Jornada Norte e Nordeste de Dermatologia reúne 250 médicos dermatologistas em Natal




14 de agosto de 2018 0

Cerca de 250 médicos especialistas participaram da XXXVII Jornada Norte e Nordeste de Dermatologia, realizada de 2 a 4 de agosto, em Natal. Sob a presidência da médica dermatologista da Regional Rio Grande do Norte, Danielle Espinel, a jornada contou com a presença de mais de 42 palestrantes, que comandaram três cursos práticos e mais de 40 aulas diferentes.

Na abertura do encontro, o presidente da SBD, José Antonio Sanches, comentou sobre as ações institucionais realizadas na gestão, o andamento da atualização de consensos, matriz de competências em dermatologia e a realização em julho do I Fórum Interdisciplinar de Biossimilares e Novas Tecnologias, em parceria com o Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (Gediib) e a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), destacando a interação da SBD com outras sociedades em prol do ensino e atenção à saúde.

Dando continuidade, o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma, ressaltou as ações de comunicação, as campanhas recentes, o trabalho de defesa profissional com a movimentação jurídica em prol do ato médico e saúde da população, além do “Guia de Boas Práticas nas Redes Sociais”, recém-publicado pela entidade. “Precisamos destacar o compromisso da SBD com a ética, com a medicina baseada em evidências científicas e como educadora e provedora de conteúdo confiável nas mídias sociais. Para isso também precisamos da participação e do compromisso do nosso associado”, destacou Palma.

Durante o evento, os congressistas participaram de painéis como envelhecimento facial (e novos procedimentos) e do fórum de cosmiatria capilar. A atenção com os novos tratamentos para os cabelos, unhas e a pele foram alguns destaques.

“O compartilhamento e debate de pesquisas científicas mais recentes em todo o mundo contribuem no diagnóstico e os novos tratamentos para a pele, cabelo e doenças tropicais, tão comuns no Norte e Nordeste. Estamos muito satisfeitos com o resultado e em saber que conseguimos reunir os mais reconhecidos especialistas para o aprendizado dos dermatologistas do Rio Grande do Norte”, comentou a presidente da SBD-RN, Danielle Espinel.

No auditório, as palestras tiveram interação entre os especialistas em pele que também apresentaram casos clínicos de doenças como câncer da pele, hanseníase, psoríase e novos tratamentos estéticos com aplicação de toxina botulínica e preenchedores.

Os médicos também comentaram a importância da valorização do exercício regular da medicina (feita pelos especialistas) e os cuidados nos consultórios e nos ambientes hospitalares. O tema continua em alta na imprensa e redes sociais depois das mortes de pacientes após procedimentos feitos por profissionais não médicos ou sem o respeito e o cuidado que a medicina exige.

Ressaltando o comportamento ético e a escolha consciente do paciente na busca pelo médico especialista, o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma, ministrou a palestra “Compliance e ética na área da saúde”. Compliance é uma forma de disciplina que orienta em relação a comportamentos no cumprimento de normas, diretrizes e regulamentações que busquem uma postura íntegra e evitem inconformidades.

Reunião com chefes de Serviço
No primeiro dia de evento (2/8), os dirigentes da SBD Nacional, José Antonio Sanches (presidente) e Sérgio Palma (vice-presidente) comandaram a reunião dos chefes de Serviço. No encontro, os participantes comentaram a importância de integração entre as Comissões de Ensino, Serviços de Dermatologia e Diretoria e ressaltaram ser fundamental a realização de reuniões de forma macrorregional, por promoverem maior interação entre eles e a Diretoria no debate das questões que envolvem o exercício profissional.

Também foi abordado pelos dirigentes a realização do Simpósio "Envelhecimento Além das Rugas", em 21 de agosto, no Rio de Janeiro, como uma importante ação de comunicação e de valorização da especialidade.

 


14 de agosto de 2018 0

A Câmara Técnica de Dermatologia do Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou reunião na sexta-feira (10/8), em Brasília, para debater temas que afetam a saúde da população e deliberar pareceres da Câmara envolvendo o exercício da dermatologia. Outros assuntos debatidos foram a exposição médica nas mídias sociais sobretudo as que envolveram a repercussão do caso Dr. Bumbum, além do lançamento do “Guia de Boas Práticas nas Redes Sociais da Sociedade Brasileira de Dermatologia”, contendo orientações baseadas nas resoluções do CFM. A necessidade da valorização do trabalho do médico dermatologista também foi discutida.

“Essas são questões que fazem parte do cotidiano do dermatologista e necessitam de debate permanente por parte da Câmara”, salienta o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.

Além do dermatologista, participaram da reunião Gabriel Gontijo e Denise Steiner (ex-presidentes da SBD), Débora Ormond, Vicente Pacheco e o coordenador da Câmara Técnica de Dermatologia, José Fernando Vinagre.

 


14 de agosto de 2018 0

A dermatite atópica é uma doença da pele comum na população brasileira. Até 25% das crianças podem apresentar episódios da doença e até 7% dos adultos podem ser acometidos. Trata-se de uma doença crônica, hereditária e não contagiosa, que em decorrência das lesões na pele e coceiras, pode afetar a autoestima do paciente e sua interação social.

Em campanha veiculada nas redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube) a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) orienta a população sobre o que é a doença, causas, diagnóstico, fatores desencadeantes e cuidados. Nas peças divulgadas, a população também é lembrada da importância de procurar o médico dermatologista, profissional qualificado e capacitado para realizar o diagnóstico e o tratamento da doença.

Pacientes com dermatite atópica não possuem a barreira protetora da pele e convivem com alergia cutânea que pode desencadear pele seca, erupções que coçam e crostas, principalmente nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo e atrás do joelho, áreas mais espessas e secas. Outras características da doença são esfoliações causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele, que também podem surgir após irritações prolongadas, gerando eczemas.

“Na maioria dos casos, os pacientes com dermatite atópica não possuem na pele a substância que auxilia no fator natural de hidratação que todas as pessoas possuem, sendo assim, é como se faltasse uma película gordurosa na pele do indivíduo e é essa película que protege das agressões externas. Uma das queixas mais comuns de quem tem a doença é o impacto na vida social, embora com alguns cuidados seja bastante possível aumentar o bem-estar do paciente”, explica a Dra. Ana Mósca, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A doença é controlada com a identificação e controle dos fatores desencadeantes, além de medicação adequada. Alguns dos fatores para o desenvolvimento da doença são: contato com materiais ásperos, poeira, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e tecido sintético, temperaturas extremas, infecções, alguns alimentos e o estresse emocional.

“Qualquer contato com superfícies ásperas, pelos, exposição solar ou produtos de higiene/limpeza tem efeito desencadeador. É importante que o paciente atópico viva em um ambiente limpo, sem odores e livre de objetos que possam acumular poeira. O apoio psicológico também pode ser útil ao paciente e à sua família”, afirma o Dr. Samuel Mandelbaum, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O tratamento da doença visa melhorar os sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida do paciente e no controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. “Para combater a pele seca, o tratamento é feito com hidratantes, que devem se reaplicados no mínimo duas vezes por dia, e de preferência após o banho para que o produto segure ao máximo a umidade da pele”, afirma Ana Mósca. O uso de imunomoduladores da calcineurina podem ser indicados.  Cremes e pomadas de cortisona também são eficazes no controle da doença, no entanto, devem ser indicados e usados corretamente para se evitar efeitos colaterais a longo prazo.

A fototerapia é outra opção de tratamento, mas seu uso requer cautela e deve ser discutido com o médico. “Tratamentos com raios ultravioletas costumam ficar restritos apenas aos casos especiais e de difícil controle em razão dos efeitos colaterais da terapia”, salienta Samuel Mandelbaum.

Sempre procure um médico para saber qual é o melhor tratamento para o seu caso. Uma relação de parceria com o médico contribui muito para o tratamento da dermatite atópica. Busque um médico dermatologista associado da SBD: http://www.sbd.org.br/associados/.

Busque um médico dermatologista associado da SBD aqui no nosso site: http://www.sbd.org.br/associados

Saiba mais sobre o assunto: Dermatologista da SBD fala sobre dermatite atópica nos canais digitais do Dr. Drauzio Varela

 

 


10 de agosto de 2018 0

A importância do envelhecimento já é percebida por todos não só como uma forma de combater preconceitos, mas também como maneira de debater iniciativas que visam a melhores cuidados e atenção com a saúde da pele, do corpo e da mente. No dia 21 de agosto, das 9h às 13h, um seminário realizado pela SBD em parceria com o jornal O Globo unirá profissionais de diferentes áreas para falar sobre o assunto e apresentar ideias voltadas para melhor qualidade de vida da população durante o envelhecimento. O encontro ocorrerá na sede do jornal, no Rio de Janeiro, e está aberto ao público mediante inscrição gratuita no site oficial do evento: www.alemdasrugas.com.br.

Dividido em três sessões, o “Envelhecimento Além das Rugas” começará com a mesa “Como estamos envelhecendo”, com a presença, entre os líderes da discussão, do presidente da SBD, José Antonio Sanches, da gerente de estimativas e projeção de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Izabel Marri, da coordenadora-geral de política de envelhecimento ativo e saudável da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos, Márcia Gebara, e do médico e comentarista de rádio e TV Luis Fernando Corrêa.

Na sequência, o assessor do Departamento de Dermatologia Geriátrica, Luiz Alberto Gameiro Júnior, o diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati-Uerj), Renato Veras e o médico Alexandre Kalache, responsável durante 14 anos pelo programa global de envelhecimento da OMS, debaterão a “Como o idoso pode ser mais saudável e resistente às doenças”.

O encontro se encerrará com o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma, o maquiador e fotógrafo Fernando Torquatto, dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, em ampla abordagem do tema “A beleza do envelhecimento”. A programação está em fase de conclusão e novos nomes poderão ser confirmados.

Clique para ler o anúncio do Seminário Envelhecimento Além das Rugas publicado neste sábado (11/8) pelo O'Globo.

Transmissão ao vivo – Será realizada uma transmissão ao vivo no Facebook no dia 14 de agosto, às 15h, com a participação do dermatologista assessor do Departamento de Dermatologia Geriátrica, Luiz Alberto Gameiro Júnior. Fique atento para fazer suas perguntas nos comentários.

Mais detalhes do encontro serão disponibilizados nos canais de comunicação da SBD.

Saiba mais: https://oglobo.globo.com/saber-viver/envelhecimento-com-qualidade-de-vida-autonomia-tema-de-seminario-no-globo-22969645

 

 

 

 


7 de agosto de 2018 0

A SBD apoia o VI Simpósio Internacional de Melanoma, a ocorrer nos dias 24 e 25 de agosto, em São Paulo.

Serão oferecidas cinco inscrições gratuitas para os associados da Sociedade que tenham interesse em comparecer ao evento e que ainda não estão inscritos. Para participar, basta enviar um e-mail para Jefferson Torres (jefferson@sbd.org.br).*

Confira a programação e outras informações no site oficial do encontro: http://www.simposiomelanoma.com.br/

* A SBD informa que as vagas já foram preenchidas.

 


6 de agosto de 2018 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia Secção RS vem a público manifestar o descontentamento com a conduta levada a efeito pela Magª Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no âmbito da realização do assim denominado “I Curso de Estética da UFRGS”, destinado a não médicos.

Além de inusitado ao prestígio e a qualidade técnico-científico-acadêmica que historicamente identificam a Universidade em seus mais de 120 anos de existência, causa estranheza a ausência da sequer análise e manifestação quanto ao pedido formalizado pela SBD-RS para o imediato cancelamento do curso.

A SBD-RS entende que a realização do curso pode representar disseminação de conhecimento médico de forma inadequada, contribuindo com a preocupante e crescente atuação de não especialistas na área e com o aumento público e notório de complicações graves de procedimentos estéticos invasivos realizados por não médicos ou médicos não especialistas em Dermatologia ou Cirurgia Plástica.

A SBD-RS considera que a saúde é o bem maior do indivíduo e, portanto, não medirá esforços na proteção à população.

Diretoria SBD-RS 2017/2018
Presidente
Clarissa Prati


3 de agosto de 2018 0

Planejada pela Associação dos Amigos da Biblioteca em 1931 e inaugurada no Pavilhão São Miguel da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1933, a Biblioteca da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é considerada uma das mais ricas da América Latina na área da dermatologia, aproximando-se dos 30 mil itens, incluindo livros, teses, periódicos, acervo raro e especializado datado do século 18, além documentos relativos à especialidade e sua história. No mês de outubro, completará 85 anos de criação, e o acervo permanece em ampliação contínua.

“Vejo com muito carinho a biblioteca que muitos ilustres dermatologistas ajudaram a criar e destaco a competência de todos os coordenadores anteriores desse espaço histórico e tão importante para quem busca ampliar o saber dermatológico”, observou Luna Azulay, a atual e 35ª coordenadora da Biblioteca da SBD.

Em 21 de fevereiro de 1994, a SBD inaugurou a atual sede, na Avenida Rio Branco (RJ), ocasião em que também foi feita a mudança da Biblioteca. A pedido dos ex-presidentes da SBD, Profs. Rubem David Azulay e Sebastião Sampaio, o espaço foi equipado com novos móveis e providenciados normas técnicas, manuais e catálogos. Atualmente, a Biblioteca conta com a assinatura de duas bases importantes para auxiliar seus usuários nas pesquisas, a EBSCO e a Rima, além do catálogo online e dos recursos Bireme e SciELO.

Também disponibiliza uma série de serviços, incluindo a comutação bibliográfica, referente a documentos técnico-científicos que não estão disponíveis no acervo, mas que podem ser encontrados em outras bibliotecas e centros de documentação brasileiros e em serviços de informação internacionais (ver detalhes no quadro Serviços e Bases).

O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 9h30 às 18h, e o contato pode ser feito pelo telefone (21) 2253-6747 ou pelo e-mail biblioteca@sbd.org.br. “Convidamos a comunidade dermatológica a utilizar nossos espaços e acervo para localização das obras existentes nas prateleiras das bibliotecas e/ou disponíveis em meio eletrônico”, completa a coordenadora.

Matéria originalmente publicada na edição de maio-junho do JSBD.

 


3 de agosto de 2018 0

Casos recentes de erros médicos e óbitos decorrentes de cirurgias plásticas expuseram os riscos de uma atividade que tem atraído uma parcela crescente da população, sobretudo feminina. Dados do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) mostram uma explosão de queixas envolvendo a especialidade. Em 2015, foram 10 denúncias. O número saltou para 27 em 2016 e chegou a 68 no ano passado. Apesar do aumento, as reclamações ainda não refletem a realidade: muitos pacientes prejudicados preferem o silêncio. Não denunciam seus médicos e nem ingressam com ação judicial, mesmo quando há comprovação de erro durante o procedimento. As razões para não levar processos adiante são muitas.

“Há descrença no Judiciário, indisposição para enfrentar um processo que pode ser custoso e demorado, além da falta de estrutura emocional para as vítimas reviverem os fatos infelizes e trágicos pelos quais passaram”, diz Fernando Polastro, voluntário responsável pelos primeiros atendimentos, triagem e direcionamento de pacientes que procuram a Associação Brasileira de Vítimas de Erro Médico (Abravem). “Outros não denunciam por desconhecimento de seus direitos ou dúvida sobre ter havido ou não erro médico em seu caso”.

Como resultado dessa omissão, mais e mais pessoas se tornam sujeitas a procedimentos inseguros, negligência, imperícia e imprudência de médicos. A falta de bom sendo na busca por um corpo perfeito, modelado por implantes de silicone ou lipoesculturas é outro fator que contribui para o aumento de casos sem final feliz. Para atender a uma crescente demanda por transformações estéticas, surgiram no País até sociedades médicas clandestinas, que colocam em risco a vida de pacientes.

Código ultrapassado

A divulgação de procedimentos cirúrgicos por meio de redes sociais deve ser vista com desconfiança. “Cirurgia plástica só com cirurgião plástico. Procedimento estético pode ser com dermatologista”, afirma Alexandre Senra, cirurgião do Hospital Albert Einstein e membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética (ASAPS).

“Não existe mágica. Desconfie de preços muito abaixo da média, afinal é a sua vida”, adverte. Segundo ele, o código de 1957 sobre o exercício da medicina que diz que após os seis anos de formação o médico pode exercer qualquer especialidade está ultrapassado. “Existe uma jurisprudência que diz que o médico que faz procedimento sem estar habilitado pode ser penalizado. A relação médico-paciente continua primordial, mas está se perdendo. O médico precisa conhecer o paciente e vice-versa. Sem isso, somos apenas técnicos.”

A filosofia da cirurgia plástica é gerar bem-estar, auto-estima e contribuir para a harmonia da auto-imagem do paciente. Bem diferente da venda de fantasias e ilusões feita por profissionais não habilitados colocando em risco pacientes. O presidente da SBCP, Níveo Steffen, afirma que a Sociedade é frontalmente contra a banalização dos procedimentos cirúrgicos. “Cabe ao cirurgião plástico ser honesto ao examinar e escutar o paciente para identificar a indicação ou não da cirurgia plástica, informando sobre as reais possibilidades de resultado, riscos cirúrgicos e pós-operatório”. Segundo Steffen, a SBCP tem cerca de 6.500 membros. Apenas seis cirurgiões plásticos e um dermatologista estão entre os 289 médicos processados por problemas em procedimentos relacionados à cirurgia plástica entre 2001 e 2008.

Corporativismo

Ainda que poucos cometam erros, o corporativismo da classe costuma proteger os negligentes. Uma empresária de Campo Grande de 36 anos, que pediu para não ser identificada, tem vivido esse drama. Ela colocou prótese nas mamas em 2006. No ano passado, depois de amamentar dois filhos, achou que os seios estavam um pouco assimétricos e consultou um renomado cirurgião plástico da cidade, professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, indicado por várias pessoas. “Combinamos a retirada das próteses com correção estética no mesmo procedimento.” Segundo ela, consta no prontuário médico que foi uma cirurgia de retirada de implantes mamários com correções estéticas. “Não sei no que ele errou, mas sei que o resultado foi um pesadelo na minha vida”.

Segundo a paciente, o cirurgião se negou a dar fotos do pós-cirúrgico e a cópia do contrato de prestação de serviço. Ele disse que após seis meses suas mamas voltariam ao normal, o que não aconteceu. Quando ela voltou a procurar o médico, ele deixou de atendê-la e a bloqueou no WhatsApp. A empresária consultou outros médicos que constataram lesão muscular em uma das mamas, mas quando pedia um laudo, se negavam, por serem colegas do renomado cirurgião e não quererem se comprometer. “O que vai valer é a avaliação judicial, mas os peritos serão os colegas do cirurgião que fez minha plástica. Será difícil encontrar um que aceite se comprometer.” Depois da perícia médica, ela fará a cirurgia reparadora nos Estados Unidos. “Não confio mais nos médicos daqui”, diz, frustrada.

Precauções que salvam vidas

Casos atuais de erros e mortes em procedimentos estéticos chamam a atenção para escolha criteriosa do profissional, esclarecimento do paciente sobre possíveis riscos e os cuidados no pós-operatório.

Certifique-se de que o profissional é registrado como cirurgião plástico ou dermatologista no site do Conselho Regional de Medicina de sua localidade e/ou nos sites da SBCP e da SBD, respectivamente.

Fonte: Isto É

 





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