Confira os depoimentos de especialistas da SBD




29 de outubro de 2021 0

Dermatologista, a SBD tem uma novidade para compartilhar!

Já estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde suplementar terapias imunobiológicas para o tratamento de doenças dermatológicas graves, como a psoríase! Confira os depoimentos que especialistas da SBD, de todo o Brasil, gravaram sobre o acesso aos medicamentos.

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Assista também às mensagens que a cantora Kelly Key e o jornalista Fernando Rocha gravaram sobre o tema.

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29 de outubro de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga nesta semana um informe aos mais de 10 mil médicos da especialidade a respeito da disponibilização das terapias imunobiológicas que ajudarão no tratamento de doenças dermatológicas graves, que afetam a qualidade de vida de milhões de pessoas. Neste informe, a SBD lembra que os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) já podem ter acesso as terapias imunobiológicas para o tratamento da psoríase e da hidradenite supurativa e os pacientes do sistema privado (operadoras de saúde) já têm cobertura obrigatória desta terapia para psoríase, hidradenite supurativa e urticária crônica espontânea. 

Com esse aviso, a SBD orienta os profissionais sobre a possibilidade da obtenção dessas drogas, o que era uma reinvindicação antiga. “Além do envio de mensagens para os médicos, vamos promover lives para discutir com os dermatologistas os avanços no tratamento de doenças que afetam a pele. Isso faz parte de uma estratégia que ocorre em outubro, mês dedicado à psoríase. Trata-se de uma doença inflamatória, não contagiosa e crônica, cujo cuidado representa um desafio para todos”, ressalta André Carvalho, coordenador da Campanha Nacional de Conscientização sobre Psoríase, promovida pela SBD.

Segundo ele, os avanços foram incorporados, mas nem todos os dermatologistas estão cientes disso ou sabem como solicitar o acesso aos medicamentos para seus pacientes. Por isso, a SBD decidiu atuar junto aos seus associados, o que permitirá a eles alcançar melhores resultados no acompanhamento dos casos da doença. Carvalho explica que para saber como proceder em cada estado, o médico deve buscar as secretárias estaduais ou municipais de saúde e centrais de atendimento que as operadoras disponibilizam aos profissionais.

Comemoração – A possibilidade de contar com esse suporte terapêutico é motivo de comemoração, acreditam os especialistas da SBD. Depois de anos de negociação com o governo e representantes dos planos de saúde, as pessoas que sofrem com a psoríase podem solicitar acesso a medicamentos de alta eficácia dentro da rede pública e junto aos planos de saúde. O número de beneficiados diretos é grande: cerca de cinco milhões de brasileiros.

A aprovação da incorporação dos imunobiológicos foi publicada em setembro de 2019, no Sistema Único de Saúde (SUS). Em abril de 2021, foi a vez da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovar a inclusão dessas drogas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. No entanto, apesar dos avanços, a SBD espera que essa relação seja ampliada nas duas esferas, por isso mantém tratativas no âmbito da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e da ANS.

"A SBD vem há anos trabalhando junto ao Ministério da Saúde e aos planos para incorporar os imunobiológicos na assistência dos pacientes. Essa luta visa melhorar o atendimento para pacientes com psoríase e com outros problemas”, conta Paulo Oldani, coordenador do Comitê de Imunobiológicos da SBD. Segundo ele, essas drogas (produzidas a partir de células vivas) são muito eficientes no tratamento de doenças imunomediadas. Elas agem em pontos específicos bloqueando o processo inflamatório, responsável pelo surgimento da doença.

Terapias – Em 2019, os medicamentos imunobiológicos incluídos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para psoríase no âmbito do SUS foram: adalimumabe, como primeira opção de tratamento; secuquinumabe e o ustequinumabe, indicados numa segunda etapa, após falha ou contraindicação da primeira opção; e o etanercepte, para pacientes pediátricos, que falharam ou tenham contraindicação à terapia tradicional. Este ano o risanquizumabe também foi incorporado ao SUS, mas ainda não está sendo dispensado aos pacientes. 

No segmento dos planos de saúde, a mudança começou dois anos depois (2021) com incorporação de sete medicamentos imunobiológicos ao rol de procedimentos e eventos em saúde, após a aprovação pela ANS. Adalimumabe, etanercepte, guselcumabe, infliximabe, ixequizumabe, secuquinumabe e ustequinumabe aparecem nesta relação. A SBD espera que em breve outras duas drogas – risanquizumabe e o certolizumabe – passem a fazer parte destas opções de tratamento para quem tem plano de saúde.

Na avaliação dos especialistas, o benefício é evidente. “Nós tínhamos uma demanda reprimida. No SUS, havia vários casos de pacientes que estavam com medidas judiciais. Nos planos de saúde, alguns conseguiam por liberalidade. Agora o acesso é garantido e facilitado. Então, com certeza houve uma melhora na saúde e na qualidade de vida dessas pessoas, pois eram pacientes que já não tinham mais opção de tratamento”, afirmou Oldani.

Arsenal – A principal vantagem para o dermatologista aparece no aumento do arsenal terapêutico para a assistência à pessoa com psoríase. “Com essas novas opções, o tratamento pode ser individualizado. Há pacientes que respondem melhor a um mecanismo de ação do que outros. Então, termos alternativas ajuda bastante. Além disso, a psoríase grave gera várias comorbidades, o que, muitas vezes, exige ajustes nos procedimentos para poder se adequar a elas", disse Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD.

Para ele, o acesso aos medicamentos marca um novo tempo.  Na sua avaliação, essa oferta, hoje disponível, era impensável há dez anos. “A tendência é melhorar, porque temos algumas perspectivas já saindo do forno, para outras formas de psoríase, como a do tipo pustulosa. Com isso, vamos conseguir gerar economia para o SUS, ao reduzir despesas com o tratamento de comorbidades, e oferecer ao paciente condições de se integrar à sociedade, o que ajuda até na sua saúde mental e produtividade", ressaltou.

Há inúmeras opções de tratamento, que incluem medicamentos de uso tópico, sistêmico, biológico e com fototerapia, conforme a gravidade e o estágio da doença. A principal meta do tratamento é eliminar total ou quase totalmente as lesões na pele, diminuindo o impacto da doença na qualidade de vida funcional, física e psíquica. Para saber o tratamento mais indicado, procure um dermatologista.


28 de outubro de 2021 0

Leia aqui a matéria publicada pelo jornal O Globo sobre a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Na matéria estão contidas explicações e orientações do dermatologista André Carvalho, coordenador da ação neste ano. O especialista discorre sobre o impacto emocional e social que a doença pode causar, as complicações além da pele, as novas formas de tratamento e sobre os principais alvos da doença.


28 de outubro de 2021 0

Estão abertas até o dia 8 de novembro as inscrições para o IV Curso de Formação em Cirurgia Micrográfica, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). O objetivo é capacitar especialistas na execução de cirurgias micrográficas para tumores cutâneos. Podem se candidatar os associados quites com as duas instituições.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O EDITAL COMPLETO

Os interessados deverão enviar os documentos pedidos no edital para  micrografica@sbcd.org.br.  Em 10 de novembro, serão divulgados os candidatos selecionados para a prova e entrevista.  Ambas as etapas ocorrerão em 20 de novembro, na sede da SBCD, em São Paulo (SP).

A prova para os candidatos selecionados será composta de 30 questões, divididas da seguinte forma: 10 de oncologia cutânea, 10 de histopatologia e 10 de cirurgia dermatológica. A bibliografia será a mesma do exame do Título de Especialista em Dermatologia (TED). A análise de currículo, a prova e a entrevista terão o mesmo peso na classificação final. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 6 de dezembro.

O curso será realizado no Centro de Procedimentos Ambulatoriais (CPA) da SBCD, em São Paulo (SP). A atividade será dividida em módulos cirúrgicos quinzenais (às quintas e sextas-feiras) e módulos teórico-práticos mensais (aos sábados). Durante os procedimentos, os alunos serão orientados por cirurgiões micrográficos certificados pela SBD e as sessões de patologia serão ministradas por dermatopatologistas convidados.

 


28 de outubro de 2021 0

Na semana em que o país estimula o debate em torno dos cuidados oferecidos aos pacientes com psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) chama a atenção para uma das formas mais graves e raras dessa doença. A psoríase pustulosa generalizada (PPG) afeta a saúde e qualidade de vida dos seus portadores, podendo até levar à morte em casos extremos. No Brasil, estima-se pelo menos 1.458 pacientes que apresentam sinais e sintomas dessa patologia, segundo dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Neste grupo, a prevalência é um pouco maior nas mulheres (53%), sendo que os registros de PPG ocorrem de modo mais frequente após os 30 anos de idade. Dados de literatura estrangeira apontam grau significativo de letalidade da doença. Segundo estudos científicos, em 65% dos casos, os pacientes com psoríase pustulosa também têm psoríase vulgar.

Em linhas gerais, a forma vulgar é o tipo mais comum, com presença de lesões avermelhadas na pele, em formato de placas, que descamam. Também causa descamação, rachaduras, coceira, queimação e dor. Na PPG, as lesões da psoríase vulgar são acompanhadas de pústulas (bolhas com pus) e quando as bolhas rompem, surgem feridas.

De modo geral, os casos de psoríase são provocados por predisposição genética, precipitados por fatores ambientais ou de comportamento. Alguns gatilhos desencadeiam ou agravam crises: interrupção do uso de medicamentos, queimadura solar, presença de infecções virais (incluindo rinovírus e coronavírus), estresse e gestação. Importante destacar que é uma doença crônica e não contagiosa.

Gatilhos – Para o dermatologista Gleison Vieira Duarte, um dos coordenadores da Campanha Nacional de Conscientização sobre Psoríase, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase vulgar pode se transformar na psoríase pustulosa. “Um dos gatilhos é o uso dos corticosteroides orais. Essas drogas podem ser empregadas de forma inadvertida, seja por automedicação ou desconhecimento acerca de uma não indicação do corticoide na psoríase vulgar”, disse.

O especialista acrescenta que, em algumas circunstâncias, após o tratamento com corticoide, o paciente pode ter transformada sua forma vulgar numa pustulosa. Ele explica que “neste caso, chamamos de psoríase pustulosa generalizada induzida pelo uso do corticosteroide. Algumas outras drogas também podem, em casos raros, provocar essa indução, como antidepressivos, lítio, entre outras”.  

Por sua vez o dermatologista Ricardo Romiti, também do time de coordenação da Campanha da SBD, comenta que o diagnóstico da PPG é clínico. "O exame dermatológico feito de forma muito detalhada ajuda no diagnóstico. Nos casos de dificuldade, é feita uma biópsia, seguido do exame histopatológico. Também costumam ser realizados exames subsidiários para, por exemplo, afastar outros problemas de saúde da pele”. Mesmo assim, o diagnóstico pode ser difícil, podendo-se confundir a psoríase com outras infecções.

Gleison Duarte também ressalta que a psoríase, nos casos mais graves, pode ser dolorosa e trazer risco de morte. "As manifestações da psoríase pustulosa podem ser somente na pele. Elas podem estar distribuídas em qualquer parte do corpo, por isso têm o nome de psoríase pustulosa generalizada, com ou sem a presença de sintomas. Neste caso, pode haver febre e mal-estar, ou sintomas que podem levar o paciente à hospitalização. Em 7% dos casos, os pacientes com a forma generalizada podem vir a óbito, o que está muito associado a alterações de desidratação, infecções secundárias e alterações dos eletrólitos, como sódio, potássio, entre outros", explicou.

A gravidade da PPG gera impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, nas funções físicas, vitalidade e saúde mental, incluindo ansiedade e depressão. "O impacto psicológico é muito grande, eu diria que é devastador. As pústulas dão ao paciente a sensação de nojo da sua própria pele, de não querer ter contato com ninguém. O odor fétido que pode resultar dessas pústulas acaba prejudicando o convívio dentro de casa. Além do receio relacionado à gravidade da doença, a falta de tratamentos eficazes aprovados em bula, que realmente sejam direcionados a essa patologia. Então, são muitos os impactos psicossociais gerados por uma doença tão aguda e grave como essa", enfatizou Vieira Duarte.

Tratamento – Para os especialistas da SBD, há tratamentos que podem ser utilizados para a psoríase pustulosa generalizada. No entanto, devido à raridade da doença, todos esses tratamentos são com medicamentos off label, ou seja, que não seguem as indicações homologadas na bula. Além disso, eles são adaptados do tratamento da psoríase vulgar.

"Diante desse cenário, temos preferencialmente escolhido drogas com início rápido, como a ciclosporina e o infliximabe, que são de uso off label, mas também são utilizados a acitretina e o metotrexato quando há a possibilidade de se utilizar drogas de início de ação mais lento. À medida que entendemos mais sobre a psoríase pustulosa generalizada, observamos que ela tem uma característica imunológica distinta da psoríase vulgar", salientou Gleison Vieira, ao destacar a responsabilidade do dermatologista no atendimento desses pacientes.

Ricardo Romiti explicou que da mesma forma que há os tratamentos imunobiológicos para o controle da psoríase em placas, estão em desenvolvimento novos imunobiológicos para o controle da psoríase pustulosa generalizada. "Essas drogas ainda não estão disponíveis no mercado, mas estão em fase avançada de estudo e parecem ter um perfil de eficácia e segurança muito satisfatórios. Enquanto essas drogas não chegam ao mercado, nesses casos mais graves nós acabamos fazendo uso dos mesmos imunobiológicos que nós temos aprovados para a psoríase para tentar controlar o quadro".


28 de outubro de 2021 0

Na semana em que o país estimula o debate em torno dos cuidados oferecidos aos pacientes com psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) chama a atenção para uma das formas mais graves e raras dessa doença. A psoríase pustulosa generalizada (PPG) afeta a saúde e qualidade de vida dos seus portadores, podendo até levar à morte em casos extremos. No Brasil, estima-se pelo menos 1.458 pacientes que apresentam sinais e sintomas dessa patologia, segundo dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Neste grupo, a prevalência é um pouco maior nas mulheres (53%), sendo que os registros de PPG ocorrem de modo mais frequente após os 30 anos de idade. Dados de literatura estrangeira apontam grau significativo de letalidade da doença. Segundo estudos científicos, em 65% dos casos, os pacientes com psoríase pustulosa também têm psoríase vulgar.

Em linhas gerais, a forma vulgar é o tipo mais comum, com presença de lesões avermelhadas na pele, em formato de placas, que descamam. Também causa descamação, rachaduras, coceira, queimação e dor. Na PPG, as lesões da psoríase vulgar são acompanhadas de pústulas (bolhas com pus) e quando as bolhas rompem, surgem feridas.

De modo geral, os casos de psoríase são provocados por predisposição genética, precipitados por fatores ambientais ou de comportamento. Alguns gatilhos desencadeiam ou agravam crises: interrupção do uso de medicamentos, queimadura solar, presença de infecções virais (incluindo rinovírus e coronavírus), estresse e gestação. Importante destacar que é uma doença crônica e não contagiosa.

Gatilhos – Para o dermatologista Gleison Vieira Duarte, um dos coordenadores da Campanha Nacional de Conscientização sobre Psoríase, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase vulgar pode se transformar na psoríase pustulosa. “Um dos gatilhos é o uso dos corticosteroides orais. Essas drogas podem ser empregadas de forma inadvertida, seja por automedicação ou desconhecimento acerca de uma não indicação do corticoide na psoríase vulgar”, disse.

O especialista acrescenta que, em algumas circunstâncias, após o tratamento com corticoide, o paciente pode ter transformada sua forma vulgar numa pustulosa. Ele explica que “neste caso, chamamos de psoríase pustulosa generalizada induzida pelo uso do corticosteroide. Algumas outras drogas também podem, em casos raros, provocar essa indução, como antidepressivos, lítio, entre outras”.  

Por sua vez o dermatologista Ricardo Romiti, também do time de coordenação da Campanha da SBD, comenta que o diagnóstico da PPG é clínico. "O exame dermatológico feito de forma muito detalhada ajuda no diagnóstico. Nos casos de dificuldade, é feita uma biópsia, seguido do exame histopatológico. Também costumam ser realizados exames subsidiários para, por exemplo, afastar outros problemas de saúde da pele”. Mesmo assim, o diagnóstico pode ser difícil, podendo-se confundir a psoríase com outras infecções.

Gleison Duarte também ressalta que a psoríase, nos casos mais graves, pode ser dolorosa e trazer risco de morte. "As manifestações da psoríase pustulosa podem ser somente na pele. Elas podem estar distribuídas em qualquer parte do corpo, por isso têm o nome de psoríase pustulosa generalizada, com ou sem a presença de sintomas. Neste caso, pode haver febre e mal-estar, ou sintomas que podem levar o paciente à hospitalização. Em 7% dos casos, os pacientes com a forma generalizada podem vir a óbito, o que está muito associado a alterações de desidratação, infecções secundárias e alterações dos eletrólitos, como sódio, potássio, entre outros", explicou.

A gravidade da PPG gera impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, nas funções físicas, vitalidade e saúde mental, incluindo ansiedade e depressão. "O impacto psicológico é muito grande, eu diria que é devastador. As pústulas dão ao paciente a sensação de nojo da sua própria pele, de não querer ter contato com ninguém. O odor fétido que pode resultar dessas pústulas acaba prejudicando o convívio dentro de casa. Além do receio relacionado à gravidade da doença, a falta de tratamentos eficazes aprovados em bula, que realmente sejam direcionados a essa patologia. Então, são muitos os impactos psicossociais gerados por uma doença tão aguda e grave como essa", enfatizou Vieira Duarte.

Tratamento – Para os especialistas da SBD, há tratamentos que podem ser utilizados para a psoríase pustulosa generalizada. No entanto, devido à raridade da doença, todos esses tratamentos são com medicamentos off label, ou seja, que não seguem as indicações homologadas na bula. Além disso, eles são adaptados do tratamento da psoríase vulgar.

"Diante desse cenário, temos preferencialmente escolhido drogas com início rápido, como a ciclosporina e o infliximabe, que são de uso off label, mas também são utilizados a acitretina e o metotrexato quando há a possibilidade de se utilizar drogas de início de ação mais lento. À medida que entendemos mais sobre a psoríase pustulosa generalizada, observamos que ela tem uma característica imunológica distinta da psoríase vulgar", salientou Gleison Vieira, ao destacar a responsabilidade do dermatologista no atendimento desses pacientes.

Ricardo Romiti explicou que da mesma forma que há os tratamentos imunobiológicos para o controle da psoríase em placas, estão em desenvolvimento novos imunobiológicos para o controle da psoríase pustulosa generalizada. "Essas drogas ainda não estão disponíveis no mercado, mas estão em fase avançada de estudo e parecem ter um perfil de eficácia e segurança muito satisfatórios. Enquanto essas drogas não chegam ao mercado, nesses casos mais graves nós acabamos fazendo uso dos mesmos imunobiológicos que nós temos aprovados para a psoríase para tentar controlar o quadro".


27 de outubro de 2021 0

Manaus, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo estão entre as cidades que aderiram à Campanha Nacional de Conscientização sobre Psoríase, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Nestas localidades e em outros municípios do País, gestores públicos abraçaram essa causa e aceitaram iluminar prédios e monumentos nas cores roxo e laranja, que são a marca registrada da iniciativa.

O objetivo é chamar a atenção da população para a psoríase, uma doença da pele, relativamente comum, crônica, não contagiosa e que tem tratamento. Trata-se de um quadro auto inflamatório, no qual por predisposição genética, surgem lesões avermelhadas e que descamam na pele. 

Aspectos ambientais e emocionais podem funcionar como gatilho para o início de crise, que podem ser controladas com a ajuda de dermatologistas. Há inúmeras opções de tratamento (tópicos, sistêmicos, biológicos e com fototerapia) para a psoríase. A escolha terapêutica da melhor para cada caso deve sempre ser feita por um médico dermatologista.

Monumentos – Dentre os prédios e monumentos iluminados em roxo e laranja estão o Congresso Nacional, em Brasília; o Palácio do Buriti (sede do Governo do Distrito Federal); a sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na capital paulista; e a Fonte Cruzeiro do Sul, na Praça da Liberdade, e a Prefeitura Municipal, ambos em Belo Horizonte. A fachada do Teatro Amazonas, em Manaus, também receberá a iluminação especial no dia 29 de outubro – data em que é celebrado o Dia Nacional e Mundial da Psoríase.

As entidades também foram convidadas a compartilhar as mensagens de prevenção em seus canais de comunicação para que a mensagem de combate ao preconceito e melhora da qualidade de vida das pessoas portadoras da doença chegue a mais pessoas.  A campanha também ganhou o apoio de artistas e influenciadores, como a cantora Kelly Key, que tem o diagnóstico de psoríase, e o jornalista Fernando Rocha.

Como parte das atividades, a SBD também realizará uma live a população nesta sexta-feira (29), quando interessados poderão interagir com especialistas. A transmissão ocorrerá no canal do Youtube da instituição e visa tirar as principais dúvidas que a sociedade civil tem acerca do tema. 





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