Universidade de Taubaté (Unitau) e Santa Casa de São José dos Campos




3 de fevereiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

De 19 a 23 de fevereiro, Londres sediou o primeiro Congresso Global sobre Epidermólise Bolhosa (EB World Congress 2020). O médico dermatologista Samuel Mandelbaum esteve presente no encontro representando o Dermacamp, o Serviço de Dermatologia da Universidade de Taubaté e o Serviço da Santa Casa de São José dos Campos. Durante cinco dias, 730 pesquisadores e cientistas de 55 países discutiram minuciosamente os aspectos dessa complexa e rara genodermatose, que hoje engloba 34 subtipos. O evento foi promovido pela Debra International.

“Muitas pesquisas estão em fase 3, e em dois anos os primeiros tratamentos efetivos para uma das doenças mais complexas da medicina devem estar disponíveis. Terapias genéticas, colágeno recombinante, imunobiológicos para o câncer metastático, losartana oral e tratamentos tópicos com derivados vegetais estão entre as novas possibilidades terapêuticas para uma doença que até poucos anos só contava com cuidados locais”, detalha Mandelbaum.

Troca de experiências
Ao longo do encontro, o médico fez uma visita ao RDC Rare Diseases Centre do Guy’s & St. Thomas Hospital, que possui um setor especialmente adaptado para acolher e atender pacientes com epidermólise bolhosa e suas famílias. São 480 pessoas com epidermólise bolhosa no Reino Unido atendidas por equipe multiprofissional e multidisciplinar em ambientes acessíveis, climatizados e protegidos. “Os enfermeiros especialistas em dermatologia representam papel fundamental no atendimento à EB no Centro de Doenças Raras. Nossa visita foi muito proveitosa para incrementar a troca de conhecimentos e trazer a experiência inglesa para os nossos pacientes com EB no Brasil”, disse Samuel Mandelbaum. Psicólogos, fisioterapeutas, médicos oftalmologistas e oncologistas trabalham sob a direção da médica dermatologista e professora de Dermatologia no St. Thomas Hospital, Jemima Mellerio. A Dermatologia do St. Thomas faz parte do King’s College of London e é chefiada pelo Prof. John McGrath.

Na primeira foto estão os médicos Samuel Mandelbaum e a Kattya Mayre-Chilton, coordenadora dos Grupos de Trabalho da DEBRA sobre os CPG Clinical Practice Guidelines, Na outra, estão a chefe do RDC (à direita), Profa. Jemima Mellerio, ao lado dos enfermeiros especialistas em dermatologia do Centro de Doenças Raras.


30 de janeiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

O Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro durante o período do recesso fez uma reforma completa das suas fachadas e, internamente, construiu mais uma sala no Setor de Cosmiatria. Na foto, está a pós-graduanda do terceiro ano, Lara Tusset, atendendo a uma paciente na nova sala.

O chefe do Serviço, o médico dermatologista David Azulay, informa que foi concluído o processo seletivo dos novos alunos que iniciarão o nosso Curso de Pós-Graduação em 2020 que está sob coordenação da Profa. Regina Schechtman. “Uma das grandes características da instituição é ser cosmopolita e isso, mais uma vez, se confirmou. Os alunos selecionados são oriundos das mais diversas localidades como: Rio Grande do Norte, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Brasília, Minas Gerais, Estado do Rio, Colômbia, Chile, Bolívia e Equador”, disse Azulay.

 

 


30 de janeiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

O Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da UFMG, além de referência no tratamento da dermatite atópica, se destaca pelo projeto de extensão criado em 2004 por intermédio do Grupo de Apoio às Crianças com Dermatite Atópica coordenado pela dermatologista pediátrica, Cláudia Márcia de Resende Silva. O grupo, com suas reuniões mensais, tem-se mostrado extremamente enriquecedor para todos os envolvidos no cuidado do paciente atópico. Além de dermatologistas e residentes, é composto por psicólogos, e dividido em dois grupos, um de crianças de colo e seus acompanhantes, e o outro de crianças já com certo grau de independência. “Por proporcionar a troca de experiências, o grupo mostra que as crianças não passam por esse momento sozinhas. De uma forma didática, elas aprendem a cuidar da pele e percebem que sua participação é importante no controle da doença”, afirma a médica.

Para comemorar os 15 anos de atividades, o projeto criou um jogo, que de forma leve e divertida ensina crianças com dermatite atópica a cuidar da pele para que o tema não seja mais uma fonte de atrito ou preconceito. O jogo é formado por uma trilha onde cada criança é representada por um pino colorido. Durante a caminhada, quem cuida da pele de acordo com as recomendações, pula várias casas para frente. Quem não cuida, tem que voltar algumas casas. Vence o jogo quem chega ao final primeiro. A ideia, que tem sido muito bem sucedida, é reforçar os ensinamentos de uma maneira lúdica, sobre os cuidados necessários e essenciais para as crianças atópicas.


30 de janeiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

O Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina Nova Esperança participou do Dezembro Laranja em dois momentos de atendimento: um no dia 6 de dezembro, no Centro de Saúde Nova Esperança, em Bayeux (PB), município vizinho a João Pessoa; e o outro no dia 7 de dezembro, como posto de atendimento da Campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no Centro de Saúde Nova Esperança em João Pessoa (PB). “Dessa forma, conseguimos atingir população de diferentes localidades, levando informação e atendimento adequados”, ponderou a chefe de Serviço, Luciana Trindade.


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Em 9 de novembro de 2019 a Santa Casa de São José dos Campos realizou a primeira Jornada Dermatológica do Serviço de Dermatologia. O mais novo Serviço Credenciado paulista ofereceu aos médicos dermatologistas do estado de São Paulo a oportunidade de examinar e discutir casos dermatológicos com pacientes ao vivo. Casos raros de histiocitose cefálica benigna e de síndrome de Noonan foram diagnosticados.

Participaram do curso os professores Helena Muller, Ival Peres Rosa, além do vice-presidente da SBD, Mauro Enokihara, que ministrou aula sobre o melanoma subungueal, e do dermatologista Sílvio Alencar, que deu o Curso de Micologia Médica aos residentes da Santa Casa de São José dos Campos e da Universidade de Taubaté.

“Nossos agradecimentos a todos; parabéns aos colegas assistentes Adriane Volkmann, Juliana Emi Ujihara, Larissa de Oliveira Souza Beltrão, Mairam Steffen, Rodrigo Ieiri e às médicas residentes Daniele Satomi Araujo Tamashiro, Graziela Marcolino Mazzi, Jéssica Machado Mota Fernandes, Camila Melo Borges Crosara, Cândice Mariah Mazzarolo Marques e Mariana Queiroz Batista Fachin pela seleção e apresentação dos pacientes”, congratula o chefe do Serviço, Samuel Mandelbaum.

Legenda foto: Os dermatologistas Helena Muller e Silvio Marques recebem lembrança da cidade, a miniatura em vidro da árvore projetada atrás, a maior Samanea saman do Brasil, com 40 metros de diâmetro

 

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Professores e alunos do Serviço de Dermatologia da Universidade de Taubaté tiveram presença marcante da Radesp 2019, realizada em outubro, em São Paulo. Além de palestra sobre o Dermacamp, ministrado pelo chefe do Serviço, Samuel Mandelbaum, três trabalhos foram premiados: Isabella Baltazar, com a Melhor Foto; Mariana Tressino, primeiro lugar no Trabalho de Investigação em Dermatologia Pediátrica sobre vitiligo na infância; e Isabella Baltasar, primeiro lugar no Trabalho de Investigação − Dermatologia Cirúrgica sobre tratamento das queilites actínicas com terapia fotodinâmica daylight.

“Esses prêmios refletem toda a dedicação e os estudos de todo o grupo de professores e residentes do Serviço de Dermatologia do Departamento de Medicina da Universidade de Taubaté. Parabéns a todos!”, comemora o dermatologista Samuel Mandelbaum.


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

A dermatologista Ana Elisa Kiszewski Bau acaba de assumir a chefia do Serviço de Dermatologia ISCMPA/UFCSPA. A Dra. Ana é professora-associada de dermatologia na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e coordenadora da Unidade de Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

O Serviço anuncia que a aluna de especialização em Dermatologia Letícia Dupont, com o trabalho "Celulite por Vibrio vulnificus", venceu o prêmio de melhor caso apresentado na 3ª Jornada Multisserviços e no 2o Simpósio Gaúcho de Terapêutica Dermatológica, nos dias 16 e 17 de agosto, em Porto Alegre.

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

No dia 10 de outubro foi realizada a 4ª edição do “Xô Coceira”, evento organizado pelos residentes do serviço, com o apoio do Laboratório Libbs. No dia, crianças portadoras de dermatite atópica e outras dermatoses crônicas se reuniram para participar de atividades educativas e brincadeiras, marcando a comemoração da semana da criança e, ao mesmo tempo, proporcionando mais interação entre nossos pequenos pacientes e seus familiares. 

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Outubro, mês que marca o Dia Mundial de Conscientização da Psoríase (29/10), uma doença de pele inflamatória crônica, não contagiosa, que afeta diretamente milhares de pessoas no Brasil e pode atingir todas as idades, teve uma boa notícia. Recentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou uma série de medicamentos imunobiológicos ao grupo de medicações oferecidas de forma gratuita pelo sistema para o tratamento da psoríase moderada a grave em adultos e crianças, que não respondem às terapias tradicionais. Uma vitória importante para pacientes de psoríase, profissionais da saúde e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O tratamento da psoríase depende essencialmente da forma da doença e da extensão do quadro. Casos leves são tratados com medicamentos tópicos, como cremes e xampus. Para o tratamento da psoríase moderada a grave são usados a fototerapia (banhos de luz ultravioleta) e medicações orais sistêmicas. Caso o paciente não melhore com as etapas de tratamentos anteriores ou apresentem alguma restrição a seu uso, indicam-se os medicamentos imunobiológicos.

“Os biológicos são uma nova geração de medicamentos para o tratamento da psoríase moderada a grave. São altamente específicos e eficazes no controle da enfermidade, quando o paciente já não responde às medicações tradicionais. O médico dermatologista precisa avaliar com atenção caso a caso para indicar o melhor tratamento”, explica a médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia Claudia Maia.

A característica mais marcante da psoríase é o impacto que a doença tem sobre o bem-estar físico e a qualidade de vida do paciente. “A psoríase é cercada de preconceito devido ao aspecto das lesões e o receio infundado de que possa ser contagiosa. Não se trata de uma doença contagiosa e, assim, não há nenhum risco para as pessoas que convivem com o paciente de psoríase”, destaca Palma.

A SBD reforça a luta contra o preconceito e a necessidade constante de esclarecimentos sobre as suas manifestações. “Essa situação delicada que leva a pessoa com psoríase ao isolamento social precisa ser mudada. A Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase da SBD, veiculada nas redes sociais da Sociedade, tem um papel muito importante na luta contra o preconceito”, finaliza Ricardo Romiti.

Sobre a liberação dos imunobiológicos no SUS
Durante a 74ª edição do maior e mais importante evento da dermatologia brasileira, o Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em setembro, a SBD recebeu a notícia da liberação dos medicamentos imunobiológicos para tratamento da doença no SUS, uma luta dos pacientes com psoríase e dermatologistas ao longo de uma década. No entanto, a disponibilização dos medicamentos biológicos não ocorre de forma automática, demandando algumas burocracias do Ministério da Saúde para que os imunobiológicos possam finalmente ser prescritos pelo médico.

“Ao que tudo indica a espera não será longa, pois há poucos dias saiu o Sigtap para psoríase, que é o código do Ministério da Saúde, para começar a liberar as medicações. Agora só estamos aguardando a adequação das Secretarias estaduais de saúde para começar o fluxo de fornecimento”, explica Claudia Maia.

A partir de agora, portanto, de forma resumida, com o novo protocolo de tratamento da doença, passam a ser regulados a forma de acesso dos pacientes à medicação gratuita na rede pública, os critérios para fechamento de diagnóstico, a exigência de que gestores do SUS observem as normas e a obrigação de que os médicos informem ao paciente, ou seu responsável legal, sobre os potenciais riscos, benefícios e efeitos adversos relacionados ao uso das medicações citadas. Entenda mais sobre o assunto aqui.

 


10 de dezembro de 2019 0

JSBD – Ano 23 – N.05

Prof. Silvio Marques
Editor dos Anais Brasileiros de Dermatologia

 

1- Um dos problemas capitais ao terminar a residência é vir a ficar distante da rica rotina de casos e da supervisão dos preceptores. O risco, comum, é passar a vivenciar casos repetitivos, pouco desafiadores e ir perdendo paulatinamente o repertório de diagnósticos e o raciocínio clínico mais especializado. Há que lutar contra isso. Como? Sempre que possível ficar vinculado a um Serviço. O de origem ou o que for viável. Vincular-se como voluntário, colaborador ou membro do estafe seria o ideal. Caso não seja possível, ao menos frequentar as reuniões clínicas do Serviço. Ser assíduo às jornadas clínicas, nos Congressos assistir às sessões de casos clínicos, ficar atento aos pôsteres. Participar de grupos de discussão, compartilhar casos. Para atualização teórica, podemos estudar e buscar artigos a qualquer hora, mas rever casos clínicos, se sentir desafiado, é outra demanda e que pode auxiliar a identificar áreas ou subáreas em que é preciso se aprimorar. Importante ficar atento ao vai e vem epidemiológico das enfermidades. Por exemplo: estamos em meio à epidemia de sarampo, mão-pé-boca, incluindo adultos, com o surgimento de efeitos adversos às terapêuticas-alvo; pois bem, como se expressam clinicamente? O que devo procurar saber? Esse tipo de atenção e exercício intelectual deve ser permanente. A manutenção das habilidades e seu upgrade também devem ser preocupações constantes.

2- Quando me refiro a “habilidades”, quero ir além dos procedimentos, pequenos ou grandes. Penso também em outras habilidades fundamentais, nem sempre adequadamente treinadas ou aperfeiçoadas na residência, tais como: empatia, acolhimento, gentileza, educação, e nos cuidados essenciais ao atender alguém do sexo oposto e até mesmo do mesmo sexo (ou gênero). Cada um dos substantivos acima tem seu significado intrínseco, suas semelhanças e completa os demais. Cada um de nós tem seu jeito de ser: mais ou menos formal, mais ou menos informal, mais ou menos alegre… O importante é que o dito acima seja praticado sempre, independentemente de qualquer circunstância: SUS ou consultório, rico ou pobre, do partido X ou Y, enfim… Princípios valem sempre. E, mais, não raro construímos a história clínica, perguntamos isto e aquilo, estamos digitando, e o olho no olho se perde… e a conexão médico/paciente se esgarça. Treinar como quebrar o “gelo” da primeira consulta, escolher perguntas triviais, mas que funcionam, chamar sempre pelo nome, em que bairro mora? Como estava o trânsito? Muito óbvio….? Sim, mas nem todos têm o tom e a maneira autêntica de perguntar e se relacionar… O que é facilmente perceptível… Portanto, atenção e treino.    

3- E quando não sabemos o diagnóstico? O resultado terapêutico esperado não vem? O laudo histopatológico é descritivo, e você não consegue interpretá-lo ou a margem profunda veio comprometida, ou é mesmo um melanoma. Como nos comportar? São hipóteses distintas e com respostas e encaminhamentos distintos, mas é comum a maneira de os enfrentar. Como? Usando de plena franqueza e sinceridade! Os pacientes leem as nossas reações, nossa linguagem corporal e nosso silêncio. Há uma semana, paciente que havia excisado melanoma extensivo superficial no antebraço, Breslow 5mm, com linfonodo axilar aparecendo um ano após a exerese, vem para checar PAFF do linfonodo axilar. Abro o sistema de laudos, fico em silêncio por uns minutos. Quando volto meu olhar para ele, vejo as lágrimas rolando… Por algo que transmiti, ele intuiu que fora positivo para metástase. O que fazer? Levanto, dou volta à cadeira do paciente, pouso minha mão no seu ombro, acaricio, chora a esposa, chora a filha, quase embarco também, permanecemos em silêncio, ofereço o lenço e após uns minutos, retomo: “Senhor, todos nós sentimos muito, mas temos que ser firmes, e a etapa seguinte agora é…” Ou seja, temos que ter alternativas a oferecer, temos que ter a quem consultar, perguntar, mostrar, discutir, encaminhar, com o panorama o mais aberto possível.

 

 





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