Tecnologia na medicina: ajuda ou atrapalha?




10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

A tecnologia está cada vez mais presente no mundo contemporâneo. Desde compras on-line a pesquisas sobre diferentes assuntos, a rede também tem mudado a forma como as pessoas se relacionam. E na medicina essa realidade não é diferente. De um lado, os pacientes que podem acessar aplicativos específicos e outros dispositivos para controlar e acompanhar suas funções vitais, atividades esportivas, sono e cuidados com alimentação. De outro, médicos que utilizam diferentes ferramentas para os auxiliar no cuidado com a saúde de seus pacientes, usando, por exemplo, prontuários eletrônicos que facilitam o registro padronizado das informações; o armazenamento de imagens para documentação da evolução das doenças; o acesso aos dados de onde quer que esteja; e a emissão de receitas sem o risco de caligrafias ilegíveis.
 
O dermatologista Pedro Dantas é um entusiasta da tecnologia. Para ele, novas tecnologias devem ser vistas como ferramentas de auxílio no cuidado com a saúde, e não como empecilho à sua promoção. Lembra, aliás, que antes da internet o acesso à informação confiável era muito mais difícil. Além dos livros, tratados e eventualmente revistas científicas assinadas – que deveriam ser devidamente catalogadas e guardadas –, era primordial participar de eventos científicos, pois constituíam as principais oportunidades de atualização.

“Os recursos diagnósticos eram mais escassos, assim como o arsenal terapêutico, com alguns medicamentos de difícil aquisição. Hoje em dia, temos rápido acesso a um conteúdo imensurável e com grandes chances de tratar nossos pacientes com terapias atualizadas e baseadas em evidências. Os recursos diagnósticos têm-se mostrado cada vez mais precisos. Na dermatologia, especificamente, já existem algoritmos de análises de imagens de lesões pigmentadas com acurácia superior à de dermatologistas (Esteva et al. Nature, 2017)”, pontua.
 
O médico, entretanto, tem ressalvas sobre o uso indiscriminado da tecnologia para tudo.

“Atualmente, resolvemos quase tudo pelos aplicativos de mensagens e redes sociais. Mas é preciso cautela para que a relação humana entre médico e paciente não seja deixada de lado”, comenta e faz um alerta sobre consultas não presenciais: “Essa aparente facilidade esconde algumas armadilhas que devem ser consideradas em uma consulta médica. A consulta virtual reduziria o processo de maneira significativa. A anamnese se resumiria a um preenchimento de formulário; o exame físico se basearia em fotos ou vídeos enquadrados a critério dos pacientes; o diagnóstico baseado em algoritmos; e a conduta em consensos e protocolos preestabelecidos. Transformaríamos o cuidado à saúde em uma ciência exata, absoluta, cartesiana. O que faltaria nesse processo? A interação real entre médico e paciente, que é primordial para o acolhimento, direcionamento, gestão e compreensão de fatores que perpassam os formulários e fotos”, avalia, enfatizando, ainda, que, apesar de ferramentas diagnósticas com base em inteligência artificial se tornarem uma realidade acessível, elas demandam que os médicos reconheçam seu papel como gestores da saúde de seus pacientes, como os médicos de família faziam no passado.
 
Outro ponto importante sobre o tema e que muitas vezes pode ser prejudicial no tratamento de pacientes diz respeito ao fato de o acesso à informação estar facilitado para todos. Isso pode gerar uma sensação de que as pessoas são experts em assuntos relacionados à saúde na busca de tratamento pelas redes. “Apesar de muito do que há na internet não ter respaldo científico, existe também conteúdo disponível de origem confiável. O problema é que o discernimento entre o conteúdo de qualidade ou não e, principalmente, se aquele conteúdo se aplica à situação do paciente é subestimado pelo público, gerando uma falsa sensação de total conhecimento sob sua condição de saúde. Nesse contexto, o médico muitas vezes é visto como mero ‘controle de qualidade’ do autodiagnóstico e com papel secundário no acompanhamento dos pacientes. Essa percepção equivocada pode levar a sérios problemas de saúde, principalmente quando ocorrer em grande escala. Além disso, o médico também deixa de ser uma figura de respeito e é considerado com contínua desconfiança por parte do paciente, que passa também a ser um constante questionador da atitude médica, o que dificulta uma postura empática pelo profissional de saúde”, enfatiza.

O médico afirma que não há como interferir no acesso a essas informações. Por isso, ele diz que é importante estar atualizado continuamente do que é divulgado na mídia e nos sites para poder argumentar com os pacientes ‘convictos e antenados’. “Devemos discutir de maneira coerente e embasada o porquê das desconfianças dessas novidades ou, até mesmo, estar aberto e disposto a aprender com os pacientes, nos comprometendo a estudar sobre o assunto e dar um feedback posterior sobre nossa opinião embasada em nossa formação e experiência”, salienta.
 
Além da veracidade ou não do que é encontrado na internet, as redes sociais trouxeram outro problema para dentro dos consultórios dermatológicos. Na cultura digital, existe uma falsa noção de que ser perfeito está ao alcance de todos. Além dos filtros que mascaram fotos reais, inúmeros procedimentos estéticos são anunciados por não médicos como a solução para a aparência dos sonhos.

“A questão estética, nessa nova realidade, vem como catalisador de uma frustração em massa e uma sociedade baseada em truques para só mostrar o melhor ângulo. Uma tendência desenfreada de busca por rosto e corpo perfeitos em uma competição subliminar de quem ficará mais parecido com seus ídolos, resumindo a importância da pessoa à aparência. Uma legião de pessoas saudáveis buscando médicos, dentistas, esteticistas ou quem quer que as possa ajudar a chegar mais perto desse objetivo”, enfatiza.

Nesses casos, Dantas reforça a postura que dermatologistas devem ter com pacientes que chegam com opinião formada sobre a realização desses procedimentos. “Acredito que temos sempre que agir com cautela, ética e firmeza. Modismos, por sua própria definição, têm caráter efêmero, e isso tem que ser ratificado com os pacientes. Nada vai ser melhor do que o tempo e a história para consolidar técnicas e procedimentos. A busca infindável pelo mais atual e moderno, pelo tratamento recém-lançado, sempre vai haver, e cabe a nós agir com parcimônia e não nos deixar levar exclusivamente pela indústria e pelos desejos dos pacientes. Vale ressaltar que, por se tratar de procedimentos invasivos, podem ocorrer complicações e que, porque conhecemos outros aspectos patológicos e fisiológicos da pele, estamos mais aptos a preveni-las e tratá-las. Devemos aderir ao novo quando houver embasamento científico, regulamentação, treinamento adequado e segurança para fazê-lo”, reforça.
 

 

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Prof. Silvio Marques
Editor dos Anais Brasileiros de Dermatologia

 

1- Um dos problemas capitais ao terminar a residência é vir a ficar distante da rica rotina de casos e da supervisão dos preceptores. O risco, comum, é passar a vivenciar casos repetitivos, pouco desafiadores e ir perdendo paulatinamente o repertório de diagnósticos e o raciocínio clínico mais especializado. Há que lutar contra isso. Como? Sempre que possível ficar vinculado a um Serviço. O de origem ou o que for viável. Vincular-se como voluntário, colaborador ou membro do estafe seria o ideal. Caso não seja possível, ao menos frequentar as reuniões clínicas do Serviço. Ser assíduo às jornadas clínicas, nos Congressos assistir às sessões de casos clínicos, ficar atento aos pôsteres. Participar de grupos de discussão, compartilhar casos. Para atualização teórica, podemos estudar e buscar artigos a qualquer hora, mas rever casos clínicos, se sentir desafiado, é outra demanda e que pode auxiliar a identificar áreas ou subáreas em que é preciso se aprimorar. Importante ficar atento ao vai e vem epidemiológico das enfermidades. Por exemplo: estamos em meio à epidemia de sarampo, mão-pé-boca, incluindo adultos, com o surgimento de efeitos adversos às terapêuticas-alvo; pois bem, como se expressam clinicamente? O que devo procurar saber? Esse tipo de atenção e exercício intelectual deve ser permanente. A manutenção das habilidades e seu upgrade também devem ser preocupações constantes.

2- Quando me refiro a “habilidades”, quero ir além dos procedimentos, pequenos ou grandes. Penso também em outras habilidades fundamentais, nem sempre adequadamente treinadas ou aperfeiçoadas na residência, tais como: empatia, acolhimento, gentileza, educação, e nos cuidados essenciais ao atender alguém do sexo oposto e até mesmo do mesmo sexo (ou gênero). Cada um dos substantivos acima tem seu significado intrínseco, suas semelhanças e completa os demais. Cada um de nós tem seu jeito de ser: mais ou menos formal, mais ou menos informal, mais ou menos alegre… O importante é que o dito acima seja praticado sempre, independentemente de qualquer circunstância: SUS ou consultório, rico ou pobre, do partido X ou Y, enfim… Princípios valem sempre. E, mais, não raro construímos a história clínica, perguntamos isto e aquilo, estamos digitando, e o olho no olho se perde… e a conexão médico/paciente se esgarça. Treinar como quebrar o “gelo” da primeira consulta, escolher perguntas triviais, mas que funcionam, chamar sempre pelo nome, em que bairro mora? Como estava o trânsito? Muito óbvio….? Sim, mas nem todos têm o tom e a maneira autêntica de perguntar e se relacionar… O que é facilmente perceptível… Portanto, atenção e treino.    

3- E quando não sabemos o diagnóstico? O resultado terapêutico esperado não vem? O laudo histopatológico é descritivo, e você não consegue interpretá-lo ou a margem profunda veio comprometida, ou é mesmo um melanoma. Como nos comportar? São hipóteses distintas e com respostas e encaminhamentos distintos, mas é comum a maneira de os enfrentar. Como? Usando de plena franqueza e sinceridade! Os pacientes leem as nossas reações, nossa linguagem corporal e nosso silêncio. Há uma semana, paciente que havia excisado melanoma extensivo superficial no antebraço, Breslow 5mm, com linfonodo axilar aparecendo um ano após a exerese, vem para checar PAFF do linfonodo axilar. Abro o sistema de laudos, fico em silêncio por uns minutos. Quando volto meu olhar para ele, vejo as lágrimas rolando… Por algo que transmiti, ele intuiu que fora positivo para metástase. O que fazer? Levanto, dou volta à cadeira do paciente, pouso minha mão no seu ombro, acaricio, chora a esposa, chora a filha, quase embarco também, permanecemos em silêncio, ofereço o lenço e após uns minutos, retomo: “Senhor, todos nós sentimos muito, mas temos que ser firmes, e a etapa seguinte agora é…” Ou seja, temos que ter alternativas a oferecer, temos que ter a quem consultar, perguntar, mostrar, discutir, encaminhar, com o panorama o mais aberto possível.

 

 


9 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Pela quarta vez, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) capitaneou ação social que levou atendimento dermatológico aos moradores do povoado do Recanto das Araras, no noroeste de Goiás. Doze dermatologistas realizaram dezenas de consultas, exames e cirurgias em portadores de xeroderma pigmentoso (XP), doença de origem genética, rara e de tratamento complexo. A expedição, que é realizada a cada dois anos desde 2015, fez parte das comemorações pelo Dia do Médico (18 de outubro) e contou com a parceria da La Roche Posay.

“A medicina deve ser sempre humanizada, e a dermatologia tem essa característica. É importantíssimo esse cuidado e o acolhimento do paciente. O trabalho da dermatologia nesse povoado tem sido muito gratificante. É um crescimento pessoal imenso e uma experiência riquíssima que eu vou levar para a vida toda”, declarou o presidente da SBD, Sergio Palma.

Para o atendimento e retirada de tumores com maior precisão, foi levado até o local um caminhão com consultórios e salas de cirurgia com equipamentos de alta tecnologia, como microscopia confocal e fotofinder, além de dermatoscópios. Dezesseis pessoas foram atendidas e realizadas doze cirurgias, com a retirada de 40 tumores (32 cânceres de pele carcinoma basocelular e oito cânceres de pele melanoma) em decorrência da doença. Outros doze pacientes, ainda sem diagnóstico de XP, também passaram por cirurgias com a remoção de dezesseis lesões de câncer de pele (todos do tipo carcinoma basocelular). Os testes genéticos já realizados na comunidade identificaram 85 moradores com o gene modificado que pode causar o xeroderma pigmentoso, sendo que 23 já têm a manifestação da doença.

“O resultado foi excelente. Fizemos muitos diagnósticos e conseguimos tratar muitas lesões. A sensação é de que esse esforço precisa continuar. Essa comunidade não pode ficar desassistida. No que depender da SBD, essas ações devem ser mantidas e aprimoradas para trazer novos benefícios para essa população”, disse a secretária-geral da SBD, Cláudia Carvalho Alcântara Gomes.

Por ser rara e pouco conhecida, a cada mutirão as amostras dos tumores retirados dos pacientes são colhidas para análise no Laboratório de Reparo de DNA do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (USP), que tem aprofundado os estudos sobre a doença, como explicou a geneticista Juliana Vilar, que também fez parte da equipe.

Parceiros − Nessa edição, novos parceiros institucionais se agregaram à iniciativa, num total de 15 instituições. Por exemplo, o laboratório de Métodos de Extração e Separação do Instituto de Química, da Universidade Federal de Goiás, colheu amostras para um trabalho que realiza com o objetivo de desenvolver técnicas para o diagnóstico simplificado do câncer.

Ao avaliar a iniciativa, a primeira secretária da SBD, Flávia Vasques Bittencourt, ressaltou a importância do trabalho realizado pelas dermatologistas de Goiás que dão assistência contínua aos pacientes de Araras. As especialistas Fernanda Rocha Lima, Ana Maria Ribeiro e Larissa Pimentel trabalham muito para que a comunidade tenha a orientação necessária no tratamento da doença.

“São profissionais comprometidas com o atendimento dessa população. Graças ao empenho de cada uma, que rodam centenas de quilômetros todos os meses e nem sempre contam com as condições adequadas para exercer seu papel, que os moradores dessa comunidade têm acesso ao cuidado especializado. Elas são um exemplo do compromisso do dermatologista com a saúde pública”, disse Flávia Bittencourt.

Com o apoio dessas três especialistas goianas, o trabalho foi conduzido com o reforço de médicos que vieram de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RS). Também contribuíram os dermatologistas Carlos Barcaui (coordenador do Departamento de Imagem da SBD), Joaquim José Teixeira de Mesquita Filho (coordenador do Departamento de Cirurgia da SBD) e a dermatologista Vanessa Mussupapo.

Especialidades − Além do atendimento dermatológico, a expedição possibilitou aos moradores o acesso a médicos de outras especialidades, como oftalmologia, e até assistência jurídica e apoio psicológico. Houve a distribuição de kits com filtro solar e outros dermocosméticos, bem como palestras sobre aconselhamento genético para que os jovens, entre outros cuidados com o XP, se casem com mais segurança.
 
“É fundamental esse relacionamento entre o médico e o paciente. A dermatologia está em várias áreas de atuação. A estética, por exemplo, é importante, mas não pode ser mais importante do que o cuidado e a prevenção das doenças, principalmente as que são estigmatizantes. Isso aqui para mim tem sido uma lição de vida para que possamos tomar como exemplo e aplicar em outros momentos”, afirmou o vice-presidente da SBD, Mauro Yoshiaki Enokihara.

Para os especialistas, mutirões de saúde como o de Araras melhoram a qualidade de vida dos moradores e também enriquecem a experiência de vida dos participantes. É o que pensa Leonardo Mello Freire, secretário da SBD. “Sempre ajudamos, ensinamos e aprendemos. Há muitas pessoas que precisam de ações como essa. Ao participar de algum tipo de ação, como essa, em Araras, conseguimos fazer alguma diferença e acabamos aprendendo muito também”.

É assim que pensa também Sulamita Chaibub – a dermatologista que diagnosticou o primeiro paciente com XP em Araras –, que, mesmo aposentada, fez questão de acompanhar de perto a missão local de combate ao câncer. Segundo ressaltou, “esse time atingiu, mais uma vez, seu objetivo de assistência médica e social com excelência”.

Com envolvimento de vários anos nesse trabalho, Sulamita é reconhecida pela especialidade por sua dedicação à causa. Contudo, ela compartilha com os participantes da missão essa gratidão: “a generosidade demonstrada pelos estimados colegas é comovente, deixando nítida a escolha pela prática médica. Vocês abdicaram de seu precioso tempo no conforto de seus consultórios, de sua casa e da presença de seus familiares para olhar e cuidar daqueles que sofrem com essa doença. Ela não perdoa e mutila seus portadores cada vez mais. A sensibilidade humana do médico foi demonstrada por vocês no atendimento, no diagnóstico, na cirurgia e na discussão científica”.

 


6 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Mais de mil especialistas participaram do IV Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas, dentro da 27ª Jornada Sul-brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia, realizadas de 31 de outubro a 2 de novembro, em Gramado (RS). Na fala de abertura, o presidente da SBD, Sérgio Palma, fez um resumo das ações da SBD no combate à invasão da especialidade por profissionais não médicos.

“Nossa Sociedade está presente de diversas formas como, por exemplo, na Frente Parlamentar na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, no Ministério Público e no Ministério da Saúde. São mais de 80 projetos de lei que tramitam em defesa da medicina. Importante destacar ainda o apoio recebido pelas regionais, como acontece nos três estados do Sul do Brasil – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”.

Também participaram da abertura o coordenador do Departamento de Cabelos da SBD, Leonardo Spagnol Abraham, a representante da 27ª Jornada Sul-brasileira de Dermatologia e da 44ª Jornada Gaúcha de Dermatologia, Taciana Dal´Forno Dini, e os presidentes das Regionais Anarosa Sprenger (PR) e Rafael Lenzi (SC).

O presidente da SBD agradeceu a parceria com a Regional Rio Grande do Sul, presidida pela dermatologista Taciana Dal’Forno Dini, bem como a qualidade científica e a estrutura do local que recebeu o evento. “Foram três dias de aprendizado e troca de experiências na área da dermatologia. Ressalto o embasamento científico que tivemos. Há sempre muita inovação e tecnologia, mas trouxemos essa visão com uma abordagem baseada em evidências. Aqui temos um ambiente acadêmico de formação que traz suporte ao médico em benefício dos pacientes”, comentou.

Debates e cursos
Tecnologias para o rejuvenescimento facial e o uso combinado de preenchedores e bioestimuladores na face; queda de cabelos em negros e terapias emergentes; tricoscopia; unhas em porcelana, gel e acrílico; terbinafina oral no tratamento da tinha ungueal; e câncer da pele (tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos) foram alguns temas abordados no primeiro dia do evento, que ainda contou com as participações internacionais de Alessandra Anzai (EUA) e Eckart Haneke (Ale), e de renomados especialistas de todo o nosso país.

Assuntos envolvendo a defesa profissional, aspectos éticos e de marketing também fizeram parte da programação, além dos cursos pré-congresso. Os de tricoscopia nas alopecias cicatriciais e a aplicação em alopecias não cicatriciais foram ministrados pelas assessoras do Departamento Científico de Cabelos e Unhas, Bruna Duque-Estrada e Giselle Martins Pinto, respectivamente. A anatomia aplicada aos procedimentos injetáveis e o uso da toxina botulínica na melhora do contorno facial foram abordados pela coordenadora do Departamento de Cosmiatria, Alessandra Ribeiro Romiti. E o assessor do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD André Avelino Costa Beber falou sobre atualização em vacinas.

Além de Sérgio Palma, estiveram presentes no evento outros três membros da Diretoria Nacional da SBD: Mauro Yoshiaki Enokihara (vice-presidente), Cláudia Carvalho Alcântara Gomes (secretária-geral) e Egon Luiz Rodrigues Daxbacher (tesoureiro).

Homenagem
A dermatologista Dóris Maria Hexsel (RS) recebeu homenagem da SBD e da SBD-RS durante o encontro. A médica é a primeira latino-americana a presidir a Sociedade Internacional de Cirurgia Dermatológica, com sede na Alemanha, que congrega médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos de mais de 40 países.

Com informações da assessoria de imprensa SBD-RS


6 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Está no ar o curso on-line sobre micologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A atividade faz parte do projeto SBD Capacita e é gratuita para os associados. O objetivo da iniciativa é atualizar e aprofundar as competências técnicas dos especialistas em relação à área da dermatologia, a partir de metodologias ativas de aprendizagem ligadas à tecnologia.

De acordo com o presidente da SBD, Sérgio Palma, o curso materializa o compromisso da entidade de proporcionar aos dermatologistas brasileiros opções de aprimoramento profissional, por meio da educação a distância, com base nos mais modernos métodos de aprendizagem.

“Com esse novo curso, a SBD fornece aos associados mais uma excelente ferramenta de capacitação profissional. Além de auxiliar na qualificação e melhorar a qualidade da assistência oferecida aos pacientes, nosso intuito também é estimular os dermatologistas a assumir um papel ativo na busca de conhecimento”, informa.

Conteúdo Idealizado durante a Gestão 2017/2018 e efetivado pela atual Diretoria Executiva da entidade, o curso conta com a supervisão científica da coordenadora do Departamento de Micologia da SBD, Regina Casz Schechtman. “A atividade é muito importante para quem deseja se reciclar ou quem vai prestar título de especialista em dermatologia”, observou.

Os três módulos – básico, intermediário e avançado – são compostos por 40 aulas e análise de casos clínicos. Neles, são abordados diferentes tópicos da área da micologia, a partir de temas como: “Micoses superficiais, subcutâneas e sistêmicas”; “Noções gerais sobre micologia e taxonomia dos fungos patogênicos”; “Etiologia e epidemiologia”; “Diagnóstico clínico e diferencial, além do laboratorial”; “Casos clínicos de complexidade fácil, média e difícil”, entre outros.

Para se inscrever no curso, o associado pode realizar seu cadastro clicando aqui.

 

 


6 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados recomendará à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que todos os medicamentos e substâncias para aplicação injetável sejam vendidos mediante prescrição médica. O grupo também sugerirá a criação de normas que imponham ao produtor e distribuidor informar data, lote de fabricação e validade desses produtos, assim como que seja informada sua destinação e o registro do médico responsável. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ofereceu subsídios aos parlamentares que levaram a essa tomada de decisões.

Os dois desdobramentos foram decorrência de audiência pública realizada nesta terça-feira (15/10), em Brasília (DF), para discutir o exercício ilegal da medicina e a adoção de medidas que impeçam a prática de atos médicos por profissionais sem a correta formação e especialização nos mais diversos campos da medicina. Na oportunidade, o presidente da SBD, Sérgio Palma, fez uma explanação de quase 20 minutos detalhando os riscos aos quais a população está exposta pela realização de procedimentos cosmiátricos invasivos por pessoas sem formação em medicina.

Assista a íntegra da participação do representante da SBD 

Segundo relatou aos deputados, os dermatologistas têm percebido em seus consultórios o aumento da incidência de pacientes que acusam efeitos adversos causados por procedimentos feitas por não médicos que atuam na área cosmiátrica. O relato feito pelo representante da SBD, rico em detalhes, sensibilizou políticos que reivindicaram um posicionamento da Anvisa com relação ao tema.

Toxina botulínica – “Se nós não podemos comprar um antibiótico sem receita, por que um distribuidor pode vender toxina botulínica de qualquer jeito?”, justificou o deputado Luis Antonio de Souza Teixeira Junior (PP-RJ), médico ortopedista e autor do requerimento para realização da audiência pública. “O debate foi muito produtivo, trouxemos à tona o problema, contextualizamos mostrando que não é uma questão de reserva de mercado”, avaliou Sérgio Palma, que ressaltou; “não estamos disputando com as outras profissões. Estamos defendendo a correta formação do médico especialista”.

Além da recomendação relativa às substâncias injetáveis, os parlamentares já pediram à SBD que encaminhe à Comissão uma lista com equipamentos e medicamentos que merecem um novo crivo. “Eu sou médico, minha esposa é médica, e nos deparamos diariamente com pessoas sequeladas por verdadeiros criminosos que vendem serviços à população sem ter competência para realizá-los”, acrescentou o deputado Luis Antônio (PP-RJ). 

Para ele, “quem mais sofre é a população carente, que não tem acesso a bons médicos”. Segundo ele, é essencial a valorização e exigência da residência médica para a formação de especialistas e, consequentemente, a redução dos riscos associados ao atendimento por profissionais sem o conhecimento necessário. “Todas as profissões têm o nosso apoio, mas dentro da lei”.

Exercício ilegal — Em sua participação, Sérgio Palma apresentou casos de pacientes que sofreram efeitos colaterais pelo uso inapropriado de preenchedores e outras substâncias, que podem causar complicações graves e diversas quando mal ministrados. “Não basta conhecer anatomia. É preciso conhecimento aprofundado e experiência”, afirmou.

Ele informou ainda aos parlamentares que a entidade tem combatido a prática ilegal da medicina e já impetrou mais de 800 representações em instâncias do Judiciário, Ministério Público e vigilância sanitária. “Nossa preocupação é impedir a ação de pessoas desqualificadas para esse tipo de atividade e assegurar que a população seja atendida apenas por médicos bem formados, capacitados e habilitados para realização de procedimentos dermatológicos e cosmiátricos invasivos”, destacou. 

O representante da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), Leonardo Nobrega, qualificou como essencial o debate em torno do exercício ilegal da medicina. “Os problemas se repetem nas várias especialidades. Há uma invasão do ato médico e não podemos menosprezar um procedimento, por mais simples que pareça”, comentou. “Estamos vivendo problema de saúde pública. Algumas vezes, são situações dramáticas”, acrescentou, relatando receber em consultório “pacientes maltratados, mal diagnosticados e malconduzidos”.

Por sua vez, o porta-voz da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Níveo Steffen afirmou que a entidade não é contra o exercício profissional de outras áreas da saúde que integrem um tratamento multidisciplinar, mas defende o exercício legal da medicina. “Nós estamos vivendo um problema de saúde pública. Muitas pessoas estão morrendo”, destacou. O diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Neuton Dornelas Gomes, defendeu ações de valorização do médico e zelo pelo nível ético e qualidade científica no exercício da profissão.
 


6 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou nesta segunda-feira (21/10) uma carta aberta à população no qual conclama as autoridades, em especial o Ministério Público e o Poder Judiciário, a tomarem providências imediatas contra a realização de procedimentos estéticos invasivos por pessoas sem formação médica. Segundo a entidade, esses casos, que têm se repetido com frequência cada vez maior, expõem pacientes a riscos de complicações de saúde e até de morte.

CONFIRA ABAIXO A ÍNTEGRA DA CARTA DA SBD AOS BRASILEIROS
 
No texto, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que mantém seus esforços contínuos para a suspensão imediata da Resolução nº 198/2019, do Conselho Federal de Odontologia (CFO), que autoriza indevidamente aos dentistas o uso da toxina botulínica e de preenchedores faciais na região orofacial e em áreas anexas, bem como a realização de procedimentos com vistas a “harmonizar os terços superior, médio e inferior da face”.

Saúde – “É inaceitável que a ação inescrupulosa de alguns indivíduos continue a ceifar vidas. Sem formação e capacitação adequadas, essas pessoas cometem abusos com consequências graves. Muitos já morreram por conta dessas irregularidades e milhares de outros têm sua saúde prejudicada ao passarem por procedimentos estéticos invasivos desnecessários ou malconduzidos, que, por lei, devem ser realizados exclusivamente por médicos”, disse o presidente da SBD, Sergio Palma. 

A reação da SBD vem após a confirmação da morte de Silmara Regina Rodrigues, 45 anos, no sábado (19/10), após dez dias de internação em UTI em São José do Rio Preto (SP). O caso é mais um exemplo do risco aos quais estão expostas pessoas que realizam procedimentos cosmiátricos invasivos em lugares inadequados e com pessoas sem formação em medicina. 

Silmara Regina, que deixou marido e dois filhos (de 18 anos e de 7 anos), faleceu em decorrência de complicações após passar por uma cirurgia estética de redução de "papada" (lipoplastia cervical) em consultório odontológico. A profissional que realizou o procedimento era uma dentista e a clínica já foi autuada por não ter licença para realizar atos desse tipo. 

Alerta – Trata-se de uma tragédia que poderia ter sido evitada. Por isso, a SBD reitera seu alerta junto à população para que não faça tratamentos estéticos invasivos com pessoas sem a devida capacitação e em locais sem a infraestrutura para atender situações de emergência. Os médicos são os profissionais recomendados para fazerem esse ato, em especial os dermatologistas e cirurgiões plásticos, reitera a entidade. 

Além do alerta, a SBD está tomando providências legais para inibir ações irregulares. Denúncias de exercício ilegal da medicina estão sendo encaminhadas para a Polícia, o Ministério Público e as vigilâncias sanitárias nos Estados. Até o momento, cerca de mil situações de abuso foram registradas junto às autoridades. 

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO
 

É inaceitável que mortes continuem a ocorrer no País em decorrência de procedimentos cosmiátricos invasivos realizados por pessoas sem formação em medicina. Cabe às autoridades, em especial ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, a tomada de medidas cabíveis urgentes para frear os abusos e as irregularidades que expõem a população a situações de risco de vida. 

A morte de Silmara Regina Rodrigues, 45 anos, ocorrida no sábado (19/10), em São José do Rio Preto (SP), é um alerta inequívoco para a necessidade de providências urgentes. Por conta da atuação irregular de uma dentista, ela faleceu abruptamente, deixando marido e dois filhos. Uma tragédia que poderia ter sido evitada se as instâncias competentes tivessem agido no momento certo. 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que mantém seus esforços contínuos para a suspensão imediata da Resolução nº 198/2019, do Conselho Federal de Odontologia (CFO), que autoriza indevidamente aos dentistas o uso da toxina botulínica e de preenchedores faciais na região orofacial e em áreas anexas, bem como a realização de procedimentos com vistas a “harmonizar os terços superior, médio e inferior da face”.

Em diferentes frentes, a SBD, com apoio de entidades médicas, atua contra a invasão de competências por outras categorias em áreas de atuação exclusivas dos médicos, conforme previsto na Lei do Ato Médico (nº 12.842/2013). Trata-se de um desvirtuamento de atribuições que deve ser coibido com urgência para proteger o bem-estar, a saúde e a vida de milhões de brasileiros. 

Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2019. 

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
Gestão 2019/2020


6 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou alerta ético aos especialistas com orientações sobre sua participação como palestrantes em eventos direcionados a não médicos ou promovidos por organizações que divulgam práticas não reconhecidas cientificamente. O documento, distribuído na quinta-feira (21/11), responde a uma série de questionamentos enviados à entidade por seus associados. 

Acesse e leia a íntegra do alerta ético 

No texto, a SBD esclarece que os especialistas devem observar os pressupostos da Resolução nº 1.718/2004, publicada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a qual veda ao médico o ensino de atos médicos privativos, sob qualquer forma de transmissão de conhecimentos, a profissionais não médicos. A regra se estende, inclusive, aos procedimentos de suporte avançado de vida, exceto em casos de atendimento de emergência a distância, até que sejam alcançados os recursos ideais. 

Na avaliação da gestão 2019/2020 da SBD, “os dermatologistas titulados que participam de atividades dessa natureza podem contribuir com a ocorrência de eventuais casos de mau atendimento ou de efeitos adversos em procedimentos realizados, assim como fragilizam ações de valorização da medicina e de defesa da oferta de assistência qualificada”. 

Evidências – O alerta da SBD ainda lembra que o Código de Ética Médica veda aos profissionais a divulgação de práticas ainda não consideradas validadas ou reconhecidas pela comunidade científica a partir de evidências sólidas. No entendimento da Gestão, a prescrição desses procedimentos pode colocar o paciente em situação de risco no que se refere à segurança e eficácia dos cuidados que recebe. 

Assim, para evitar transtornos e com base nas normas em vigor, a SBD recomenda aos dermatologistas associados que não sejam palestrantes “em atividades organizadas por serviços não credenciados ou por entidades/eventos que divulgam especialidades e/ou práticas não reconhecidas no País”. Dentre eles, constam grupos ligados às chamadas medicina estética, medicina ortomolecular e medicina integrativa. 

Para a gestão 2019/2010 da SBD, a valorização do ato médico e do ético exercício da profissão implica em atender às recomendações definidas pelo CFM. A promoção dessa atitude pelos especialistas e considerada importante para preservar o preservar o prestígio e o bom conceito da especialidade e da medicina.


6 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Além de promover um movimento de conscientização para o controle do câncer da pele desde a infância, a campanha Dezembro Laranja deste ano visa chamar a atenção sobre os sinais da doença para diagnóstico e tratamento precoces. Atentar para pintas ou sinais que mudam de tamanho, forma e cor, e procurar ajuda especializada o quanto antes aumentam as chances de cura na maioria dos casos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são diagnosticados 180 mil casos novos da doença, anualmente. É o câncer mais incidente no país em ambos os sexos, sendo que os homens apresentam risco maior de ter a doença. Todos os tipos de câncer são tratados de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Temos um problema de saúde pública, e a SBD transformou esse problema numa ampla campanha de combate ao câncer da pele por meio do Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre a doença”, explica o presidente da SBD, Sérgio Palma. Segundo o médico, a Sociedade Brasileira de Dermatologia mantém seu comprometimento para reduzir a ocorrência e a mortalidade por meio de ações de conscientização por todo o país.

Este ano, a principal peça publicitária da campanha é um filme que conta a história de luta e superação do Mário, do Hélio e do Ricardo, pacientes de diferentes tipos de cânceres da pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, respectivamente. Segundo o coordenador nacional do Dezembro Laranja, o dermatologista Elimar Gomes, “quase 90% dos casos existentes são de carcinomas. Esses tumores têm letalidade baixa, mas provocam cerca de 1.900 óbitos a cada ano no Brasil. Menos comum, o melanoma é o tipo mais agressivo e, por esse motivo, causa mais de 1.700 óbitos anualmente. Conhecemos a origem da doença e sabemos que é possível preveni-la; por esse motivo a conscientização pública é uma das formas de reduzir o número de casos”, enfatiza o médico.

Entre as iniciativas, estão divulgações nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e site) marcadas com as hashtags #DezembroLaranja e #SinaisdoCancerdePele. O público pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. Assim como nos anos anteriores, personalidades participarão do movimento vestindo a cor laranja e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha, frisando o compromisso com a prevenção e o diagnóstico e o tratamentos precoces.

Em 2019, uma das ações que assume maior relevância ocorrerá no dia 7 de dezembro, quando cerca de quatro mil médicos dermatologistas e voluntários prestarão atendimento gratuito para diagnóstico do câncer de pele. As consultas serão realizadas em cerca de 130 postos espalhados pelo Brasil. Este mutirão de consulta é realizado pela SBD desde 1999 e já beneficiou mais de 600 mil pessoas. Este ano, na 21ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer da Pele da SBD, a previsão é de que 30 mil pessoas sejam beneficiadas pela iniciativa.  

O Dezembro Laranja 2019 conta com patrocínio da L’Oréal, Johnson & Johnson e Mantecorp. Também há outras parcerias privadas que se uniram ao movimento em prol da vida. A participação de parceiros nessa campanha evidencia a centralidade das questões de saúde no entendimento do modo contemporâneo de vida.

 

 


5 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Luiz Gameiro

Na Reunião Anual dos Dermatologistas do Estado de São Paulo (Radesp), realizada em outubro passado, o coordenador do Departamento de Dermatologia Geriátrica da SBD, Luiz Gameiro, palestrou sobre os cuidados específicos com a pele do idoso e abordou aspectos interessantes no manejo da queratose actínica (QA). Segundo o médico “é possível melhorar muito a autoestima dos idosos tratando efetivamente as QAs e o campo de cancerização. É comum vermos os pacientes retornarem às consultas com ânimo renovado por se sentirem mais jovens e com a pele mais bonita!”

Maria Carolina Corsi Ferreira

A dermatologista Maria Carolina Corsi Ferreira falou sobre o paciente inoperável. "O câncer de pele atinge principalmente a população geriátrica, e muitas vezes esses pacientes não apresentam condições clínicas para realizar a cirurgia”. Nessa aula, foram discutidas as indicações de tratamento não cirúrgico de câncer de pele, bem como outras opções de tratamento para esses casos, incluindo terapias locais, radioterapia e terapias sistêmicas.

 

Marcelle Nogueira

A dermatologista Marcelle Nogueira, cuja tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP) é sobre envelhecimento cutâneo, dissertou sobre o uso de suplementos na prevenção dessa ocorrência. Destacou doses diárias recomendadas, interações medicamentosas e contraindicações das principais substâncias prescritas para retardar esse processo. Comentou ainda os relevantes estudos científicos mundialmente publicados e fez pertinentes alertas aos colegas dermatologistas acerca dos riscos inerentes ao uso desses suplementos.

 

 





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