Especialista da SBD dá dicas sobre técnicas de rejuvenescimento facial




9 de maio de 2011 0

Excesso de atividades no trabalho e no lar acaba anulando cuidados da mãe com a própria beleza

Toda mulher merece ter um tempo livre para se cuidar. Mãe, esposa e profissional, a mulher moderna vive rodeada de obrigações e afazeres. O excesso de atividades no trabalho e no lar acaba anulando compromissos, passeios, caminhadas e até mesmo cuidados com a própria aparência.

No entanto, é possível conciliar todas essas atividades e ainda destinar tempo para a beleza. Existem tratamentos estéticos rápidos e eficazes que podem acompanhar a correria diária da mulher e que proporcionam uma melhora na autoestima feminina.

De acordo com a dermatologista Denise Steiner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a toxina botulínica tipo A é o procedimento mais procurado pelas mulheres devido à eficácia e segurança que a substância proporciona.

— Além de proporcionar resultados naturais e uma aparência mais jovem, não existem outros procedimentos que consigam os mesmos efeitos para rugas de expressão e pés de galinha — explica a especialista.

A médica ressalta ainda que o procedimento, além de muitas vezes substituir a necessidade de cirurgia, traz ganhos positivos para a autoestima.

— A mulher se sente mais bonita, jovem e confiante. Um dos benefícios desse tratamento é o curto tempo de recuperação, pois o paciente não precisa sofrer com o pós-operatório ou se afastar das atividades profissionais, por exemplo — comenta a médica.

Os primeiros resultados da toxina levam em torno de 24 a 48 horas para aparecer e podem ser potencializados em até 10 dias. Já os preenchimentos faciais à base de ácido hialurônico proporcionam uma aparência mais leve e rejuvenescida, com duração, em média, de um ano.

— É uma substância segura e eficaz, sendo indicada para preencher rugas, corrigir sulcos e repor o volume nos lábios. Os efeitos costumam ser observados logo no primeiro dia da aplicação — diz Steiner.

Além dos tratamentos convencionais, a mulher moderna tem procurado outras alternativas de beleza que vão além do rejuvenescimento da face. Novas técnicas que valorizam o olhar, ou seja, seu principal poder de sedução, também estão se tornando tendência.

— O olhar é fundamental, pois faz parte de todo o processo de comunicação entre duas pessoas. Alguém que tenha poucos cílios ou falhas nas sobrancelhas geralmente procura se esquivar de conversas, tirar fotos, entre outras situações — afirma a médica.


2 de maio de 2011 0

BRASÍLIA, 29 DE ABRIL DE 2011

NO DIA 7 DE ABRIL OS MÉDICOS BRASILEIROS SUSPENDERAM O ATENDIMENTO A PLANOS E SEGUROS DE SAÚDE EM TODO O PAÍS POR HONORÁRIOS DIGNOS, PELO FIM DAS INTERFERÊNCIAS ANTIÉTICAS NA AUTONOMIA PROFISSIONAL E POR CONDIÇÕES ADEQUADAS DE ASSISTÊNCIA À POPULAÇÃO.

A manifestação, liderada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo conjunto das sociedades de especialidades médicas, foi bem sucedida, conforme avaliação de reunião ampliada das entidades médicas em 28 de abril de 2011, em Brasília.

Neste momento, nos dirigimos publicamente às operadoras da saúde suplementar para informar que os médicos que atendem planos de saúde entram – a partir de hoje – em estado de alerta nacional.

Até junho, as entidades estaduais – representadas em Comissões de Honorários Médicos – conduzirão o processo de negociação com as empresas, contando com o amplo apoio da AMB, do CFM e da Fenam.

Abertos ao diálogo, esperamos ver atendida a seguinte pauta mínima:

a) reajuste dos honorários médicos tendo como referência os valores da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), já corrigidos pela inflação;

b) contratualização com os planos de saúde, conforme exigência da Resolução Normativa nº 71/2004, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que significa inserção dos critérios de reajuste nos contratos.

c) fim da interferência antiética e desrespeitosa dos planos de saúde na autonomia do trabalho médico.

Após o prazo limite, assembleias de médicos serão realizadas em todos os estados para analisar propostas concretas das operadoras e definir as próximas ações do movimento. Esperamos que as negociações cheguem a bom termo, evitando enfrentamentos e desdobramentos possíveis.

A AMB, CFM e Fenam têm ainda a expectativa de que os pleitos serão atendidos, pois embasam um movimento em defesa da saúde e da vida dos cidadãos.


27 de abril de 2011 0

Espécie rara de câncer, que começa na pele e pode avançar para a corrente sanguínea, a micose fungoide surge com placas avermelhadas e coceira incessante

As lesões avermelhadas na pele da dona de casa Maria Luísa*, 81 anos, surgiram de repente. Aos poucos, as placas, que inicialmente acometiam somente os braços, foram comprometendo as pernas, a região dorsal e a barriga. A vermelhidão surgiu acompanhada de coceira e frustração. Durante dois anos, ela se dedicou a tratamentos que não trouxeram qualquer resultado ou alento. Maria Luísa perdeu as contas de a quantos dermatologistas recorreu até receber o diagnóstico da micose fungoide, um tipo de câncer que tem origem nos linfócitos T maduros e que afeta, inicialmente, a pele. Até que uma biópsia confirmasse a doença, o problema foi tratado em sequência como alergia e como outras patologias da derme. “Minha mãe perdeu muito tempo tomando antialérgicos e passando medicamentos tópicos nas lesões. As manchas vermelhas nunca regrediram nessa época. Acho que um diagnóstico mais rápido poderia tê-la poupado das coceiras que lhe tiraram o sono e dos danos estéticos”, lamenta Pedro*, filho da dona de casa.

A dermatologista Maria Fernanda Gavarzzoni, coordenadora do departamento de micologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que a micose fungoide é uma doença rara, que nem sempre é reconhecida pelos médicos. Além disso, quando a patologia está em fase inicial, a chance de a biópsia não apontar a presença das células cancerígenas na amostra colhida são elevadas. “Felizmente, embora seja um tipo de linfoma, a micose fungoide tem comportamento indolente, a evolução é lenta e o prognóstico é muito bom”, afirma a médica. De acordo com ela, a doença costuma atingir mais a população idosa, mas crianças e jovens também podem ser vítimas.

Pequenas placas avermelhadas e coceira são os sintomas mais comuns. No entanto, as manchas podem apresentar coloração esbranquiçada e ser acompanhadas por descamação. O prurido varia de intensidade no estágio inicial. Antes de as lesões espalharem-se pelo corpo e emendarem-se umas nas outras, o problema pode ser negligenciado pelo próprio paciente. “Muitos passam anos fazendo simpatias e se automedicando com pomadas indicadas por leigos, fato que posterga o tratamento adequado e pode promover o avanço da doença”, alerta Maria Fernanda.

O dermatologista Gilvan Alves, presidente da regional DF da SBD, observa que a micose fungoide não tem relação alguma com o excesso de exposição solar ou com fungos, como a designação sugere. “O nome pode até induzir a esse pensamento, mas, na verdade, ele vem do simples fato de que na fase evoluída da doença as placas ganham um aspecto de fungos de casca de madeira”, esclarece o especialista.

O médico acrescenta que a ciência ainda não descobriu o que desencadeia a micose fungoide. A medicina sabe, porém, que se não tratada, a mazela pode evoluir e afetar a corrente sangu&iacut…


20 de abril de 2011 0

Páscoa é sinônimo de chocolate. Muitas pessoas, porém, resistem a essa ‘tentação’ por medo de que o alimento cause ou agrave a acne. Mas será que o chocolate é mesmo um inimigo da pele? Segundo o Dr. Márcio Rutowitsch, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), não é.

Ele explica que não existe nenhum estudo científico que comprove que o consumo de chocolate ou qualquer outro alimento provoque cravos ou espinhas, ideia que já se tornou um mito principalmente entre os adolescentes.- Felizmente hoje sabemos que não há a menor relação de causa e efeito entre a ingestão de chocolate ou outro alimento qualquer e o surgimento da acne. Excepcionalmente, alguns pacientes relatam que se comerem chocolate têm piora da acne, mas num universo de centenas de pacientes, são muito poucos – garante Dr. Márcio.

Em entrevista à Revista Viva Saúde, a nutricionista Carina Boniatti explica que, embora não exista nenhum estudo científico que comprove a relação entre chocolate e acne, por se tratar de um alimento com grande concentração de gordura, ele pode ocasionar alguma erupção cutânea. Mas isso vai depender da quantidade ingerida e da predisposição que a pessoa possui para acne. O site da regional Rio Grande do Norte da SBD, em sua página de mitos e verdades, complementa: ‘Em algumas pessoas que já têm a doença, é possível ocorrer uma piora das lesões com a ingestão de alimentos como: chocolate, leite e derivados, amendoins, crustáceos, condimentos fortes e alimentos gordurosos. Se você percebe que suas lesões pioram com determinados alimentos, evite-os. Ou seja, a dieta gordurosa não causa acne, mas contribui para sua piora’.

FATO

Relacionada diretamente a fatores hormonais, a acne surge na puberdade, quando os hormônios sexuais femininos e masculinos estimulam o funcionamento das glândulas sebáceas. É a produção exagerada de sebo que entope os canais de saída na pele, formando os cravos, que, quando inflamados, resultam nas espinhas. De acordo com Rutowitsch,a melhor maneira de evitar o problema é manter uma boa higienização da pele, lavando-a duas ou três vezes por dia e, se for o caso, consultar um dermatologista.

OUTROS MITOS

Além da questão dos alimentos, há outros mitos envolvendo a acne que, segundo Dr. Márcio, devem ser descartados: a ideia de que a masturbação piora a acne, por exemplo, é infundada; e o sol, que em princípio causa vermelhidão e ‘disfarça’ o problema, na verdade estimula o funcionamento das glândulas sebáceas, provocando posteriormente o aparecimento de mais cravos e espinhas.


13 de abril de 2011 0

ADQUIRIR UM TRATAMENTO ESTÉTICO COM DESCONTOS DE ATÉ 80% NOS SITES DE COMPRAS COLETIVAS PODE SER TENTADOR, MAS É SEGURO?

Os sites de compras coletivas definitivamente viraram mania e um dos serviços mais comercializados por estes portais são os tratamentos estéticos. Depilação a laser, peeling, máscaras faciais, e tantos outros tipos estão cada vez mais acessíveis para o consumidor, que pode adquiri-los com grandes descontos. O problema é que muitos dos compradores pensam apenas nos ganhos financeiros, e não verificam se o tratamento possui algum tipo de contra indicação para seu perfil, ou mesmo se o estabelecimento presta um serviço de qualidade. Afinal, tratamentos estéticos, quando não indicados ou feitos em excesso, podem trazer algum mal à saúde?

Segundo Denise Steiner, dermatologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, qualquer procedimento estético mal indicado e mal realizado pode prejudicar a pele. Os peelings podem evoluir com manchas e cicatrizes, se forem muito agressivos. A limpeza de pele pode deixar manchas e feridas quando praticada de forma irregular. “A pessoa não deve adquirir ‘pacotes estéticos’ sem consultar um dermatologista, pois pode gastar dinheiro à toa, sem haver uma indicação específica para as suas necessidades”, explica Denise.

O uso indiscriminado desses tratamentos podem causar danos mais graves à pele dos compradores, pois cada uma necessita de cuidados específicos. “A cicatriz é um problema sério que muitas vezes não poderá ser resolvido, além de causar danos emocionais e físicos aos pacientes. Lesões infeccionadas como herpes ou impetigo podem também se disseminar”, esclarece Steiner.

Para a dermatologista, esse tipo de venda “engana” o consumidor, além de colocar a saúde dos mesmos em risco. “Isso é um desserviço à população. As pessoas devem consultar um dermatologista. E caso haja algum problema durante o tratamento, recorra a um médico especialista e ao órgão de defesa do consumidor”, conclui.


8 de abril de 2011 0

Quem sofre com acne sabe o quão desagradáveis são as marcas deixadas por ela na pele. Por isso, é importante realizar limpezas de pele com uma frequência relativa ao quadro clínico e usar sabonetes, géis e cremes indicados por dermatologistaspara que as sequelas sejam evitadas.

Entretanto, se você já possui tais marcas, é preciso ter calma. É possível sim eliminá-las e conquistar de volta uma pele sem imperfeições. Para isso, o dermatologistaAgnaldo Augusto Mirandez, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da Clínica de Estética e Dermatológica Perfetta, listou os principais tratamentos que podem ajudá-la a dar fim a esse problema:

PEELINGS QUÍMICOS

Com aplicações profundas, eles ajudam a eliminar manchas e também melhoram a textura da pele, mas podem gerar efeitos colaterais e desconfortos após o procedimento.

MICRODERMOABRASÃO

Técnica usada para remover as camadas superficiais da pele, uniformizando-a. Além disso, ela pode ser associada aos peelings químicos, pois facilita a penetração do ácido, potencializando o seu resultado.

PREENCHIMENTO CUTÂNEO

Realizado com uma técnica chamada microgotas, ele injeta substâncias preenchedoras à base de ácido hialurônico sob as marcas. Tal tratamento é indicado para cicatrizes deprimidas que somem quando a pele é esticada e pode durar até um ano.

TRATAMENTOS CIRÚRGICOS

Combinação de técnicas com remoção de tecido à laser, que visa atenuar cicatrizes deprimidas, uniformes ou irregulares.

SUBCISÃO

Introdução de agulha sob a cicatriz, cortando o tecido fibroso para soltar a pele e elevar as cicatrizes deprimidas.


7 de abril de 2011 0

Após publicação de pesquisa realizada pela Universidade George Washington, nos Estados Unidos que aponta o aumento da disfunção sexual relacionada a medicamentos para calvície, muitos homens começaram a se perguntar até que ponto vale lutar contra a queda dos cabelos.

Para falar sobre o assunto, o portal TERRA TV conversou com Francisco Le Voci, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que analisou os novos dados divulgados pelo estudo, nesta terça-feira (6). Segundo ele, esta diminuição da libido poderia estar associada à finasterida, um componente presente em remédios contra a calvície. ‘Há cerca de 15 anos, descobriu-se que ela agia também no crescimento dos cabelos. A finasterida acaba agindo sobre a enzima 5-alfa-redutase, que é responsável pela transformação do hormônio masculino (testosterona) em dihidrotestosterona (DHT)’, disse o especialista.

O estudo avaliou 71 homens entre 21 e 46 anos que usavam o medicamento e constatou que os efeitos colaterais persistiam até 40 meses após o fim do tratamento. O médico disse que não foi comprovada nenhuma relação direta entre o uso dos medicamentos e a impotência sexual. Para ele, ainda é necessário um estudo em longo prazo para avaliar, inclusive, a interferência de fatores externos. ‘Eu tenho 17 anos de consultório e nunca recebi uma queixa prolongada relacionada à finasterida. Existem outros fatores que provocam a disfunção e que estão relacionados ao medicamento’, disse.

Como a finasterida não age diretamente sobre a testosterona, a análise dela sobre o organismo precisa ser feita de maneira mais aprofundada e em longo prazo. ‘A finasterida tem uma ação muito discreta sobre o hormônio e não existem estudos conclusivos em longo prazo que comprovem isso’, analisou o médico.

Apesar de não acreditar que o remédio seja o único causador das disfunções sexuais, Francisco Le Voci acredita que, se for comprovada a relação do medicamento com os problemas, logo ele seria substituído por outra alternativa. ‘Se for comprovado o efeito da finasterida, outras opções deverão ser procuradas. Hoje, o tratamento com os remédios que possuem este composto é a melhor opção para homens de 18 a 40 anos, que utilizam a finasterida geralmente com uma loção a base de minoxidil’, falou.

É importante lembrar que os estudos sobre a associação do uso da finasterida ainda não foram conclusivos e que o medicamento está liberado pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana, e seu comércio também é permitido no Brasil.


6 de abril de 2011 0

A finasterida, droga mais usada contra a calvície, pode reduzir a libido e causar impotência mesmo após a suspensão do uso, segundo estudo da Universidade George Washington, nos EUA.

A pesquisa avaliou 71 homens entre 21 e 46 anos que se queixavam das reações. Segundo os autores do trabalho, publicado no ‘Journal of Sexual Medicine’, os efeitos colaterais persistiam por 40 meses após a interrupção do tratamento, em média.

LABORATÓRIO DIZ QUE METODOLOGIA USADA É LIMITADA

Foram observados impotência e perda da libido até seis anos após o uso, em um quinto dos pesquisados.

Para o endocrinologista Michael Irwig, um dos autores, os homens devem estar cientes do risco. ‘O estudo deve mudar a forma como médicos conversam com pacientes sobre a medicação.’No Brasil, assim como nos EUA, a bula da finasterida menciona a diminuição da libido e a impotência como efeitos colaterais, mas afirma: ‘Esses efeitos desapareceram nos homens que descontinuaram a terapia e em muitos que mantiveram’.

A Merck Sharp & Dohme, que produz o remédio Propecia, à base de finasterida, contesta a metodologia do estudo.

A finasterida bloqueia a ação da enzima 5-alfa-redutase, que transforma o hormônio testosterona em DHT (dihidrotestosterona).

Em homens com folículos capilares mais sensíveis à ação da DHT, os fios de cabelo ficam mais finos e caem.

A dihidrotestosterona também atua na estimulação sexual. Ao inibir a produção desse hormônio, a droga pode interferir nessas funções.

Segundo o cirurgião plástico Marcelo Pitchon, especializado em implantes capilares, a pesquisa lança um ‘sinal amarelo’ no tratamento da calvície. ‘Sempre se considerou que as funções sexuais voltavam ao normal depois de interrompido o tratamento’, diz. ‘Agora, precisamos revisar o estudo.’

Elaine Costa, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, não estranha os efeitos colaterais prolongados. ‘Bloqueando um hormônio, pode ser que ele demore a voltar ao normal.’


4 de abril de 2011 0

Os médicos têm um imperativo ético que os obriga a compartilhar decisões importantes com os pacientes. E os pacientes têm o direito de assumir um papel de participantes nos seus cuidados no mesmo nível decisório que os especialistas.

As afirmações constam em uma declaração internacional, publicada esta semana, exortando pacientes e médicos ‘para trabalhar em conjunto para serem co-produtores da saúde.’

A declaração é resultado de um evento que reuniu especialistas de 18 países no Seminário Mundial de Salzburgo, realizado na Áustria.

Os especialistas argumentam que grande parte dos cuidados que os pacientes recebem baseia-se na capacidade e na disponibilidade de clínicos individuais para fornecê-los, e não em padrões amplamente aceitos de melhores práticas ou preferências dos pacientes por um determinado tratamento.

Essa visão está fundamentada nos resultados de uma pesquisa anual feita com pacientes de câncer. Foram constatadas variações significativas nas escolhas e nas informações dadas aos pacientes e na sua participação nas decisões sobre o tratamento.

Os especialistas também afirmam que os médicos são muitas vezes lentos em reconhecer a extensão com que os pacientes desejam se envolver no entendimento dos seus próprios problemas de saúde, em conhecer as opções disponíveis para eles, e de participar na tomada de decisões que levem em conta suas preferências pessoais.

Com base nessas constatações, o documento apela aos médicos para estimularem um fluxo de informações de mão-dupla com os pacientes, fornecendo informações precisas sobre o tratamento, adequando a informação às necessidades individuais dos doentes e dando-lhes tempo suficiente para considerarem todas as opções.

Falando aos pacientes, os pesquisadores os incentivam a fazer perguntas e falar sobre suas preocupações, a reconhecer que têm o direito de atuarem como participantes em igualdade de condições quanto aos seus tratamentos, e para buscarem e utilizarem informações de saúde de alta qualidade.

O documento apela ainda aos gestores públicos para adotarem políticas que incentivem a tomada de decisão compartilhada e apoiem o desenvolvimento de habilidades e ferramentas para a tomada de decisão compartilhada entre os médicos.


28 de março de 2011 0

O FDA, a agência americana de regulação de medicamentos, aprovou nesta sexta-feira uma droga considerada promissora para o tratamento do melanoma metastático, um tipo de câncer de pele geralmente fatal. A agência só havia aprovado até hoje outros dois medicamentos para o melanoma avançado – sendo que a última liberação ocorreu há 13 anos.

Conhecida comercialmente como Yervoy, a droga injetável ipilimumab prolongou em até quatro meses a vida dos pacientes, quando a situação destes foi comparada com a de pessoas tratadas com drogas já existentes no mercado. Segundo os especialistas, apesar do pouco tempo de sobrevida, a droga é considerada um marco importante para o tratamento dessa forma letal do câncer de pele, que muitas vezes não apresenta respostas a outras terapias.

‘Os riscos de vida entre os usuários de ipilimumab caíram 32%’, diz Carlos Dzik, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, que participou do estudo clínico com a droga no Brasil.

O FDA aprovou a droga baseando-se em um estudo realizado com 676 pessoas diagnosticadas com um melanoma avançado e que não haviam respondido aos outros tratamentos existentes. Os pacientes foram divididos em grupos e submetidos a três tratamentos: ipilimumab, ipilimumab combinado a outra droga que estimula o sistema imunológico e um remédio que estimula o sistema imunológico isoladamente. Os resultados mostraram que a média de sobrevivência dos pacientes que tomaram ipilimumab foi de dez meses, contra seis meses de quem recebeu as demais drogas. Um grupo muito pequeno de pacientes sobreviveu mais de seis anos.

‘Os próximos estudos vão tentar identificar quais são as pessoas que respondem melhor ao ipilimumab. Em um tratamento, sempre há um grupo de pacientes que se beneficiam e outro que não’, afirma Dzik. Em cerca de 85% dos pacientes estudados, a droga apresentou pouco efeito. Segundo os pesquisadores, a taxa de sucesso é maior quando o remédio é administrado nos estágios iniciais da doença.

DEFESA FORTALECIDA

O medicamento faz parte de um grupo de outras drogas que têm como objetivo estimular o sistema imunológico para combater o câncer. A droga bloqueia uma molécula ligada ao melanoma chamada CTLA-4, que interfere na atividade dos glóbulos brancos, cuja função é combater a doença. Quando a molécula é bloqueada, as células se comportam normalmente e ajudam a lutar contra o câncer.

De acordo com Dzik, estão sendo realizados estudos com ipilimumab para o tratamento de outros tipos de câncer. No Brasil, o especialista é responsável pelo estudo com pacientes diagnosticados com câncer de próstata, mas ainda não pode divulgar resultados.





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