação. Outros trabalhos estão sendo elaborados para elucidar o caso, os quais estão sendo acompanhados pela SBD.


31 de maio de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.02 – MARÇO-ABRIL

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) acompanhará os trabalhos que foram iniciados em audiência pública realizada no final de abril na Câmara dos Deputados, visando buscar solução conjunta para a defasagem histórica que afeta a Tabela SUS, padrão de referência para pagamento dos serviços prestados por estabelecimentos conveniados e filantrópicos que atendem à rede pública de saúde.

Já foram marcadas seis reuniões, a ser realizadas todas as terças-feiras, a partir de 7 de maio, com representantes dos segmentos envolvidos. O objetivo é identificar os gargalos e estabelecer as prioridades dentro do rol de procedimentos médico-hospitalares financiados pelo SUS.

Na opinião do presidente da SBD, Sérgio Palma, ao participar desse trabalho, a SBD reforça sua atuação na defesa dos interesses dos especialistas, fundamentalmente aqueles que atuam na rede pública.

“Há uma grande defasagem nos valores que precisa ser corrigida urgentemente. Da forma como está, o peso recai sobre a população e os dermatologistas, que não recebem os valores adequados pelo seu trabalho. Não se trata de uma ação corporativista, mas da busca do devido reconhecimento e valorização dos nossos profissionais, bem como da qualificação da assistência”, destacou.

Procedimentos – Durante a audiência realizada, participantes afirmaram que os recursos repassados pelo governo federal para pagar procedimentos hospitalares de média e alta complexidade, além da atenção básica de saúde estão defasados há quase duas décadas. A constatação tem base em diversos estudos sobre o tema, entre eles um do Conselho Federal de Medicina (CFM), que apontou a perda acumulada no período de 2008 a 2014 em mais 1.500 procedimentos hospitalares incluídos na Tabela SUS.

 

 

 


31 de maio de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.02 – MARÇO-ABRIL

No dia 10 de abril, por intermédio de representantes, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) participou de reunião organizada por entidades médicas com o deputado federal Fred Costa (PATRI-MG) para debater os riscos e implicações decorrentes de possível reconhecimento das áreas de estética e cosmetologia e/ou de saúde estética para outros profissionais.  

Em sua versão atual, o PL nº 1559/2019 prevê que enfermeiros, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, fonoaudiólogos e cirurgiões-dentistas tenham direito de atuar na área de estética, desde que o profissional comprove formação especializada lato sensu em “estética avançada”, em curso reconhecido pelo Ministério da Educação.

Novos encontros serão realizados com médicos e representantes de outras categorias. No momento, o texto aguarda distribuição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Também participaram representantes da Associação Médica Brasileira (AMB), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), da Federação dos Médicos do Brasil, do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Consulta pública – O presidente da SBD, Sérgio Palma, convida os dermatologistas para participar de consulta pública sobre o projeto de lei. Até o fechamento desta edição, 81.996 pessoas haviam votado, tendo 51% delas concordado com a íntegra da proposta, e 47% discordado totalmente. “É preciso mostrar que os médicos, em especial os dermatologistas, se mantêm mobilizados com respeito ao tema. Votem e estimulem seus amigos, parentes e pacientes a fazê-lo. Ao se mostrar a discordância da população com respeito a esse tema, os argumentos defendidos pela Sociedade ficam fortalecidos no momento do debate político”, argumentou.  

VOTE NA CONSULTA PÚBLICA SOBRE O PL No 1.559/2019

 

 

 


28 de maio de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aderiu ao Dia Mundial sem Tabaco, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a fim de conscientizar a população sobre os riscos do tabagismo para a saúde da população. Liderado pela Associação Médica Brasileira (AMB), o o movimento Viva Sem Tabaco terá início no 31 de maio no Brasil. 

O consumo de tabaco diminuiu significativamente desde os anos 2000, segundo a OMS. No entanto, essa redução ainda é insuficiente para atingir as metas acordadas globalmente – segundo a organização, a prevalência do tabagismo está diminuindo mais lentamente nos países de baixa renda do que nos países de alta renda. 

O tabagismo – incluindo o passivo – contribui para doenças pulmonares e cardiovasculares (as principais causas de morte no mundo), cânceres, mas também faz mal à pele. “Aderir à campanha ganha relevância para o esclarecimento da população brasileira. O fumo, além de outros problemas para a saúde, acelera o envelhecimento cutâneo, deixa os cabelos opacos, resseca a pele, diminui a capacidade de cicatrização, gera manchas amareladas no rosto, mãos e unhas”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sergio Palma.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), fumar é um vício causado pela substância nicotina que está presente no derivado do tabaco e é considerada droga por ter propriedades psicoativas, que ao ser inalada, produz alteração no sistema nervoso central, causando modificação no estado emocional e comportamental do usuário que pode induzir ao abuso e dependência. No Brasil, a cada ano, cerca de 157 mil pessoas ainda morrem precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo.

Para quem deseja auxílio para parar de fumar, a Sociedade Brasileira de Dermatologia informa que o INCA é o órgão do Ministério da Saúde responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) e pela articulação da Rede de Tratamento do Tabagismo no SUS, em parceria com Estados e Municípios e Distrito Federal. Para mais informações, procure o INCA ou uma unidade de saúde do SUS para saber sobre os locais e horários de tratamento. 

#VoceConsegue
#DiaMundialSemTabaco

 


28 de maio de 2019 0

O cantor Paulo Ricardo; a modelo Luiza Brunet; as atrizes Cris Vianna e Alexandra Richter; e a jornalista Marina Caruso. Essas são algumas das personalidades que participam de campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de fazer procedimentos estéticos com dermatologistas.

Assista aos vídeos gravados pelas personalidades

Em mensagens de vídeo, que começam a circular em canais de redes sociais nesta semana, essas personalidades informam sobre os riscos de fazer tratamentos com pessoas não habilitadas e asseguram que o sucesso dos cuidados passa pela escolha de profissionais preparados.

Invasivos – O alerta da SBD surge de uma constatação: está cada vez mais frequente a realização de procedimentos estéticos invasivos por profissionais não habilitados, aumentando os riscos de erros que podem ser irreversíveis. Queimaduras e deformações no rosto e no corpo são exemplos de efeitos adversos enfrentados por pacientes que foram atendidas inicialmente por pessoas sem formação e depois recorrem a dermatologistas na espera de reverter os quadros.

Assim, profissionais não habilitados, clínicas clandestinas e desinformação formam o caldo ideal que traz dores de cabeça para quem quer ser bonito a qualquer custo. “A cosmiatria deve ser realizada por médico especializado, como o dermatologista, o qual está habilitado para isso e preparado para tratar também eventuais complicações que possam ocorrer. Aquele que pretende fazer um tratamento estético não deve se colocar sob os cuidados de não médicos ou mesmo de médicos que não possuem a formação adequada”, explica o presidente da SBD, Sérgio Palma.

Todos os contribuíram com a campanha participaram do Seminário Cosmiatria e Laser: beleza à luz da medicina, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em parceria com o jornal O Globo. A presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Carmita Abdo, que também gravou uma mensagem, lembrou, aliás, que o dermatologista ajudará a entender a real necessidade dos procedimentos a partir da avaliação do paciente.

“Muitas vezes, uma lesão de pele tem origem interna, e isso é o dermatologista que identificará. Outras vezes, o procedimento que a pessoa deseja fazer é descabido, e é o médico dermatologista que explicará o melhor caminho a seguir. É preciso ter cuidado com os procedimentos estéticos, pois, por menos invasivos que pareçam, poderão trazer consequências sérias e irreversíveis”, ponderou.

Ato Médico – Segundo a SBD, a Lei do Ato Médico reserva aos profissionais da medicina a realização de procedimentos chamados de estéticos ou cosmiátricos considerados invasivos. Isso vale para serviços como aplicações de toxina botulínica e outras substâncias, criolipólise e preenchimentos. O entendimento legal se baseia na compreensão de que esses atendimentos exigem conhecimento mais profundo do organismo humano, o que garante a segurança do paciente.

“Cabe ao especialista definir as quantidades das substâncias a ser aplicadas, considerando aspectos como a harmonia do rosto ou do corpo e possíveis reações adversas que podem decorrer do seu uso. Considerando-se que, mesmo se todos os cálculos forem corretos, a paciente ainda pode sofrer uma reação (mais ou menos grave), o dermatologista está preparado para uma intervenção imediata de emergência para garantir a vida e a integridade de quem ele trata. A ação de não médicos deve ser combatida pelas autoridades, pois traz insegurança a pacientes e seus familiares”, afirmou o Sérgio Palma.

Integridade – Os problemas decorrentes de procedimentos feitos por não especialistas e não médicos levaram a SBD a pedir ajuda ao Ministério Público Federal. Recentemente, a entidade protocolou no MPF documento no qual solicita providências sobre o assunto. Segundo Sérgio Palma, entre 2017 e 2019, a Sociedade realizou mais de 800 denúncias de prática irregular na realização de procedimentos estéticos aos Ministérios Públicos estaduais, às Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios, e aos conselhos de classe de profissionais da saúde não médicos.

Em 2017, foram protocoladas 351 denúncias; em 2018, outras 371; e 111, até abril de 2019. No período, os destaques em termos de quantidade de ações recaíram sobre os seguintes estados: São Paulo, com 199 denúncias; Minas Gerais, com 94; Rio de Janeiro, com 88; Santa Catarina, com 85; Paraná, com 55; Rio Grande do Sul, com 51; Espírito Santo, com 48; Goiás, com 45; e Bahia, com 28. Os processos têm sido montados com base em informações de pacientes, médicos e até notícias veiculadas pela imprensa apontando situações de abuso.

O presidente da SBD, Sérgio Palma, espera que essa ação provoque uma tomada de posição efetiva dos Ministérios Públicos em que tramitam as representações. “Essa é uma situação que deve ser coibida por dois motivos. Em primeiro lugar, a realização desse tipo de procedimento por não médico é vetada em lei. Então, falamos de um ato ilegal que deve ser coibido pelas autoridades. Por outro lado, e ainda mais grave, é a situação de risco aos quais milhares de pessoas estão sendo expostas cotidianamente. Não são poucos os casos de sequelas e doenças causados por erros cometidos por essas pessoas. Em algumas situações, até mortes já foram registradas”, argumentou.

Leia mais sobre o assunto:

https://www.sbd.org.br/noticias/dermatologistas-apelam-ao-ministerio-publico-contra-atos-praticados-por-nao-medicos-na-area-da-estetica/

https://www.sbd.org.br/noticias/tratamento-estetico-com-nao-medico-coloca-integridade-de-paciente-em-risco-alerta-sbd/

https://www.sbd.org.br/noticias/celebridades-destacam-importancia-do-dermatologista-para-quem-pensa-em-fazer-procedimentos-esteticos/


27 de maio de 2019 0

Prezados associados,

Em conformidade com o disposto no parágrafo quinto do artigo 40 do Estatuto da SBD (redação aprovada na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 8 de setembro de 2018), a inscrição das chapas candidatas aos cargos da Diretoria Executiva da SBD para o biênio 2021/2022 deverá ser realizada no estande da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), durante o Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que ocorrerá de 11 a 14 de setembro de 2019, no Windsor Convention & Expo Center, Rua Martinho de Mesquita 129, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ.

Não será permitida a inscrição de candidatos avulsos. Um dos integrantes da chapa candidata deverá entregar documento no estande da Sociedade Brasileira de Dermatologia, contendo a solicitação de inscrição da chapa, bem como sua composição e devidamente assinado por todos os seus integrantes. Será aceito também documento assinado pelo candidato a presidente da chapa com a relação de todos os integrantes da mesma e seus respectivos cargos. No documento deverão estar anexadas declarações assinadas de cada um dos membros candidatos da chapa, informando que integram a mesma, descrevendo sua composição e mencionando o cargo a ser ocupado.

A chapa deverá ser composta pelos cargos da Diretoria Executiva (presidente, vice-presidente, secretário-geral, tesoureiro, primeiro secretário e segundo secretário).

A Comissão de Ética e Defesa Profissional verificará o preenchimento dos requisitos dos candidatos das chapas inscritas.

Requisitos para os cargos da Diretoria Executiva:

  1. ser associado titular há mais de dez (10) anos, ter desempenhado cargo diretivo na SBD Nacional ou em suas Regionais (para os cargos de presidente e vice-presidente);
  2. ser associado titular há mais de cinco (5) anos (para os demais cargos da Diretoria Executiva);
  3. estar em dia com as obrigações sociais;
  4. residir nas cidades do Rio de Janeiro ou Niterói o secretário-geral e o tesoureiro.

Obs.: Pelo disposto no parágrafo sexto do artigo 40 do Estatuto da SBD, os membros da Diretoria Executiva da SBD não poderão acumular cargos de Diretoria nas Regionais.





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