Programa Médicos pelo Brasil oferecerá carteira assinada, tutoria presencial e remuneração diferenciada




2 de agosto de 2019 0

“O Programa Médicos pelo Brasil, que acaba de ser lançado pelo Governo Federal, incorpora uma nova lógica na contratação de profissionais da medicina que atuarão em unidades básicas de saúde de áreas de difícil provimento. Ao contrário do Mais Médicos, que foi implementado nas gestões anteriores, a iniciativa atual propõe remuneração diferenciada e vínculo empregatício com carteira assinada. 

“Em princípio, as condições são melhores para atrair e fixar o médico na rede pública. Acreditamos que um passo importante foi dado, mas é preciso acompanhar de perto para nos certificarmos que tudo será realizado conforme a proposta”, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sergio Palma, que acompanhou a solenidade de lançamento, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). 

Critérios – Ao todo, serão 18 mil vagas previstas, sendo cerca de 13 mil em municípios de difícil provimento. O Governo Federal priorizará a participação de municípios em regiões carentes. Para isso, adotou metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que classifica as cidades em espaços rurais e urbanos, considerando o tamanho da população, densidade demográfica e distância de grandes centros urbanos. Assim, os municípios foram divididos em 5 categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos.

Todas as regras constam da Medida Provisória que dá escopo legal à iniciativa e que deverá ser votada pelo Congresso Nacional. Pela MP, os médicos serão selecionados por meio de processo seletivo eliminatório e classificatório que contemplará duas funções diferentes: médicos de família e comunidade e tutor médico. Para a função de Médico de Família e Comunidade, serão selecionados médicos com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Se aprovados na prova escrita, serão alocados em USF pré-definidas pelo Ministério da Saúde para realização do curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade.

Para a função de Tutor Médico serão selecionados especialistas em Medicina de Família e Comunidade ou de Clínica Médica com CRM. Nessa modalidade, os profissionais aprovados na prova escrita já ingressam, por meio de contratação via CLT, e ficam responsáveis pelo atendimento à população nas USF a que foram designados e pela supervisão dos demais médicos ingressantes no Programa Médicos pelo Brasil, durante o período do curso de especialização.

Remuneração – Ao longo dos dois primeiros anos no Programa Médicos pelo Brasil, os profissionais realizarão o curso de especialização, recebendo bolsa-formação no valor de R$ 12 mil mensais líquidos, com gratificação de R$ 3 mil adicionais para locais remotos (rurais e intermediários) e de R$ 6 mil adicionais para Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), além de localidades ribeirinhas e fluviais. Se aprovados no curso, os médicos realizarão uma prova para adquirirem titulação de especialista em Medicina de Família e Comunidade e poderão ser contratados via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permanecendo nas USF em que realizaram a formação.

A contratação via CLT apresenta quatro níveis salariais, com progressão a cada três anos de participação no programa, além de gratificação por desempenho vinculada ao alcance de indicadores de qualidade de atendimento e satisfação das pessoas atendidas. Este adicional por desempenho pode variar entre 11% e 30% em relação ao salário. O primeiro nível salarial pode chegar até R$ 21 mil e, gradativamente, até R$ 31 mil, considerando o acréscimo máximo da gratificação por desempenho e local de difícil provimento. Esses valores também incluem gratificação de R$ 1 mil mensais para os médicos que acumularem o cargo de tutor.

Durante a participação no programa, os médicos serão avaliados através de métodos científicos e indicadores de saúde da população, a partir da valorização da opinião das pessoas e de critérios de desempenho clínico. O médico também avaliará a estrutura de USF e da rede de serviços do município em que trabalha. Essa avaliação ajudará no fortalecimento da qualidade da Atenção Primária à Saúde no Brasil.

Especialização – O curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade será obrigatório para a contratação federal via CLT. O médico cumprirá jornada semanal de 60 horas, sendo 40 horas voltadas à integração ensino-serviço, desenvolvendo atividades de atendimento direto à população, e 20 horas de atividades teóricas.

Os médicos serão supervisionados por seus respectivos tutores e passarão uma semana, a cada dois meses, na Unidade de Saúde da Família do tutor, realizando atendimentos em conjunto. Além disso, o tutor deverá estar disponível para supervisão de casos à distância a qualquer momento. Os médicos também contarão com a possibilidade de discussão de casos via telessaúde, de médico para médico, utilizando os recursos já ofertados pelo Ministério da Saúde.

O componente teórico será realizado por instituição de ensino superior parceira, com a participação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), na modalidade de ensino à distância. As avaliações serão semestrais, com aprovação obrigatória para continuidade no Programa. Ao final do curso, o médico deverá realizar um trabalho de conclusão que consistirá na identificação e priorização de um problema existente na população vinculada a sua USF, acompanhado da intervenção para a melhoria desse problema.

Com informações da Agência Saúde
 


2 de agosto de 2019 0

“O Programa Médicos pelo Brasil, que acaba de ser lançado pelo Governo Federal, abre uma nova perspectiva para o trabalho do profissional da medicina dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Diferentemente de outras propostas, há um eixo estruturante que permite que aquele que ingressar conte com mais estímulos para realizar um bom trabalho”. Essa foi a avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, após assistir a solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na qual a iniciativa foi apresentada à população. Com a novo Programa, o Ministério da Saúde espera ampliar a oferta de serviços médicos em locais de difícil provimento ou de alta vulnerabilidade, além de formar especialistas em Medicina de Família e Comunidade.

A estratégia ampliará em cerca de 7 mil vagas a oferta de médicos em municípios onde há os maiores vazios assistenciais na comparação com o programa Mais Médicos, sendo que as regiões Norte e Nordeste juntas têm 55% do total dessas vagas. Ao todo, serão 18 mil vagas previstas, sendo cerca de 13 mil em municípios de difícil provimento.


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o presidente da SBD, Sérgio Palma

Comunidade – A Atenção Primária à Saúde (APS), em que os médicos do Programa Médicos pelo Brasil vão atuar, é a base do Sistema Único de Saúde (SUS), onde as doenças mais frequentes são acompanhadas, como diabetes, hipertensão e tuberculose. A proximidade da Equipe de Saúde da Família (ESF) com a comunidade permite que se conheça melhor o cidadão, garantindo maior adesão aos tratamentos e às intervenções médicas propostas. Assim, nesse nível de atenção, é possível resolver cerca de até 80% dos problemas de saúde, sem a necessidade de intervenção na emergência de Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h) ou de hospitais.

“A ampliação do acesso a esses serviços nas Unidades de Saúde da Família é prioridade do Governo Federal. Assim, vamos promover a qualidade de vida da população e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação, uso de tabaco, dentre outros. Também vai trazer para perto da comunidade serviços como consultas médicas, exames, vacinas, radiografias e pré-natal para gestantes”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O Governo Federal priorizará a participação de municípios em regiões carentes. Para isso, adotou metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que classifica as cidades em espaços rurais e urbanos, considerando o tamanho da população, densidade demográfica e distância de grandes centros urbanos. Assim, os municípios foram divididos em cinco categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos.


O primeiro vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, agradece em nome dos 466 mil médicos brasileiros, pela implementação do programa que levará profissionais de medicina ao interior. O programa terá novo critério para distribuição de vagas entre os municipios e novas regras para seleção dos profissionais

Prioridades – Serão priorizados os municípios rurais remotos, rurais adjacentes e intermediários remotos, que concentram 3,4 mil cidades, e poderão incluir todas as equipes de Saúde da Família no Programa Médicos pelo Brasil. Todas as Unidades de Saúde da Família ribeirinhas e fluviais e os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) também serão consideradas como prioritárias.

Os municípios intermediários adjacentes e urbanos receberão médicos em USF consideradas de alta vulnerabilidade, a partir de critérios como proporção de pessoas cadastradas que recebam benefício financeiro do Programa Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou qualquer benefício previdenciário até o limite de dois salários-mínimos. Os municípios que quiserem participar do Programa Médicos Pelo Brasil deverão assinar Termo de Adesão onde serão definidas pelo Ministério da Saúde as responsabilidades dos gestores municipais, especialmente quanto à oferta de estrutura adequada para a realização do trabalho do médico.

A saída dos municípios e das Unidades de Saúde da Família do programa devem ocorrer na medida em que forem sendo alcançados melhores indicadores de desempenho no cuidado à saúde da população, influenciados ainda pela melhoria da economia. Isso porque a prioridade do Médicos pelo Brasil é levar médicos para áreas mais carentes.

Para apoiar a atenção à saúde em municípios de médio e grande porte, o Ministério da Saúde lançou em maio deste ano o programa Saúde na Hora, que oferece incentivo financeiro para Unidades de Saúde da Família que ampliarem horário de atendimento à população, aumentando o acesso da população aos serviços da Atenção Primária, como consultas médicas e odontológicas, coleta de exames laboratoriais, aplicação de vacinas e acompanhamento pré-natal.

Com informações da Agência Saúde

* Fotos Antonio Cruz – AG Brasil e Marcos Corrêa/PR – Palácio do Planalto


31 de julho de 2019 0

Estão abertas até o dia 12 de agosto as inscrições online para o Simpósio Nacional de Linfomas da SBD. O encontro contará com a participação de experts no estudo, diagnóstico e tratamento da doença e é voltado para médicos dermatologistas e médicos de outras especialidades filiadas à Associação Médica Brasileira (AMB).

Coordenado pelo ex-presidente da SBD José Antonio Sanches, o programa científico está dividido em cinco módulos que abordarão temas como vírus e linfomas; micose fungoide clássica e suas variantes, síndrome de Sézary; neoplasia de células dendríticas plamocitóides; a necessidade da biopsia de MO; novas perspectivas na abordagem dos linfomas cutâneos; drogas alvo e transplante de medula óssea, entre outros.

Acesse e inscreva-se: http://www.sbd.org.br/evento/i-simposio-nacional-de-linfomas-da-sbd//programacao.aspx


29 de julho de 2019 0

A campanha pelo uso de protetor solar ganhou força nos últimos 30 anos e mobilizou a comunidade médica de dezenas de países. Além de evitar queimaduras solares e o surgimento de manchas cutâneas, o produto é recomendado por dermatologistas na prevenção do câncer de pele.

Embora ele seja a melhor forma de evitar certos tipos da doença, sua real eficácia ainda é debatida pela comunidade científica.

Especialistas não determinaram qual a quantidade e a frequência ideais para usá-lo. Em relação à segurança, também não há consenso sobre a formulação mais adequada, a mais segura para o organismo – já que os componentes são absorvidos pela pele – e a composição menos poluente ao meio ambiente.

A discussão segue em meio à disseminação de notícias falsas sobre supostos riscos ao usá-lo, um problema a mais a desafiar os órgãos de saúde pública.

O alerta dos EUA e as notícias falsas

No fim de maio de 2019, a Sociedade Brasileira de Dermatologia divulgou nota rebatendo uma avalanche de notícias falsas sobre o potencial tóxico no uso de filtros solares.

Os rumores foram provocados pela divulgação de um estudo organizado pela Food and Drug Administration (FDA), agência ligada ao governo americano que regulamenta a indústria farmacêutica e de alimentos.

Nele, os cientistas analisaram o plasma sanguíneo de 24 pessoas, usuárias frequentes de quatro marcas comerciais de protetor solar. O exame detectou presença considerável, bem acima dos níveis considerados saudáveis, de quatro ingredientes ativos: avobenzona, octocrileno, ecamsule e oxibenzona.

Os autores do artigo ainda não sabem o que o achado representa – a absorção dessas substâncias era comum e esperada. Entretanto, no documento, a FDA recomendou que a comunidade científica conduzisse testes adicionais para entender as consequências disso.

A orientação do órgão foi suficiente para gerar um sinal de alerta e provocar um efeito cascata de notícias falsas, disseminadas pelas redes sociais, sobre o perigo de usar filtro solar, em vários países e também no Brasil.

Na resposta, a Sociedade Brasileira de Dermatologia afirmou que acompanha atentamente o resultado dos estudos com filtros solares e que a pesquisa tocada pela FDA não altera, por ora, as recomendações de uso dos filtros solares registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), agência equivalente à FDA no Brasil.

Ressaltou ainda que o experimento da FDA foi realizado com aplicações de grandes quantidades de filtro solar, em 75% da superfície da pele, e reaplicações quatro vezes ao dia, por quatro dias.

"Esses elementos certamente contribuem para uma maior absorção de qualquer substância testada e não representam o uso cotidiano de filtros solares pela população." A oxibenzona, por exemplo, tem sido cada vez menos usada nos protetores fabricados no Brasil.

Apesar do esclarecimento do órgão, o debate sobre o uso de protetores solares não deve esfriar tão cedo. Segundo a própria comunidade científica, o "uso cotidiano de filtros solares" está longe do ideal. A recomendação é que se aplique mais protetor e mais vezes ao dia. Significa dizer que o experimento replica o uso mais indicado pelos médicos para os filtros solares.

Além desse impasse, outro artigo científico, publicado no periódico acadêmico Journal of the American Academy of Dermatology, em fevereiro, questionou o real efeito do uso de filtro solar na redução dos casos de câncer de pele nos Estados Unidos.

O que a pesquisa concluiu

Na análise conduzida por Reid A. Waldman e Jane M. Grant-Kels, do Departamento de Dermatologia da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, os autores esclarecem que, apesar de protetores solares serem recomendados com vigor pela comunidade médica americana, apenas quatro estudos foram feitos nos últimos 40 anos sobre o tema, e nenhum deles investigou a fundo a eficácia do produto em indivíduos saudáveis.

A pesquisa encontrou, sim, evidências sólidas de que o protetor solar previne o carcinoma de células escamosas. Entretanto, não há prova de que ocorra o mesmo com os carcinomas basocelulares, que são a forma mais comum de câncer de pele, provavelmente porque esses cânceres se desenvolvem muito devagar para que os estudos detectem uma tendência de queda.

O único estudo que investigou o uso de filtro solar para evitar melanoma, a forma mais agressiva de câncer de pele, não obteve resultado satisfatório.

Indivíduos que usaram protetor solar diariamente, ao longo de quatro anos, tiveram 1,5% de chance de desenvolver melanoma dez anos depois, comparado a 3%, entre pessoas que não aplicavam protetor solar com frequência ou do modo correto. Para os autores do artigo, a redução não tem significado estatístico.

Ouvido pela BBC News Brasil, o dermatologista Sérgio Schalka, referência nacional em fotoproteção, afirma que há um problema nos protetores solares americanos, o que pode explicar em parte a dificuldade de determinar a eficácia dos filtros fabricados ali.

"Há uma disputa entre a sociedade médica americana e a FDA, que demora muito para regulamentar novos filtros e não avalia os que já estão no mercado. No Brasil, a regulamentação segue mais as diretrizes dos órgãos de saúde europeus."

Schalka diz que o desafio, agora, é conduzir estudos de longo prazo para estabelecer de fato o que faz um protetor solar.

"É complexo, porque precisamos ter sempre um grupo controle, que nesse caso não pode ficar sem usar nada de filtro solar por causa dos riscos, seria antiético. Só a Austrália fez algo massivo, com uma pesquisa conduzida por Adele Green. É o estudo mais importante que temos, envolveu milhares de pessoas. E ele comprova a eficácia dos protetores solares australianos: entre a população que fazia uso constante de filtro solar, o número de casos de melanoma caiu pela metade."

Jade Cury Martins, coordenadora do departamento de Oncologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia, afirma que tanto o estudo da FDA quanto o dos dermatologistas da Universidade de Connecticut fazem uma crítica adequada às metodologias usadas nos estudos anteriores, dentro da realidade americana.

"É verdade que ainda existem controvérsias sobre o uso do protetor solar. Uma delas é exatamente sobre a absorção das substâncias pela pele, e se isso teria algum impacto ou toxicidade para nosso organismo. Outra controvérsia seria o efeito hormonal do uso frequente de protetores. A questão da vitamina D também é muito debatida pelos médicos: usar filtro solar reduz a síntese da substância, que é fundamental na absorção de cálcio pelo organismo e na formação e recuperação de tecido ósseo. Nesse último caso, temos a opção de receitar vitamina D quando há deficiência, mas todas as questões que descrevi permanecem em aberto", afirma a especialista.

Martins argumenta que o câncer é uma doença multifatorial e complexa, "mas é importante dizer que o estudo sobre a eficácia conclui de modo muito assertivo que o uso de protetor solar deve ser encorajado, apesar da carência de evidências. Estudos prospectivos de longo prazo são sempre necessários".

Os tipos de câncer de pele

O câncer de pele é o tumor maligno mais frequente no Brasil: corresponde a cerca de 30% de todos os casos de câncer registrados no país. A doença é dividida em dois grupos principais: melanomas e não melanomas. Os não melanomas são o tipo mais comum (cerca de 90% dos casos) e apresentam alto percentual de cura, se forem detectados e tratados precocemente. Carcinoma basocelular – o mais comum e também o menos agressivo – e carcinoma espinocelular (ou epidermoide) são variações dentro desse grupo.

Os melanomas representam apenas 3% das neoplasias malignas da pele. No entanto, são o tipo mais grave da doença, devido à probabilidade de provocarem metástase (disseminação do câncer para outros órgãos do corpo).

A relação entre o sol e o câncer de pele

É consenso entre especialistas que, em excesso, a radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol provoca reações cutâneas e em nossos olhos.

São três os tipos de radiação ultravioleta: UVA, UVB e UVC. Tanto a UVA quanto a UVB têm potencial de penetrar a pele, danificar o DNA das células e favorecer o surgimento do câncer. Além disso, a UVB provoca vermelhidão, queimaduras e sensação de ardência. A UVC não penetra a atmosfera da Terra: é absorvida antes pela camada de ozônio.

A exposição à luz do Sol causa ainda enrugamento e manchas escuras na pele, o lentigo, muito comuns em pessoas acima dos 50 anos. A luz solar agride os olhos e pode provocar catarata.

Mas câncer é uma doença complexa, em que participam componentes genéticos e ambientais. "Outros fatores de risco incluem a cor da pele, ter cabelos e olhos claros ou ruivos, ter recebido radiação ionizante na pele (radioterapia, por exemplo), ter histórico familiar… No caso do melanoma, há ainda predisposições genéticas", afirma Martins.

A origem dos filtros solares

Segundo o livro The History of Sunscreen (a história do protetor solar, em tradução livre), de Adam S. Aldahan, os egípcios foram os primeiros a fabricar protetores solares. Eles usavam ingredientes como farelo de arroz, jasmim e tremoço para as pastas que protegiam a epiderme, a camada mais superficial da pele.

Embora não compreendessem os efeitos nocivos do sol, entenderam o conceito de bronzeamento. Em uma cultura em que a pele mais clara era mais desejável, o propósito do filtro solar entre os egípcios era unicamente cosmético.

"Só recentemente foi descoberto que o farelo de arroz absorve a radiação ultravioleta, que o jasmim ajuda a reparar o DNA e que o tremoço 'ilumina' a pele", explica o autor no livro.

Outras culturas também fabricavam cosméticos – os dos gregos antigos tinham como base o azeite. Algumas tribos nativas americanas se besuntavam com um uma pasta feita da planta Tsuga canadensis, a cicuta canadense, que tem efeito calmante em queimaduras solares.

O que o protetor solar faz

Quando bem utilizados, os filtros solares evitam as queimaduras que podem levar ao surgimento de alguns tipos de melanoma.

O filtro solar é eficaz em prevenir os danos cutâneos causados pela radiação UVB, tanto agudos (queimaduras solares) quanto crônicos – como manchas, fotoenvelhecimento e câncer de pele. Também é eficaz para doenças que são pioradas pelos raios UV, como é o caso do lúpus eritematoso.

Pelas normas da Anvisa, todos os filtros devem ter um fator de proteção UVA de ao menos 1/3 do valor da proteção UVB – o FPS que vemos no rótulo deve ser, de preferência, 30 ou maior. Eles devem ser aplicados de 15 a 30 minutos antes da exposição ao Sol, e serem reaplicados regularmente, a cada duas ou três horas.

O maior erro de quem usa protetor solar está na quantidade de filtro aplicada: a maioria das pessoas usa menos do que deveria. O Consenso Brasileiro de Fotoproteção, documento assinado pelos conselhos de dermatologistas do país, criou em 2013 a "regra da colher de chá", que determina a proporção ideal de fotoprotetor para cada parte do corpo. Rosto, cabeça e pescoço devem receber uma colher de chá de filtro solar cada um. Torso e costas, duas colheres de chá cada.

E a vitamina A?

Também alardeada como prejudicial à pele, a vitamina A presente na formulação de alguns protetores solares não causa câncer. O que acontece é que o retinol, produto derivado da substância e presente nesses produtos, estimula a regeneração celular, mas em geral protetores com retinol devem ser usados depois do entardecer, porque com o aquecimento da pele pode causar irritação.

A regra geral indica que filtros orgânicos, ou de base química, absorvem a radiação. Os inorgânicos ou minerais, também chamados de bloqueadores solares, refletem a radiação. Hoje, se sabe que os inorgânicos também absorvem os raios UV.

"Os dois possuem vantagens. Mas o filtro solar inorgânico causa menos dermatite de contato. Por isso, é o tipo de produto recomendado para uso em bebês com mais de seis meses, pois há menor risco de sensibilização", explica Martins.

Tatiana Araújo Batista tem trabalhado com a produção de filtros solares inorgânicos biocompatíveis, que levam compostos como hidroxiapatita e fosfato tricálcio. "São substâncias que existem naturalmente nos ossos e dentes, ou seja, materiais compatíveis com o tecido humano. Além de não causarem alergias, descartariam o risco de desenvolver outros tipos de câncer."

Fonte: BBC Brasil


26 de julho de 2019 0

Na doença popularmente conhecida como fogo selvagem, forrnam-se bolhas na pele e posteriormente lesões. Trata-se de um tipo especifico, endémico da América do Sul – inclusive Brasil, na região Centro-Oeste –, da doença autoimune chamada pénfigo.

Os pénfigos são divididos, de forma geral, em dois grupos. O vulgar, que costuma ser mais grave – afeta também mucosas, como a boca – e atinge pacientes de meia idade. E a foliáceo, que só ocorre na pele e começa geralmente na face, tronco superior ou couro cabeludo – há casos em que as bolhas podem se espalhar por todo o corpo.

O fogo selvagem é uma forma do pénfigo foliáceo e ocorre em pessoas entre os 10 e os 50 anos, segundo Gunter Hans FIlho, assessor do departamento de doensus bofficsas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). "Sáo lesões que ardem como fogo", diz Hans Filho. Já o selvagem do nome vem do fato das pessoas atdrigidas pela doença normalmente residirem na área rural.

O problema é causado pelo sistema imunológico que começa a atacar moléculas de adesão celular na epiderme, o que leva á formagáo de bolhas. Segundo o especialista, a doença tem relação com questões de susceptibilidade genética, em alguns casos com exposição a medicamentos e também pode haver ligação com fatores ambientais.

O tratamento para o problema costuma ser agressivo, feito com corticoldes e imunobiológicos. Normalmente, o tempo mínimo de tratamento é de três anos e, depois de controlada, a condição não necessariamente terá desaparecido permanentemente. Hans Filho diz que há pacientes com a doença controlada por mais de dez anos que apresentam recidivas.

Assim, o quadro é imprevisível. No passado, a cada dez pacientes com o quadro, nove acabavam morrendo por sepsia. Hoje, a morte é rara.

Fonte: Folha de S. Paulo

Imagem: Portal Drauzio Varella


25 de julho de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), por meio de seu presidente Sergio Palma e dos dermatologistas Cláudia Maia, Gladys Martins e Paulo Oldani (foto acima), participou ativamente dos debates realizados durante o 10º Fórum Latino-Americano de Biossimilares e Fórum Brasileiro de Biossimilares (FLAB 2019), que termina nesta quinta-feira (25/7), em Brasília (DF). O evento contou com palestras, mesas e encontros, que abordaram a comercialização de novos fármacos biossimilares, além de questões regulatórias, científicas, mercadológicas e educacionais.

De acordo com Sérgio Palma, “foram ainda abordadas outras questões relevantes, como a intercambialidade (dos aspectos clínicos a dados de vida real), a incorporação de biossimilares na América Latina e no Brasil, e o papel da farmacovigilância para segurança do paciente”. Na sua avaliação, a profundidade das abordagens ofereceu subsídios para o desenvolvimento de novas iniciativas. 

“Foi muito importante a SBD estar nesse espaço qualificado, onde pudemos apresentar a visão dos dermatologistas, contribuindo para que as conclusões contemplem nossas expectativas”, ressaltou. Além dos temas citados, também ocorreram explanações sobre uso de biossimilares em diferentes especialidades, a importância do sistema de nomenclatura no rastreamento de moléculas e diversos aspectos entre biológicos e biossimilares no sistema público e no privado. 

“A SBD continuará a acompanhar os desdobramentos propostos durante os fóruns, sempre dando retorno aos associados”, disse o presidente da Sociedade, entusiasmado com a qualidade das discussões e com as possibilidades decorrentes de diálogos com representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de outras sociedades de especialidades médicas. “Tudo isso ajuda a melhorar a atuação do dermatologista na assistência aos pacientes portadores de diversas doenças da pele, nos âmbitos público e privado”, frisou. 
 


25 de julho de 2019 0

A Sociedade Brasileia de Dermatologia (SBD) encaminhou ofício às diretorias de Jornalismo e de Entretenimento das principais emissoras de TV e de rádio do Brasil cobrando atenção por parte das equipes na hora de convidar profissionais para tratar de temas relacionados à saúde da pele, do cabelo e das unhas, inclusive no se refere à estética e à cosmiatria. O texto, divulgado nesta quinta-feira (25/7), também foi enviado às redações de jornais e revistas de grande circulação. O objetivo é, sobretudo, estimular a observação pelos veículos de critérios que protegem a população e garantem a valorização dos que estão realmente habilitados pelas entidades da área médica para executar essas ações. 

No documento, a SBD reitera a importância de as emissoras respeitarem a legislação que protege o Ato Médico (Lei nº 12.842/2013), pela qual apenas graduados em medicina podem realizar procedimentos estéticos invasivos e fazer o diagnóstico e o tratamento de doenças. Para a entidade, a participação de não médicos em reportagens sobre esses assuntos, desrespeita pressuposto legal e coloca o espectador numa situação de vulnerabilidade ao informá-lo erroneamente sobre quem pode executar determinados serviços, como aplicações de preenchimentos e de toxina botulínica. Nesse caso, em pautas sobre a saúde e os cuidados com a pele, cabelos e unhas o ideal é ouvir dermatologistas, conforme reitera a Sociedade da especialidade. 

“Os veículos de comunicação são peça-chave na formação de hábitos e comportamentos saudáveis. Desse modo, ao solicitar que observem aspectos normativos vigentes, reconhecidos por diferentes instâncias judiciais, a SBD está apenas alertando-os para que cumpram com rigor sua tarefa de repassar boas informações ao seu público. Temos certeza de que rádios, TV, jornais e revistas serão sensíveis ao nosso pleito, pois têm compromisso com a ética e com a legalidade”, ressaltou o presidente da entidade, Sergio Palma.

Especialista – Além desse tema, a SBD solicitou ainda aos responsáveis pelos veículos de comunicação que ao creditarem médicos convidados a falar sobre assuntos relativos à dermatologia, apenas nomeiem como especialista na área da dermatologia os que tiverem seu título registrado junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM), ou seja, possuam um número no Registro de Qualificação de Especialista (RQE). 

A queixa decorre do crédito indevido a alguns médicos que desconsideram as regras da publicidade médica e se anunciam como especialista sem possuírem a titulação devida, o que é proibido e passível de processo ético-profissional. Da mesma forma, a SBD espera que os veículos de comunicação fiquem sensíveis a esse pleito. 

“Para ser um dermatologista, o médico estuda mais de oito mil horas de estudo, apenas na residência. A imprensa deve reconhecer e valorizar esse esforço. Atribuir título a quem não passou por esse processo não reconhece o mérito de quem trabalhou para atuar no tratamento e no diagnóstico de doenças da pele e de seus anexos, assim como agride as normas que regulam a categoria médica”, disse Sergio Palma. 

Informação – Recentemente, ocorreu episódio desse tipo no programa da apresentadora Ana Maria Braga, que contou com a participação de uma médica que, mesmo sem ter título de especialista em dermatologia registrado no CFM, foi creditada como tal. Na avaliação de Palma, “mesmo que o profissional diga ser detentor de determinado atributo, os jornalistas devem checar a veracidade da informação”.

Inclusive, a SBD se colocou à disposição para identificar nomes de referência para oferecer esclarecimentos em entrevistas e reportagens. Também foi informado como verificar a situação de todos os médicos brasileiros, os veículos de comunicação e qualquer pessoa podem acessar o portal do CFM (https://bit.ly/1O55zWK). No campo busca de médico, ao informar o nome do profissional, o interessado terá acesso a dados como números do CRM e do RQE, o que atesta ser ele um especialista em determinada área. No caso da dermatologia, no site da SBD, é possível encontrar informações sobre todos os que possuem título, atribuído após aprovação em exame específico organizado pela entidade. 

Para se tornar dermatologista é preciso ser graduado em Medicina, curso que compreende seis anos de estudo em período integral. A seguir, concluir um curso de residência médica em dermatologia reconhecido pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou de especialização em Serviço Credenciado à SBD, com aprovação no Exame de Título de Especialista em Dermatologia (TED), promovido pela entidade em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB). Ao fim dessas etapas, o médico ainda necessita se registrar no Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde atuará, informando ser especialista em dermatologia para poder se anunciar dessa forma. 


17 de julho de 2019 0

O trabalho realizado pela atual gestão da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com apoio amplo à produção de publicações científicas, tem dado resultado. Como ao longo dos 150 primeiros dias à frente da entidade, entre janeiro e maio de 2019, o grupo assegurou o lançamento de duas novas edições (nº 94, volumes 1 e 2) e um suplemento do periódico Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD), contribuiu-se para que o título alcançasse uma grande conquista em junho. 

Clique aqui para acessar o volume mais recente do periódico

Naquele mês, o Journal Citation Reports – base que apresenta indicadores bibliométricos – elevou o fator de impacto da revista ABD de 0,884 para 1.050. Com o resultado, a publicação saltou da 60º colocação no ranking mundial para a 56º posição, uma conquista significativa para a produção científica dermatológica do País. Em julho, mais uma edição (nº 94, volume 3) da revista ABD, com 27 artigos inéditos, estará disponível aos associados.

A publicação conta com artigos científicos apresentados na revista – de periodicidade bimestral e com versões em português e inglês – que já somam cerca de dez mil acessos. Entre os textos com maior número de visualizações estão os artigos: “Acne da mulher adulta: um guia para a prática clínica” (1.014); “Participação e responsabilidade” (639); “Mudanças nos Anais Brasileiros de Dermatologia. Iniciativas inadiáveis” (421); “Leishmaniose disseminada: aspectos clínicos, patogênicos e terapêuticos” (348); e “Penfigoide bolhoso” (302).

Revista – No período dos primeiros 150 dias de gestão, a SBD publicou ainda uma nova edição (volume 11, nº 1) da Surgical and Cosmetic Dermatology, publicação destinada a difundir conhecimento e experiência nas áreas de Cirurgia Dermatológica, Oncologia Cutânea, Estudo de Imagens, Tecnologia em Dermatologia e Dermatologia Cosmética.

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Desde seu lançamento, a edição acumulou cerca de 1,2 mil visualizações, tendo como artigos mais acessados: “Biomodulação celular. O futuro da Dermatologia” (344); “Avaliação da eficácia e segurança do microagulhamento com 5-fluorouracil para o tratamento de estrias albas: ensaio clínico randomizado duplo-cego” (185); “O lado negro dos clareadores cutâneos” (126)”; “Uso do cloridrato de lisina na profilaxia do herpes simples nos procedimentos faciais com tecnologias” (93); e “Toxina botulínica para o tratamento de hidrocistomas faciais” (57). A próxima edição do periódico está prevista para ser disponibilizada na primeira quinzena de julho.

Consensos – Outro ponto-chave na produção científica da SBD e atualização dos associados é a liberação de novos consensos, que apresentam o estado da arte para o exercício da dermatologia no País. Somente em maio, a SBD divulgou cinco consensos nos Anais Brasileiros de Dermatologia, que conquistaram mais de 400 acessos desde a sua publicação: “Hidradenite supurativa” (187); “Dermatite atópica” (76); “Dermatoses bolhosas” (70); “Urticária” (51); e “Psoríase” (23). 

“A SBD entende que deve protagonizar a definição de consensos, diretrizes e artigos de posicionamento para construir uma assistência sólida. A medicina, sobretudo a dermatologia, sofre modificações profundas quanto ao conhecimento fisiopatológico, exames complementares e tratamentos. O associado, longe dos serviços de formação, conta com a SBD como sua principal fonte de conhecimento respaldada”, enfatiza Hélio Miot, coordenador científico da SBD, no período. 

Funaderm – Para difundir e apoiar projetos de pesquisas científicas, a SBD conta também com o Fundo de Apoio à Dermatologia (Funaderm). Criado em 2015 pelo Conselho Deliberativo da entidade, a ação incentiva e fomenta projetos de dermatologistas associados ou de serviços credenciados. A cada ano, a Diretoria Executiva da SBD e um Conselho Curador analisa, com base nas regras do edital, uma série de trabalhos submetidos à concorrência. Atualmente, existem nove pesquisas em andamento, com prazos de entrega entre outubro de 2019 e junho de 2020.

Os projetos versam sobre temas como “Estudo da transição epitélio-mesenquimal na alopecia de padrão feminino”; “Padronização de cultura organoide cutânea e avaliação da resposta melanogênica no melasma ao UVB, UVA e luz visível"; “Alterações imunohistoquímicas com o peeling de fenol-croton não Baker & Gordon em rítides periorais”; entre outros.

Biblioteca – Além dessas iniciativas, a atual gestão tem apoiado o funcionamento da biblioteca da entidade, uma das mais completas da especialidade na América Latina na área da dermatologia física. O acervo inclui cerca de 30 mil itens disponíveis para a consulta, com livros, pesquisas e acervo raro do século 18.  Os serviços da biblioteca incluem também acesso a bases de dados nacionais e estrangeiras, entre elas: Lilacs, Medline, EBSCO e Rima. 

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“A produção e a disseminação do conhecimento são pilares para o desenvolvimento da prática médica, em especial dos dermatologistas. Por este motivo, a atual gestão da SBD tem investido na área. A atualização médica, associada à crítica do conhecimento científico, representa um dos maiores investimentos de valorização do especialista. Como consequência direta há aumento da competência técnica e melhor competitividade no mercado”, ressaltou o presidente da SBD, Sergio Palma. 
 


15 de julho de 2019 0

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entre os meses de janeiro e maio de 2019, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) foi citada por mais de 3.110 reportagens publicadas em todo o país. As menções, em sua quase totalidade positivas, aconteceram em sites, blogs, jornais, revistas e programas de rádio e de TV. O resultado alcançado graças ao trabalho das equipes de comunicação da SBD reforça a importância estratégica dessas ferramentas para defender os interesses da especialidade.  Esse é mais um marco dos 150 primeiros dias de atividade da nova gestão da entidade. 

Como essas inserções aconteceram em conteúdo editorial espontâneo, ou seja, sem custo para a SBD, esse trabalho gerou economia para a instituição. Calcula-se que se esses espaços tivessem sido cobrados, representariam uma despesa de mais de R$ 20 milhões. “A questão não reside apenas nos valores monetários, mas no valor simbólico. Ao ver a posição da Sociedade numa reportagem ou editorial, o leitor tende a dar mais credibilidade à informação. Isso é importante no momento em que os médicos enfrentam as tentativas de invasão de competências promovidas por outras categorias”, disse o presidente Sergio Palma. 

Estética – Só na área de Defesa Profissional foram mais de 50 reportagens veiculadas e destacando as atividades da diretoria da SBD no Congresso Nacional. Foram abordados temas como a mudança no Projeto de Lei (PL) que permite a prática da estética por outras categorias; a apresentação das sugestões dos médicos para modernizar a tabela SUS; as denúncias feitas ao Ministério Público sobre a ação dos não-médicos na área de estética; entre outros. 

Além do trabalho com a grande imprensa (nacional e regional), a comunicação com os associados e a sociedade civil por meio de canais alternativos é um pilar defendido e promovido pela atual gestão da SBD. As redes sociais (Facebook e Instagram) são os meios utilizados pela instituição para levar informações confiáveis e de qualidade aos especialistas e à população. 

“Em primeiro lugar, a atual gestão da SBD tem acompanhado de perto o que se faz e se fala nas redes sociais. Essa preocupação ajuda a entender o universo do dermatologista e as preocupações dos pacientes. Assim, fica mais fácil fazer um diagnóstico das ações necessárias para atingir ambos os públicos. Em segundo lugar, a entidade conta com empresas e colaboradores experientes e motivados para definir boas estratégias focadas nos profissionais e na população em geral”, declara Cláudia Alcantara Gomes, secretária-geral da SBD.

Redes sociais – Atualmente, a SBD conta com perfis no Facebook e Instagram e com a inserção diária de pelo menos um post nessas plataformas em suas diferentes páginas. Entre janeiro e maio deste ano foram publicados mais de 180 posts, que conquistaram mais de 170 mil interações nas redes, seja por meio de cliques, curtidas, comentários, compartilhamentos e reações. Neste período, também foram capturadas mais de 19 mil menções sobre a entidade, sendo a maior parte positiva.

Além disso, foi possível observar ainda um aumento dos números de fãs/seguidores das redes sociais da instituição. O Instagram foi a rede que mais apresentou crescimento, com um aumento de 4,7% de seguidores nos últimos meses, passando de 78.337, em janeiro, para 82.063 seguidores em abril. 

Outra ação promovida pela SBD nas redes é a manutenção de um grupo voltado aos dermatologistas. Na comunidade são compartilhadas ações, campanhas, eventos e entrevistas dos especialistas da entidade. Entre janeiro e maio foram feitas por volta de 150 publicações, que estimularam a participação dos membros e permitiram que os especialistas estivessem atualizados sobre os acontecimentos mais recentes da área. 

“Esse universo das mídias digitais está em evolução constante, e a Sociedade ainda está procurando compreender e se adequar, mas cujos limites precisam ser muito bem estabelecidos para não comprometer questões éticas fundamentais que regem a relação médico-paciente”, explica Cláudia. 

Outro caráter importante do trabalho da SBD nas redes sociais é seu teor educativo, de promoção da saúde e de prevenção de doenças. Segundo Claudia, com o apoio dos colaboradores, temos conseguido ocupar espaço relevante para esclarecer a população sobre diversos temas. 

“Dessa forma, consolidamos o respeito junto aos leitores, que nos identificam como profissionais realmente preparados para lhes oferecer cuidados. Outra frente de ação tem sido ampliar a divulgação de temas com foco na defesa da categoria, abordando questões como a realização de procedimentos estéticos invasivos por profissionais não qualificados e a necessidade de melhor remuneração dos valores pagos pelo SUS e pelas operadoras de saúde”, conclui. 


12 de julho de 2019 0

A organização de um fórum específico, se possível ainda em 2019, com o objetivo de iniciar processo de discussão que leve à atualização das regras de publicidade e de propagandas médicas, mantendo-as em sintonia com as mudanças ocorridas desde 2011 e preservando seu alinhamento com compromissos éticos preconizados. Esse foi o pleito apresentado pelo presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sergio Palma, ao Conselho Federal de Medicina (CFM). 

“Precisamos trabalhar pela modernização dessas regras. Com as novas tecnologias e a revolução proporcionada pela comunicação digital, há um terreno a ser revisitado”, disse Palma, após sua conversa com o presidente do CFM, Carlos Vital, na quinta-feira (10), em Brasília (DF). Contudo, ele destacou que essa atualização deve ter como parâmetro a preservação da ética no exercício da profissão e a defesa do bom conceito dos médicos junto à população. 

Carlos Vital se comprometeu a levar o pleito da SBD para discussão no âmbito do CFM. Além desse pedido, Sergio Palma solicitou ao Conselho Federal de Medicina que repasse aos médicos um posicionamento da autarquia com respeito a dois temas que recentemente tiveram ampla divulgação nos meios de comunicação. 

O primeiro diz respeito à informação de prática da telemedicina pelo plano de Saúde AMIL, em conjunto com o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, conforme divulgado na semana passada, por meio do serviço intitulado “consultas médicas online”. O segundo se refere à decisão da Justiça Federal, em Brasília, que concedeu liminar em favor de uma médica de Minas Gerais, permitindo que ela, de modo específico, veicule imagens do tipo antes e depois de seus pacientes. 

“Entendemos que ambos os casos ferem parâmetros determinados pelo Código de Ética Médica e por outras resoluções do CFM, que contam com o apoio da SBD. No entanto, diante da repercussão desses fatos, acreditamos ser fundamental que sejam esclarecidas à categoria as providências que estão sendo tomadas para superar os impasses”, ressaltou Palma. 

 
 





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