Instituto Paraibano de Combate ao Câncer leva tratamento e alegria a crianças com a doença




7 de dezembro de 2010 0

O câncer é um conjunto de doenças nas quais existe uma multiplicação anormal de células doentes. Apesar de ser considerado raro em crianças, depois de acidentes e doenças infecciosas, estudos revelam que o câncer é uma das causas mortes mais frequentes no Brasil. Na maior parte dos casos, não existe uma justificativa do surgimento de um tumor em uma criança. Sabe-se que elas não herdam e nem nascem com a doença.

Quanto antes diagnosticado e com tratamento adequado, maiores serão as chances de cura. Ao ser descoberto o tipo de tumor, o tratamento poderá ser manifestado através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante da medula óssea. Na tentativa de amenizar a dor e o sofrimento de crianças e adolescentes paraibanos, um grupo de voluntários campinenses resolveu fundar o Instituto Paraibano de Combate ao Câncer (IPCCAN).

A instituição que não tem fins lucrativos é formada essencialmente por voluntários e amparada através de doações e gestos de solidariedade da comunidade. O IPCCAN atua na cidade de Campina Grande, como uma casa de apoio que atende mães e crianças de várias cidades do Estado. Ao todo, já passaram pelo serviço 300 crianças e adolescentes diagnosticadas com câncer na Paraíba. Atualmente, o instituto atende 45 crianças, sendo 30 em tratamento e 15 em acompanhamento.

Conforme ressaltou a presidente da entidade, Kerma Brasil Gugel, o projeto foi idealizado em março de 2007, mas começou a funcionar ativamente no ano de 2008. Em parceria com o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), um grupo pequeno de voluntários começou a prestar assistência lúdica a crianças que estavam em tratamento na unidade. ‘Devido à superlotação das enfermarias, e até mesmo as condições financeiras das mães que vêm de várias cidades do interior, fomos sentido a necessidade de criar um ambiente que amparasse e desse suporte para essas famílias’, disse.

Através da casa de apoio, localizada no bairro da Prata, são proporcionados as mães, crianças, jovens e adolescentes de 0 a 18 anos, assistência social voltados em trabalhos pedagógicos, fornecimento de cestas básicas, atividades lúdicas e tratamento psicológico. Segundo Kerma Brasil, as mães que trazem seus filhos do interior e que precisam passar mais dias na cidade, devido o tratamento, podem ficar hospedadas o tempo que precisarem na casa.

O espaço, que dispõe de dois quartos, banheiros, sala, cozinha e uma brinquedoteca, funciona três dias na semana, sendo aberto quando necessário em casos de hospedagens temporárias. ‘O tratamento deixa as crianças agressivas, tristes, perdidas e nós participamos da vida deles, na tentativa de minimizar esse sofrimento. A casa serve como suporte para essas famílias e tem dado grandes resultados’, revelou Kerma.


7 de dezembro de 2010 0

O juiz da 14ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, validou semana passada uma norma do Conselho Federal de Medicina (CFM) que regulamenta as condições para a prática da ortotanásia. Com a decisão, o médico autorizado pelo paciente ou seu responsável legal fica respaldado para limitar ou suspender tratamentos exagerados e desnecessários que prolonguem a vida do doente em fase terminal.

Ortotanásia é muito diferente da eutanásia. ‘Eutanásia’ significa abreviar a vida de paciente com enfermidade grave ou incurável a seu pedido, usando por exemplo uma medicação. ‘Ortotanásia’ é suspender tratamento invasivo e inútil de paciente com quadro irreversível, desligando, por exemplo, um aparelho que mantém sua vida artificialmente em uma UTI. O médico oferece cuidados para aliviar a dor e deixa que a morte do paciente ocorra naturalmente, deixando que ele passe seus últimos dias em casa com a família, caso queira.

Os princípios que norteiam a ortotanásia são os da ‘morte digna’ e do uso de ‘cuidados paliativos’. Abre-se mão de métodos para prolongar forçadamente, causando agressão ao paciente, a sobrevida de alguém que a medicina não tem mais como curar. Além disso, buscam-se meios para assegurar uma morte sem sofrimento desnecessário.

A sentença do magistrado Roberto Luis Luchi Demo encerra, ao menos em tese, uma controvérsia que começou em 2006, quando a resolução 1805 do CFM foi publicada. O Ministério Público Federal queria a anulação da norma. Mas em agosto deste ano a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira solicitou a desistência da ação.

‘Ao menos em tese’ porque ainda tramitam no Congresso Nacional projetos de lei sobre o assunto e para alguns juristas a legislação brasileira é incompatível com a ortotanásia. Um dos projetos, do senador pelo Espírito Santo Gerson Camata (PMDB), tenta justamente eliminar essa dúvida, deixando explícito no Código Penal que a ortotanásia não é crime.

Em nota, o presidente do CFM Roberto Luiz d’Avila comemorou a valorização da ‘prática humanista’ na medicina, em oposição a uma ‘visão paternalista, super-protetora, com foco voltado para a doença, numa busca obsessiva pela cura a qualquer custo, mesmo que isso signifique o prolongamento da dor e do sofrimento para o paciente e sua família’.


6 de dezembro de 2010 0

Equipamento identifica e trata lesão

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um equipamento portátil capaz de diagnosticar e também tratar, de maneira rápida, o câncer de pele.

O aparelho usa a fluorescência e padrões de luz para detectar as lesões. Segundo o físico e pesquisador da USP, Mardoqueu Martins da Costa, para fazer o diagnóstico, uma substância chamada ácido aminolevulínico (ALA) é passada como uma pomada na pele do paciente. Depois, a região é exposta ao aparelho, que emite uma luz que faz a região onde há células cancerígenas ficarem avermelhadas. Com a exposição a uma luz de cor vermelha por cerca de 20 minutos, as células cancerígenas morrem.

— Em apenas uma sessão, as células (cancerígenas) morrem. Mas estamos focando o equipamento, inicialmente, em pequenas lesões. Depois vamos trabalhar com lesões maiores — disse Costa.


2 de dezembro de 2010 0

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que 75% de toda a produção nacional de alimentos estão envolvidos na redução de cerca de 230 mil toneladas de gordura trans que deixaram de ir para as prateleiras brasileiras em 2009.

O montante faz parte de um estudo divulgado pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), durante a assinatura de um acordo de cooperação que prorroga por três anos o Fórum da Alimentação Saudável.

– Isso demonstra o acerto da estratégia do governo e da indústria ao estabelecer uma agenda, uma pauta onde a questão da saúde pública foi colocada à mesa. Os resultados estão aí. Grande parte das matérias-primas usadas na preparação dos alimentos já estão com o teor de gordura dentro dos padrões internacionais – disse Temporão.

O ministro ressaltou que, além dos 25% que não reduziram a taxa de gordura trans em seus produtos, a pasta pretende priorizar também os pequenos e médios produtores de alimentos no país, como padarias.

– Vamos ter que fazer um grande esforço para levar a informação, a orientação técnica, para a pessoa que faz comida em casa para vender. Dar assistência para o produtor para que ele saiba preparar os alimentos – acrescentou.

De acordo com dados do ministério, o consumo de altas taxas de gorduras trans e de sal aumenta os riscos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e acidente vascular cerebral (AVC).


25 de novembro de 2010 0

Ações foram organizadas pela SBD para chamar atenção da população para a 12ª edição da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele

A Campanha de Prevenção ao Câncer da Pele chega este ano a sua 12ª edição já tendo atendido mais de 357 mil pessoas. Para continuar tratando as pessoas com a doença e conscientizando a população sobre o tema, esta edição está contando com algumas ações interessantes. Nos dias 23 e 24/11, o Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno, foi completamente iluminado de laranja, cor que simboliza a campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Também no dia 23, o Congresso Nacional, em Brasília, recebeu iluminação laranja, simbolizando a luta de todo o país contra o câncer da pele.

E não para por aí. Na última rodada do campeonato brasileiro, que aconteceu no fim de semana de 20 e 21/11, nos jogos entre Goiás x Santos, Flamengo x Guarani e Botafogo x Internacional faixas com informações da campanha foram estendidas em campo. Gandulas e jogadores também usaram os bonés – laranja – da campanha.

O mutirão de atendimento acontece neste sábado, das 9h às 15h em 24 estados de todas as regiões do país. Para consultar qual o posto mais próximo, a população pode ligar para 0800 70 13 187 ou acessar o site da SBD. Os casos mais graves que exigirem intervenção médica, serão encaminhados para um serviço credenciado da instituição. Tanto a consulta nos postos quanto os procedimentos nos serviços são totalmente gratuitos.


22 de novembro de 2010 0

O açúcar sempre foi o vilão das dietas e da vida saudável. Ele também é culpado por acelerar o processo natural de envelhecimento da pele. O alerta foi dado por especialistas americanos e apresentado no último congresso da sociedade brasileira de dermatologia.

A principal proteína da derme, uma das camadas da pele, é o colágeno, que se quebra com o envelhecimento, fazendo surgir as rugas. O açúcar interfere na função do colágeno.

A médica dermatologista Adriana Aquino constata o problema nos pacientes que chegam no seu consultório. “O que nós vimos é que quanto mais açúcar a gente tem, mais a gente liga uma fibra de colágeno à outra e torna ele mais duro, mais inflexível e incapaz de se reparar dos danos que são comuns no envelhecimento, então acaba precipitando o aparecimento das rugas”, revela.

A doutora diz que a conclusão é de um estudo de dermatologistas da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos. A maioria das pessoas ainda desconhece este efeito menos doce do açúcar: “Eu nunca tinha ouvido falar, mas não acho que seja tão preocupante assim”, diz uma mulher. “Já ouvi, mas a gente não consegue se livrar desse mal”, aponta uma jovem. “Não fico preocupada com isso. Envelhecimento vem do dia a dia. Tem que vir, eu não vou lutar contra ele, eu aceito numa boa”, diz uma senhora, já conformada.

De acordo com o trabalho dos dermatologistas americanos, o processo de envelhecimento da pele pode ser acelerado não apenas pelo consumo excessivo do açúcar em si, mas também pelo consumo dos alimentos que se transformam em açúcar dentro do organismo. Exemplos disso são a batata, a massa, o pão e a melancia. Alguns alimentos diminuem a ação do açúcar sobre o colágeno, como o alho, orégano, gengibre, canela e pimenta.

Além do açúcar, o preparo da comida também influi. Alimentos grelhados podem prejudicar a pele. “Fazer aquela casquinha crocante é ruim, porque aquilo também é capaz de gerar dano ao colágeno independente se é um açúcar ou não. O próprio bife que é proteína, se é muito grelhado, gera uma capacidade de estresse na célula muito maior”, ressalta a médica dermatologista Adriana Aquino.

A médica Daisy Magalhães já teve problemas na pele e acredita que conseguiu remoçar reduzindo o consumo de açúcar e controlando a alimentação sem radicalismo: “Minha pele era muito ruim e, com essa prática, melhorou muito”, sugere.


19 de novembro de 2010 0

No último dia 12 a dermatologia brasileira recebeu mais uma ótima notícia. Após 31 anos, o Brasil voltará a sediar um dos maiores eventos da especialidade no mundo, o XX Congresso Iberolatinoamericano de Dermatologia. O Rio de Janeiro receberá o evento que este ano foi realizado em Cancún, no México.

A candidatura da cidade apresentou uma série de pontos positivos, baseados em dados governamentais e projeções oficiais para os próximos anos, tendo como grande trunfo o fato de que o Rio receberá jogos da Copa do Mundo FIFA, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016. Além disso, a força da dermatologia brasileira foi ressaltada em números e fatos. Para o presidente da SBD, Omar Lupi, esta foi uma conquista que reafirma a dermatologia brasileira em posição de destaque no mundo. Omar também ressaltou a importância da reaproximação da sociedade com o Cilad. ‘Essa reaproximação é benéfica e necessária a nós, dermatologistas brasileiros. Receber o congresso será uma honra, um momento histórico para nossa dermatologia’, afirmou.


17 de novembro de 2010 0

A aplicação de luz pulsada, assim como o laser, destrói os pelos totalmente em várias sessões. Problemas nutricionais, uso de determinados medicamentos e alterações hormonais estão entre as principais causas de excesso de pelos no corpo. O tema foi o escolhido no site do GLOBO pelos leitores para consulta a um especialista na coluna desta semana. Segundo a dermatologista Graça Silveira, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e com experiência em cosmiatria na Escola de Medicina do Hospital Mount Sinai em Nova York, até mesmo um trauma repetido numa área do corpo pode estimular um maior crescimento de pelos. Daí a importância do diagnóstico exato para fazer a diferenciação, por exemplo, entre um aumento do número de pelos de origem congênita e o hirsutismo, doença endócrina que ataca as mulheres, que começam a produzir pelos onde normalmente só homens têm. Para se livrar do problema de forma definitiva, duas boas opções são a depilação com laser e a aplicação de luz intensa pulsada.

Quais são as principais causas de excesso de pelos no corpo?

GRAÇA SILVEIRA: Em ambos os sexos, uma possibilidade é a hipertricose, que é o aumento de pelos, que também ficam mais espessos, em áreas onde ele normalmente existe, como braços, pernas, barba etc. Isso pode ter várias causas, inclusive um trauma repetido no local. Alguns medicamentos também podem estimular o crescimento de pelos, como fenitoína, um fármaco do grupo dos antiepilépticos, antibioticos, como a estreptomicina, e corticoides. O excesso de pelos também pode ser de origem familiar, congênito. Nas mulheres, uma causa comum é o hirsutismo, uma disfunção hormonal que leva ao crescimento de pelos terminais em áreas de distribuição masculina, como barba, buço, tronco e braços.

Como é feito o diagnóstico?

GRAÇA: A diferenciação entre hipertricose e hirsutismo é importante. Na primeira hipótese, o médico investiga as possíveis causas. No caso de suspeita de hirsutismo, é preciso submeter o paciente a uma avaliação hormonal, para ver a ação de $ênios sobre a pele, assim como o funcionamento das glândulas supra-renais.

Quais são os cuidados que as pessoas com excesso de pelos devem ter com relação à higiene ou para evitar complicações?

GRAÇA: Podem, por exemplo, aparar um pouco os pelos para evitar o acúmulo de resíduos na pele e mesmo o risco de um pelo encravar.

Qual é o tratamento de rotina contra o excesso de pelos?

GRAÇA: Se o problema não for causado por doença, o tratamento padrão é o uso de laser Light…


3 de novembro de 2010 0

Estudos relacionados à substância explicam porque algumas pessoas não reagem a ela e porque os raios UVB e o cálcio bloqueiam os efeitos da toxina

Comumente utilizada no combate às rugas, a toxina botulínica ficou conhecida principalmente pela forma como age no organismo, reduzindo a contração dos músculos faciais e, consequentemente, a formação das rugas de expressão. Pesquisas recentes apontam que os efeitos esperados da substância podem ser afetados pela incidência de raios ultravioleta (UVB) e também pelo excesso de cálcio no organismo.

‘Após o tratamento com toxina botulínica, uma região que recebe radiação UVB pode ter os efeitos reduzidos, se comparada à outra que não incidiu com os raios. Por ter resultados temporários, o estudo aponta que o seu tempo de duração diminuiria’, comenta a Dra. Ana Paula Gomes Meski, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional São Paulo (SBD-SP).

A relação entre a substância e o cálcio se dá em esfera biomolecular. ‘A toxina botulínica bloqueia a transmissão neuromuscular, inibindo a contração dos músculos responsáveis pelo aparecimento das temidas rugas e pés-de-galinha. O excesso de cálcio no organismo atrapalha esse processo bloqueador, fazendo com que os resultados durem menos tempo’, explica a Dra. Meire Parada, dermatologista da SBD-SP. ‘Em contrapartida os estudos evidenciam que o uso de bloqueadores do canal de cálcio pode potencializar os efeitos da toxina botulínica’, completa a especialista.

A dermatologista Bhertha Tamura, também da SBD-SP, alerta que ‘a toxina botulínica dependendo do local onde será aplicada, da quantidade injetada e da doença a ser combatida pode apresentar efeitos adversos. Por isso deve ser aplicada apenas por médicos qualificados e com experiência comprovada’.

AUTOIMUNES À TOXINA BOTULÍNICA

Existem raríssimas pessoas que não respondem ao tratamento com toxina botulínica, pois, conforme explica Dra. Bertha, ‘alguns indivíduos, em casos raros, não apresentam as enzimas apropriadas para responder ao tratamento. Ainda não existem meios de saber se uma pessoa é imune à toxina botulínica antes de sua aplicação, mas não há relatos de efeitos adversos nos pacientes, exceto a eventual falta de resposta ao tratamento’, explica a médica.


25 de outubro de 2010 0

Pesquisa inédita feita em oito capitais revela o quanto a psoríase, uma doença que atinge 3% da população, ainda é cercada pelo medo e desconhecimento. Pessoas entrevistadas não hesitam em afirmar que evitariam contratar, frequentar a mesma piscina e até mesmo serem vistas na companhia de alguém com a doença. ‘Mais do que dificuldades para tratamento, pacientes se queixam de segregação’, conta a chefe do serviço de dermatologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a dermatologista Lúcia Arruda.

Feita pelo Ibope a pedido do laboratório Janssen-Cilag, a pesquisa apresentou aos entrevistados fotos de pacientes tanto com a forma leve quanto com a forma grave da psoríase. As reações eram de pena, tristeza e nojo, mesmo diante das imagens da doença no estágio mais ameno. O desejo de ficar longe de pacientes com a doença ficou evidente, principalmente entre homens. Das 602 pessoas entrevistadas, 83% disseram que não namorariam ou não manteriam relações sexuais com portadores de psoríase e 67% não levariam os filhos em pediatras com a doença.

Outros 63% disseram que não contratariam um portador de psoríase para um cargo de gerência. Os porcentuais foram encontrados quando entrevistados estavam diante de fotos da forma mais leve da doença. Em fotos de pacientes com estágio mais adiantado, a resistência encontrada foi maior. Confundida no passado com hanseníase, a psoríase está longe de ser contagiosa. As manchas vermelhas, que muitas vezes descamam, encontradas em várias partes do corpo, são provocadas por processo inflamatório.

‘Vários fatores podem desencadear o problema: características hereditárias, reações a medicamentos, doenças respiratórias e até traumas emocionais’, diz Lúcia. Quando o processo é disparado, células do sistema imunológico, as células T, passam a se replicar e a se diferenciar, levando a uma produção exagerada de citocinas, substâncias ligadas ao processo inflamatório. ‘Mesmo passado o estímulo, o organismo acaba guardando a memória dessa reação exagerada. Uma nova crise poderá vir, tão logo o paciente seja exposto a um fator desencadeante’, afirma a professora.

O preconceito acaba se tornando mais um inimigo para essas pessoas. ‘Cria-se um círculo vicioso: o paciente que está num período de crise da doença nota a repulsa, o que aumenta o estresse e a dificuldade de o processo inflamatório ser debelado.’ Lúcia está convicta de que, para melhorar o problema, é preciso campanhas de esclarecimento. ‘As pessoas precisam ter em mente que a doença é controlável, acolher o paciente. Quanto mais bem aceito o portador se sentir, melhores as chances de uma crise não retornar.’

Ela cita o caso de um cobrador de ônibus que muitas vezes apresenta a doença nas mãos. ‘As pessoas se recusam a receber o bilhete que ele entrega. Imagine o estresse diário.’ Algumas vezes, o funcionário pede para ser afastado. ‘Ele não tem incapacidad…





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