SBD expressa pesar pelo falecimento do dermatologista e ex-presidente Newton Guimarães




13 de novembro de 2018 0


Patrono do Dermato Bahia 2017, Prof. Newton Guimarães recebe homenagem da dermatologista Ariene Paixão, vice-presidente da SBD-BA, na abertura do encontro

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lamenta, com tristeza, o falecimento nesta segunda-feira, 12 de novembro, de um dos maiores expoentes da dermatologia brasileira, Newton Guimarães, aos 98 anos. O médico foi presidente da SBD no biênio 1980-1981 e era reconhecido pelos colegas por sua dedicação à especialidade e pleno engajamento nas ações promovidas pela Sociedade. Era o conselheiro mais antigo, tendo participado de recente reunião do Conselho Deliberativo, em Curitiba, em setembro, e sido homenageado pela Comissão Organizadora do Congresso de Dermatologia, na Costa de Sauípe, em 2017 (foto).

Diplomado em 1943 pela Faculdade de Medicina da Bahia, da qual veio a ser em 1951 livre-docente na cadeira de microbiologia e no ano seguinte catedrático de dermatologia, Newton Guimarães também se formou em farmácia e foi catedrático titular de dermatologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, entre 1952 e 1995.

Em 1957 foi contratado pela Escola Paulista de Medicina para ministrar a disciplina de dermatologia. Presidente da Associação Baiana de Medicina (1983-1984) e da Federação Brasileira de Academias de Medicina (1984-1985), dirigiu entre 1980 e 1984 a tradicional Faculdade de Medicina da Bahia, onde se formara a quatro décadas antes.

Também integrou a banca do segundo Exame do Título de Especialista em Dermatologia, em 1968, ao lado de nomes importantes como os dos professores e ex-presidentes da SBD Rubem David Azulay e Sebastião Sampaio.

De acordo com os dermatologistas baianos, em sua trajetória na especialidade, o Prof. Newton Guimarães elevou a dermatologia a um patamar de reconhecimento perante outras especialidades médicas, tendo, inclusive, aumentado a visibilidade da dermatologia brasileira no exterior. Muito querido e respeitado por colegas, funcionários e estudantes, ainda exercia a profissão, com presteza e distribuindo afeto aos pacientes.

Em nome dos 9.500 médicos dermatologistas brasileiros, a Diretoria da SBD dá condolências aos familiares e amigos neste momento de dor e espera que o exemplo de compromisso com as causas da especialidade sirva de inspiração para a atual e as futuras gerações.


13 de novembro de 2018 0

Contando com uma infraestrutura interna de permanente desenvolvimento, a SBD lembra que o Curso para Formação de Secretárias, que faz parte do Projeto SBD Capacita, está disponível para os associados.

O objetivo do curso é instrumentalizar seu staff para um excelente atendimento aos seus pacientes e parceiros em geral.

Clique para ver o cronograma e inscreva sua equipe de trabalho.


9 de novembro de 2018 0

Nesta quinta-feira (9/11), a presidência da República sancionou lei que determina que a receita médica terá validade em todo o território nacional, inclusive a de medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial. Anteriormente, o receituário prescrito pelo médico era aceito somente no Estado onde ocorreu o atendimento. O decreto entrará em vigor após 90 dias da data de publicação.

Confira a íntegra do texto.

 

 

 

 

 


7 de novembro de 2018 0

A Comissão Organizadora do 74º Congresso Brasileiro de Dermatologia quer conhecer sua opinião sobre a relevância e aplicabilidade de alguns temas científicos para o aperfeiçoamento da programação do próximo congresso dermatológico.

Para participar, basta assinalar até dez temas você considera essenciais para serem contemplados pela Comissão Científica do 74º CSBD Rio e contribuir com sugestões para a elaboração de um programa ainda mais completo.

A pesquisa estará disponível até o dia 18 de novembro. Sua contribuição é muito importante.

Clique e participe.

 


5 de novembro de 2018 0

Na primeira semana da campanha Dezembro Laranja (29/11 a 5/12), 30 salas de cinemas da rede UCI, Kinoplex e Cinemark de 14 cidades brasileiras exibirão um filme com a chancela da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) sobre a importância de medidas fotoprotetoras.

Ao longo do mês de dezembro, o filme também será exibido nas salas do Espaço Itaú de Cinemas, Reserva Cultural e Estação Net. Clique para assistir!

 


1 de novembro de 2018 0

O Diário Oficial da União trouxe nesta quinta-feira (1º/11) o texto do novo Código de Ética Médica (CEM), que entrará em vigor 180 dias após sua publicação. Após quase três anos de discussões e análises, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou o relatório sobre o tema que atualizou a versão anterior, em vigor desde 2009, incorporando artigos que tratam de assuntos relacionados às inovações tecnológicas, em comunicação e nas relações em sociedade, mas mantendo os princípios deontológicos da profissão. Dentre eles, estão: o absoluto respeito ao ser humano e a atuação em prol da saúde do ser humano e da coletividade, sem discriminações. Acesse, aqui, o novo Código de Ética Médica.

Presidente do CFM e coordenador da Comissão Nacional, Carlos Vital afirma que a revisão da principal norma de conduta dos médicos atende a uma necessidade natural e permanente. “Os avanços inerentes à evolução tecnológica e científica da medicina demandam uma reformulação orgânica do nosso Código. Tanto na revisão realizada em 2009, como desta vez, mantivemo-nos fiéis às diretrizes norteadoras estabelecidas em 1988”, afirmou.

O novo texto mantém o mesmo número de capítulos, que abordam princípios, direitos e deveres dos médicos. Entre os destaques, está artigo que deixa mais claro, por exemplo, os limites para uso das redes sociais pelos profissionais. Assim, esse tema que era regulado especificamente por uma resolução passa a integrar o corpo do Código de Ética Médica.

Prontuário – O CEM também passa a estabelecer que caberá ao médico assistente, ou a seu substituto, elaborar e entregar o sumário de alta. Com isso, o profissional não poderá se recusar a repassar o prontuário ao paciente ou seu representante legal. O novo Código ainda inovou ao estabelecer a possibilidade de acesso a esse tipo de documento em estudos retrospectivos, desde que justificável por questões metodológicas e autorizado pela Comissão de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEPSH) ou pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

No capítulo dos direitos dos médicos, o novo CEM prevê a isonomia de tratamento aos profissionais com deficiência e reforça a necessidade de criação de comissões de ética nos locais de trabalho. O médico também tem o direito de se recusar a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas e ponham em risco a saúde dos pacientes. Nesses casos, deve comunicar a decisão ao diretor técnico da instituição, aos Conselhos Regionais de Medicina e às comissões de ética do local.

Entre as proibições, é vedado ao médico prescrever ou comercializar medicamentos, órteses, próteses ou implantes de qualquer natureza, cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua atividade profissional. “Procuramos não alterar a estrutura do texto anterior, mantendo os mesmos capítulos e acrescentando poucos artigos. A atualização, no entanto, era necessária, pois precisávamos adaptar o Código às recentes resoluções do CFM e à legislação vigente no País”, explica o relator da Resolução, conselheiro José Fernando Maia Vinagre.

O novo Código de Ética resulta de uma ampla discussão com a classe médica, iniciada em 2016. De julho daquele ano a março de 2017, um total de 1.431 propostas foram enviadas para um hotsite desenvolvido pelo CFM. Puderam encaminhar propostas associações médicas, sociedades de especialidades, entidades de ensino médico, dentre outras organizações, além dos médicos regularmente inscritos nos CRM.

As sugestões, que puderam indicar alteração, inclusão ou exclusão de texto do código em vigor, foram analisadas pelas comissões estaduais de revisão dos CRMs e pela Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica do CFM. Em 2016, foram promovidos três Encontro Regionais de Revisão do Código de Ética Médica, que tiveram a participação da Comissão Nacional de Revisão do CEM, das Comissões Estaduais de Revisão da região, além de associações e sindicatos médicos também dos estados relacionados.

Concluídas as etapas regionais, o CFM também realizou (entre 2017 e 2018), três Conferências Nacionais de Ética Médica (Conem) para debater e deliberar sobre a exclusão, alteração e adição de texto ao Código de Ética Médica vigente. No III Conem, em agosto deste ano, em Brasília, membros dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina (CFM/CRMs), de entidades médicas nacionais e especialistas convidados deliberaram, em votação eletrônica, a redação final do texto.

Primeiro Código – No Brasil, o primeiro Código de Ética Médica foi publicado em 1867, inspirado no Código de Ética Médica da Associação Médica Americana. Desde então, os regulamentos mantêm o compromisso de sustentar, promover e preservar o prestígio profissional, proteger a união da categoria, garantir à sociedade padrões de prática e estabelecer valores, deveres e virtudes profissionais.

O último trabalho de revisão do Código havia sido realizado em 2007 sobre um documento que vigorava há quase duas décadas. Após quase dois anos de estudos preparatórios, com comissões estaduais e nacionais multidisciplinares, consulta pública pela internet e cerca de três mil propostas de modificação, quase quatro centenas de médicos, delegados de toda a Federação, revisaram e atualizaram o CEM, que vigorará até abril de 2019, quando será substituído pela versão publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

Fonte: Conselho Federal de Medicina


31 de outubro de 2018 0

Não demorou muito tempo para uma demissão provocar o aparecimento de escamas pelo corpo de Basílio Carneiro, 51, em 2004. As manchas, circulares e avermelhadas, se espalharam por toda a pele do homem e o obrigaram a aprender a conviver com as feridas.

Ele sofre de psoríase, doença em que o sistema imunológico, ataca tecidos saudáveis do corpo. Afetando cerca de cinco milhões de brasileiros, a enfermidade consiste em marcas dos mais diversos tipos e ocorre quando os linfócitos T, células que defendem o organismo, liberam elementos inflamatórios na corrente sanguínea.

"Essas substâncias podem inflamar os órgãos. Assim, o corpo produz neutrófilos [células de defesa] para combatê-las, e isso causa a dilatação dos vasos, que resulta em escamas", explica o médico Caio de Castro, que coordena a campanha nacional de psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O especialista afirma que conflitos emocionais como o de Basílio, que perdeu o emprego, pode ser o pontapé para as feridas aparecerem. "As células controladoras da ação dos linfócitos T atuam menos quando o paciente está nervoso. Com isso, a liberação de substâncias inflamatórias fica descontrolada e a pele se torna mais suscetível ao aparecimento de feridas", diz.

Ele aponta, também, que as células de memória do corpo fazem com que a psoríase surja no mesmo lugar. Dessa forma, a moléstia está sempre esperando por algum estímulo – como o sentimental – parar surgir em certa parte do corpo.

Esse tipo de problema foi o que fez Kelly Lima, 35, descobrir que é portadora de psoríase vulgar, caracterizada pelo descamamento da pele com lesões avermelhadas.

A mulher perdeu a mãe há 14 anos, e a tristeza fez a doença se manifestar nos braços, rosto e seios. "Passei a ter muitas dificuldades. A convivência com as pessoas é muito complicada [devido ao preconceito], as dores são fortes e me incomodo ao me vestir e ao tomar banho", relata.

Fatores de risco e baixa autoestima

O dermatologista Caio de Castro alerta que a obesidade, o excesso de álcool e o uso de cigarro de nicotina podem agravar os efeitos da psoríase. "Ao engordar, a pessoa tem maiores chances de ter diabete, alguns cânceres relacionados ao aumento de peso e problemas cardiovasculares", conta. "Assim, o portador da psoríase pode correr risco de morte por derrame ou ataque cardíaco, devido à liberação de substâncias inflamatórias no coração", completa.

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, analisaram, durante 15 anos, exames de 133.568 pessoas com psoríase leve nunca tratada, e 3.951 em situação grave – que já tomaram remédios ou passaram por terapias. A partir disso, eles identificaram que os pacientes críticos apresentavam risco de vida 50% maior do que os com casos amenos.

Os médicos constaram, também, que homens com psoríase grave morreram 3,5 anos mais jovens do que os demais, enquanto as mulheres faleceram 4,4 anos mais cedo do que as sem a condição. No entanto, Caio explica que não há distinção de sexo ao se medir o grau de risco da doença. "É necessário observar se a pessoa fuma, se está engordando e demais fatores externos. Não há uma questão de gênero por trás", esclarece.

Apesar disso, Kelly Lima conta que sofre com a baixa autoestima e em seus relacionamentos com o sexo masculino. "Eu fiz terapia por um ano para conseguir olhar nos olhos das pessoas. Os olhares de nojo e repulsa [para o meu corpo] são muito tristes", desabafa. "Além disso, a visão do homem é outra. Nós, mulheres, ficamos mais sensíveis ao toque e é difícil explicar isso para o parceiro. Acaba gerando conflito, por mais amor que exista na relação", relata.

Fonte: O Estado de S. Paulo


31 de outubro de 2018 0

Por meio das Portaria n. 50, 51, 52 e 53 de 30 de outubro de 2018, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE) tornou pública a decisão pela incorporação dos seguintes medicamentos biológicos para psoríase no âmbito do SUS: adalimumabe, como primeira opção de tratamento; secuquinumabe e ustequinumabe na falha o adalimumabe; e etarnecepte para pacientes pediátricos, que falharam, tenham contraindicação ou intolerância à terapia tradicional.

A partir de agora, o Ministério da Saúde terá 180 dias para adquirir e disponibilizar esses medicamentos aos pacientes.

A decisão fortalece o trabalho de uma década realizado pela SBD pela melhoria do tratamento do paciente com a doença.

 

 


29 de outubro de 2018 0

No Dia Mundial da Psoríase, celebrado hoje, a notícia é boa para os portadores das versões moderada e grave da doença. Quatro medicamentos imunobiológicos – frutos da engenharia genética –, considerados mais eficazes e seguros do que aqueles usados atualmente, podem ser disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste mês, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do Ministério da Saúde recomendou a incorporação dos remédios adalimumabe, secuquinumabe, ustequinumabe e etanercepte. Eles agem no sistema imunológico bloqueando o processo inflamatório que desencadeia a doença.

A psoríase, de origem desconhecida, não é contagiosa e, apesar de não ter cura, é controlável. Ela se desenvolve a partir de uma reação imunológica exagerada, que leva à proliferação de células que aceleram o processo de troca da pele. O resultado é o aparecimento de lesões vermelhas, recobertas por placas no corpo todo, principalmente nos joelhos, nos cotovelos, nas mãos, nos pés e no couro cabeludo.

“As drogas biológicas ‘param’ a doença antes de os sintomas surgirem. Elas atuam no que não deveria estar lá, bloqueando o início do processo”, explica a dermatologista Michelle Diniz, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

“Os medicamentos atuais agem no sistema imunológico, podendo abrir portas para as infecções, principalmente nas vias aéreas superiores”, afirma a dermatologista Teresa Noviello.

Sequelas
Segundo as especialistas, nem todos os portadores da psoríase precisam de tratamentos sistêmicos. A maioria tem lesões leves, tratáveis com remédios de uso tópico. Porém, 30% dos pacientes têm crises graves, que acometem o corpo todo, ardem, coçam e chegam a desenvolver a chamada “artrite psoriática”, que inclui sintomas como dor, rigidez e inchaço nas articulações.

A escritora Luciana Aquino, 47, desenvolveu a artrite depois de ter 98% do corpo coberto pelas lesões na pele em 2015. “Só ficaram livres as palmas das mãos e as solas dos pés. Precisei ficar quatro meses dentro de casa porque corria o risco de contrair infecções de tão inflamada que a pele estava”, conta. Hoje, ela tem a psoríase sob controle e trata apenas a artrite.

Para a designer Laís Macedo, 26, a luta contra a psoríase apenas começou. Ela foi diagnosticada em julho. “As primeiras lesões avermelhadas apareceram no meu couro cabeludo e próximo à nuca. Duas semanas depois, elas surgiram nos cotovelos”, conta.

Brasil
Por aqui, a estimativa é que a psoríase atinge até 2% da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No mundo, são mais de 65 milhões de pessoas.

Os novos medicamentos são de uso contínuo e custam caro. Dependendo do tipo de tratamento que o paciente precisa, cada um deles não sai por menos de R$ 5.000, podendo chegar a R$ 10 mil (por mês).

Doença afeta qualidade de vida da pessoa
Uma pesquisa internacional sobre a psoríase, realizada pela Hall and Partners, entrevistou 2.361 pessoas e revelou que a doença provoca grande impacto negativo na qualidade de vida de 71% dos pacientes brasileiros. A pesquisa ouviu homens e mulheres de 18 a 75 anos em 26 países.

Sobre os resultados do tratamento, a remissão completa das lesões de pele é a principal expectativa para 73% dos pacientes. Mais da metade (58%) dos entrevistados afirmou que a doença interfere negativamente em suas atividades profissionais e pessoais como relacionamentos.

Fonte: Jornal Pampulha Online – MG

 





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