Sociedade Brasileira de Dermatologia divulga guia com orientações sobre o uso correto de unhas em acrigel




9 de novembro de 2021 0

O alongamento das unhas em acrigel se tornou tendência entre mulheres de todas as idades, mas não são todas que podem fazer este tipo de procedimento. Apesar de ser aparentemente simples, ele exige cuidados especiais. Para orientar a população sobre o caminho para ter beleza e saúde na ponta dos dedos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) elaborou um guia que oferece orientações importantes para quem pensa em fazer essa aplicação.

O documento, disponível no site da SBD, traz recomendações em linguagem clara e objetiva que cobre todas as fases do processo do alongamento: desde antes de fazer o procedimento, passando pela sua manutenção até a hora da retirada. Por exemplo, os médicos dermatologistas lembram que o uso de unhas em acrigel não é indicado para pessoas alérgicas aos componentes usados no produto, com a pele sensível ou que tenham psoríase da unha ou alguma infecção ou micose.

Orientação – Esse procedimento também não é recomendado para gestantes, pessoas com diabetes, pacientes em tratamento contra o câncer e menores de 16 anos. Outra orientação que o guia ressalta é que a pessoa interessada em fazer o alongamento das unhas deve buscar informação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a situação de regularidade do produto a ser utilizado. Da mesma forma, deve estar atenta ao profissional que a acompanhará. É importante que ele tenha formação adequada e cumpra as regras de higiene e segurança em saúde.

O guia, elaborado pelo Departamento de Cabelos e Unhas da SBD, supre uma importante lacuna ao oferecer à população parâmetros de cuidados referenciados por médicos dermatologistas que conhecem a fundo o trato com as unhas. Aliás, este é um ponto ressaltado: os interessados em alongamentos devem consultar um especialista antes de fazer a aplicação.

Dermatologista – “Antes de tudo, o ideal é consultar um médico dermatologista e verificar se você pode fazer o procedimento ou se tem algum fator de risco. Todas as dúvidas devem ser esclarecidas com um especialista para evitar problemas decorrentes da incorreta utilização desse tipo de unha. Além disso, se, em qualquer tempo, você perceber sinais de desconforto ou adoecimento o dermatologista deve ser consultado”, ressalta o guia da SBD.

Esse cuidado pode evitar situações como o surgimento de doenças que, sem tratamento, podem levar a situações extremas. Como foi o caso de uma moradora do Rio de Janeiro que foi obrigada a amputar parte de um dedo por conta do surgimento de uma infecção. O caso, que ganhou grande repercussão na imprensa e nas redes sociais, confirma a importância dos cuidados em todas as fases de um procedimento estético, desde os mais simples até os mais complexos.


3 de novembro de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que o período para alteração da categoria associado eletrônico ou padrão vai até dia 30 de novembro. Para mudar o status é simples, basta acessar o cadastro na área restrita do site e informar a opção desejada.

Vale lembrar que o associado eletrônico garante 15% de desconto em sua categoria na anuidade de 2022 e o acesso às revistas científicas da SBD somente na versão on-line.

Já o associado padrão, receberá apenas a versão imprensa dos Anais Brasileiros de Dermatologia e a versão eletrônica da Surgical  & Cosmetic Dermatology.

O associado que não atualizar o status até o período mencionado continuará na categoria em que se encontra em 2021.

 


29 de outubro de 2021 0

Confira aqui o destaque especial que a Rádio Nacional deu a respeito do dia da Conscientização da Psoríase. Na oportunidade, o dermatologista e também coordenador da Campanha de Psoríase 2021, André Carvalho falou sobre a campanha realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), na ocasião, ele deu explicações sobre a doença e passou informações de interesse público. Na matéria também consta o depoimento sensibilizador de uma vítima da psoríase, que conta como é conviver com a doença por tanto tempo.


29 de outubro de 2021 0

Cada tipo e gravidade de psoríase podem responder melhor a um tipo diferente de tratamento (ou a uma combinação de terapias). O que funciona bem para uma pessoa não necessariamente funcionará para outra. Dessa forma, o tratamento da psoríase é individualizado.

Hoje, com as diversas opções terapêuticas disponíveis, já é possível viver com uma pele sem ou quase sem lesões, independentemente da gravidade da psoríase.

O tratamento é essencial para manter uma boa qualidade de vida. Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e exposição solar orientada por dermatologista podem ser suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas.

Nos casos moderados, quando apenas as medidas acima não melhorarem os sintomas, o tratamento com exposição à luz ultravioleta A (PUVA) ou ultravioleta B de banda estreita (NB-UVB) em cabines faz-se necessário. O PUVA é uma modalidade terapêutica que utiliza combinação de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz, os psoralenos (P), com a luz ultravioleta A (UVA), em uma câmara emissora da luz. A sessão da Puvaterapia demora poucos minutos e a dose de UVA é aumentada gradualmente, dependendo do tipo de pele e da resposta individual de cada paciente à terapia. O tratamento também pode ser feito com UVB de banda estreita sem uso de medicações, com menores efeitos adversos, podendo, inclusive, ser indicado para gestantes. Importante lembrar: cabines de bronzeamento artificial não são a mesma coisa do que fototerapia e podem trazer mais riscos do que benefícios!

Tipos de tratamento mais comuns:

• Tratamento tópico: medicamentos em cremes e pomadas, aplicados diretamente na pele. Podem ser usados em conjunto com outras terapias ou isoladamente, em casos de psoríase leve.  
• Tratamentos sistêmicos: medicamentos em comprimidos ou injeções, geralmente indicados para pacientes com psoríase grave e/ou com artrite psoriásica ou nos pacientes que possuem psoríase leve resistente ao tratamento  tópico ou fototerapia.
• Tratamentos biológicos: medicamentos injetáveis, indicados para o tratamento de pacientes com psoríase grave. Existem diversas classes de tratamentos biológicos para psoríase já aprovadas no Brasil: os chamados anti-TNFs (como adalimumabe, certolizumabe-pegol, etanercepte e infliximabe), anti-interleucina 12 e 23 (ustequinumabe), os  anti-interleucina 17 (secuquinumabe e ixequizumabe) e os anti-interleuciina 23 (guselcumabe e risanquizumabe).
• Fototerapia: consiste na exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica. O tratamento precisa ser feito por profissionais especializados.

A psoríase pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na autoestima do paciente, o que pode piorar o quadro. Assim, o acompanhamento psicológico é indicado em alguns casos. Outros fatores que impulsionam a melhora e até o desaparecimento dos sintomas são uma alimentação balanceada, o controle do peso e a prática de atividade física. O paciente nunca deve interromper o tratamento prescrito sem autorização do médico. Esta atitude pode piorar a psoríase e agravar a situação.

É importante estar atento ao aparecimento da doença. Caso perceba qualquer um dos sintomas, procure o dermatologista imediatamente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais precoce será o tratamento e menores os riscos de impacto da doença sobre a qualidade e quantidade de vida.

 

PREVENÇÃO

Um estilo de vida saudável pode ajudar na diminuição da progressão ou melhora da psoríase, mas pessoas que possuem histórico familiar da doença devem ter atenção redobrada a possíveis sintomas. É importante estar atento aos sinais. Caso perceber qualquer um dos sintomas, procurar o dermatologista imediatamente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.  

 


29 de outubro de 2021 0

Variam de paciente para paciente, conforme a apresentação e gravidade da doença, mas podem incluir:

• Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
• Pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas.
• Pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento;
• Coceira, queimação e dor;
• Unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões);
• Inchaço e rigidez nas articulações; em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades.

Em casos de psoríase leve pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes.

Além disso, alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico já existente, dentre eles:

• Histórico familiar – entre 30% e 40% dos pacientes de psoríase sabem ter familiar de primeiro grau com psoríase.
• Estresse – Um número expressivo de pacientes refere-se ao aparecimento ou agravamento das lesões após estresse agudo ou crônico, como perda de um familiar, por exemplo.
• Obesidade – excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver psoríase e pacientes com psoríase tendem a apresentar peso acima do ideal.
• Tempo frio – como a pele fica mais ressecada, a psoríase tende a melhorar com a exposição solar.
• Infecções diversas.
• Medicamentos, sendo os mais comuns os antimaláricos (ex. cloroquina), medicamentos para tratar hipertensão (ex. propranolol e outros betabloqueadores) e lítio (para tratamento do transtorno bipolar).
• Consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo – tendem a piorar as lesões existentes.
Há vários tipos de psoríase, sendo necessário procurar um dermatologista especializado no tratamento da doença para poder identificar, classificar e indicar a melhor opção terapêutica caso a caso. 

Tipos de psoríase

Psoríase em placas ou vulgar: apresentação mais comum da doença. Forma placas secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas. Essas placas podem coçar e, algumas vezes, doer. São mais comuns nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo, região lombar e cicatriz umbilical, mas podem atingir qualquer parte do corpo, inclusive genitais. Em casos graves, a pele pode rachar e sangrar.

Psoríase ungueal: pode afetar tanto as unhas das mãos quanto dos pés. Faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse, escame, mude de cor e até se deforme. Em alguns casos, a unha chega a descolar do leito.

Psoríase do couro cabeludo: surgem áreas avermelhadas com escamas espessas branco-prateadas, principalmente após coçar, o que é característico nesta localização. O paciente pode perceber os flocos de pele morta em seus cabelos ou em seus ombros, especialmente depois de coçar o couro cabeludo. Assemelha-se à caspa.

Psoríase gutata: geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta. É caracterizada por pequenas feridas, em forma de gota no tronco, nos braços, nas pernas e no couro cabeludo. As feridas são cobertas por uma fina escama, diferente das placas típicas da psoríase que são grossas. Este tipo acomete mais crianças e jovens antes dos 30 anos e pode melhorar espontaneamente.

Psoríase invertida: atinge principalmente dobras e áreas úmidas, como axilas, virilhas e embaixo dos seios. São manchas inflamadas e vermelhas, sem a descamação grosseira que existe nas lesões no resto do corpo. O quadro pode agravar em pessoas obesas ou quando há sudorese excessiva e atrito na região.

Psoríase pustulosa: nesta forma de psoríase, podem ocorrer pústulas (pequena bolha que parece conter pus) sobre a pele que fica intensamente avermelhada. Pode ocorrer em todas as partes do corpo ou em áreas específicas, como mãos, pés ou dedos (chamada de psoríase palmoplantar). Geralmente, se desenvolve rápido, com bolhas de pus que aparecem poucas horas depois de a pele tornar-se vermelha. As bolhas secam dentro de um dia ou dois, mas podem reaparecer durante dias ou semanas. A psoríase pustulosa generalizada pode causar febre, calafrios, coceira intensa e fadiga. É uma apresentação grave da doença que pode trazer risco de morte se não for tratada de forma adequada.

Psoríase eritrodérmica: é o tipo menos comum. Acomete todo o corpo com manchas vermelhas que podem coçar ou arder intensamente, levando a manifestações como febre e calafrios. Ela pode ser desencadeada por queimaduras graves, tratamentos intempestivos (como uso ou retirada abrupta de corticosteroides), infecções ou por outro tipo de psoríase mal-controlada. Também é uma forma grave da psoríase e muitas vezes é preciso internação hospitalar para seu controle.

Psoríase artropática: Manifestação da psoríase nas articulações. Causa fortes dores nas articulações, mais comumente ao iniciar o movimento da articulação e tende a melhorar com o movimento contínuo. Pode causar rigidez progressiva e até deformidades permanentes. Afeta qualquer articulação do corpo, inclusive a coluna vertebral.


29 de outubro de 2021 0

Dermatologista, a SBD tem uma novidade para compartilhar!

Já estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde suplementar terapias imunobiológicas para o tratamento de doenças dermatológicas graves, como a psoríase! Confira os depoimentos que especialistas da SBD, de todo o Brasil, gravaram sobre o acesso aos medicamentos.

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Assista também às mensagens que a cantora Kelly Key e o jornalista Fernando Rocha gravaram sobre o tema.

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29 de outubro de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga nesta semana um informe aos mais de 10 mil médicos da especialidade a respeito da disponibilização das terapias imunobiológicas que ajudarão no tratamento de doenças dermatológicas graves, que afetam a qualidade de vida de milhões de pessoas. Neste informe, a SBD lembra que os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) já podem ter acesso as terapias imunobiológicas para o tratamento da psoríase e da hidradenite supurativa e os pacientes do sistema privado (operadoras de saúde) já têm cobertura obrigatória desta terapia para psoríase, hidradenite supurativa e urticária crônica espontânea. 

Com esse aviso, a SBD orienta os profissionais sobre a possibilidade da obtenção dessas drogas, o que era uma reinvindicação antiga. “Além do envio de mensagens para os médicos, vamos promover lives para discutir com os dermatologistas os avanços no tratamento de doenças que afetam a pele. Isso faz parte de uma estratégia que ocorre em outubro, mês dedicado à psoríase. Trata-se de uma doença inflamatória, não contagiosa e crônica, cujo cuidado representa um desafio para todos”, ressalta André Carvalho, coordenador da Campanha Nacional de Conscientização sobre Psoríase, promovida pela SBD.

Segundo ele, os avanços foram incorporados, mas nem todos os dermatologistas estão cientes disso ou sabem como solicitar o acesso aos medicamentos para seus pacientes. Por isso, a SBD decidiu atuar junto aos seus associados, o que permitirá a eles alcançar melhores resultados no acompanhamento dos casos da doença. Carvalho explica que para saber como proceder em cada estado, o médico deve buscar as secretárias estaduais ou municipais de saúde e centrais de atendimento que as operadoras disponibilizam aos profissionais.

Comemoração – A possibilidade de contar com esse suporte terapêutico é motivo de comemoração, acreditam os especialistas da SBD. Depois de anos de negociação com o governo e representantes dos planos de saúde, as pessoas que sofrem com a psoríase podem solicitar acesso a medicamentos de alta eficácia dentro da rede pública e junto aos planos de saúde. O número de beneficiados diretos é grande: cerca de cinco milhões de brasileiros.

A aprovação da incorporação dos imunobiológicos foi publicada em setembro de 2019, no Sistema Único de Saúde (SUS). Em abril de 2021, foi a vez da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovar a inclusão dessas drogas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. No entanto, apesar dos avanços, a SBD espera que essa relação seja ampliada nas duas esferas, por isso mantém tratativas no âmbito da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e da ANS.

"A SBD vem há anos trabalhando junto ao Ministério da Saúde e aos planos para incorporar os imunobiológicos na assistência dos pacientes. Essa luta visa melhorar o atendimento para pacientes com psoríase e com outros problemas”, conta Paulo Oldani, coordenador do Comitê de Imunobiológicos da SBD. Segundo ele, essas drogas (produzidas a partir de células vivas) são muito eficientes no tratamento de doenças imunomediadas. Elas agem em pontos específicos bloqueando o processo inflamatório, responsável pelo surgimento da doença.

Terapias – Em 2019, os medicamentos imunobiológicos incluídos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para psoríase no âmbito do SUS foram: adalimumabe, como primeira opção de tratamento; secuquinumabe e o ustequinumabe, indicados numa segunda etapa, após falha ou contraindicação da primeira opção; e o etanercepte, para pacientes pediátricos, que falharam ou tenham contraindicação à terapia tradicional. Este ano o risanquizumabe também foi incorporado ao SUS, mas ainda não está sendo dispensado aos pacientes. 

No segmento dos planos de saúde, a mudança começou dois anos depois (2021) com incorporação de sete medicamentos imunobiológicos ao rol de procedimentos e eventos em saúde, após a aprovação pela ANS. Adalimumabe, etanercepte, guselcumabe, infliximabe, ixequizumabe, secuquinumabe e ustequinumabe aparecem nesta relação. A SBD espera que em breve outras duas drogas – risanquizumabe e o certolizumabe – passem a fazer parte destas opções de tratamento para quem tem plano de saúde.

Na avaliação dos especialistas, o benefício é evidente. “Nós tínhamos uma demanda reprimida. No SUS, havia vários casos de pacientes que estavam com medidas judiciais. Nos planos de saúde, alguns conseguiam por liberalidade. Agora o acesso é garantido e facilitado. Então, com certeza houve uma melhora na saúde e na qualidade de vida dessas pessoas, pois eram pacientes que já não tinham mais opção de tratamento”, afirmou Oldani.

Arsenal – A principal vantagem para o dermatologista aparece no aumento do arsenal terapêutico para a assistência à pessoa com psoríase. “Com essas novas opções, o tratamento pode ser individualizado. Há pacientes que respondem melhor a um mecanismo de ação do que outros. Então, termos alternativas ajuda bastante. Além disso, a psoríase grave gera várias comorbidades, o que, muitas vezes, exige ajustes nos procedimentos para poder se adequar a elas", disse Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD.

Para ele, o acesso aos medicamentos marca um novo tempo.  Na sua avaliação, essa oferta, hoje disponível, era impensável há dez anos. “A tendência é melhorar, porque temos algumas perspectivas já saindo do forno, para outras formas de psoríase, como a do tipo pustulosa. Com isso, vamos conseguir gerar economia para o SUS, ao reduzir despesas com o tratamento de comorbidades, e oferecer ao paciente condições de se integrar à sociedade, o que ajuda até na sua saúde mental e produtividade", ressaltou.

Há inúmeras opções de tratamento, que incluem medicamentos de uso tópico, sistêmico, biológico e com fototerapia, conforme a gravidade e o estágio da doença. A principal meta do tratamento é eliminar total ou quase totalmente as lesões na pele, diminuindo o impacto da doença na qualidade de vida funcional, física e psíquica. Para saber o tratamento mais indicado, procure um dermatologista.


28 de outubro de 2021 0

Leia aqui a matéria publicada pelo jornal O Globo sobre a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Na matéria estão contidas explicações e orientações do dermatologista André Carvalho, coordenador da ação neste ano. O especialista discorre sobre o impacto emocional e social que a doença pode causar, as complicações além da pele, as novas formas de tratamento e sobre os principais alvos da doença.


28 de outubro de 2021 0

Estão abertas até o dia 8 de novembro as inscrições para o IV Curso de Formação em Cirurgia Micrográfica, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). O objetivo é capacitar especialistas na execução de cirurgias micrográficas para tumores cutâneos. Podem se candidatar os associados quites com as duas instituições.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O EDITAL COMPLETO

Os interessados deverão enviar os documentos pedidos no edital para  micrografica@sbcd.org.br.  Em 10 de novembro, serão divulgados os candidatos selecionados para a prova e entrevista.  Ambas as etapas ocorrerão em 20 de novembro, na sede da SBCD, em São Paulo (SP).

A prova para os candidatos selecionados será composta de 30 questões, divididas da seguinte forma: 10 de oncologia cutânea, 10 de histopatologia e 10 de cirurgia dermatológica. A bibliografia será a mesma do exame do Título de Especialista em Dermatologia (TED). A análise de currículo, a prova e a entrevista terão o mesmo peso na classificação final. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 6 de dezembro.

O curso será realizado no Centro de Procedimentos Ambulatoriais (CPA) da SBCD, em São Paulo (SP). A atividade será dividida em módulos cirúrgicos quinzenais (às quintas e sextas-feiras) e módulos teórico-práticos mensais (aos sábados). Durante os procedimentos, os alunos serão orientados por cirurgiões micrográficos certificados pela SBD e as sessões de patologia serão ministradas por dermatopatologistas convidados.

 


28 de outubro de 2021 0

Na semana em que o país estimula o debate em torno dos cuidados oferecidos aos pacientes com psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) chama a atenção para uma das formas mais graves e raras dessa doença. A psoríase pustulosa generalizada (PPG) afeta a saúde e qualidade de vida dos seus portadores, podendo até levar à morte em casos extremos. No Brasil, estima-se pelo menos 1.458 pacientes que apresentam sinais e sintomas dessa patologia, segundo dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Neste grupo, a prevalência é um pouco maior nas mulheres (53%), sendo que os registros de PPG ocorrem de modo mais frequente após os 30 anos de idade. Dados de literatura estrangeira apontam grau significativo de letalidade da doença. Segundo estudos científicos, em 65% dos casos, os pacientes com psoríase pustulosa também têm psoríase vulgar.

Em linhas gerais, a forma vulgar é o tipo mais comum, com presença de lesões avermelhadas na pele, em formato de placas, que descamam. Também causa descamação, rachaduras, coceira, queimação e dor. Na PPG, as lesões da psoríase vulgar são acompanhadas de pústulas (bolhas com pus) e quando as bolhas rompem, surgem feridas.

De modo geral, os casos de psoríase são provocados por predisposição genética, precipitados por fatores ambientais ou de comportamento. Alguns gatilhos desencadeiam ou agravam crises: interrupção do uso de medicamentos, queimadura solar, presença de infecções virais (incluindo rinovírus e coronavírus), estresse e gestação. Importante destacar que é uma doença crônica e não contagiosa.

Gatilhos – Para o dermatologista Gleison Vieira Duarte, um dos coordenadores da Campanha Nacional de Conscientização sobre Psoríase, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase vulgar pode se transformar na psoríase pustulosa. “Um dos gatilhos é o uso dos corticosteroides orais. Essas drogas podem ser empregadas de forma inadvertida, seja por automedicação ou desconhecimento acerca de uma não indicação do corticoide na psoríase vulgar”, disse.

O especialista acrescenta que, em algumas circunstâncias, após o tratamento com corticoide, o paciente pode ter transformada sua forma vulgar numa pustulosa. Ele explica que “neste caso, chamamos de psoríase pustulosa generalizada induzida pelo uso do corticosteroide. Algumas outras drogas também podem, em casos raros, provocar essa indução, como antidepressivos, lítio, entre outras”.  

Por sua vez o dermatologista Ricardo Romiti, também do time de coordenação da Campanha da SBD, comenta que o diagnóstico da PPG é clínico. "O exame dermatológico feito de forma muito detalhada ajuda no diagnóstico. Nos casos de dificuldade, é feita uma biópsia, seguido do exame histopatológico. Também costumam ser realizados exames subsidiários para, por exemplo, afastar outros problemas de saúde da pele”. Mesmo assim, o diagnóstico pode ser difícil, podendo-se confundir a psoríase com outras infecções.

Gleison Duarte também ressalta que a psoríase, nos casos mais graves, pode ser dolorosa e trazer risco de morte. "As manifestações da psoríase pustulosa podem ser somente na pele. Elas podem estar distribuídas em qualquer parte do corpo, por isso têm o nome de psoríase pustulosa generalizada, com ou sem a presença de sintomas. Neste caso, pode haver febre e mal-estar, ou sintomas que podem levar o paciente à hospitalização. Em 7% dos casos, os pacientes com a forma generalizada podem vir a óbito, o que está muito associado a alterações de desidratação, infecções secundárias e alterações dos eletrólitos, como sódio, potássio, entre outros", explicou.

A gravidade da PPG gera impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, nas funções físicas, vitalidade e saúde mental, incluindo ansiedade e depressão. "O impacto psicológico é muito grande, eu diria que é devastador. As pústulas dão ao paciente a sensação de nojo da sua própria pele, de não querer ter contato com ninguém. O odor fétido que pode resultar dessas pústulas acaba prejudicando o convívio dentro de casa. Além do receio relacionado à gravidade da doença, a falta de tratamentos eficazes aprovados em bula, que realmente sejam direcionados a essa patologia. Então, são muitos os impactos psicossociais gerados por uma doença tão aguda e grave como essa", enfatizou Vieira Duarte.

Tratamento – Para os especialistas da SBD, há tratamentos que podem ser utilizados para a psoríase pustulosa generalizada. No entanto, devido à raridade da doença, todos esses tratamentos são com medicamentos off label, ou seja, que não seguem as indicações homologadas na bula. Além disso, eles são adaptados do tratamento da psoríase vulgar.

"Diante desse cenário, temos preferencialmente escolhido drogas com início rápido, como a ciclosporina e o infliximabe, que são de uso off label, mas também são utilizados a acitretina e o metotrexato quando há a possibilidade de se utilizar drogas de início de ação mais lento. À medida que entendemos mais sobre a psoríase pustulosa generalizada, observamos que ela tem uma característica imunológica distinta da psoríase vulgar", salientou Gleison Vieira, ao destacar a responsabilidade do dermatologista no atendimento desses pacientes.

Ricardo Romiti explicou que da mesma forma que há os tratamentos imunobiológicos para o controle da psoríase em placas, estão em desenvolvimento novos imunobiológicos para o controle da psoríase pustulosa generalizada. "Essas drogas ainda não estão disponíveis no mercado, mas estão em fase avançada de estudo e parecem ter um perfil de eficácia e segurança muito satisfatórios. Enquanto essas drogas não chegam ao mercado, nesses casos mais graves nós acabamos fazendo uso dos mesmos imunobiológicos que nós temos aprovados para a psoríase para tentar controlar o quadro".





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