42º Dermatrop termina com avanços em discussões centrais para a saúde pública brasileira




5 de janeiro de 2021 0

Eventos

“Uma oportunidade única de vislumbrar debates de alta qualidade científica e de central relevância para o país avançar em diferentes temas de saúde pública ainda negligenciados”. Com essas palavras, o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, definiu o 42º Simpósio de Dermatologia Tropical (Dermatrop) promovido pela entidade, em formato online.

O Simpósio – último grande evento organizado pela SBD em 2020 – chegou ao fim no sábado (12/12), deixando nos organizadores a sensação de dever cumprido.  “Os cerca de 500 congressistas inscritos nesta edição puderam acompanhar mais uma excelente iniciativa de aperfeiçoamento técnico e terapêutico, focada justamente nas doenças que se alimentam das desigualdades sociais do Brasil”, afirmou Palma.

Segundo salientou o especialista, lidar com os desafios oriundos das diferenças econômicas encontradas na população e com as peculiaridades de cada uma das cinco regiões do país também é parte integrante do trabalho clínico diário dos dermatologistas. Palma compôs a Comissão Organizadora do 42º Dermatrop, juntamente com os professores Sinésio Talhari (AM), Heitor de Sá Gonçalves (CE) e Walter Loureiro (PA).

Destaques – Entre os temas debatidos no segundo dia de atividades do 42º Dermatrop, estiveram em destaque assuntos como: “Medicina dos viajantes”; “Cromomicose”; “Micobacterioses Cutâneas”; “Dermatozoonoses”; “Leishmaniose Tegumentar Americana”; “Manejo da neuropatia pós-herpética e dor neuropática hansênica”; “Atualização em tinha capitis”; “Doenças infecciosas durante o tratamento com biológicos”; “HTLV1 e Dermatologia”; e mais.

O evento contou ainda com uma sessão especialmente dedicada à discussão de casos clínicos, ministrada por experts da dermatologia tropical. Na oportunidade, os congressistas puderam comentar as apresentações e tirar dúvidas com os especialistas convidados. O conteúdo da programação científica, dos dois dias de atividades, ficará disponível para os participantes por 30 dias após evento. Para mais informações, acesse o site: www.sbd.org.br/42-simposio-de-dermatologia-tropical-da-sbd/.

Pioneiro – Criado há 42 anos por médicos pioneiros na área da dermatologia tropical, como René Garrido Neves, Sinésio Talhari e Alcidarta Gadelha, o Dermatrop é um dos eventos mais tradicionais da SBD. Ao longo dos anos, a iniciativa mantém seu objetivo central de visibilizar questões relacionadas às dermatologias clínica e sanitária do Brasil, com discussões sempre atualizadas sobre micologia, infectologia, microbiologia, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e outros temas com implicações dermatológicas, que são essenciais no contexto epidemiológico do Brasil.

Nesse sentido, conforme pontuou o presidente da SBD, apesar da necessidade de distanciamento social e das limitações impostas pelo novo cornavírus, a entidade não poderia deixar de realizar o 42º Dermatrop e de oferecer aos seus associados uma programação científica de exemplar qualidade, abordando questões amplas e diversas, como habitualmente ocorre nas edições regulares do evento.  

“A diretoria e os coordenadores atuaram arduamente para entregar essa edição virtual, que já entrou para a história em função do recorde de inscritos e da abrangência dos debates promovidos. De modo geral, cada atividade contribuiu para aperfeiçoar o trabalho dos dermatologistas de prover saúde, bem-estar e qualidade de vida aos seus pacientes e, certamente, o 42º Dermatop demonstrou o vigor e a potência da dermatologia brasileira nessa área”, finalizou Sérgio Palma.

 


5 de janeiro de 2021 0

Ações institucionais

A diretoria escolhida para comandar a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) no biênio 2021-2022 começou oficialmente, nesta semana, sua atuação executiva de gerenciamento da entidade. Conduzido ao cargo de presidente da SBD, Mauro Enokihara deu início aos trabalhos ressaltando a meta de dar seguimento às ações de fortalecimento da especialidade, as quais vêm sendo implementadas nas sucessivas gestões. 

Conforme salientou Enokihara, o objetivo do atual grupo gestor é buscar o desenvolvimento da SBD de maneira representativa, mantendo iniciativas consistentes, conduzidas ao longo dos anos especialmente nas esferas de defesa da especialidade e do aprimoramento contínuo da educação médica. “Entramos no segundo século da história de nossa sociedade com um acervo de realizações, o que é motivo de orgulho para os associados desta que é uma das mais antigas instituições da área médica do País”, destacou.

No desempenho das funções à frente da entidade, o presidente da SBD ressaltou ser fundamental para todos os envolvidos o desejo de servir adequadamente às demandas de cada associado. Segundo ele, isso tem sido expresso continuamente pelo time que atuará em diferentes funções, com foco na consolidação do prestígio da dermatologia brasileira nos âmbitos nacional e internacional.

Além de Mauro Enokihara, estarão à frente da SBD, durante o biênio 2021-2022, especialistas reconhecidos por suas trajetórias profissional, acadêmica e associativa. Na avaliação do presidente, a dermatologia ganha ao contar, em sua maior entidade, com a atuação de profissionais que aliam experiência e motivação para inovar. A seguir, conheça um pouco mais sobre cada um dos membros da nova diretoria da SBD:

•    Presidente – Mauro Enokihara
Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC. É mestre e doutor em Dermatologia, pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sendo professor adjunto do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina/Unifesp. Possui título de especialista pela SBD-AMB. Já ocupou as presidências da SBD Regional São Paulo (SBD RESP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Atuou como membro da Comissão do Título de Especialista (TED) da SBD e das Câmaras Técnicas de Dermatologia do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). É sócio fundador e ex-presidente do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM).

•    Vice-Presidente – Heitor Sá Gonçalves
É dermatologista pela SBD-AMB e doutor em Farmacologia Clínica. Atua como chefe do serviço credenciado da SBD/Centro de Dermatologia Dona Libânia e na Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Também é membro da Comissão do Título de Especialista (TED) da SBD e professor associado de Dermatologia do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Já exerceu as funções de presidente da SBD Regional Ceará, secretário da Diretoria da SBD (Gestão 2005-2006) e coordenador dos Departamentos de Hanseníase e de Doenças Infectoparasitárias.

•    Secretária-geral – Cláudia Alcântara Gomes
Graduou-se em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Possui mestrado em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Concluiu residência médica em Dermatologia pela UFRJ /Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e tem títulos de especialista em Dermatologia pela SBD-AMB e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM/MEC). É médica responsável pela Dermatologia do Hospital Barra D´Or e pelo Programa de Prevenção ao Câncer da Pele da FAPES/BNDES. Atuou como médica dermatologista da Secretaria Municipal de Saúde (1999 a 2006) e como professora colaboradora da disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Grande Rio (Unigranrio), entre 2005 e 2006. Foi secretária-geral da SBD, na Gestão 2019-2020; tesoureira da SBD Regional Rio de Janeiro (2017-2018); secretária-geral da SBD Regional Rio de Janeiro (2009-2010); e coordenadora do Departamento de Laser da SBD Regional Rio de Janeiro (2007-2008).

•    Tesoureiro – Carlos Baptista Barcaui
É doutor em Dermatologia pela Universidade São Paulo (USP) e mestre em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM). Ocupou o cargo de tesoureiro da SBD, no período de 2011 a 2012. Foi presidente da SBD Regional Rio de Janeiro (2009-2010) e secretário-geral da mesma entidade no período de 2007-2008. É professor associado de Dermatologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

•    Primeiro-secretário – Geraldo Magela Magalhães
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), concluiu residência-especialização em Dermatologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É doutor em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor adjunto de Dermatologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ocupou a presidência da SBD Regional Minas Gerais (2013-2014). Na mesma entidade, atuou também como 1º secretário, no período 2009-2010, e coordenador de Eventos Científicos, de 2017 a 2018. Desde 2007, atua como membro do Conselho Deliberativo da SBD, onde também colaborou como assessor do Departamento de Cosmiatria (2015-2016), assessor do Departamento de Laser e Tecnologias (2018-2019), e membro da Comissão do Título de Especialista (TED), desde 2016. Participa como membro da Câmara Técnica em Dermatologia do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), desde 2013.

•    Segundo-secretário – Beni Grinblat
Concluiu graduação em Medicina na Universidade de São Paulo (USP) e residência médica em Dermatologia no Hospital das Clínicas da FMUSP. Atuou com secretário da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), na Gestão 2017-2018, e secretário da SBD Regional São Paulo, na Gestão 2019-2020.  Integrou a Câmara Técnica de Dermatologia do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). É médico colaborador do Ambulatório de Terapia Fotodinâmica do HCFM-USP e coordenador do curso de pós-graduação em Oncodermatologia, no Hospital Albert Einstein.

 


5 de janeiro de 2021 0

Ações institucionais

Os 10,2 mil associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) passam a contar a partir da próxima semana com uma sala especialmente preparada para realização de cursos e treinamentos à distância. Também poderá ser utilizada para cursos presenciais de pequeno porte, inclusive com a possibilidade de transmissão simultânea. O espaço, construído pela Gestão 2019-2020, é mais um investimento que auxiliará na capacitação e qualificação dos profissionais.

A entrega da SBD Derma Class – sala de treinamento prático e de educação à distância da Sociedade Brasileira de Dermatologia – acontecerá na próxima terça-feira (22), a partir de 19h30, com a realização de uma aula inaugural, transmitida online pela plataforma exclusiva dos associados. O apoio nessa primeira atividade é do laboratório Galderma.

Atividade – Na oportunidade, o professor Daniel Coimbra, do Rio de Janeiro, fará uma apresentação sobre o tema Bioestimulador no tratamento da face e pescoço, com realização de um painel de procedimento ao vivo.  Na atividade, participará Alessandra Romiti, do Departamento de Cosmiatria da SBD, como moderadora.  A atividade será coordenada pelo presidente da entidade, Sérgio Palma, e o diretor-Financeiro, Egon Daxbacher.  

A sala de procedimentos foi montada ao longo de 2020 e conta com equipamentos modernos para realização de procedimentos, bem como infraestrutura de audiovisual de última geração para transmissão de eventos. Com esse aparato, será possível realizar sessões práticas, com visualização em qualquer canto do país.

“Terminamos o ano com mais essa conquista para a SBD. Essa sala era um projeto da Gestão 2019-2020 que, antes mesmo da pandemia, já apostava nas tecnologias de comunicação à distância para ampliar o alcance da capacitação dos especialistas. Esse espaço será bem utilizado, ajudando a trazer ainda mais eficiência e segurança ao ato dermatológico”, disse Sérgio Palma.

 

 


5 de janeiro de 2021 0

Assuntos institucionais

Trabalho intenso, contínuo e transparente foram as marcas da gestão da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) durante o biênio 2019-2020. Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) transmitida na manhã de domingo (13/12), por meio da plataforma Zoom, a Diretoria Executiva da entidade assinalou os destaques dos dois anos de trabalho, prestou contas das atividades do período e conduziu votações de propostas de alteração de parágrafos do estatuto e do relatório de tesouraria de 2019.

O presidente da SBD, Sérgio Palma, agradeceu a experiência única de estar à frente da sociedade de 2019 a 2020 e pontuou as inúmeras iniciativas comandadas pela Sociedade em favor dos 10,2 mil associados e da segurança dos pacientes. Também fez elogios e agradecimentos aos diretores e ao staff a SBD.

“Foi um prazer e um privilegio trabalhar ao lado dessa diretoria ética, idônea e transparente e de todos os nossos funcionários e colaboradores. Durante o mandato, tivemos como foco a responsabilidade para o alcance dos resultados, sempre inovando, avançando e reforçando nosso compromisso com a SBD, com a especialidade e com a medicina”, disse.

Relatório – Palma detalhou diferentes processos de trabalho em áreas como defesa profissional; ações de educação continuada; produção científica; comunicação estratégica; atuações político-institucional – seja no âmbito do Judiciário, no Congresso Nacional ou em parceria com outras entidades médicas –; aperfeiçoamento dos fluxos administrativos; entre outros, mostrando os benefícios atingidos em cada setor.

Para que os associados tenham acesso às realizações da gestão, será enviado até o fim de dezembro um relatório online contendo todos os detalhes do trabalho implementado desde janeiro de 2019. Todos os diretores da SBD participaram da reunião. Em estúdio montado no Rio de Janeiro (RJ), além do presidente, estavam a secretária-geral, Claudia Carvalho Alcântara Gomes, e o diretor-financeiro, Egon Daxbacher. À distância, acompanharam a assembleia, o 2º secretário, Leonardo Mello, a secretária-Geral, Flávia Bittencourt, e o vice-presidente, Mauro Enokihara.  


A secretária-geral Claudia Carvalho Alcântara Gomes (RJ) representou a diretoria eleita no biênio 2021-2022

Cargos – Na parte final, da assembleia, o presidente da SBD, Sérgio Palma, deu posse aos membros da Diretoria Executiva para a Gestão 2021-2022: o presidente Mauro Yoshiaki Enokihara (SP); o vice-presidente Heitor de Sá Gonçalves (CE); o tesoureiro Carlos Baptista Barcaui (RJ); a secretária-geral, Claudia Carvalho Alcântara Gomes (RJ); o primeiro secretário, Geraldo Magela Magalhães (MG); e o segundo secretário Beni Grinblat (SP).

“Desejamos muito sucesso e que seja uma gestão profícua. Estaremos todos inseridos na continuidade desse trabalho. Tenho certeza de que a SBD vai continuar seu desenvolvimento, avançando em projetos que não conseguimos concluir por conta da pandemia de Covid-19, trazendo um novo olhar, uma nova cara da gestão, mas acima de tudo, pensando na saúde dos nossos pacientes, na medicina como um todo, fortalecendo nossa especialidade e instituição”, pontuou Palma.

Por sua vez, Enokihara disse o trabalho só está começando e que haverá seguimento nas ações da SBD. “Fizemos questão de colocar o nome da chapa de Consolidar e Avançar para que possamos dar continuidade a todo o trabalho realizado e também avançar de alguma maneira. Lembro de que nós só estamos de passagem e a Sociedade permanecerá, por isso durante este tempo desejamos trabalhar proficuamente para o bem da nossa especialidade e da instituição. Muito obrigado a todos que colaboraram para que, neste dia 13 de dezembro, pudéssemos estar aqui tomando posse, para em janeiro iniciar da melhor forma os trabalhos programados para os próximos dois anos”, assinalou.


5 de janeiro de 2021 0

Destaque

Dois anos de trabalho e muitas conquistas marcaram a Gestão 2019-2020 da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). As iniciativas e realizações constam no relatório das atividades realizadas durante esse período, apresentado nesta quarta-feira (30) aos diretores e associados da instituição. O documento – composto por 11 capítulos e 68 páginas – detalha as principais ações conduzidas ao longo dos últimos 24 meses. Entre elas, destacam-se as articulações em favor da defesa profissional, a participação da entidade em audiências públicas no Congresso Nacional e o estímulo à educação continuada e à produção de conhecimento.

Acesse aqui a íntegra do Relatório da Gestão 2019-2020

“Foi por vocês que fomos ao Congresso Nacional, em reuniões e audiências públicas, para falar da importância da dermatologia e da necessidade de se respeitar o ato médico. Esse mesmo ímpeto nos fez buscar nos tribunais das mais diferentes instâncias a proteção de nossos direitos, enquanto médicos e pacientes, lutando contra as tentativas de invasão de competências”, diz trecho da mensagem do presidente da SBD, Sérgio Palma, no documento.

Em sua mensagem de despedida do cargo, o presidente Sérgio Palma fez agradecimentos aos outros diretores. “Expresso gratidão profunda aos membros da diretoria executiva da SBD na Gestão 2019-2020: Leonardo Mello Ferreira, do Espírito Santo; Flávia Vasques Bittencourt, de Minas Gerais; Egon Daxbacher e Cláudia Carvalho Alcantara Gomes, ambos do Rio de Janeiro. De modo especial, faço menção ao vice-presidente Mauro Enokihara, de São Paulo, que assume o comando da SBD no período 2021 a 2022. A ele e sua diretoria, manifesto meu apoio integral e convido cada um de vocês, nossos colegas, a fazerem o mesmo”, destacou.

Para o diretor financeiro da SBD, Egon Daxbacher, a Gestão 2019-2020 conseguiu cumprir as metas estabelecidas com ética, idoneidade, transparência e responsabilidade, cujo resultado alcançado “se materializou no fortalecimento da instituição, minimizando perdas e custos e aumentando a receita”, declara.

Iniciativas – Logo no início do relatório, no capítulo Responsabilidade e Transparência, são delineadas iniciativas relacionadas à condução operacional e logística da SBD, destacando-se a modernização dos processos, a ampliação do leque de serviços oferecidos aos associados e o manejo racional dos recursos disponíveis. Também é apresentado o cuidado da diretoria da Gestão 2019-2020 em promover um uso racional dos recursos da entidade.

Destaque para o lançamento do novo aplicativo da SBD, que veio com o objetivo de facilitar uma série de transações; a anuidade sem reajuste, em 2020 e em 2021; a modernização dos sistemas e fluxos internos; a oferta de vantagens e benefícios aos associados; e a nova plataforma online.

Outra frente de atuação da Gestão 2019-2020 foi o investimento contínuo na avaliação de serviços de ensino e pesquisa em dermatologia do País. Por meio da Comissão de Ensino da entidade, chancelou a atuação de 90 centros de residência e especialização (lato sensu) credenciados, distribuídos em 21 estados e no Distrito Federal.

No Relatório da Gestão 2019-2020, também são apresentadas iniciativas, como a atuação da entidade em busca da qualificação dos serviços credenciados da SBD, com incursões junto ao Ministério da Educação e à Comissão Nacional de Residência Médica, além da organização de uma série de cursos e eventos que permitiram a atualização técnica e científica dos dermatologistas brasileiros.

Cursos e eventos – O trabalho da SBD, no período analisado, foi implementado com a ajuda de cursos, congressos, simpósios e webinares com o intuito de promover o compartilhamento ininterrupto de conhecimentos e informações. Esse esforço teve continuidade mesmo diante das orientações sanitárias por conta do novo coronavírus, o que incluiu medidas de distanciamento social.

Para contornar esse desafio, a SBD desenvolveu estratégias inovadoras para oferecer atualização de conhecimentos, realocando investimentos e priorizando instrumentos de educação à distância (EAD). Entre 2019 e 2020, a entidade participou diretamente da organização de 17 eventos. Os encontros, que contaram com programação preparada com o que há de mais recente em termos técnicos e científicos, cumpriram seu papel de manter os associados atualizados.

Contudo, a entidade foi além. Estimulou a produção de documentos, artigos, livros, cartilhas, consensos. Tudo para que os profissionais tivessem acesso a conhecimento científico sólido e confiável. Todas as publicações estão no site da instituição disponível para acesso dos associados.

Defesa Profissional – O período entre 2019 e 2020 foi marcado por atuação intensa da SBD no campo da defesa profissional. Capitaneados pela diretoria-executiva, lideranças e colaboradores da entidade contribuíram em diferentes frentes com o objetivo de preservar a saúde e o bem-estar dos pacientes por meio da manutenção de critérios de qualidade, eficiência e segurança no exercício da especialidade.

Nos últimos anos, a entidade apresentou centenas de denúncias e ações na Justiça em desfavor de profissionais não médicos e conselhos de classe em todo território brasileiro. Mas a defesa profissional da entidade não se limitou ao trabalho realizado no Judiciário e no Legislativo. Essa atuação envolveu ainda participação relevante em debates onde a SBD atuou como porta-voz da dermatologia e dos pacientes, encaminhando demandas específicas ao Ministério da Saúde, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e outras instâncias.

Comunicação – De forma complementar, como demonstra o relatório, entre 2019 e 2020, a SBD produziu conteúdos informativos disponibilizados em seus canais próprios de comunicação (site e redes sociais) e pela grande imprensa (nacional e regional). A Gestão também promoveu várias campanhas que fortaleceram a imagem da instituição.

Todas as iniciativas abordaram temas relacionados à dermatologia, focando as medidas de prevenção e de tratamento precoces, bem como o debate sobre o aspecto social envolvido em diferentes transtornos. Além disso, desde o início da pandemia, a SBD tem acompanhado a evolução dos acontecimentos por meio de seus departamentos e comissões técnicas e científicas. Atenta aos acontecimentos e comprometida com a oferta de orientações aos seus associados, em março, a SBD colocou no ar uma página especial, onde agrupou uma série de informações relevantes sobre a Covid-19 para os médicos.

 


12 de novembro de 2020 0


O presidente da SBD, Sérgio Palma, entre os coordenadores e assessores do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD

Sucesso de audiência neste ano, o tradicional Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) pode sofrer as consequências da Covid-19 na sua próxima edição, prevista para maio de 2021. No que acaba de ser realizado, de 6 a 8 de novembro, as atividades aconteceram de modo online, inclusive com a participação à distância de convidados internacionais, coordenadas a partir de um estúdio montado especialmente para o evento. Contudo, o alto nível de participação e a boa avaliação do evento levam os organizadores a pensar num modelo híbrido no futuro, mesmo após o fim da pandemia.

“Temos aprendido com os novos tempos. Até o início de 2020, não tínhamos experiências na realização de grandes encontros, com a participação de congressistas e convidados à distância. Porém, a Covid-19 nos levou a buscar alternativas, inclusive por conta de avanços tecnológicos. A experiência tem nos mostrado ser possível manter a qualidade dos eventos. Talvez a solução esteja em conciliar o melhor do presencial e do remoto”, disse o presidente da SBD, Sergio Palma, um dos coordenadores do V Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas.


A coordenadora e a assessora do Departamento de Cabelos e Unhas, Robertha Carvalho de Nakamura e Tatiana Villas Boas Gabbi, respectivamente, comandaram mesa que discutiu os exames microscópicos com a participação dos especialistas Adam Ruben (EUA); Josette Andre (Bélgica) e Alexandre Michalany (SP)

Exposições – Em 2020, o Simpósio contou com cerca de mil inscritos e 60 palestrantes. Dentre os nomes que contribuíram com exposições e debates, se destacam a belga Josette Andre, ex-presidente do European Nail Society; a polonesa Lidia Rudnicka, presidente da Polish Dermatological Society; e o alemão Eckart Haneke, um dos maiores especialistas em unhas do mundo.

As atividades, que foram também organizadas por Leonardo Spagnol Abraham e Robertha Carvalho de Nakamura – ambos coordenadores do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD – , buscaram promover discussões aprofundadas sobre alguns dos tópicos mais relevantes nas áreas, inclusive envolvendo a incorporação de novas terapêuticas à prática nos consultórios. Na condução das diferentes sessões, seguindo nova lógica para estimular remotamente a participação dos dermatologistas, os expositores apresentaram casos clínicos e informações atualizadas sobre os temas, a partir do que há de mais recente na literatura científica.

“Conseguimos trazer nomes de peso, tanto nacionais quanto internacionais, e promovemos debates importantíssimos, com todos participando, mesmo à distância. O professor Nilton Di Chiacchio, por exemplo, palestrou no módulo sobre onicocriptose. Após apresentar vários casos clínicos, ele questionou outros palestrantes sobre quais condutas tomariam. Isso fomentou debate que envolveu todos os participantes.  Essa era a nossa proposta. Apesar de ter sido uma experiência nova, a dinâmica funcionou muito bem. Estamos muito contentes com o resultado”, ressaltou Robertha Carvalho de Nakamura.


Os dermatologistas Rodrigo Pirmez (RJ), Fabiane Andrade Mulinari Brenner (PR), Paulo Müller Ramos (PR) e o coordenador da mesa Leonardo Spagnol Abraham (DF) responderam às diversas questões sobre hot topics em alopecia androgenética, como o manejo do Minoxidil, os novos antiandrógenos e as terapias alternativas na alopecia androgenética

Além dos temas relacionados a unhas, a programação focada em cabelos, dentro do Simpósio, também chamou a atenção. Entre os assuntos colocados em perspectiva, tiveram destaque os antiandrôgenos nas alopecias: a interface dermatologia, urologia e mastologia; o impacto da pandemia nas diversas tricoses; e o lançamento do primeiro Consenso Brasileiro de Alopecia Areata. Debate sobre a visão atual dos alisantes no Brasil, que contou com a participação de um representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também foi acompanhado com atenção.

“Apesar dos riscos, o formol continua sendo utilizado de forma irregular em salões de beleza. Já foram encontrados traços da substância em vários procedimentos, como as chamadas escovas inteligente, marroquina, egípcia, de chocolate, selagem, botox capilar etc”, lembrou Leonardo Spagnol Abraham, ao comentar o assunto, que continua sendo monitorado pela SBD.

Lembrando que as aulas do Simpósio foram gravadas e ficarão disponíveis em plataforma exclusiva para serem assistidas por 60 dias após o evento. Dessa forma, você poderá rever os temas de que mais gostou ou que não acompanhou ao vivo no momento da apresentação. Em breve, a SBD anunciará em seus canais de comunicação a data em que o conteúdo será disponibilizado aos congressistas.

 


5 de novembro de 2020 0

Assuntos institucionais

Desde abril, a SBD tem promovido uma série de encontros online, o SBD Live. A atividade contempla em uma plataforma digital exclusiva diversos assuntos da dermatologia, com a participação de renomados especialistas para debater sobre os avanços e as atualizações na área.

“A missão do projeto SBD Live é disseminar conhecimento e contribuir para o aprimoramento dos dermatologistas brasileiros, especialmente nesse período de crise. Essa é mais uma iniciativa da diretoria e dos Departamentos Científicos pela valorização dos associados. De forma geral, temos registrado audiência e repercussões bastante positivas. Por isso, convidamos todos os especialistas a continuar prestigiando as lives semanais da SBD”, afirma o presidente da SBD, Sérgio Palma, que atuou como moderador na maioria dos encontros.

Até então foram realizados 22 webinares − na última edição do JSBD mostramos o resumo dos onze primeiros. Neste número, você saberá um pouco mais sobre o que aconteceu nas lives realizadas de agosto a novembro. Quem perdeu ou deseja rever os debates basta acessar a plataforma de webinares da SBD.


#SBD Live 12 No início de agosto, a SBD promoveu o debate sobre as tecnologias fracionadas. O ponto central do encontro, em parceria com a Lummex Medical Devices, comparou o uso de tecnologias fracionadas no tratamento de estrias, cicatrizes, envelhecimento e outros problemas da pele. Participaram a coordenadora do Departamento de Lasers e Tecnologias da SBD, Taciana Dal’Forno Dini; a chefe do Ambulatório de Lasers do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), Juliana Jordão; e a coordenadora do Ambulatório de Cosmiatria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luiza Pitassi. Após as apresentações, os especialistas esclareceram as diferentes dúvidas encaminhadas pelos espectadores da live. Dentre as questões respondidas destacaram-se a diferença entre os resultados da luz intensa pulsada e do laser fracionado ablativo no tratamento de estrias; uso do laser para rejuvenescimento facial em pacientes com melasma e a utilização da radiofrequência cirúrgica.
Saiba mais em: http://www.sbd.org.br/noticias/tecnologias-fracionadas-sao-comparadas-na-12-edicao-do-sbd-live/.

#SBD Live 13 A live do dia 11 de agosto orientou dermatologistas na retomada dos atendimentos em consultório, com ênfase na realização de procedimentos estéticos. A atividade contou com o patrocínio da Allergan Aesthetics. No encontro, a professora adjunta de dermatologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Daniela Antelo reforçou a necessidade de estabelecer protocolos de pré-atendimento, no intuito de fornecer, por meio das tecnologias digitais de comunicação, indicações úteis aos pacientes, como a obrigatoriedade do uso de máscaras. Já o assessor do Departamento de Lasers e Tecnologias da SBD Geraldo Magalhães Magela comentou aspectos de biossegurança para o médico e demais colaboradores, abordando o uso e manuseio de EPIs em procedimentos cosmiátricos com injetáveis, lasers e demais tecnologias. A live também teve a participação do presidente da SBD, Sérgio Palma, que fez a abertura do encontro. No final das apresentações, os especialistas responderam às questões encaminhadas pelos espectadores da live, entre elas: o que fazer quando o paciente chega ao consultório com febre; durabilidade das máscaras N95; e realização de procedimentos com tecnologias ablativas. Saiba mais em: http://www.sbd.org.br/noticias/covid-19-seguranca-na-retomada-dos-atendimentos-dermatologicos-e-discutida-em-nova-edicao-do-sbd-live/.

#SBD Live 14 O uso de injetáveis foi o tema da live realizada no dia 26 de agosto. Na moderação do encontro, o presidente Sérgio Palma ressaltou a importância da boa relação entre médico e paciente antes de realizar qualquer procedimento estético. Os associados puderam se aprofundar no assunto e tirar dúvidas com a coordenadora e duas assessoras do Departamento de Cosmiatria da SBD, Alessandra Romiti, Sylvia Ypiranga e Patricia Ormiga, respectivamente. Ao final das apresentações, os especialistas responderam ainda às perguntas dos espectadores sobre escolha de ácido hialurônico; utilização de cânula de preenchimento; uso da toxina botulínica no contorno facial; entre outros temas. Saiba mais em: http://www.sbd.org.br/noticias/no-14-sbd-live-dermatologistas-discutem-o-uso-de-injetaveis-e-a-importancia-da-relacao-medico-paciente/.

#SBD Live 15 O encontro ocorrido no dia 1º de setembro, reuniu a dermatologista Débora Ormond, membro da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD e da Câmara Técnica de Dermatologia do CFM; a advogada Mariely Ferreira Macedo, coordenadora do Departamento Jurídico do Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso (CRM-MT); o 3º vice-presidente do CFM e coordenador do processo de revisão do Manual de Publicidade Médica da Codame, Emmanuel Fortes; o consultor jurídico da SBD, Alejandro Bullon; além do presidente da SBD, Sérgio Palma, para a discussão sobre defesa profissional e marketing médico. A edição ofereceu atualização de conhecimento aos associados durante a vigência das medidas de distanciamento social, impostas pela pandemia de Covid-19 e estimulou o debate em torno de questões relacionadas às regras de publicidade e propaganda médicas. A promoção de produtos cosméticos dentro das clínicas; uso de redes sociais no marketing médico; divulgação de resultados sensacionalistas; exposição de dados de pacientes na internet foram alguns temas em pauta. Saiba mais em: http://www.sbd.org.br/noticias/em-live-a-sbd-recolhe-subsidios-para-levar-propostas-para-revisao-de-regras-de-publicidade-medica/.

#SBD Live 16 Com o tema “Nutroterapia do envelhecimento cutâneo”, a edição realizada no dia 8 de setembro contou com palestras da assessora do Departamento de Cabelos e Unhas Tatiana Gabbi; e da assessora do Departamento de Dermatologia Geriátrica Marcelle Nogueira. A moderação foi feita pelo presidente da entidade, Sérgio Palma. No início de sua apresentação Tatiana Gabbi falou sobre o expossoma. Segundo a especialista, desde o nascimento até a morte somos expostos a diversos fatores internos e externos que influenciam as funções biológicas e mecânicas de todos os nossos órgãos. Na sequência, Marcelle Nogueira falou sobre a importância de buscar a segurança para o paciente em relação ao tratamento de antienvelhecimento. A oxidação, ela explicou, serve para uma série de sinalizações intracelulares importantes para processos vitais. O encontro contou com o patrocínio da Nestlé Healthy Science. Saiba mais em: http://www.sbd.org.br/noticias/na-16-edicao-do-sbd-live-participantes-discutiram-a-influencia-da-nutroterapia-no-envelhecimento-cutaneo/.
 
#SBD Live 17 A décima sétima edição do SBD Live, realizada em 15 de setembro, debateu os conceitos gerais, a barreira cutânea e o microbioma na dermatite atópica. No mês de setembro, cabe lembrar, a SBD realizou uma série de ações relativas à dermatite atópica, cujo dia mundial, 14 de setembro, foi comemorado. Participou dessa live a assessora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD Clarissa Prati. Após as exposições da convidada, o diretor financeiro da SBD, Egon Daxbacher, juntamente com o presidente da entidade, Sérgio Palma, mediou as questões enviadas pelos espectadores. Entre os tópicos abordados com a especialista, estão questões como, orientações sobre o banho; uso de hipoclorito de sódio; qual sabonete syndet é mais adequado para qual momento; o uso de probióticos; a alergia alimentar e a DA; e quais óleos usar pré e pós-banho. Saiba mais em: http://www.sbd.org.br/noticias/17-edicao-do-sbd-live-aborda-os-conceitos-gerais-a-barreira-cutanea-e-o-microbioma-na-dermatite-atopica/.
 
#SBD Live 18 Aspectos da imunologia da dermatite atópica (DA) foram debatidos na 18ª edição do SBD Live, ocorrida no dia 22 de setembro. Caracterizada por lesões e erupções na pele a doença afeta a qualidade de vida do paciente e pode estimular problemas como insônia, ansiedade e depressão. A iniciativa recebeu o apoio da AbbVie. A aula expositiva foi conduzida pela dermatologista Ana Paula Galli Sanchez, e a mediação pelo professor adjunto de dermatologia da Santa Casa de Curitiba e coordenador do JSBD, Caio de Castro, e pelo presidente da SBD, Sérgio Palma. De acordo com Ana Paula, a DA está geralmente associada a níveis elevados de IgE no sangue e pode ocorrer simultaneamente com outras doenças inflamatórias do tipo 2, tais como a asma e a rinite alérgica. A especialista citou estudos que destacam outros subtipos de LT (além dos LTh2) responsáveis pela manutenção do processo inflamatório, como os LTh22. Além disso destacou que na dependência da idade, da fase do processo inflamatório e da etnia do paciente, os LTh17 e os LTh1 podem participar da resposta imunológica. Saiba mais em: http://www.sbd.org.br/noticias/aspectos-da-imunologia-da-dermatite-atopica-foram-debatidos-na-18-edicao-do-sbd-live/.

#SBD Live 19 Em live aberta ao público, especialistas da SBD elucidaram mitos e verdades sobre a dermatite atópica no encontro promovido em 23 de setembro, Dia de Conscientização sobre a doença. A iniciativa contou com o apoio da AbbVie e teve transmissão ao vivo pelo canal do Youtube da SBD. Milhares de pessoas assistiram à apresentação com a participação da assessora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD Clarissa Prati, do dermatologista Guilherme Muzi e do presidente da SBD, Sérgio Palma, que atuou como moderador da conversa. O presidente abriu o debate salientando que ao longo daquele mês a SBD promoveu ampla campanha sobre a doença em todos os seus canais de comunicação “a fim de sensibilizar os brasileiros para esse problema. A dermatite atópica pode atrapalhar muito a qualidade de vida dos pacientes quando não é adequadamente acompanhada”, observou. Durante o bate-papo, foram abordados diversos mitos e verdades, e durante as apresentações discutidas questões como a relação entre o estresse e a DA; se só crianças apresentam a doença; as manifestações da doença de acordo com a faixa etária; o elo entre DA e infecções de vias aéreas superiores; a necessidade de dietas restritivas. Também se falou sobre a relação entre o clima e a DA; a confusão entre dermatite e eczemas; manifestações no couro cabeludo; e o tratamento da doença em peles negras, entre outros assuntos. Saiba mais em: http://www.sbd.org.br/noticias/em-live-aberta-ao-publico-especialistas-da-sbd-elucidam-mitos-e-verdades-sobre-a-dermatite-atopica/.

#SBD Live 20 Especialistas debateram proteção solar e antioleosidade na 20a edição do SBD Live, em 29 de setembro. Em formato de simpósio patrocinado, a atividade reuniu Marco da Rocha, preceptor do Ambulatório de Cosmiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Sérgio Schalka, diretor clínico do Medcin − Instituto da Pele; e Cristina Vendruscolo, gerente científica da Nivea Brasil.
 
#SBD Live 21 Casos desafiadores de melanoma ganharam destaque na live do dia 13 de outubro. A atividade levou aos espectadores atualização científica com base na exposição de casos clínicos reais, de difícil resolução, verificados no dia a dia do consultório de especialistas com ampla experiência no diagnóstico precoce do câncer da pele. A mediação das explanações técnicas ficou sob responsabilidade do vice-presidente da SBD e presidente da próxima gestão da entidade, Mauro Enokihara. Também participaram do evento compondo a mesa de debate: Flávia Bittencourt, 1ª secretária da SBD e chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG); Mariana Dias Batista, membro do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e da Beneficência Portuguesa de São Paulo; e Tatiana Cristina Blumetti, médica assistente do Núcleo do Câncer de Pele do Hospital AC Camargo Cancer Center.

#SBD Live 22 A vigésima segunda edição do projeto SBD Live destacou o rejuvenescimento da região periorbitária com laser e tecnologias. A moderação esteve a cargo do presidente da SBD, Sérgio Palma, e da coordenadora do Departamento de Lasers e Tecnologias da entidade, Taciana Dal’Forno Dini. Na condução das explanações científicas, participaram Rachel Garcia (RS) e Shirlei Borelli (SP), médicas que possuem grande expertise no manejo de tecnologias em tratamentos faciais.

#SBD Live 23 Um novo debate científico sobre o melanoma marcou a primeira semana de novembro do SBD Live. Conduziram as explanações técnicas o professor associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Carlos Barcaui; a dermatologista do A. C. Camargo Cancer Center, Adriana Mendes; e o cirurgião oncológico e o oncologista clínico do Hospital Sírio Libanês, respectivamente Francisco Belfort e Rodrigo Munhoz. A coordenação do encontro ficou sob a responsabilidade do vice-presidente da SBD, Mauro Enokihara.

 

 


29 de outubro de 2020 0

Cinco milhões de brasileiros que vivem com psoríase passam a contar, a partir de agora, com um novo fluxograma de tratamento e um delineamento atualizado nas estratégias para ajustes em suas terapias. O documento, elaborado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), orientará o manejo dos pacientes com essa doença em diferentes fases de cuidados, prevendo a incorporação de avanços científicos e tecnológicos ocorridos ao longo dos últimos oito anos, data da edição de texto anterior (2012).

Do total de pessoas com diagnóstico de psoríase em torno de 3,7 milhões (73,4%) têm sua qualidade de vida comprometida. Isso em decorrência de manifestações dessa doença na pele que comprometem movimentos, causam desconforto e geram exposição dos portadores a situações de preconceito por conta de desconhecimento da população. Para o presidente da SBD, Sérgio Palma, muitos pacientes desenvolvem quadros de depressão e outros transtornos de saúde mental devido à reação de alguns diante das lesões.  “Por isso, é essencial levar informações sobre a psoríase e suas implicações aos brasileiros. É o que a SBD fez em campanha recém encerrada sobre o tema”, destacou.

Medicamentos – Entre as mudanças que são trazidas pelo Consenso Brasileiro de Psoríase 2020 e Algoritmo de Tratamento da SBD estão a definição de novos desfechos, de metas de tratamento e de critérios de gravidade, bem como o uso de medicamentos imunobiológicos. Essas substâncias terapêuticas consideradas de última geração têm grande eficiência no tratamento de doenças autoimunes, como é o caso da psoríase. Produzidos por sistemas biológicos vivos, com estrutura molecular complexa, de alto peso molecular e homóloga às proteínas humanas, esses medicamentos são capazes de atuar em locais específicos das vias imunológicas e inflamatórias.

O Consenso da SBD servirá como referência para formulação de protocolos de atendimento e de políticas públicas voltadas aos pacientes com psoríase – de moderada à grave, apostam os dirigentes da entidade. Segundo Sérgio Palma, esse documento terá grande repercussão nas práticas adotadas em serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela área privada, com a incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias. “Por meio dele, fica estabelecido um parâmetro moderno de assistência para pessoas com psoríase, o qual deve ser agregado à prática clínica para trazer maior efetividade, segurança e conforto no manejo dessa doença que não tem cura, mas que, com as orientações e suporte terapêutico corretos, pode causar menos desconforto aos seus portadores”, disse Palma.

Doença – Grande parte da população ainda desconhece a psoríase. Trata-se de uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações, de caráter imunomediado e não contagioso, que afeta cerca de 125 milhões de indivíduos em todo o mundo. Pelo menos 5 milhões estão no Brasil. Lesões nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e genitais são as manifestações clínicas mais comuns.

“Entende-se que os cuidados com portadores de psoríase, principalmente os mais jovens, devem ser entendidos como tema prioritário para a agenda pública de saúde. Por conta de seu caráter sistêmico, essa doença, antes vista como agravo de pele, passou a ser relacionada a doenças do sistema cardiovascular, ou seja, o portador tem maior risco de desenvolver outros transtornos. Por isso, esse Consenso deve ser um instrumento de consulta voltado a quem enfrenta essa doença, seja como paciente ou como médico assistente responsável”, disse o dermatologista Ricardo Romiti, professor da Universidade São Paulo (SP) e responsável pela publicação.

Epidemiologia – Na avaliação dos especialistas da SBD, no Brasil, a composição étnica, aumento da longevidade, além de características climáticas e de insolação podem implicar em dados epidemiológicos únicos e diferentes prevalências regionais de psoríase. Essas características também influenciam, no País, as manifestações graves dessa doença e sua resposta às terapêuticas disponíveis.

Dados recentes da SBD estimam a prevalência da psoríase, no Brasil, em 1,31% da população, sendo 1,15%, em mulheres; e 1,47%, em homens. Houve, ainda, a identificação de um aumento da prevalência de psoríase quanto à faixa etária: abaixo dos 30 anos, de 0,58%; entre 30 e 60 anos, de 1,39%; e entre maiores de 60 anos, 2,29%. As regiões do país também diferem quanto à prevalência da doença, com maiores indicadores nas regiões Sul e Sudeste, em contraste com Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

O tratamento desse transtorno visa a redução do desconforto que causa. Em pacientes com quadros leves, o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT), do Ministério da Saúde, ainda em vigor, orienta a prescrição de medicamentos externos, como cremes e pomadas com corticosteroides, calcipotriol e ácido salicílico. Nos casos moderados e graves, a opção prioritária é a fototerapia ultravioleta B (UVB) ou ultravioleta A (PUVA), assim como medicamentos orais sistêmicos. A SBD inova ao propor que seja agregado ao PCDT os chamados imunobiológicos e terapias-alvo, considerados os tratamentos mais modernos, pois atuam como anticorpos, bloqueando a proteína que causa a inflamação.

Apesar de não ter cura, é possível reduzir o aparecimento de episódios da doença em seus portadores, alertam os especialistas. Para tanto, recomenda-se a adoção de hábitos de vida saudáveis, como: alimentação equilibrada, prática de atividade física, não fumar e evitar situações de estresse emocional. Também é recomendado o uso de hidratante e controlar a exposição diária ao sol. No entanto, alerta Ricardo Romiti, “é essencial sempre contar com suporte de médico dermatologista para fazer o diagnóstico e acompanhar o paciente para fazer ajustes na terapêutica, caso necessário”.

O Consenso Brasileiro de Psoríase 2020 e Algoritmo de Tratamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia foi elaborado sob a coordenação dos especialistas Sérgio Palma (PE), Ricardo Romiti (SP), André Vicente E. de Carvalho (RS) e Gleison V. Duarte (BA). O documento tem 35 capítulos e reúne a produção de 80 colaboradores, que fizeram a estratificação de níveis de evidência e seu grau de recomendação sobre diferentes tópicos relacionados à doença.


23 de outubro de 2020 0

Entrevista

Considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos maiores riscos à saúde no mundo, os movimentos antivacinas têm tomado proporções inimagináveis – ao contrário do que ocorre em países europeus e nos Estados Unidos, não existe um movimento antivacina estruturado no Brasil, mas sim fragmentado e impulsionado pelas redes sociais. E em tempos de pandemia do novo coronavírus e de retorno de doenças já controladas, como o sarampo e a febre amarela, a ideia de que alguém ou um grupo possa ser contrário à imunização é um risco para a população mundial. Essa situação, contudo, tem acontecido com frequência. E uma das causas é a forte concorrência entre informações oficiais sobre problemas de saúde pública e as fake news (notícias falsas) que desacreditam a eficácia e segurança das vacinas. No entanto, sem as vacinas, possivelmente não estaríamos vivos em um mundo repleto de doenças.

A dermatologista Cecília Bortoletto, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que, embora muito se fale sobre o assunto de alguns anos para cá, essa oposição às vacinas não é exatamente um fenômeno recente – na realidade, teve início com a introdução da vacina de varíola no final do século 18. “Trabalhos recentes mostram que as crenças e os argumentos dos movimentos antivacinas mantiveram-se inalterados nos dois últimos séculos, mas as mídias sociais facilitaram a disseminação das informações contra as vacinas. E apesar do grande impacto da ação preventiva na saúde individual e coletiva, o número de indivíduos que questiona sua importância e se recusa a ser vacinado ou a vacinar seus filhos tem aumentado nos últimos anos”, pontua.
 
No Brasil, embora não existam dados precisos que mostrem a quantidade de pessoas ou grupos que tenham aderido ao movimento, a preocupação com seu impacto entre os profissionais de saúde é crescente. Cecília menciona que na página da Sociedade Brasileira de Pediatria de São Paulo, a infectologista Silvia Regina Marques, responsável pelo Departamento de Infectologia dessa instituição, comenta que “entre os possíveis fatores para a queda nas coberturas vacinais, estão a  falsa ideia de que não é mais preciso se vacinar, o desconhecimento dos esquemas vacinais recomendados, a falta de tempo e profissionais de saúde insuficientes para atender à demanda e sem a devida capacitação”. Silvia afirma, ainda, que a “atitude referente às vacinas varia de aceitação à recusa total, mas é, principalmente, no grupo intermediário a esses dois, o da hesitação, que nós, profissionais de saúde, devemos atuar para incrementar essas taxas de cobertura”.

Afinal, por que as vacinas têm sido mais temidas do que doenças? Podemos destacar alguns motivos, como a crise de confiança na ciência, nas instituições e no jornalismo como discurso da verdade. A busca pela informação com base em crenças, posicionamentos, desejos e preferências pessoais ou de grupos restritos está cada vez em mais em evidência na sociedade atual. Isso é explicado a partir das mídias sociais que criam bolhas afetivo-informacionais pautadas pela lógica do algoritmo: as pessoas buscam informações que reforcem seus preceitos, ainda que sejam mensagens com desinformação. Faz parte da dinâmica social contemporânea acreditar mais no que diz um membro da família, por exemplo, do que obter informações de fontes oficiais. Essa lógica atual baseada na experiência pessoal da realidade impede a compreensão da verdade como evidência científica. É sempre bom lembrar que respeitar a vacinação é responsabilidade coletiva, social e de respeito à vida.

A seguir, Cecília elucida um pouco mais o assunto e levanta, principalmente, a questão sobre como os médicos devem lidar com pacientes que não acreditam na importância das vacinas.

1. Como os médicos devem lidar com pacientes que declaram não pretender tomar vacinas?
Cecília Bortoletto: Os profissionais de saúde, especialmente os pediatras, que mantêm contato direto e frequente com pais, têm um papel fundamental na manutenção da confiança nas vacinas e são considerados a principal e mais confiável fonte de informação para os pacientes. O médico, na sua formação, é preparado para saber sobre anatomia, fisiologia, doenças e tratamentos, e na nossa formação na graduação aprendemos quais vacinas são necessárias, em quais períodos devem ser tomadas, quais seus efeitos colaterais e as consequências da não vacinação. Não podemos esquecer, porém, que os pacientes do século 21 não são os mesmos de 20 anos atrás. Cada vez mais nossos pacientes são participantes ativos na consulta médica, e muitas vezes já chegam nos nossos consultórios com uma lista de exames necessários para confirmar o diagnóstico feito pelo do “Dr. Google”, ou por meio de sites não médicos. Esse comportamento tem se tornado cada vez mais frequente nos últimos anos. Cabe a nós, profissionais da área da saúde, ouvir e esclarecer nossos pacientes se essas informações não científicas compartilhadas nas redes sociais são verdadeiras ou não, sempre nos baseando, é claro, em evidências científicas.

Na construção dessa nova forma de relação médico/paciente, mais do que nunca, precisamos ouvir nossos pacientes – no caso das crianças, seus pais – antes de julgar ou criticar, para que possamos, de fato, construir argumentos, aprimorando, assim, a forma de comunicação que poderá melhorar a confiança nos tratamentos que indicamos, incluído o que tange à necessidade da vacinação. O acolhimento durante a consulta é peça fundamental para que também possamos ser ouvidos pelo paciente.

 2. Que argumentos são imprescindíveis para abrir os olhos dos pacientes que pertencem ao movimento antivacina?
CB: Estar preparado para responder às dúvidas sobre as vacinas é fundamental. O profissional de saúde que foi vacinado, seus conhecimentos sobre o assunto e a sua própria confiança nas vacinas são fundamentais para orientar seu comportamento na indicação das vacinas aos seus pacientes. Em uma revisão de 185 artigos sobre hesitação vacinal entre profissionais da saúde feita em 2016, evidenciou-se que o conhecimento sobre as vacinas, sua eficácia e segurança constrói a confiança do profissional e suas indicações. Segundo a maioria dos artigos, o profissional adequadamente vacinado tem mais chance de prescrever vacinas. Por isso, é necessário conhecimento e educação continuada.
 
3. Além desse movimento, há também pessoas que se recusam a tomar vacinas em decorrência da religião. Como abordar um assunto tão sensível e mostrar a importância da vacina para essas pessoas?
CB: A recusa em receber vacinas por motivos religiosos parece ocorrer em grupos mais restritos. No livro do Professor Guido Levi Recusa de vacinas − causas e consequências, há um capítulo sobre esse tema. Dois fatos, especificamente dessa parte, chamaram minha atenção: um sobre uma epidemia de sarampo em 1994, nos estados de Missouri e Illinois, nos EUA, a partir de um caso em uma comunidade denominada Christian Science; e o caso dos fundamentalistas islâmicos do Taliban, que lançaram fatwas (pronunciamento legal no Islão, emitido por um especialista em lei religiosa, sobre um assunto específico) opondo-se à vacinação, o que levou a uma das maiores causas de falhas nas coberturas vacinais no Paquistão, Afeganistão e na Nigéria – estes grupos, aliás, estão entre os responsáveis pela ainda não erradicação da poliomielite no mundo, em decorrência da persistência de circulação endêmica do vírus nesses três países.
 
4. O que muda na relação médico/paciente quando um paciente se recusa, por exemplo, a seguir um tratamento que inclua vacinas, já que até em tratamentos para certas alergias as vacinas são indicadas?
CB: No artigo da pesquisadora Regina Célia de Menezes Succi “Recusa vacinal – o que é preciso saber”, ela menciona aspectos importantes da parte legal. No Brasil, uma lei federal de 1975, regulamentada por um decreto de 1976, dispõe sobre a organização das ações de vigilância epidemiológica, e o Programa Nacional de Imunizações estabelece, no parágrafo 27, que a vacinação é obrigatória em todo o território nacional. Esse mesmo decreto, no parágrafo 29, estabelece como dever de todo cidadão submeter-se, e os menores dos quais tenha a guarda ou responsabilidade, à vacinação obrigatória. Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que é dever da família assegurar a efetivação dos direitos à saúde, o que inclui a vacinação de rotina. Do ponto de vista da relação médico/paciente, parentes que se opõem à vacinação de seus filhos podem prejudicar seriamente essa relação, o que pode ser suficiente para permitir que o médico deixe de atender esse paciente (Código de Ética Médica, artigo 36). No caso de vacinas para tratamento de alergias, não ocorre a obrigatoriedade como no caso das vacinas do calendário vacinal e cabe ao médico e ao paciente, se não existe um consenso quanto à forma de tratamento (no caso da vacina), decidir se esse médico seria o mais adequado para atender esse paciente específico. Aqui, novamente, reforço que sem uma boa relação médico/paciente não conseguiremos mudar a maneira como aquele indivíduo enxerga o cuidado com a sua saúde ou a de seus filhos.      
 
5. Me parece que hoje os pacientes estão com mais medo das vacinas do que das doenças. E as fake news influenciam muito esse posicionamento… O que pensa sobre isso?
CB: Uma revisão sistemática publicada em 2020 mostra que as redes sociais têm papel muito importante na disseminação das informações falsas sobre as vacinas. Esses grupos desenvolvem seu próprio conteúdo sem qualquer evidência científica e confundem seus leitores, geralmente, utilizando histórias pessoais ou eventos supostamente ocorridos em crianças que teriam apresentado efeitos colaterais, o que acaba causando comoção em algumas pessoas e tendo maior impacto do que dados científicos fornecidos pelas agências de saúde. Essa revisão também mostra que, embora em menor número, esses grupos são muito mais ativos nas redes sociais do que grupos de pessoas a favor das vacinas – os grupos antivacinas geralmente utilizam os mesmos argumentos nos seus tweets ou posts (risco das vacinas, risco de autismo causado por algumas vacina e teorias de conspiração) e baseiam essas informações em "experiências pessoais".

Um relatório publicado pelo Center for Countering Digital Hate (organização não governamental que tem como objetivo romper a arquitetura de ódio e desinformação) e usado como referência para um artigo no Lancet identificou que 31 milhões de pessoas seguem grupos antivacinas no Facebook, e 17 milhões de pessoas estão inscritas em canais semelhantes no Youtube. Segundo o Professor Peter Hotez, reitor da National School of Tropical Medicine Baylor College of Medicine, os movimentos antivacinas ganharam força no mundo porque evoluíram de um grupo pequeno para se tornar um império na mídia com 500 websites impulsionados pelas redes sociais. Não é mais suficiente, portanto, que a comunidade científica se restrinja à comunicação por meio de artigos em revistas médicas; deve também utilizar a mídia e as redes sociais para divulgar informações verdadeiras e promover debates sobre as vacinas, especialmente neste momento tão delicado em que várias vacinas estão sendo testadas para o controle da pandemia do novo coronavírus
    
6. Na sua opinião, qual é a importância da imunização?
CB: A imunização foi considerada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) a maior conquista de saúde pública do século 20. Segundo a OMS, a vacinação é uma das formas mais eficientes, em termos de custo, para evitar doenças. Ela atualmente evita de dois a três milhões de mortes por ano, e outro 1,5 milhão poderia ser evitado se a cobertura vacinal fosse ampliada no mundo. Não podemos esquecer que sem as vacinas não teríamos erradicado a varíola; e que a poliomielite já poderia ter sido erradicada em todo mundo por meio da vacinação, caso ainda não ocorressem falhas nas coberturas vacinais no Paquistão, Afeganistão e na Nigéria.

Um estudo realizado em 2016, com 65.819 pessoas em 67 países, o Brasil entre eles, para verificar a percepção sobre segurança, eficácia e importância das vacinas, além de compatibilidade com crenças religiosas, revelou que a confiança nas vacinas de modo geral é alta, mas varia nas diferentes regiões – países da Europa apresentaram maiores níveis de respostas negativas sobre importância, segurança e eficácia das vacinas, e a França foi o país com maior taxa de sentimentos negativos em relação à segurança das vacinas (41%). Dos nove países avaliados nas Américas, o Brasil se colocou entre os que apresentaram melhores níveis de confiança nas vacinas. Apesar desses dados otimistas, temos alguns números preocupantes: uma pesquisa realizada no Brasil mostra que, entre 2016 e 2017, ocorreu queda de 20% na cobertura das vacinas contra poliomielite, hepatite A e meningocócica C, em relação a 2015. Já em 2018, os dados do DataSus mostram queda acentuada nos índices de coberturas vacinais no estado de São Paulo. Trazendo essas informações para a realidade atual, neste momento de insegurança com a pandemia do coronavírus, ocorrem dois fatos extremamente importantes: a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um comunicado informando que mais de 117 milhões de crianças em todo o mundo correm risco de não receber a vacina de sarampo durante a pandemia; e outro fato de extrema importância é o que irá ocorrer quando as vacinas de coronavírus estiverem à disposição da população. Portanto, se os movimentos antivacinas, por meio dos seus sites e das redes sociais, divulgarem informações falsas sobre as novas vacinas, será que conseguiremos imunizar uma parcela importante da população mundial para que possamos construir o “novo normal”?

 


22 de outubro de 2020 0

O Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Dermatologia se manteve reunido por mais de oito horas para avaliar diversos relatórios de trabalho apresentados pela Diretoria, Comissões e Departamentos da entidade. O encontro, que pela primeira vez na história aconteceu à distância, em formato online, no dia 18 de outubro, das 9h às 17h, marcou a apresentação dos resultados do balanço dos dois anos de trabalho da Gestão 2019-2020.

O presidente da SBD, Sérgio Palma, e a secretária-geral, Cláudia Carvalho Alcantara Gomes, abriram as atividades com exposições destacando as iniciativas comandadas pela Sociedade, ao longo de 2019 e de 2020. Ações em áreas como defesa profissional, atuação político-institucional, educação continuada, modernização administrativa e comunicação estratégica foram abordadas, apontando os benefícios atingidos em cada uma.

Diretoria – Todos os diretores da SBD participaram da reunião. Em estúdio montado no Rio de Janeiro (RJ), além do presidente e da secretária-geral, estava o diretor-financeiro, Egon Daxbacher, que posteriormente falou de ações sob o prisma econômico. Por meio de plataforma de conversação, compareceram o vice-presidente, Mauro Yoshiaki Enokihara, já eleito para ocupar a presidência na Gestão que se inicia em janeiro de 2021; a 1ª secretaria, Flávia Vasques Bittencourt; e o 2º secretário, Leonardo Mello Ferreira.

Elogiado pela organização, eficiência e dinâmica dos debates, o formato online contou com a aprovação de 92% dos que acompanharam o encontro. Apesar de que muitos ainda entendem que reuniões presenciais devem voltar a ser realizadas após o fim da pandemia, o resultado indica que, mesmo à distância, é possível atingir efetividade nesse tipo de evento.

Avaliação – Com representantes de todos os estados, a reunião do Conselho Deliberativo foi cenário para uma minuciosa avaliação dos últimos meses de atividades. A maioria dos que acompanharam a discussão destacou a boa condução da SBD no período de 2019 e 2020, ressaltando os esforços dos seus diretores para ampliar serviços e benefícios aos associados, defender os interesses da especialidade (em diferentes instâncias) e qualificar a atuação dos dermatologistas, mesmo durante a pandemia de Covid-19.

Além das manifestações ao longo do dia, essa percepção se materializou na aprovação dos sucessivos relatórios que trouxeram informações sobre como a SBD, por meio de suas Comissões e Departamentos, desenvolveu esforços nos campos do ensino médico, científico e da titulação de especialistas, entre outros. Os comentários apresentados durante os debates trouxeram contribuições para o aperfeiçoamento dos trabalhos de agora em diante.

Contas – Da mesma forma, durante a reunião do Conselho Deliberativo da SBD foi aprovada a prestação de contas apresentada pela Gestão 2019-2020. Os participantes reconheceram os esforços dos diretores, em especial de Egon Daxbacher, para trazer maior eficiência no uso dos recursos dos associados. Isso ficou comprovado pelas medidas que trouxeram economia, mas também asseguraram investimentos importantes em produtos, que facilitam a relação dos especialistas com a Sociedade, e em serviços, como realização de cursos e eventos que oferecem aos participantes acesso à atualização de conhecimentos.

Os diretores acompanharam todas as sessões, distribuídas ao longo do dia, apresentando os esclarecimentos solicitados. De forma geral, o grupo manifestou sua satisfação com os avanços alcançados e acredita que a SBD tem condições de dar continuidade às experiências exitosas e desenvolver outros projetos. Alinhados com a instituição, manifestaram apoio à Gestão 2021-2022, sob a coordenação do paulista Mauro Enokihara.

Empenho – No encerramento, o presidente Sérgio Palma agradeceu ao apoio dos outros membros da Diretoria, dos presidentes de Regionais e dos coordenadores de Departamentos e Comissões que contribuíram com a Gestão que termina em dezembro. Também ressaltou o empenho dos funcionários e colaboradores, bem como das entidades parceiras e dos apoiadores da SBD.

“Não podemos esquecer do incentivo e da compreensão oferecidos por nossas famílias e amigos durante esse período de intenso trabalho. Afinal, foram generosos em entender nossas ausências e a necessidade de concentrar nossos esforços em prol desse projeto coletivo. A eles e elas, muito obrigado”, frisou.


Conselho Deliberativo elege novo editor dos ABD e integrantes de quatro Comissões técnicas da SBD

O dermatologista Sílvio Alencar Marques, de São Paulo, foi eleito pelo Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para ocupar o cargo de editor científico dos Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD), a principal publicação técnica da especialidade no país. Ele recebeu o apoio dos participantes da reunião, que aconteceu no domingo (18), por meio de videoconferência. Reconhecido pelo trabalho realizado ao longo de sua trajetória, terá pela frente a missão de ampliar a repercussão dos ABD junto à comunidade acadêmica e aos pesquisadores da especialidade.

O eleito possui graduação em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (1973). Tem mestrado (1982) e doutorado (1988) em medicina (dermatologia) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É professor titular da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, desde 2011.

Comissões – Além deste cargo, outros seis foram motivo de votação na reunião do Conselho Deliberativo. As vagas eram para quatro comissões técnicas e científicas da SBD. O Conselho avaliou as credenciais de 13 dermatologistas na disputa pelas posições. Em votação secreta, os eleitos foram escolhidos por maioria simples.

Luna Azulay Abulafia, do Rio de Janeiro, foi eleita para integrar a Comissão de Título de Especialista em Dermatologia (TED). Ela é professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do curso de pós-graduação do Instituto de Dermatologia Prof R D Azulay, na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Atualmente, chefia o Serviço de Dermatologia da UERJ.

A escolhida para compor a Comissão Científica da SBD foi a dermatologista Ediléia Bagatin, de São Paulo. Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (PUC-SP), em 1979, possui mestrado e doutorado, pela Unifesp, respectivamente, em 1985 e 1994.

Para compor a Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD, foi eleita a dermatologista Érica de Oliveira Monteiro, de São Paulo. Ela atua como médica colaboradora na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ensino – A Comissão de Ensino da SBD ganhou três novos membros, eleitos durante a reunião do Conselho Consultivo. São eles: Paulo Roberto Lima Machado, da Bahia; Pedro Dantas Oliveira, de Sergipe; e Luciana Archetti Conrado, de São Paulo. A votação se deu em três turnos, sendo que os nomes saíram de uma lista inicial com seis candidatos.

O dermatologista Paulo Roberto Lima Machado se graduou na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1983. Sua trajetória inclui mestrado e doutorado na UFBA, em 1997 e 2003, respectivamente; e mestrado em epidemiologia clínica, na Weill Cornell Medicine, em Nova York (EUA), em 2014. Por sua vez, Pedro Dantas de Oliveira se graduou em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina, em 2006. Tem doutorado em medicina e saúde pela UFBA (2015). É supervisor adjunto do Programa de Residência Médica de Dermatologia do Hospital Universitário da UFS (serviço credenciado), desde 2018. Quem venceu o pleito para a terceira vaga na Comissão de Ensino foi a dermatologista Luciana Archetti Conrado, formada em medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em 1989. Possui mestrado (1999) e doutorado em dermatologia pela Universidade de São Paulo.





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