Comunicado oficial da SBD sobre câncer da pele, proteção solar e vitamina D




24 de fevereiro de 2017 0

 


A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vem a público esclarecer notícias de interesse em saúde pública: câncer da pele, proteção solar e vitamina D.

O câncer da pele é o tumor maligno mais frequente da humanidade. Em 2016, estima-se que o Brasil tenha diagnosticado mais de 180 mil tumores, sendo o carcinoma espinocelular e o melanoma os de maior mortalidade.

Os diferentes subtipos de câncer da pele apresentam características clínicas próprias e particularidades quanto aos fatores de risco. De forma geral, os indivíduos mais susceptíveis ao desenvolvimento desses tumores são aqueles de pele clara, acima dos 50 anos, com certas doenças que levam à depressão da imunidade, história familiar de câncer da pele, ou que se expõem ao sol de forma intensa e desprotegida, como: agricultores, pescadores, motoristas, atletas, carteiros e ambulantes, e ainda os praticantes de bronzeamento artificial. As lesões de câncer da pele se desenvolvem, usualmente, nas áreas expostas ao sol.

Por essa razão, a SBD recomenda além da vigilância quanto a alterações da pele, atitudes que minimizem a intensidade de exposição ao sol, como o conhecimento dos horários de maior intensidade de radiação solar (10-15h), o índice ultravioleta da sua região, o uso de roupas e chapéus que protejam da irradiação direta do sol e, nas áreas descobertas da pele, o uso do filtro solar.

A adoção de práticas que minimizem a intensidade da exposição solar reduz em até 50% a chance de desenvolver um câncer da pele em indivíduos de risco, sendo considerados equipamentos de proteção individual obrigatórios em profissões expostas ao sol.

As radiações ultravioletas oriundas do sol, além de promover o câncer da pele, favorecem queimaduras solares, catarata, degeneração da retina, manchas, alterações na espessura e enrugamento da pele. As estratégias de proteção solar previnem de forma eficiente todos esses processos. A SBD orienta que a educação ligada à exposição solar seja incentivada desde a infância.

No Brasil, a produção e comercialização dos filtros solares é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovou o uso de 33 ativos para a composição dos produtos baseada em estudos de segurança e eficácia. Nenhum desses ativos, até o momento, demonstrou em humanos risco de câncer ou ganho de peso.

A vitamina D é um nutriente que é ativado na pele e nos rins com funções essenciais no ser humano, como a formação e manutenção dos ossos, absorção de cálcio e funcionamento adequado de uma série de órgãos. Nos últimos anos, observou-se que uma grande parcela da população mundial (adulta e infantil) apresenta níveis baixos de vitamina D, o que pode favorecer a disfunção de uma série de processos no organismo.

Os países mais afetados pela deficiência da vitamina D são os mais distantes da linha do Equador, como o Norte da Europa, Estados Unidos e Rússia. Isso ocorre, porque a transformação da vitamina D em seu componente mais potente ocorre na pele após a exposição à radiação ultravioleta tipo B, a mais associada com o desenvolvimento de certos cânceres da pele. Entretanto, essa radiação é também bloqueada pelos vidros das casas e dos carros, razão pela qual a deficiência da vitamina D ocorra mais em ambientes urbanos que rurais.

Ao passo que os filtros solares bloqueiam eficientemente a radiação ultravioleta B, a região protegida pelo filtro solar apresenta menor síntese de vitamina D. Entretanto, em áreas com menor incidência de radiação solar, como o Uruguai, mesmo os indivíduos que não utilizam filtros solares apresentam níveis baixos de vitamina D.

A SBD recomenda que se conheçam os níveis individuais de vitamina D e a reposição oral seja feita com acompanhamento médico. Assim como incentiva a exposição direta de áreas cobertas, como pernas, costas, barriga, ou ainda palmas e plantas, por 5 a 10 minutos todos os dias, a fim de sintetizar vitamina D, sem sobrecarregar as áreas cronicamente expostas ao sol.

Níveis baixos de vitamina D foram verificados em portadores de diferentes doenças. Não há, porém, até o momento, evidências que a suplementação ou níveis altos de vitamina D levem à proteção contra o câncer da pele. E níveis muito elevados podem levar a graves danos nos rins.

Finalmente, a SBD esclarece que a radiação solar é essencial à vida no planeta, e seres humanos privados do sol desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas. Entretanto, é possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras, câncer da pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se beneficiar do bem-estar que ele nos proporciona.

 

Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Gestão 2017/2018


16 de fevereiro de 2017 0

O Carnaval está chegando. É hora de se preparar para a folia! Pensando em quem vai aproveitar a festa na rua, a Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para os cuidados necessários com a pele durante os próximos dias.

Veja as dicas:

1. Evite queimaduras pelo sol. Use chapéu, óculos de sol e o filtro solar com FPS30, no mínimo, e reaplique a cada 2h porque o produto sai com o suor. Prefira o filtro solar físico que tem maior aderência à pele. Se possível, esteja de camisa para também proteger o corpo, principalmente os ombros.

2. Beba muita água para não ficar desidratado.

3. Evite "o contato com a pele exposta ao sol" de bebidas e picolés com frutas cítricas como limão, tangerina e caju.

4. Tente se programar para acordar cedo e aproveitar os blocos até as 10h, fora do horário de pico do sol. Se preferir, deixe para curtir a folia depois das 16h.

5. Vai levar as crianças para o bloco? Tome alguns cuidados com os pequenos: evite fantasias com tecidos sintéticos que esquentam e podem causar alergia, aproveite fantasias que tenham chapéus, principalmente os de aba larga, não deixe as crianças com roupas molhadas para não provocar micoses. Essa dica também serve para os adultos.

6. Escolha uma fantasia leve e não exagere na maquiagem. Use maquiagem, brilho e glitter de marcas de confiança para evitar dermatite de contato e alergias.

7. Proteja os pés de calosidades, traumas e risco de cortes. Use sapatos confortáveis, folgados ou tênis. Se tiver bolhas nos pés, não estoure para não infeccionar.

8. Os sprays de espuma contêm substâncias tóxicas, tome cuidado, pois o contato com a pele pode causar reação alérgica.

9. Doenças sexualmente transmissíveis podem trazer uma série de danos à saúde. Por isso, não esqueça a camisinha e evite doenças como sífilis, HPV, HIV, hepatites B e C.  

 

Lembre-se, caia na folia, mas não esqueça a proteção!    


14 de fevereiro de 2017 0

A SBD divulgou na segunda-feira (13/2) o gabarito preliminar da prova teórica para obtenção do Título de Especialista em Dermatologia. O concurso foi realizado no dia 12 de fevereiro, das 9h às 13h, na Faculdade Fiap (Unidade Aclimação), em São Paulo. Os 1.059 candidatos participantes responderam a 80 questões de múltipla escolha com quatro alternativas cada. A prova tem caráter eliminatório e vai de zero a cem pontos, sendo eliminado o candidato que não obtiver sessenta por cento do total. Veja a prova e o gabarito do 51º Exame para Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia.


14 de fevereiro de 2017 0

 

Já estão abertas as inscrições para o 9o Teraderm da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O encontro marcado por uma programação de excelência, palestras objetivas de atualização da prática terapêutica e sucesso de público, ocorrerá dias 5 e 6 de maio, em São Paulo. A primeira data com descontos vai até o dia 14 de março e os valores são: R$ 270,00 para associados aspirantes quites da SBD e R$ 460,00 para as demais categorias de associados quites da SBD e residentes e especializandos dos Serviços Credenciados. “Abordados de maneira clara e objetiva, e sempre com bastante discussão, os temas e palestrantes fazem do Teraderm um evento completo e de excelência”, disse Clarisse Zaitz, uma das idealizadoras do encontro.

Na véspera do Teraderm, a SBD vai realizar o 1o Simpósio Nacional de Imunobiológicos e a 9ª edição do Simpósio Nacional de Psoríase. Sob a coordenação de Caio César Silva de Castro e Paulo Criado, o evento vai reunir renomados especialistas para o discorrer sobre temas atuais e apresentação de casos clínicos. Para além das palestras planejadas, os participantes poderão conhecer melhor o Grape-SBD Psoríase São Paulo, em uma reunião com médicos e pacientes sobre políticas públicas para uma melhor qualidade de vida das pessoas com a doença. Também está em pauta o acesso à medicação de imunobiológicos para psoríase e artrite psoriásica, entre outros aspectos.

Segundo Caio de Castro, os novos tópicos abordados na programação científica prometem chamar a atenção dos participantes. Serão proferidas aulas sobre os princípios básicos dos imunobiológicos e políticas de obtenção dos imunobiológicos e como lidar com um paciente internado.

A programação completa desses eventos e o formulário de inscrição estão disponíveis aqui no site da SBD. Confira e inscreva-se antecipadamente!


10 de fevereiro de 2017 0

mariomiranda

 

A SBD Nacional comunica, com pesar, o falecimento do médico dermatologista e associado titular Mário Fernando Ribeiro de Miranda, nesta sexta-feira, 10 de fevereiro, em Belém, aos 71 anos de idade.

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e com pós-graduação lato sensu em Dermatologia pelo Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Mário Miranda foi professor adjunto de Dermatologia da UFPA. Possuiu título de especialista em Dermatologia pela AMB/SBD e diploma em Dermatopatologia conferido pelo International Committee for Dermatopathology (ICPD) e Union Européenne des Médecins Spécialistes (UEMS). Entre suas áreas de interesse estavam a dermatologia clínica e a Ddermatopatologia.

Nascido no dia 29 de setembro de 1945, em Belém do Pará, o dermatologista presidiu a Regional Pará (1995/1996), tendo participado da solenidade de sua fundação em 1986, foi presidente do Congresso Brasileiro de Dermatologia em Belém (2009) e, por diversas vezes, assumiu o cargo de coordenador de Departamento da SBD.

Seu velório está sendo realizado nesta sexta na Capela Diogo Móia, do cemitério Recanto da Saudade, situado na Rua Diogo Móia, 1264, Umarizal, Belém (PA). O enterro ocorre no domingo, às 9h, no cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá.

A SBD Nacional presta toda sua solidariedade à família e agradece a honra de ter tido Mário Miranda como um de seus membros e colegas.


Dermatologistas deixaram suas mensagens pelo falecimento do Dr. Mário Miranda:

 

“O Professor Mário Miranda foi um exemplo de dedicação ao ensino e à dermatologia para alunos e também para os professores. Deixou conhecimentos, discípulos e exemplos importantes para o futuro da especialidade. Sua contribuição para a UFPA, onde foi professor na graduação e na residência, é inúmera e deixará marcas inapagáveis. Foi um profissional íntegro e honesto, e para mim foi uma experiência de vida e uma honra poder ter convivido com ele.” Rossana Veiga, chefe do Serviço de Dermatologia da UFPA.

 

“O Dr. Mário Miranda era um homem muito culto. Falava inglês, francês e alemão. Tocava piano. Conhecia sinfonias. Tinha uma inteligência acima da média. Era profundo conhecedor da clínica e da dermatopatologia, a qual fazia com entusiasmo. Se dedicava ao trabalho porque esse era o seu lazer, o seu prazer. Era um homem muito acessível, gostava de ensinar, não tinha segredos e não pedia nada em troca, apenas desejava o nosso êxito! Após anos de luta, finalmente descansou. E vai deixar saudades e boas lembranças no coração de todos.” Josie Bisi (SBD-PA).

 

“Dr. Mário, nunca esquecerei do dia em que o conheci, em um estágio opcional na Dermatologia, ainda como residente de clínica, na Santa Casa. Saí do ambulatório naquele dia e pensei: vou fazer Dermatologia. Isso foi em meados de 2004. Em 2005, passei na residência. Hoje eu o perdi, mas nesses quase doze anos de convívio com o senhor, só tenho a agradecer. Construímos uma amizade baseada no respeito, cumplicidade e muito amor, a ponto de eu carinhosamente chamá-lo de 'papi'. Talvez o senhor não saiba, mas era assim que eu sentia, que o senhor era meu segundo pai. E eu o amava muito. Obrigada pela amizade e por me fazer escolher/amar a Dermatologia e Dermatopatologia. Na Dermatologia conheci outros amigos que amo e hoje estão do meu lado me ajudando a superar a falta que senhor me faz.” Maraya Bittencourt (SBD-PA).

 

“Dia muito triste para a dermatologia paraense. Foi para a morada eterna nosso grande mestre Mário Miranda. Minhas palavras a ele são MUITO OBRIGADA.” Regina Carneiro, professora titular de Dermatologia na Universidade do Estado do Pará (UEPA).

 

"Nosso mestre, nosso amigo, nosso querido e admirável Dr. Mário Miranda deixará seu legado eternizado pela sapiência ímpar, pela arte de ensinar, pelo coração caridoso, pela alma bondosa, que o tornaram grandioso na sua humildade. Ele nos ensinou muito além da dermatologia, e hoje o sentimento é de tristeza, dolorosa saudade e gratidão pela honra do convívio com um ser humano tão especial. O céu está em festa!', Clivia Carneiro, professora adjunta de Dermatologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).

 

"Estudioso, dedicado, organizado, Mario publicou vários trabalhos científicos em prestigiosos periódicos nacionais e internacionais. Participou de bancas examinadoras, trabalhos de grupo, cursos, comissões, congressos, como avaliador, orientador, coordenador, palestrante. Na dermatologia da Santa Casa de Misericórdia do Pará (UFPA) era professor da disciplina e responsável pelo laboratório de Dermatopatologia. Mario, a par da competência em suas atividades científicas, mantinha extrema cordialidade, disponibilidade e simplicidade para com colegas e alunos, sem descurar da seriedade profissional. Mario amava sua especialidade e debater com ele os casos clínico-patológicos era um momento de grande satisfação espiritual e científica, atividade que mantive com meu amigo durante o longo período de sua doença, indo à sua residência e sentindo-me recompensado ao ver a alegria em seu rosto, naquela troca de ideias." Arival de Brito, professor adjunto da Universidade Federal do Pará (UFPA).


7 de fevereiro de 2017 0
 
Nesta terça-feira (7/2), os membros da Câmara Técnica de Dermatologia do Conselho Federal de Medicina (CFM) se reuniram em Brasília para discussão de assuntos relevantes para promoção e proteção da saúde da população, análise dos pareceres/consultas das demandas ético-profissionais e defesa profissional do médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
 
Essa foi a primeira reunião do grupo técnico, desde a posse dos novos dirigentes da SBD, que exercerão mandato até 2018. Participaram do encontro os membros da Câmara e dermatologistas José Antônio Sanches Jr.  (presidente da SBD), Sérgio Palma (vice-presidente da SBD), Gabriel Gontijo, Denise Steiner (ex-presidentes da SBD), Débora Ormond, Elza Garcia, Vicente Pacheco, Ewalda Stahlke e o coordenador da Câmara Técnica de Dermatologia, José Fernando Vinagre. A próxima reunião da Câmara Técnica está agendada para o dia 11 de maio.

 

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3 de fevereiro de 2017 0

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Diretoria gestão 2017/2018 e os presidentes das Regionais da SBD (Fotos: Laura Jeunon)

No dia 3 de fevereiro, membros da Diretoria da SBD gestão 2017/2018 estiveram reunidos na sede com os presidentes das 24 Regionais da Sociedade para apresentar projetos e discutir os desafios e planejamentos futuros. Entre os assuntos abordados, a atuação junto às Ligas de Dermatologia; a capacitação da assistência básica; áreas de atuação; as relações institucionais; e a assessoria jurídica para Regionais que possuem poucos associados foram os destaques.

A necessidade de ações sociais conjuntas com outras entidades também esteve na pauta da reunião. Foram elencadas ainda as prioridades da gestão, como o foco na Defesa Profissional e no desenvolvimento científico da dermatologia; na implementação de ações estratégicas em fóruns específicos com presidentes das Regionais e Conselho Deliberativo; na valorização científica dos congressos e otimização dos gastos; e, sobretudo, na importância do envolvimento do associado para que todas suas demandas sejam atendidas. Os participantes trocaram ideias e experiências numa reunião marcada pelo espírito colaborativo.

“Uma das nossas propostas é a transparência das informações e a participação de todos durante a gestão. As Regionais devem nos representar em cada parte do Brasil”, disse o presidente da SBD, José Antonio Sanches. “A casa é de todos nós e vamos trabalhar de forma conjunta nas mais diversas ações”, reiterou o vice-presidente Sérgio Palma

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Os participantes trocaram experiências e discutiram projetos em comum

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Da esq. para a dir.: Maria Auxiliadora Jeunon Souza (tesoureira), Silvia Schmidt (2a secretária), Sérgio Palma (vice-presidente), José Antonio Sanches (presidente) e Flávio Luz (secretário-geral)  


1 de fevereiro de 2017 0

Traduzindo a atualização científica para a prática é o tema do 22o Congresso Brasileiro Multidisciplinar em Diabetes da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (Anad). O encontro ocorrerá de 27 a 30 de julho, em São Paulo, na Unidade Vergueiro da Universidade Paulista – Unip.

A programação inclui a apresentação de temas livres, simpósios e palestras multidisciplinares sobre problemas cardiovasculares e dislipidemias; insuficiência renal, diálise e transplante; nefropatias; diabetes gestacional; nutrição; obesidade; entre outros assuntos. O encontro é voltado para médicos endocrinologistas, cardiologistas, clínicos e outros profissionais envolvidos nas complicações decorrentes do diabetes.

A SBD apoia o evento e terá representantes como congressistas.

Mais informações no site do evento.  


24 de janeiro de 2017 0

Considerada a doença mais antiga da humanidade, a hanseníase tem cura mas ainda é grave problema de saúde pública no Brasil, com cerca de 30 mil casos novos diagnosticados por ano. Cerca de 6% dos casos de hanseníase acometem crianças e adolescentes, cerca de 2 mil pacientes. Desses, 7% (140, em média) são diagnosticadas com alguma sequela relacionada à doença. O país está entre os piores no ranking mundial da doença, atrás apenas da Índia. A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de hansen. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas, exteriorizadas, principalmente, por lesões dos nervos periféricos e cutâneas com alteração de sensibilidade.

Para aumentar a visibilidade nacional para a doença e de seus pacientes, foi instituído por meio da Lei Federal 12.135 de 2009, o Dia Nacional de Combate e Prevenção da hanseníase. A data é celebrada sempre no último domingo de janeiro e reforça o compromisso em controlar a hanseníase, promover o diagnóstico e o tratamento corretos, difundir informações e desfazer o preconceito. Durante todo o mês de janeiro são promovidas ações educativas para a população por meio do “Janeiro Roxo”.  

Sintomas e diagnóstico

A hanseníase pode provocar graves incapacidades físicas se o diagnóstico demorar ou se o tratamento for inadequado. Os primeiros sinais da hanseníase são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou toque. Podem aparecer placas, caroços e/ou inchaços. Quando afeta os nervos, pode causar formigamento, sensação de choque, dormência e queimaduras nas mãos e pés por falta de sensibilidade, além de falta de força e problemas nos olhos.  

Segundo o coordenador do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dr. Egon Daxbacher, a transmissão do M. leprae se dá por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado. Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ao penetrar no organismo, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico do paciente. O período em que a bactéria fica escondida ou adormecida no organismo é prolongado, e pode variar de dois a sete anos”, explica o médico. 

O diagnóstico da doença pode ser feito pelo dermatologista e envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se o dermatologista desconfiar de alguma mancha ou caroço no corpo do paciente, poderá fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos.  Uma dica importante é convencer os familiares e pessoas próximas a um doente a procurarem uma Unidade Básica de Saúde para avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família. Dessa forma, a doença não será transmitida nem pela família nem pelos parentes próximos e amigos.  

Ao suspeitar dos sintomas, procure um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

O tratamento é gratuito e disponibilizado em todo o território nacional.

 Saiba mais sobre a hanseníase, seu diagnóstico, tratamento e prevenção.  

A informação é a melhor forma de combater e de identificar a doença em estágio inicial.


18 de janeiro de 2017 0

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O verão chegou e a atenção com a pele deve ser redobrada. A exposição ao sol requer cuidados, já que ele emite raios ultravioletas UVA e UVB, responsáveis pelos danos causados na pele como, por exemplo, o câncer e o envelhecimento cutâneo, tornando-a flácida e opaca, e favorecendo o aparecimento das linhas, rugas e manchas solares. Para garantir uma pele saudável por muito tempo, é preciso saber o que fazer para proteger, sobretudo estando na praia, na piscina ou durante as atividades ao ar livre. Usar filtro com fator de aplicação solar (FPS) de no mínimo 30, lembrando de reaplicar o produto a cada duas horas ou em caso de transpiração excessiva ou de mergulhos prolongados, e não se expor ao sol entre 10h e 16h, são medidas obrigatórias.

A forma correta do uso também é fundamental. A primeira aplicação do produto deve ser feita com no mínimo 15 minutos antes da exposição, de preferência sem roupa ou com a menor quantidade possível. Duas formas de aplicação são recomendadas pela SBD: a aplicação em duas camadas ou a utilização da regra da colher de chá. Outras medidas de precaução são o uso de chapéu com abas, boné, viseira e óculos escuros. Ficar a maior parte do tempo sob uma barraca de tecido de cor clara, que reflete os raios solares, é importante para minimizar a exposição.

Conheça todas as recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) no Consenso Brasileiro de Fotoproteção, primeiro documento oficial sobre o assunto no Brasil. A publicação oferece uma orientação adequada sobre fotoproteção e como ter uma relação saudável com o sol, considerando as características climáticas do país e da miscigenação de sua população.

 

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