SBD incrementa luta pela prevenção à hanseníase no Brasil com caravana de rodas




12 de julho de 2019 0

Nos meses de agosto e setembro, a prevenção e o tratamento da hanseníase ganhará reforço motorizado. O Projeto Roda Hans estará circulando pelo Estado do Rio de Janeiro levando atendimento especializado à população e capacitando profissionais para a identificação de casos da doença. Além da conscientização e da assistência qualificada, o foco está no início do tratamento precoce.

O projeto é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), juntamente com o Ministério da Saúde e a Novartis Brasil. Na prática, uma carreta com seis consultórios visitará diferentes municípios dando aos pacientes acesso a dermatologistas especialistas em hanseníase que, durante o trabalho, contarão com o suporte de residentes de serviços de pós-graduação credenciados pela SBD.

“Esse é um momento muito importante para o diagnóstico precoce de casos da doença para orientação da população para os sintomas, além da capacitação dos profissionais da rede básica em relação à doença”, afirmou Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.

Iniciativas – Essa é apenas uma das iniciativas previstas pela SBD em seu esforço para a prevenção à hanseníase no Brasil, conforme o planejamento da atual gestão da entidade. O Janeiro Roxo, campanha do Ministério da Saúde de combate à doença, contará com o apoio e a colaboração da Sociedade. O esforço inclui a ativa participação dos dermatologistas por meio de esclarecimentos e aulas voltadas à população nas salas de esperas dos ambulatórios de todo o país.

Além disso, são realizados exames de pele para identificar novos casos de hanseníase e promovida a participação dos dermatologistas em entrevistas em jornais, rádios e televisão. “Temos que capacitar cada vez mais os profissionais de saúde no reconhecimento da doença, investir em informações e campanhas em relação aos sinais e sintomas da doença e garantir recursos para a pesquisa e o desenvolvimento de novas ferramentas de combate à doença, principalmente em áreas de baixa renda e de maior vulnerabilidade”, destaca Egon Daxbacher, diretor da SBD, que tem se dedicado ao tema. Ele salienta que cada vez mais é preciso falar da hanseníase: “Parece uma doença que já acabou quando na verdade ainda temos em torno de 25 mil casos todo ano, sendo que em torno de 8 a 10% desses pacientes terão algum tipo de sequela proveniente”, alerta.

Debate político – Nesta semana, a hanseníase voltou a ganhar evidência no debate político. A presidência da República defendeu o enfrentamento dessa doença no Brasil durante transmissão ao vivo em sua página no Facebook na segunda-feira (8/7), em que estava acompanhado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e pelo presidente da Fundação Nippon, o japonês Yohei Sasakawa, que lidera um trabalho internacional de prevenção e tratamento da doença.

Os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também acompanharam a transmissão. O presidente da República disse que desconhecia a extensão do problema no país e reforçou a necessidade de as pessoas procurarem ajuda sempre que identificarem qualquer sintoma. Segundo Egon Daxbacher, esse fato demonstra que o assunto entrou no radar da autoridade máxima do país, o que pode sinalizar um direcionamento dos recursos e dos esforços no combate à doença.

“A taxa de detecção da doença é considerada importante e em algumas regiões, como Norte, Centro-Oeste e Nordeste, há um número de casos expressivos. Nos lugares com menor endemia, ainda ocorrem atrasos no diagnóstico. Por isso, é preciso intensificar as ações em todo o País”, justifica.

Casos – O Brasil é o segundo país em casos de hanseníase no mundo. De acordo com Sandra Durães, o Ministério da Saúde tem se esforçado muito nos últimos anos no tratamento da doença. “De alguns anos para cá, houve o processo de descentralização do atendimento, isto é, os pacientes que antes eram atendidos em unidades de especialistas em dermatologia e neurologia, atualmente são atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Programa de Saúde da Família (PSF). Para isso ser possível, os dermatologistas trabalham incessantemente na capacitação dos médicos da Atenção Básica e de Saúde da Família para diagnosticar e tratar a doença”, destaca.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 mil novos casos da doença são detectados em todo o mundo anualmente, sendo que Brasil, Índia e Indonésia concentram 80% desse total. Ainda segundo a entidade, o Brasil respondeu por 93% dos 29.101 casos detectados nas Américas em 2017.

“A SBD atua juntamente ao Ministério da Saúde no Comitê Técnico Assessor de Hanseníase, onde auxilia na tomada de decisões. Também capacita os dermatologistas no combate à doença e treina médicos de família no reconhecimento da doença em vários locais no Brasil”, lembrou o presidente da SBD, Sergio Palma, que no serviço público onde atua, em Recife (PE), também participa do atendimento de um ambulatório especializado nessa doença.

Agente etiológico – Doença infectocontagiosa potencialmente curável e que tem como agente etiológico o bacilo Micobacterium leprae. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é de difícil adoecimento, já que é necessário um longo período de exposição à bactéria, motivo pelo qual apenas uma pequena parcela da população infectada chega a adoecer.

Está classificada entre as doenças ditas negligenciadas que atingem populações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil, apesar de estar entre as grandes economias mundiais, apresenta grande desigualdade social, com grandes bolsões de pobreza nas periferias de suas metrópoles.

“A maioria da população é resistente à doença e ao entrar em contato com a bactéria consegue desenvolver uma boa imunidade e, automaticamente, resistência à bactéria. Um pequeno percentual de pessoas pode adoecer”, explica Sandra Durães. A doença é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento, sendo que possui um longo período de incubação (em média, de dois a sete anos) até que os sintomas se manifestem.

Diagnóstico – O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e feito somente pelo exame físico e a história clínica do paciente. A partir daí, um médico capacitado é capaz de diagnosticar a doença. “Exames complementares como a baciloscopia, que mede a carga bacilar do paciente, e a biópsia da pele devem ser realizados, porém não são de extrema necessidade. Na maioria dos casos, o diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico”, destaca Sandra Durães.

Ela ressalta que o tratamento não é capaz de reverter o dano neural causado pela hanseníase e que, por isso, o diagnóstico precoce é crucial, pois deixará menos sequelas no paciente. “A bactéria da hanseníase tem uma afinidade especial pela pele e pelos nervos periféricos. Na pele, ele irá se apresentar com manchas, que podem ser brancas, rosas, vermelhas. Podem surgir caroços na pele, infiltrações (áreas vermelhas elevadas), e essas lesões possuem característica fundamental de apresentarem alguma alteração da sensibilidade ao frio, ao calor, à dor e ao tato. A área lesionada fica dormente e apresenta formigamento”, exemplifica.

Sandra Durães observa ainda que os pacientes podem apresentar perda dos pelos das sobrancelhas, sensação de nariz entupido, e ainda diminuição da força muscular nos pés e nas mãos justamente pelo acometimento dos nervos periféricos.

Tratamento – Existem dois tipos de tratamento a partir da análise do perfil dos pacientes, de acordo com a resistência que a pessoa tem à doença. Para os pacientes paucibacilares – com ótima resistência à doença, poucas lesões na pele e nos nervos periféricos e pequena carga bacilar – o tratamento é feito à base de antibióticos durante seis meses.

No oposto, existem os pacientes multibacilares, aqueles com grande carga bacilar e número expressivo de lesões na pele e nervos acometidos, cujo tratamento com antibióticos é feito durante 12 meses. O tratamento é feito gratuitamente nos postos de saúde em todo o território nacional. “O paciente vai lá uma vez por mês tomar determinado tipo de medicação e as outras medicações são administradas em casa. Com o tratamento, o paciente se torna incapaz de transmitir a doença às outras pessoas”, explica.

Estigma – A hanseníase é uma doença com alto potencial de causar incapacidades e deformidades físicas. Isso ocorre devido à lesão do nervo periférico. “A partir do momento que o paciente não tem a capacidade de sentir uma panela quente, ele vai se lesionar com a queimadura e esta pode se tornar uma infecção secundária da pele, ser transmitida ao osso e causar uma osteomielite, com a perda das extremidades dos dedos dos pés e das mãos”, adverte Sandra Durães.

Ela esclarece ainda que não há nenhuma medida de isolamento em relação à doença. “Antigamente os pacientes ficavam reclusos. Hoje, o tratamento é muito mais eficaz e isso não é necessário. A partir do início do tratamento, com a primeira dose do medicamento, o paciente já se torna não contagiante. Pessoas que conviveram com os pacientes antes do tratamento devem ser examinadas a fim de verificar se existe alguma lesão não percebida por elas. As pessoas que não têm a doença irão receber uma dose da vacina BCG, diminuindo as chances de casos mais graves da doença”, elucida.


8 de julho de 2019 0

Nesta segunda-feira (8/7), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) juntou forças com a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) para fazer um esclarecimento público sobre o resultado do julgamento de um pedido de liminar que autorizou uma médica de Minas Gerais a usar imagens de seus pacientes do tipo antes e depois.

As entidades informam que estão em contato permanente com o Conselho Federal de Medicina (CFM) para tratar do assunto, inclusive colocando seus departamentos jurídicos à disposição do CFM para contribuir com o necessário. No texto, é destacado que essa decisão tem caráter provisório e não gera efeito a terceiros, já que é voltada a um pleito individual.

O assunto tem circulado na forma de posts e mensagens em grupos de WhatsApp e em redes sociais referindo-se ao processo judicial 1016872-29.2019.4.01.3400, em curso na Seção Judiciária do Distrito Federal. O presidente da SBD, Sergio Palma, prometeu empenho para esclarecer a questão.

“Nesta semana pretendo ir ao CFM, em Brasília, onde quero discutir o assunto, que afeta diretamente a atuação de milhares de dermatologistas e de membros de outras especialidades. No encontro com representantes da diretoria do Conselho, pretendo apresentar a visão de nosso segmento e reiterar o interesse e a disponibilidade de nossa Sociedade de contribuir no processo”, frisou.

Leia a íntegra da nota:
 

NOTA CONJUNTA SBD – AMB – SBCP
 

A Associação Médica Brasileira, Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Sociedade Brasileira de Dermatologia externam a preocupação sobre a notícia veiculada em grupos de WhatsApp e em Redes Sociais referente ao processo judicial 1016872-29.2019.4.01.3400, em curso na Seção Judiciária do Distrito Federal, que permitiu a uma médica, em caráter liminar, a divulgação de imagens de pacientes em situações prévias e posteriores à realização de procedimentos.

A decisão tem caráter provisório e não gera efeito a terceiros, já que é voltada a um pleito individual. Cabe destacar que estamos envolvidos com o tema de forma extremamente criteriosa, uma vez que há divergência entre esta decisão judicial e as resoluções do CFM nº 1974/2011 e 2126/2015.

A AMB, a SBCP e a SBD estão em contato permanente com o Conselho Federal de Medicina, ante toda desorientação criada pelas notícias veiculadas nos últimos dias, inclusive colocando seus departamentos jurídicos à disposição do CFM para contribuir com o necessário.

Diante de uma imprescindível condução ética no exercício das boas práticas da medicina, até que haja posicionamento pelo CFM, é importante destacar a necessidade de cautela pelos associados das instituições que assinam conjuntamente a presente nota.

Aguardamos as manifestações do CFM, que é quem detém a competência para supervisionar a ética médica no Brasil.
 

São Paulo, 8 de Julho de 2019.

Associação Médica Brasileira (AMB)

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)


8 de julho de 2019 0

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta segunda-feira (8/7), um comunicado a respeito da decisão liminar da 2º Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois.

No documento, a autarquia destaca a sua atribuição legal de disciplinadora do exercício da profissão, prevista na Lei nº 3.268/1957, enfatizando que a decisão liminar representa interferência externa nas prerrogativas legais dos conselhos de medicina e que ela vale apenas para um único caso, ou seja, não é extensiva aos outros médicos.

Leia íntegra do documento:

COMUNICADO AOS MÉDICOS

ORIENTAÇÕES SOBRE O USO DE IMAGENS DE PACIENTES

Com relação a informações que têm circulado em grupos de WhatsApp e redes sociais sobre decisão liminar da justiça que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois, o Conselho Federal de Medicina (CFM) esclarece os seguintes pontos:

1. De acordo com a Lei nº 3.268/1957, cabe ao CFM e aos Conselhos Regionais de Medicina atuarem como órgãos de supervisão da ética médica no Brasil, podendo ser, simultaneamente, fiscais, julgadores e disciplinadores do ético exercício da profissão, com vistas a manter seu prestígio e bom conceito, bem como proteger pacientes e profissionais;

2. A Coordenação Jurídica do CFM faz a análise dessa decisão liminar que representa interferência externa nas prerrogativas legais dos conselhos de medicina, o que obstrui a fiscalização de atos médicos que podem estar relacionados a desvios éticos na relação médico-paciente;

3. Essa decisão liminar vale apenas para um único caso, ou seja, não é extensiva aos outros médicos, os quais devem observar os critérios previstos no Código de Ética Médica e nas resoluções que tratam da publicidade e propagandas médicas;

4. O CFM oferecerá às instâncias competentes todos os argumentos técnicos, legais e éticos para eliminar dúvidas sobre o tema e assegurar a manutenção das diretrizes e princípios previstos em suas normas.

Brasília, 8 de julho de 2019.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)


8 de julho de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu nesta segunda-feira (8/7) uma nota informativa a respeito da decisão liminar da 2º Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF) que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois. Na publicação, a entidade informa que já acionou o seu Departamento Jurídico para considerar todos os desdobramentos relacionados.

Segundo indica o texto, nesse primeiro momento, o parecer da Justiça tem implicação específica sobre o pedido de concessão impetrado por especialista do Estado de Minas Gerais, sem efeito extensivo a outros médicos. 

No informativo, a SBD ressalta compreender a importância do tema para os dermatologistas brasileiros, mas explica que é necessário, acima de tudo, manter o padrão de exercício ético da medicina, sem colocar pacientes e profissionais em situação de vulnerabilidade.

Leia a seguir a íntegra da nota da SBD:

INFORME AOS DERMATOLOGISTAS

Com relação a informações que têm circulado em grupos de WhatsApp e redes sociais sobre decisão liminar da justiça que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa aos seus associados que: 

1)  Já acionou seu Departamento Jurídico para analisar essa liminar com o objetivo de compreender as implicações relacionadas ao tema e se pronunciar sobre o assunto; 
2)  No entanto, num primeiro momento, já se identificou que a decisão é especifica para um único caso, ou seja, ela não é extensiva a todos os outros médicos; 
3) Considerando que se trata de questão polêmica e complexa, que merece ser discutida com profundidade, aguarda-se manifestação do Conselho Federal de Medicina (CFM), o qual não foi citado no processo que resultou na decisão.

A SBD compreende a relevância desse tema para os especialistas, mas ressalta a importância de que, acima de tudo, seja promovido o ético exercício da medicina sem colocar pacientes e profissionais em situação de vulnerabilidade. 

Rio de Janeiro, 8 de julho de 2019.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD)
Gestão 2019/2020

 


6 de julho de 2019 0

O Teraderm teve sua 11ª edição realizada nos dias 5 e 6 de julho, em São Paulo. Sob a coordenação dos médicos dermatologistas Clarisse Zaitz, Jayme de Oliveira Filho, John Verrinder Veasey e Ricardo Shiratsu, o evento voltou à capital paulista reunindo mais de 2.200 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca.

Em seu discurso de abertura, o presidente da SBD, Sérgio Palma, deu boas-vindas aos participantes e pontuou alguns trabalhos realizados durante os 180 dias de gestão, como o aperfeiçoamento dos fluxos administrativos; investimento em educação e capacitação médicas; defesa do Ato Médico no âmbito do Judiciário; reforço estratégico na comunicação institucional; defesa da dermatologia no Congresso Nacional; e reconhecimento de outras entidades. Em seguida, os coordenadores do encontro também agradeceram a participação maciça dos dermatologistas e reforçaram o quanto o evento é marcante pela organização, formato e conteúdo científico.

Muito bem recebida pelos congressistas, a programação dividida em 30 blocos, contemplou temas como, toxina botulínica, fotoprotetores, alopecia areata, balanopostites, nevo de Spitz, teledermatologia e inteligência artificial, antifúngicos, indicações de laser, melasma, entre outros. 

“Essa edição, especialmente, foi muito interessante porque mostrou a pluralidade da dermatologia e como a atuação do dermatologista é ampla, num programa que englobou desde os casos cirúrgicos a cosmiátricos, além de doenças”, avalia o coordenador John Verrinder Veasey. 

Segundo o coordenador Ricardo Shiratsu, o formato interativo de debate com opiniões dos experts foi projetado para promover um diálogo significativo sobre temas atuais e que possam ter aplicabilidade imediata no consultório. 

“Sem dúvida, essa é uma das marcas do evento. A excelente aceitação do público demonstra o prestígio que alcançamos ao longo desses últimos anos”, comenta. 

A dermatologista Taciana Dini corrobora: "O encontro me surpreendeu pelo ritmo dinâmico das apresentações e discussões. Os assuntos abordados foram muito atuais e de utilidade prática para o dermatologista no dia a dia do consultório, tanto para as condições clínicas quanto de cosmiatria e cirurgia dermatológica". A médica participou do bloco sobre luz intensa pulsada (LIP), que abordou a evolução da tecnologia no tratamento do fotorrejuvenescimento e outras condições inestéticas. "Foram comparados os resultados da LIP com outros equipamentos de lasers e tecnologias. Também foi discutido sobre as associações de tratamentos com a LIP e as vantagens desta tecnologia tão versátil", explica.

No ano que vem, o Teraderm também ocorrerá em São Paulo: “Vamos manter o local e reforçamos aos especialistas que se programem e se inscrevam com antecedência para garantir suas vagas com tranquilidade. Inclusive, já temos a definição das datas: dias 3 e 4 de julho de 2020”, adiantou o presidente Sérgio Palma. 

A opinião de quem foi

“Foi um congresso muito rico tanto na parte prática quanto teórica e que cumpriu o objetivo de manter atualizado o dermatologista. O debate sobre nutracêuticos foi um dos destaques.” Rebeca Rinaldi, SP


5 de julho de 2019 0


Os coordenadores do encontro Gleison Vieira Duarte (BA), André Vicente Esteves de Carvalho, Ricardo Romiti (SP), o presidente da SBD, Sérgio Palma, e o vice-presidente Mauro Enokihara

Imunobiológicos anti-interleucina, o melhor imunobiológico para psoríase; pitiríase rubra pilar e biológicos; imunizações; artrite psoriásica foram alguns temas discutidos durante o 3º Simpósio Nacional de Imunobiológicos e IX Simpósio Nacional de Psoríase da SBD, realizado nesta quinta-feira (4/7), em São Paulo. O encontro contou com a coordenação dos médicos Ricardo Romiti (SP), André Vicente Esteves de Carvalho (RS) (foto) e Gleison Vieira Duarte (BA). Aproximadamente 500 participantes estiveram presentes. Na abertura do encontro, o presidente da SBD, Sérgio Palma, comentou sobre o trabalho político da SBD realizado no Ministério da Saúde e Conitec para a incorporação de medicamentos imunobiológicos e a melhoria de acesso para pacientes. Também enfatizou a importância do envolvimento dos dermatologistas com as doenças crônicas e terapias mais complexas. 

O coordenador Ricardo Romiti ressaltou a qualidade científica do encontro, que trouxe para o debate tratamentos inovadores e clássicos da psoríase, comorbidades e aspectos atuais da doença. "Destaco o brilhantismo das palestras ministradas pelos dermatologistas jovens, a diversidade de temas abordados na sessão de imunobiológicos e o grande número de colegas presentes ao evento: cerca de 500 participantes”, declarou.

Além das aulas ministradas por especialistas brasileiros, os congressistas puderam desfrutar da participação de dois palestrantes internacionais que são referência na área: o espanhol Pablo de la Cueva falou sobre anti-IL23 no tratamento da psoríase e melhor tratamento sistêmico clássico para psoríase moderada a grave; e Enrique Rivas, da Guatemala, abordou utilização do secuquinumabe de acordo com o perfil do paciente e o melhor imunobiológicos para psoríase. 


Os palestrantes Renan Rangel Bonamigo e Paulo Criado com o presidente da SBD, Sérgio Palma (centro)

“Os convidados estrangeiros que deram aula no Simpósio Nacional de Psoríase participaram de uma interessante banca de discussão entre experts”, comentou o dermatologista Caio de Castro (PR), que apresentou aula “Vitiligo: manejo com imunobiológicos”.

A programação também contou com a participação de um profissional de outra área, como o oncologista Antonio Dal Pizzol Jr., que ministrou palestra sobre a correlação entre carcinoma basocelular metastático e Vismodegib.

Ao fazer uma avaliação do evento, a dermatologista e moderadora de uma das mesas Claudia Maia, destacou o elevado nível científico tanto das apresentações quanto dos debates. “Além disso, vimos um público interessado em aprender os novos tratamentos, bem como as dificuldades do manejo da psoríase”, destacou.


A dermatologista Ana Mósca e o presidente da SBD, Sérgio Palma, na abertura do encontro

1º Simpósio de Dermatologia Pediátrica da SBD: resultado positivo

Também realizado no dia 4 de julho, o 1º Simpósio de Dermatologia Pediátrica da SBD despertou grande interesse dos médicos dermatologistas. Coordenado pela dermatologista Ana Maria Mósca de Cerqueira, o encontro foi dividido nos módulos “Recém-nascidos e lactentes”; “Crianças da primeira infância”; “Crianças da segunda infância e adolescentes”, e enfocou temas que necessitam de constante atualização por parte dos médicos, como:  hemangioma; curativos e condutas nas doenças bolhosas neonatais; alergias alimentares; algoritmo da dermatite atópica e da psoríase; hidradenite supurativa; pequenos procedimentos de cirurgia dermatológica; entre outros. 

Em suas apresentações, os convidados ressaltaram achados terapêuticos e tratamentos diferenciados, em uma discussão voltada para a conduta médica.

“Tivemos palestrantes expressivos de vários estados brasileiros que enriqueceram o debate científico. Nosso maior destaque talvez foi conseguir fazer um simpósio de sucesso, no ponto de vista científico, e esse era o nosso principal objetivo nesta primeira edição do evento”, analisou Ana Mósca.

A médica ressaltou ainda que foi muito importante observar o interesse do dermatologista em participar do simpósio para se atualizar e oferecer um conhecimento mais apurado para tratar ainda melhor os pacientes pediátricos.


Médicos palestrantes com a coordenação do encontro


5 de julho de 2019 0

A SBD realizará o 1º Simpósio Nacional de Linfomas Cutâneos nos dias 16 e 17 de agosto, em São Paulo, com a participação de experts no estudo, diagnóstico e tratamento da doença. 

Coordenado pelo ex-presidente da SBD José Antonio Sanches, o programa científico está dividido em cinco módulos que abordarão temas como vírus e linfomas; micose fungoide clássica e suas variantes, síndrome de Sézary; neoplasia de células dendríticas plamocitóides; a necessidade da biopsia de MO; novas perspectivas na abordagem dos linfomas cutâneos: drogas alvo e transplante de medula óssea, entre outros. 

"Consideramos de extrema importância a participação dos associados, especialmente os que têm como área de interesse o estudo dos linfomas. A programação contempla assuntos diversos e relevantes que objetivam auxiliar na prática clínica, bem como instigar ou consolidar conhecimentos sobre o assunto", afirma Sanches.

Até o dia 25 de julho é possível se inscrever com valores diferenciados.

Acesse a íntegra da programação e outros detalhes na página do evento.


5 de julho de 2019 0

Está aberta até o dia 9 de julho a consulta pública da Conitec (n. 35) sobre o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para hidradenite supurativa. Até a data, médicos e população poderão enviar contribuições para o documento oficial do Ministério da Saúde (MS) que orienta critérios para o diagnóstico e tratamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para diferentes intensidades de acometimento da doença. 

Recentemente, foram aprovadas as indicações pela incorporação de três antibióticos para tratar a HS: a clindamicina tópica (para lesões superficiais), o cloridrato de tetraciclina (para lesões leves) e a associação de clindamicina oral e rifampicina (para lesões moderadas). Os três medicamentos poderão ser incorporados após o PCDT.

Para as formas moderadas a graves da doença, o Ministério da Saúde (MS) decidiu incorporar pelo SUS do medicamento biológico adalimumabe em pacientes que não respondem à terapia tradicional. No entanto, a prescrição médica também será liberada apenas após a publicação da atualização do PCDT para hidradenite supurativa. 

Por isso, é fundamental a participação de todos nessa consulta pública. Participe!

Leia aqui o relatório técnico: http://http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2019/Relatorio_PCDT_Hidradenite_Supurativa_CP_35_2019.pdf

Para participar da consulta n. 35, acesse: http://conitec.gov.br/consultas-publicas.


5 de julho de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) foi apontada por outras entidades médicas como referência na luta contra a invasão de competências promovida por profissionais de outras áreas da saúde. O elogio público ocorreu durante reunião do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB), realizada em junho, em Fortaleza (CE), onde o trabalho realizado pelos dermatologistas no campo da defesa profissional mereceu destaque. A menção coroa o êxito das estratégias adotadas pela atual diretoria em seus 150 primeiros dias de gestão.

Entre as estratégias que chamaram a atenção dos participantes do encontro está a atuação parlamentar, ou seja, a presença ativa de membros da atual gestão da SBD e seus colaboradores no Congresso Nacional na tentativa de sensibilizar os políticos em torno de propostas de interesse da categoria.

Também foram citadas as ações promovidas no âmbito do Judiciário, com a apresentação de quase mil denúncias contra profissionais não-médicos no campo da estética, com a usurpação de atos exclusivos da medicina. Relatório produzido pela Assessoria Jurídica da SBD sobre o tema chegou a ser entregue ao Ministério Público Federal, em Brasília (DF), com pedido de apoio à apuração das denúncias.

No período de 2017 a 2019, foram apresentadas 830 representações, sendo 351 em 2017; 371 em 2018; e 111 em 2019. Do ponto de vista da distribuição pelos estados, os dez maiores destaques ficam com São Paulo, com 199 denúncias; Minas Gerais (94); Rio de Janeiro (88); Santa Catarina (85); Paraná (55); Rio Grande do Sul (51); Espírito Santo (48); Goiás (45); e Bahia (28).

Congresso Nacional – O vice-presidente da AMB, Diogo Sampaio, elogiou a Diretoria da SBD pela firme atuação na defesa do Ato Médico. “Trata-se de uma das entidades mais presentes junto ao Congresso Nacional, sendo referência para as demais sociedades de especialidades na luta contra  pressão que outras categorias profissionais fazem junto a senadores e deputados”, destacou.

Para Sampaio, o trabalho da SBD é fundamental nesse processo de enfrentamento às entidades reguladoras de outras profissões que ferem a Lei do Ato Médico, atribuindo competências a profissionais não-médicos para realização de diagnósticos, prescrição de tratamentos e realização de procedimentos que exigem formação médica.

No encontro, o vice-presidente da AMB lembrou ainda a importância de que todas as sociedades de especialidades reforcem sua atuação junto aos legislativos (federal, estadual e municipal), como a SBD, para que os interesses da medicina e da saúde brasileira não sejam ultrajados. “Tivemos um grande avanço com a criação da Frente Parlamentar da Medicina para atuar nas grandes causas junto ao Congresso, sendo que a AMB incentivou recentemente a criação das comissões dentro de cada federada”, frisou.

Comunicação – Outro ponto bem avaliado pelos participantes do encontro, que aconteceu no sábado (14/6), foi o plano de comunicação colocado em prática pela Sociedade, que tem conseguido estabelecer canais de diálogo dinâmicos com a população em geral e com os seus sócios, fortalecendo o elo dentro do segmento no que se refere à esfera da defesa profissional.

Ao mostrar em detalhes o trabalho conduzido pela SBD na atual gestão, o presidente da entidade, Sérgio Palma, comemorou a receptividade das outras instituições. “Isso representa a validação externa às iniciativas da diretoria. Mostra que estamos no caminho certo, não só porque fazemos a lição de casa, mas porque somos considerados por outros grupos como um exemplo a ser seguido. O importante é avançar ainda mais para continuar a fortalecer a dermatologia no país”, disse.

Segundo ele, um tema que deve ganhar espaço na agenda da SBD é o estabelecimento de uma parceria com o Ministério da Educação para fazer a vistoria dos programas de Residência Médica cadastrados. Essa iniciativa está sendo articulada pela Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde (DDES/MEC), coordenada por Rosana Leite de Melo, conforme previsto na Portaria MEC nº 25/2019. Ela acompanhou a reunião e afirmou que espera contar com a apoio das sociedades médicas, como a SBD, para verificar as condições e a qualidade do sistema formador em pós-graduação.

Lato sensu – Sérgio Palma ressaltou o interesse da SBD em participar desse processo e alertou à AMB sobre a necessidade de tomar providências com respeito a outro tópico no campo da educação médica: a proliferação de cursos de pós-graduação lato sensu, considerando-se que a oferta desses programas vem com direito a distorções.

“Muitas dessas escolas afirmam que a conclusão de um curso desse tipo dá direito ao aluno a portar um título de especialista. Isso é mentira: todos sabem que os únicos caminhos para obter essa certificação são passar por uma residência médica ou ser aprovado em exame em sociedade médica”, afirmou.

Ao fim da reunião, os participantes ainda aprovaram uma moção de apoio à manutenção dos termos da moratória das escolas médicas, prevista na Portaria nº 328/2018 (Ministério da Educação). A posição expressa a preocupação dos médicos com um possível retrocesso no tema, o que trará impacto direto sobre a qualidade da formação médica no Brasil. O texto foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo e pela Diretoria da AMB.

A preocupação com o tema é antiga e motivou, em 2018, a AMB a propor no Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem) a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina diante do cenário pós abertura indiscriminada de escolas médicas e pelo desempenho aquém do desejado de egressos dos cursos de medicina.

Os participantes da reunião aprovaram ainda a criação da Comissão Jurídica em Defesa do Ato Médico, no âmbito da AMB, para militar contra a invasão de profissionais na realização de diagnóstico e prescrição de tratamentos em áreas que exigem a necessidade de formação médica. A SBD empenhou apoio à iniciativa e encaminhará representantes para subsidiar as discussões e estratégias.


3 de julho de 2019 0


Nas palestras ministradas para pescadores e suas famílias são oferecidos
materiais explicativos, incluindo histórias em quadrinhos que mostram
formas de prevenção e principais animais causadores de agravos 

O projeto Pescadores do Brasil idealizado pelo dermatologista, professor e pesquisador da Faculdade de Medicina da UNESP, Vidal Haddad Junior, (foto) foi indicado para receber apoio da Liga Internacional de Sociedades de Dermatologia (ILDS) pela sua relevância social e científica. Implementada há 20 anos, a iniciativa traz benefícios positivos para a sociedade por meio de campanhas de conscientização para a prevenção de acidentes (envenenamentos e traumas) por animais aquáticos voltadas tanto para pescadores como para suas famílias. 

Centenas de colônias de pescadores marinhos e fluviais já foram visitadas e receberam informações sobre primeiros socorros por acidentes por peixes, águas-vivas, caravelas e ouriços-do-mar de cada região do país.

Para a elaboração de material didático, Vidal conta com parceria de alunos dos cursos de Medicina e Ciências Biológicas da UNESP e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

O financiamento foi concedido por meio do Projeto ILDS DermLink, que visa contribuir para a assistência dermatológica em comunidades carentes sob a temática dermatologia tropical e saúde de populações migrantes. É administrado por meio da International Foundation Dermatology (IFD). 


Pescadores em praia de Ubatuba, em São Paulo





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