Nova Diretoria da SBD Nacional é eleita para representar a entidade no biênio 2021/2022




6 de maio de 2020 0

JSBDv24n2 – março/abril 2020

Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada na tarde de 18 de abril, foi anunciado o resultado das eleições para a nova Diretoria Executiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Comandada por Mauro Enokihara, a gestão que estará à frente da entidade no biênio 2021/2022 obteve 1.737 votos válidos (ou 98%) do total de 1.770 votantes, sendo computados 15 votos nulos e 18 em branco. A eleição presencial e a apuração ocorreram na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e foram supervisionadas pela Comissão Eleitoral da SBD, presidida por José Ramon Varella Blanco.

A Diretoria da SBD Nacional que assumirá em janeiro de 2021 é composta por: Mauro Enokihara (presidente), Heitor de Sá Gonçalves (vice-presidente); Cláudia Alcântara (secretária-geral); Carlos Barcaui (tesoureiro); Geraldo Magela (primeiro secretário); e Beni Grinblat (segundo secretário).

Representante da chapa eleita "Consolidar e Avançar" e atual vice-presidente da SBD, Mauro Enokihara agradeceu a participação dos associados na votação expressiva (98% dos votos válidos) e a confiança no trabalho a ser desenvolvido nos próximos dois anos.

“Serão muitos os desafios, sobretudo pós-pandemia do Covid-19, mas seguiremos com o excelente trabalho executado pelas gestões anteriores e a atual; continuaremos sobretudo com relação à valorização do dermatologista e da especialidade, assim como com ações visando ao fortalecimento da comunicação digital, para que dessa forma, possamos praticar a educação a distância, divulgar para a população informações com qualidade e por pessoas competentes”, comenta o presidente eleito.

Processo eleitoral – O presidente da SBD gestão 2019/2020, Sérgio Palma, abriu a Assembleia Geral Extraordinária com a leitura do Edital de Convocação e, após o resultado, em nome da atual Diretoria da SBD, parabenizou os dirigentes eleitos desejando que possam alcançar os objetivos propostos durante seu mandato.

"Meus cumprimentos ao Dr. Mauro Enokihara, um grande profissional e amigo, pelo qual tenho admiração e respeito. Caberá a ele assumir a presidência de nossa entidade, tendo a oportunidade de dar seguimento ao trabalho que vem sendo realizado pela atual gestão, em que ele ocupa a vice-presidência. Estendo meus parabéns a todos os outros nomes que integrarão sua Diretoria. Estou convicto de que se trata de uma equipe de alto nível, comprometida com nossa especialidade e que trabalhará, incansavelmente, por avanços nas áreas de defesa profissional, qualificação do ensino, produção científica e outras. Será uma gestão profícua, com a qual todos nós devemos colaborar com empenho, comprometimento e ética. Lembremos de que, assim, fortaleceremos nossa casa, nossa especialidade", considerou Sérgio Palma.


6 de maio de 2020 0

JSBDv24n2 – março/abril 2020

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga uma série de informações relevantes para os médicos quanto ao manejo clínico e à prevenção de contágio no atendimento de pessoas com suspeita ou diagnóstico positivo para a Covid-19. Para tanto, foi criada uma página aqui no site institucional que concentra uma seleção de documentos preparados por autoridades sanitárias, como o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), bem como pela própria SBD.
 
Acesse aqui a página da SBD sobre coronavírus: https://www.sbd.org.br/covid-19

“Essa é uma iniciativa da Gestão 2019-2020 com foco no associado diante da pandemia que acomete o país e o mundo. A informação é uma ferramenta fundamental para enfrentarmos o novo coronavírus e a Covid-19. Por isso, é importante que os dermatologistas conheçam os documentos oficiais referentes aos temas que, mesmo que indiretamente, passaram a fazer parte de seu cotidiano”, disse Sérgio Palma, presidente da SBD.

Ordem alfabética – Na página criada pela SBD, estão disponíveis informações que foram agrupadas em função de palavras-chaves, dispostas em ordem alfabética. Ao ler os textos, o interessado poderá acessar outros documentos relacionados, como notas técnicas, protocolos e manuais. Os tópicos abordados têm relação direta com a dermatologia, mas também com a assistência à população de uma forma geral, como fluxos referenciados de atendimentos a pessoas idosas e gestantes.

Dentre os temas tratados, também constam, com acesso online e gratuito, orientações sobre uso da certificação digital em receitas; lei da telemedicina; prescrição da hidroxicloroquina; manejo de pacientes com condições especiais; uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); medicamentos controlados; e medidas de prevenção e controle.

“É importante que os especialistas conheçam os documentos oficiais, uma vez que essa nova realidade já faz parte do cotidiano do atendimento no país. Devido à dinâmica de evolução dessa doença, muitas atualizações e revisões têm sido divulgadas com velocidade. Por isso, a plataforma da SBD será atualizada constantemente para auxiliar os dermatologistas na busca por conhecimento científico sólido e confiável”, frisou Sérgio Palma.


6 de maio de 2020 0

JSBDv24n2 – março/abril 2020

Médico dermatologista do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp)/Hospital de Base comenta sobre principais recomendações para prevenção de contágio e tratamentos para pacientes que necessitam de atenção especial neste período
 

Durante as últimas semanas e nos próximos meses, hospitais de todo o mundo estarão voltados para o atendimento às pessoas infectadas pela Covid-19. Entretanto, a sociedade e a comunidade médica têm se perguntado como ficarão os tratamentos que já estão em andamento e os que precisam começar devido a doenças específicas, sobretudo as crônicas, seja em unidades hospitalares, clínicas e até mesmo em consultórios. Com participação em importantes pesquisas clínicas nas áreas de psoríase, imunobiológicos e urticária crônica espontânea – esta última no Centro Integrado de Pesquisas (CIP) do Hospital de Base, de São José do Rio Preto –, o dermatologista Carlos Eduardo de Mathias, coordenador dos ambulatórios de oncologia dermatológica, de cosmiatria e de cabelos e unhas do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp)/Hospital de Base, disse se encontrar em um dilema, assim como muitos de seus colegas de profissão: como lidar com tratamentos que não podem ser interrompidos durante a pandemia?

Para lidar com a situação de crise epidemiológica de forma segura, Mathias conta que no trabalho sua equipe tem seguido todas as recomendações propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo Ministério da Saúde (MS) e pela própria Funfarme, afastando os docentes do grupo de risco e ampliando as medidas de segurança com relação a residentes, funcionários e pacientes nos atendimentos de casos emergenciais. “Mantivemos os atendimentos de todos os casos oncológicos, das urgências e emergências dermatológicas, assim como as primeiras consultas de pacientes que não se enquadram nos grupos de risco”, disse o médico dermatologista que foi aluno do Professor João Antonio durante sua residência na Famerp.

Para isso, as consultas foram espaçadas física e temporalmente, sendo obrigatório por todos o uso de máscara. As recomendações para prevenção de contágio também estão sendo constantemente reforçadas, como o distanciamento social; a higienização frequente das mãos; o não toque a face e mucosas; e o uso de máscara em ambientes públicos. “Também esclarecemos que é de suma importância que o paciente avise ao seu médico caso teste positivo para Covid-19 ou até mesmo sobre o aparecimento de sintomas associados, como febre e falta de ar, para que a pessoa seja rapidamente conduzida aos tratamentos adequados para todas as comorbidades”, esclarece.
 
Telemedicina: o uso da tecnologia para auxiliar pessoas que precisam de cuidados rotineiros

É possível usar a telemedicina para tratar pacientes, sobretudo os que apresentam maior chance de infecção, sem colocar em risco sua saúde e a do médico, bem como promovendo o distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora esta seja uma importante aliada em situações de atendimento, é necessário se atentar para algumas questões como a transparência, a segurança de dados e a privacidade do paciente, assim como a limitações de conectividade.

“Quando alguma condição não permite o atendimento presencial, o acesso ao médico deve ser facilitado e garantido, mesmo que por telemedicina, mas de maneira bastante criteriosa e conforme as diretrizes do Ministério da Saúde (MS). Precisamos atentar para as limitações da alternativa, já que uma parcela dos nossos pacientes não possui sinal de internet nos seus aparelhos telefônicos, dependendo basicamente da chamada de voz, o que na dermatologia impacta sobremaneira a semiologia básica da visualização das lesões de pele”, pontua. O médico afirma que, ainda no caso dos pacientes que não encontram problemas ao fazer chamadas por áudio ou vídeo, partes importantes do exame físico dermatológico são perdidas, como a palpação e a dermatoscopia. “Mas no futuro, acredito que a telemedicina será mais uma grande ferramenta para a qual devemos estar preparados e integrados, ainda mais com o progresso da inteligência artificial”, completa.
 
Atenção especial a pacientes vulneráveis
Ainda que assegurados todos os cuidados na hora do atendimento, é fundamental lembrar que, especificamente em relação aos pacientes dermatológicos, há quatro grupos que exigem especial atenção durante esta pandemia, com as respectivas recomendações adicionais, baseadas na análise das mais recentes publicações e nas recomendações da SBD e do MS. “Em portadores de hanseníase, o tratamento poliquimioterápico (PQT) preconizado deve ser mantido. Merecem especial atenção aqueles em uso de terapia imunomoduladora (corticosteroides) para o tratamento das reações hansênicas, que não deve ser interrompida abruptamente, mas, na medida do possível, ter diminuição gradativa da dosagem. É importante salientar que não há, até o presente momento, orientação para suspensão da talidomida. Com relação a pacientes em uso de imunobiológicos, não há estudos suficientes que correlacionem o real risco de Covid-19 para eles, que devem manter seu tratamento e procurar imediatamente um serviço de saúde em caso de manifestações compatíveis com a doença viral, em especial falta de ar e febre. Além disso, tais pacientes devem ter um canal de comunicação eficaz e seguro com o Serviço e com os médicos prescritores”, salienta.

Quanto ao uso da isotretinoína para o tratamento de acne durante a pandemia, até o momento não foram verificados nos estudos sérios de riscos de infecção ou de alteração na evolução do Sars Cov-2. “Nesses casos o tratamento deve ser mantido, acompanhando-se os efeitos colaterais já conhecidos. E em pacientes em tratamento oncológico, o tratamento cirúrgico das neoplasias malignas de pele deve ser assegurado. Caso o paciente faça uso de alguma quimioterapia, radioterapia e/ou imunoterapia, a conduta mais apropriada deve ser decidida junto ao oncologista clínico”.
 
Outro ponto importante é frisar, é que a regulação do sistema imunológico, essencial para o clearance viral e produção de anticorpos específicos eficazes contra o Sars Cov-2, pode sofrer influência de fatores emocionais, assim como ocorre no curso de doenças imunomediadas, como a psoríase. Por isso, o bem-estar psicossocial pode também ser um importante aliado contra essa pandemia. “A sociedade médica está sendo a cada dia munida de mais informações sobre a Covid-19. Sabemos, entretanto, que sua fisiopatologia ainda não é totalmente compreendida, e muito menos há um protocolo fixo de tratamento curativo. O bom senso, portanto, sempre deve prevalecer, acompanhado de assistência multidisciplinar para pacientes com doenças crônicas. E, tão importante quanto, deve haver constante e eficaz comunicação entre os médicos que estão na linha de frente da pandemia com aqueles que já assistem tais indivíduos”, frisou Carlos Eduardo de Mathias, que também atua em consultório privado nas áreas de dermatologia clínica e cirúrgica.


6 de maio de 2020 0

No momento em que o país atravessa uma situação de pandemia e precisa se adaptar em curto prazo a novas realidades, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) oferece aos seus associados um importante benefício para que o exercício da especialidade possa acontecer sem interrupções e com qualidade. A partir de entendimentos com parceiros institucionais, a entidade obteve apoio para que dermatologistas possam usar, a custo reduzido, uma plataforma para realização de teleconsultas, incluindo a emissão de prescrições eletrônicas.

A parceria com o laboratório TheraSkin e a empresa iClinic – permitirá que o associado, com situação em dia com a SBD, possa atender seus pacientes a distância, mediados por uma ferramenta moderna, que atende requisitos de qualidade na transmissão de dados e imagens, assim como garante respeito ao sigilo das informações trocadas entre médicos e pacientes.

Após fazer a adesão, o associado poderá realizar até dez teleconsultas, utilizando essa plataforma, sem custos. A partir da décima primeira, ele paga um valor acordado, por atendimento. Além dessa ferramenta, todos os associados terão o direito de utilizar, gratuitamente e por dois meses, sistema de prontuário eletrônico oferecido por esses parceiros.

Para mais informações acesse aqui

Consultas – Dessa forma, dermatologistas que estão com consultórios fechados ou têm dificuldades em realizar consultas presenciais, poderão usar recursos de telemedicina com segurança. Após esses dois meses, o associado poderá dar continuidade ao uso da ferramenta ou optar por outras soluções, de acordo com o que for mais conveniente. De acordo com as empresas, a plataforma tem como características principais sua segurança na transmissão e manuseio de dados e usabilidade, podendo ser auxiliar estratégico para os consultórios e clínicas. A parceria foi alinhavada pela Gestão 2019-2020 que, desde o início da pandemia, tem buscado alternativas para facilitar a vida de dermatologistas que integram os quadros da SBD. Também foi implementada mudança no calendário de pagamento das anuidades, dando maior fôlego para sua quitação.   

Informações – Outra frente tem sido tornar disponíveis, de modo ágil e didático, informações de interesse da especialidade e da medicina em geral vinculadas ao coronavírus. A SBD criou em seu site uma área específica para agrupar dados, notícias, artigos e protocolos sobre a Covid-19 e temas relacionados. Também tem encaminhado e-mails marketing e boletins focados na atualização dos dermatologistas.

“A Diretoria da SBD, na Gestão 2019-2020, tem como prioridade buscar soluções que atendam os interesses dos associados. Todos nós entendemos as angústias de quem está na ponta. Por isso, o trabalho tem sido voltado em oferecer respostas a problemas concretos. Podem contar conosco”, ressaltou o presidente da entidade, Sérgio Palma.


6 de maio de 2020 0

JSBDv24n2 – março/abril 2020

Todos os anos, um grupo de médicos dermatologistas se reúne para elaboração de um manual de diretrizes e boas práticas sobre doenças dermatológicas, os chamados Consensos Brasileiros de Tratamento, que indicam as abordagens que possuem o melhor embasamento científico para o tratamento de cada uma das enfermidades. Em 2020, sob a orientação de Hélio Miot, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esse trabalho trata de cinco novos temas: vitiligo, rosácea, úlceras crônicas dos membros inferiores, alopecia areata e usos de isotretinoína na dermatologia. Desde a gestão anterior, a SBD tem-se preocupado em produzir documentos científicos voltados para o tratamento de algumas doenças – em 2019, por exemplo, os consensos abordaram a dermatite atópica, a psoríase, as doenças bolhosas, entre outras.
 
Esses consensos auxiliam bastante a tomada de decisões dos médicos, pois suas recomendações se apoiam nas melhores evidências clínicas disponíveis na atualidade. Além das atualizações pontuais quando se obtêm novas informações, o material da SBD é totalmente revisado a cada cinco anos – alguns temas passam por revisões em intervalos menores de tempo, como no caso da psoríase que, sendo uma das doenças cujo tratamento mais se atualiza – especialmente quando se trata dos medicamentos biológicos − tem suas orientações revisadas a cada três ou quatro anos. Como é sabido, os consensos não ocorrem apenas em dermatologia. As sociedades de especialidades do mundo todo publicam frequentemente esse tipo de material para organizar e orientar o melhor conhecimento médico sobre algumas enfermidades que julgam importantes. “Essas cinco doenças mencionadas acima foram as eleitas para este ano porque são prevalentes e têm várias opções de tratamento. Então, é uma tentativa de organizar o conhecimento, orientar o associado e promover um cuidado de melhor qualidade para o usuário final, que é o paciente dermatológico”, esclarece Miot.
 
Etapas Para a realização desse trabalho, reuniu-se um grupo de experts capaz de contribuir na organização do conhecimento científico sobre os temas escolhidos e estabelecer quais são os melhores tratamentos. “Conjuntamente com o presidente da SBD, Dr. Sérgio Palma, e Diretoria, elegemos os temas que seriam estudados este ano. A SBD, então, indicou um especialista de cada área para ser o responsável por aquele grupo de estudos”, explica Hélio Miot, lembrando que seu papel durante essa coordenação foi o de comandar, de dar apoio e de orientar quanto à metodologia, mas não necessariamente de participar diretamente da elaboração dos consensos. Os nomes levantados para comandar as equipes foram os médicos dermatologistas Caio Castro para vitiligo; Edileia Bagatin para isotretinoína; Paulo Muller em alopecia areata; Luciana Abbade para as úlceras crônicas nos membros inferiores; e Clívia Trindade nos documentos sobre rosácea. Após a definição desses profissionais, eles montaram os times de suas áreas, que têm entre cinco e sete outros médicos, para a construção dos trabalhos.

Organização Cada consenso foi organizado de forma padronizada entre os especialistas. Por isso, optou-se pela metodologia, tipo Delphi, que baseia seu resultado final na análise conjunta de um grupo de especialistas: em um primeiro momento, individualmente, para que depois esse material seja reunido e comparado conjuntamente, visando ao consenso. “Dessa forma, todos têm uma participação bastante organizada”, pontua Hélio.

Como coordenador, Miot passou as demandas para todos os membros, cada um em seu grupo. “A primeira foi definir a estrutura e os elementos centrais a empregar. Isso significa a participação de todos em todas as etapas. Começo questionando que estrutura o consenso deve ter e quais os pontos importantes. A seguir, todos escrevem esses pontos. Depois de concluído, reúno essas partes e devolvo as eleitas, questionando se alguém discorda. Se há discordância, uma nova discussão sobre o tema acontece. Se ninguém discorda, começa-se a escrever a primeira parte de fato, que deve incluir conceito, definição e indicação. E assim ocorre em todo o trabalho. Cada um devolve um texto, o coordenador reúne o material, compila em um ou dois parágrafos, passa pela aprovação de todos e dão prosseguimento a outro item”, explica.

Esse método faz com que a construção do material seja bastante trabalhosa, mas também totalmente consensual. Segundo o médico, “um trabalho hercúleo, mas que garante que o texto seja realmente escrito 100% por todas as mãos. Não significa que cada um escreve algo e no final reúne tudo como uma colcha de retalhos. Ao contrário: é metodologia muito eficiente pois todos têm responsabilidade pelo material final”. O material final, contendo todos os consensos, será publicado ainda este ano como suplemento online dos ABD.
 
Dermatoscopia e lesões pigmentares – Outro trabalho que também está sendo realizado neste período e que utiliza esse tipo de metodologia diz respeito ao consenso sobre dermatoscopia e lesões pigmentares. Sob coordenação do dermatologista Carlos Barcauí, tem como objetivo criar recomendações quanto ao mapeamento corporal total e dermatoscopia de lesões pigmentadas, e é também é uma tentativa de organizar e padronizar esses procedimentos, no sentido de estabelecer quais elementos são importantes para elaborar o laudo de um exame e/ou de avaliação técnica dermatológica – como dito, este seria um sexto consenso, que não participou daquele bloco de trabalho, mas que tem ideia equivalente.


6 de maio de 2020 0

JSBDv24n2 – março/abril 2020

Campanha incentiva a não realização de atos médicos desnecessários e promove uma reflexão sobre a adequação do cuidado com a saúde visando não causar danos ao paciente e evitar sobrecarregar os sistemas de saúde do país

A  importância de fazer escolhas sensatas na prática médica é o mote da campanha mundial Choosing Wisely, lançada pela American Board of Internal Medicine (Abim), nos Estados Unidos, em 2012. A iniciativa reúne diferentes sociedades médicas de mais de 25 países e faz um alerta para a realização de procedimentos e tratamentos que não geram nenhum benefício aos pacientes, mas que ainda continuam sendo prescritos pelos médicos e sobrecarregando os sistemas de saúde. Desde então, centenas de recomendações de exames e tratamentos foram rediscutidos com relação à efetividade clínica e publicados nos sites das entidades médicas. Essas listas de recomendações são baseadas em evidências sobre práticas médicas frequentes que devem ser reduzidas ou eliminadas.

No Brasil, a iniciativa teve início em 2015, com a adesão de dezenas de sociedades de especialidade. A SBD aderiu à campanha no começo deste ano e atualmente elabora uma lista de procedimentos e indicações de tratamentos e condutas referentes à dermatologia clínica. “Tendo em vista a relevância dos assuntos abordados pela Choosing Wisely, como também a necessidade de mais sociedades médicas brasileiras participarem dessa campanha, considero essenciais a adesão e o posicionamento da SBD”, explica o coordenador do grupo Hélio Miot. Segundo o médico, essa primeira edição abordará a dermatologia clínica, sendo direcionada a procedimentos diagnósticos ou terapêuticos desnecessários ou mesmo danosos, que devem ser evitados na prática médica.

No caso do Brasil, é preciso cumprir alguns pré-requisitos para elaboração da lista, que deve ter no mínimo cinco e no máximo dez recomendações a levar em conta por médicos e pacientes, todas elas necessariamente de acordo com o escopo de atuação da especialidade; seu processo de desenvolvimento precisa ser rigorosamente documentado e transparente desde o início; devem ser priorizados testes, procedimentos ou tratamentos utilizados com bastante frequência e que podem prejudicar pacientes − secundariamente, os que representem abordagens diagnósticas ou terapêuticas de baixo valor agregado;
carece existir um bom corpo de evidências científicas que suporte a recomendação; iniciar toda recomendação com as expressões "Não" ou "Reflita muito antes de"; evitar sugestões de práticas, como "Não prescreva medicação sem olhar interações", e recomendações genéricas, como "Não solicite exame sem indicação específica".

O grupo de especialistas – que conta com a atuação de dermatologistas de todo o país, bem como residentes dos Serviços de Dermatologia da Santa Casa de Curitiba e do Rio Grande do Sul – já iniciou a primeira etapa do trabalho com a elaboração de lista contendo 50 recomendações, que posteriormente serão submetidas à avaliação dos associados da SBD por meio de votação aberta.

“Com base nessas recomendações, será elaborada consensualmente listagem a ser submetida à consulta pública dos associados, para a formação democrática dos dez itens finais que irão compor o documento”, considera Miot.

O médico dermatologista salienta que a tendência internacional ganha valor ao proporcionar mais segurança e eficiência nos cuidados com a saúde dos pacientes, assim como ao fortalecer a sociedade médica como fonte confiável de informação da especialidade. “Nossa participação é importante, pois, além de divulgar a especialidade, traz recomendações que objetivam melhorar a assistência dermatológica no país”, frisa Hélio Miot.

Também fazem parte do grupo os médicos dermatologistas Andrea Ramos (Minas Gerais), Clivia Carneiro (Pará), Caio Castro, Paulo Criado e Luciana Abbade (São Paulo), Magda Weber e Renan Bonamigo (Rio Grande do Sul), Mayra Ianhez (Goiás) e Pedro Dantas (Sergipe).


6 de maio de 2020 0

JSBDv24n2 – março/abril 2020

Fato tão relevante quanto atual nos nossos dias é o aumento da expectativa de vida da população brasileira e do mundo, assim como a proliferação de conhecimentos e saberes especializados sobre o corpo, a saúde e as doenças. Com relação a esses aspectos, a pesquisa clínica e os médicos pesquisadores tornam-se cada vez mais fundamentais para o desenvolvimento e fortalecimento da ciência. No entanto, segundo recente pesquisa realizada pela revista New England Journal of Medicine, uma das mais importantes da área médica, seu número vem sendo reduzido a cada ano e por diferentes motivos, como por exemplo, pela diminuição do incentivo acadêmico à pesquisa na universidade e o corte de verbas. No Brasil o panorama não é diferente. Criar ações de fomento, capacitar novos pesquisadores e estimular pesquisadores já em atividade são desafios antigos a enfrentar na área de saúde como um todo.

“Como sabemos, há pouco estímulo à pesquisa em nosso país. Muitos confundem incentivo com disponibilidade de dinheiro, porém há publicações de baixíssimo custo. É claro que pesquisas, principalmente na área básica ou de estudos clínicos, necessitam de investimento financeiro. Outras opções, como séries de casos, artigos de revisão ou meta-análises, podem, contudo, ser realizadas desde que haja vontade e organização”, afirma o dermatologista de Curitiba Felipe Cerci, de 35 anos, que possui mais de 30 publicações científicas, principalmente na área de cirurgia micrográfica de Mohs e reconstrução. De acordo com Cerci, para dar início à produção científica, outras condições essenciais incluem escrever sobre algo que goste, procurar alguém na área com interesse, experiência e disponibilidade em ajudar e, ainda, aperfeiçoar o inglês.

O interesse de Cerci pela pesquisa começou na residência. Na ocasião, o dermatologista teve dois artigos publicados em periódicos nacionais; este número foi crescendo com o decorrer de suas trajetórias acadêmica e profissional. Após a residência e a especialização em cirurgia dermatológica no Brasil, Cerci se especializou em cirurgia de Mohs por mais de dois anos nos Estados Unidos. Foi no país que surgiram boas oportunidades para publicação, especialmente com seu principal mentor, Dr. Tri Nguyen, em Houston. “Fiquei impressionado com o estímulo que os estudantes recebem para publicações desde a época da graduação, sendo orientados por grandes nomes da dermatologia. Muitos estágios eletivos dos graduandos eram destinados apenas à elaboração de artigos. Outro ponto interessante é que os residentes tinham o academic time, um período da semana reservado à produção científica.”

Para o especialista, a inserção nos meios científico nacional e internacional é de suma importância para o fortalecimento da dermatologia, isso porque são os jovens que darão continuidade ao trabalho que vem sendo realizado ao longo das últimas décadas. Sobre esse aspecto, acredita que o incentivo deve ser precoce, se possível, ainda na graduação. “Assim como em outras áreas da vida, tudo o que aprendemos quando jovens torna-se mais fácil depois. Além disso, é importante que os mais jovens tenham contato com oportunidades de pesquisa; caso contrário, sequer saberão se aquilo lhes interessa”, disse o médico que atua em clínica privada e integra a equipe do Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas da UFPR, na qual fez seu mestrado. “É um prazer cuidar da saúde dos pacientes, contribuir com o aprendizado dos residentes, além de conviver com colegas também focadas em produção científica, como as Dras. Fabiane Mulinari, Betina Werner, Flávia Basílio e Janyana Deonizio.”

O dermatologista acredita que a disseminação do conhecimento por meio das publicações científicas é essencial para beneficiar o maior número possível de pacientes, almejando, também, que cada vez mais os dermatologistas do país se interessem pela pesquisa.

A representatividade das pesquisas brasileiras ainda é tímida em congressos internacionais; para a mudança desse quadro é preciso repensar as estratégias do país com relação às pesquisas em saúde e o seu posicionamento no ranking científico mundial.

Histórico
Cerci tem artigos publicados em periódicos como Journal of the American Academy of Dermatology (JAAD), Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, JAMA Dermatology, American Journal of Clinical Oncology, American Journal of Clinical Dermatology, entre outros. O mais recente, foi o primeiro artigo de investigação sobre cirurgia de Mohs publicado no JAAD que teve um brasileiro como primeiro autor: “Surgical margins required for basal cell carcinomas treated with Mohs micrographic surgery according to tumor features”. “Foram mais de dois anos de trabalho intenso, mas que valeram a pena.” Outro artigo recentemente publicado foi “Reconstrução nasal após cirurgia micrográfica de Mohs: análise de 208 casos” na Surgical and Cosmetic Dermatology.

 


6 de maio de 2020 0

No momento em que o país atravessa uma situação de pandemia e precisa se adaptar em curto prazo a novas realidades, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) oferece aos seus associados um importante benefício para que o exercício da especialidade possa acontecer sem interrupções e com qualidade. A partir de entendimentos com parceiros institucionais, a entidade obteve apoio para que dermatologistas possam usar, a custo reduzido, uma plataforma para realização de teleconsultas, incluindo a emissão de prescrições eletrônicas.

A parceria com o laboratório TheraSkin e a empresa iClinic – permitirá que o associado, com situação em dia com a SBD, possa atender seus pacientes a distância, mediados por uma ferramenta moderna, que atende requisitos de qualidade na transmissão de dados e imagens, assim como garante respeito ao sigilo das informações trocadas entre médicos e pacientes.

Após fazer a adesão, o associado poderá realizar até dez teleconsultas, utilizando essa plataforma, sem custos. A partir da décima primeira, ele paga um valor acordado, por atendimento. Além dessa ferramenta, todos os associados terão o direito de utilizar, gratuitamente e por dois meses, sistema de prontuário eletrônico oferecido por esses parceiros.

Para mais informações acesse aqui

Consultas – Dessa forma, dermatologistas que estão com consultórios fechados ou têm dificuldades em realizar consultas presenciais, poderão usar recursos de telemedicina com segurança. Após esses dois meses, o associado poderá dar continuidade ao uso da ferramenta ou optar por outras soluções, de acordo com o que for mais conveniente. De acordo com as empresas, a plataforma tem como características principais sua segurança na transmissão e manuseio de dados e usabilidade, podendo ser auxiliar estratégico para os consultórios e clínicas. A parceria foi alinhavada pela Gestão 2019-2020 que, desde o início da pandemia, tem buscado alternativas para facilitar a vida de dermatologistas que integram os quadros da SBD. Também foi implementada mudança no calendário de pagamento das anuidades, dando maior fôlego para sua quitação.   

Informações – Outra frente tem sido tornar disponíveis, de modo ágil e didático, informações de interesse da especialidade e da medicina em geral vinculadas ao coronavírus. A SBD criou em seu site uma área específica para agrupar dados, notícias, artigos e protocolos sobre a Covid-19 e temas relacionados. Também tem encaminhado e-mails marketing e boletins focados na atualização dos dermatologistas.

“A Diretoria da SBD, na Gestão 2019-2020, tem como prioridade buscar soluções que atendam os interesses dos associados. Todos nós entendemos as angústias de quem está na ponta. Por isso, o trabalho tem sido voltado em oferecer respostas a problemas concretos. Podem contar conosco”, ressaltou o presidente da entidade, Sérgio Palma.


6 de maio de 2020 0

JSBDv24n2 – março/abril 2020

No momento em que o país atravessa uma situação de pandemia e precisa se adaptar em curto prazo a novas realidades, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) oferece aos seus associados um importante benefício para que o exercício da especialidade possa acontecer sem interrupções e com qualidade. A partir de entendimentos com parceiros institucionais, a entidade obteve apoio para que dermatologistas possam usar, a custo reduzido, uma plataforma para realização de teleconsultas, incluindo a emissão de prescrições eletrônicas.
A parceria com o laboratório TheraSkin e a empresa iClinic – permitirá que o associado, com situação em dia com a SBD, possa atender seus pacientes a distância, mediados por uma ferramenta moderna, que atende requisitos de qualidade na transmissão de dados e imagens, assim como garante respeito ao sigilo das informações trocadas entre médicos e pacientes.

Após fazer a adesão, o associado poderá realizar até dez teleconsultas, utilizando essa plataforma, sem custos. A partir da décima primeira, ele paga um valor acordado, por atendimento. Além dessa ferramenta, todos os associados terão o direito de utilizar, gratuitamente e por dois meses, sistema de prontuário eletrônico oferecido por esses parceiros.

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Consultas – Dessa forma, dermatologistas que estão com consultórios fechados ou têm dificuldades em realizar consultas presenciais, poderão usar recursos de telemedicina com segurança. Após esses dois meses, o associado poderá dar continuidade ao uso da ferramenta ou optar por outras soluções, de acordo com o que for mais conveniente. De acordo com as empresas, a plataforma tem como características principais sua segurança na transmissão e manuseio de dados e usabilidade, podendo ser auxiliar estratégico para os consultórios e clínicas. A parceria foi alinhavada pela Gestão 2019-2020 que, desde o início da pandemia, tem buscado alternativas para facilitar a vida de dermatologistas que integram os quadros da SBD. Também foi implementada mudança no calendário de pagamento das anuidades, dando maior fôlego para sua quitação.   

Informações – Outra frente tem sido tornar disponíveis, de modo ágil e didático, informações de interesse da especialidade e da medicina em geral vinculadas ao coronavírus. A SBD criou em seu site uma área específica para agrupar dados, notícias, artigos e protocolos sobre a Covid-19 e temas relacionados. Também tem encaminhado e-mails marketing e boletins focados na atualização dos dermatologistas.

“A Diretoria da SBD, na Gestão 2019-2020, tem como prioridade buscar soluções que atendam os interesses dos associados. Todos nós entendemos as angústias de quem está na ponta. Por isso, o trabalho tem sido voltado em oferecer respostas a problemas concretos. Podem contar conosco”, ressaltou o presidente da entidade, Sérgio Palma.


6 de maio de 2020 0

Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada na tarde de 18 de abril, foi anunciado o resultado das eleições para a nova Diretoria Executiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Comandada por Mauro Enokihara, a gestão que estará à frente da entidade no biênio 2021/2022 obteve 1.737 votos válidos (ou 98%) do total de 1.770 votantes, sendo computados 15 votos nulos e 18 em branco. A eleição presencial e a apuração ocorreram na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e foram supervisionadas pela Comissão Eleitoral da SBD, presidida por José Ramon Varella Blanco.

A Diretoria da SBD Nacional que assumirá em janeiro de 2021 é composta por: Mauro Enokihara (presidente), Heitor de Sá Gonçalves (vice-presidente); Cláudia Alcântara (secretária-geral); Carlos Barcaui (tesoureiro); Geraldo Magela (primeiro secretário); e Beni Grinblat (segundo secretário).

Representante da chapa eleita "Consolidar e Avançar" e atual vice-presidente da SBD, Mauro Enokihara agradeceu a participação dos associados na votação expressiva (98% dos votos válidos) e a confiança no trabalho a ser desenvolvido nos próximos dois anos.

“Serão muitos os desafios, sobretudo pós-pandemia do Covid-19, mas seguiremos com o excelente trabalho executado pelas gestões anteriores e a atual; continuaremos sobretudo com relação à valorização do dermatologista e da especialidade, assim como com ações visando ao fortalecimento da comunicação digital, para que dessa forma, possamos praticar a educação a distância, divulgar para a população informações com qualidade e por pessoas competentes”, comenta o presidente eleito.

Processo eleitoral – O presidente da SBD gestão 2019/2020, Sérgio Palma, abriu a Assembleia Geral Extraordinária com a leitura do Edital de Convocação e, após o resultado, em nome da atual Diretoria da SBD, parabenizou os dirigentes eleitos desejando que possam alcançar os objetivos propostos durante seu mandato.

"Meus cumprimentos ao Dr. Mauro Enokihara, um grande profissional e amigo, pelo qual tenho admiração e respeito. Caberá a ele assumir a presidência de nossa entidade, tendo a oportunidade de dar seguimento ao trabalho que vem sendo realizado pela atual gestão, em que ele ocupa a vice-presidência. Estendo meus parabéns a todos os outros nomes que integrarão sua Diretoria. Estou convicto de que se trata de uma equipe de alto nível, comprometida com nossa especialidade e que trabalhará, incansavelmente, por avanços nas áreas de defesa profissional, qualificação do ensino, produção científica e outras. Será uma gestão profícua, com a qual todos nós devemos colaborar com empenho, comprometimento e ética. Lembremos de que, assim, fortaleceremos nossa casa, nossa especialidade", considerou Sérgio Palma.





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