O doutor André Carvalho, coordenador da Campanha de Psoríase 2021 da SBD, concedeu nesse domingo (25), uma entrevista para o Jornal de Domingo da Rádio Guaíba. Na entrevista, o especialista explicou brevemente o que é a doença e comentou sobre a importância do tema, e sobre a campanha para o dia da sua conscientização mundial.
Tratamentos não convencionais para a psoríase, exemplos de uso de biológicos no tratamento da doença e a experiência com biológicos e inibidores de pequenas moléculas estão entre os temas que serão abordados no 5º Simpósio Nacional de Imunobiológicos e XIII Simpósio Nacional de Psoríase, ambos organizados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). As atividades acontecerão dia 23 de outubro, das 8h20 às 18h, com transmissão on-line.
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A programação conta com expositores de renome internacional, como Hervé Bachelez (França) e Felix Pavlotsky (Israel), que abordarão temas como psoríase pustulosa e covid-19 e biológico/IPM, respectivamente. Os dermatologistas que participarem do evento terão acesso à área de exposição virtual e certificado. Para aproveitar o primeiro lote, com desconto, os interessados devem se inscrever por meio da página da SBD.
Além dos dois simpósios, a SBD prepara uma campanha institucional sobre psoríase que também acontecerá no mês de outubro, mês em que é celebrado o Dia Mundial dedicado à doença. Durante o período, os dermatologistas vão buscar a conscientização da população sobre o tema e chamar a atenção para as possibilidades de tratamento e de diagnóstico disponíveis nas redes pública e privada.
O Jornal da Sociedade Brasileira de Dermatologia (JSBD) traz como manchete, em sua nova edição, a comemoração de um importante fato para especialidade e o trabalho realizado pela entidade. O periódico mostra que os Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) aumentaram em 69% seu fator de impacto ao longo de 12 meses. O índice passou de 1,121, relativos a 2019, para 1,896, no ano seguinte. O cálculo feito pelo Journal of Citation Reports (JCR) foi divulgado recentemente.
Além desta conquista, que confirma o investimento da Sociedade Brasileira de Dermatologia em produção de conhecimento, o JSBD mostra ainda outro avanço da entidade na área das publicações científicas. Uma reportagem apresenta o novo layout do site da revista Surgical & Cosmetic Dermatology (S&CD). Com o mesmo endereço, mas com uma página completamente reformulada, esta publicação oferece a partir de agora um fluxo contínuo de artigos ao longo do ano, juntamente com outras novidades.
O leitor do JSBD também poderá conhecer nesta edição os detalhes de outra inovação lançada pela Sociedade, que criou um perfil exclusivo no Instagram para seus associados – o @associadosbd. O espaço criado dentro do Instagram tem acesso restrito e ajudará na troca de experiências e formação de networking entre os membros, de forma ágil e dinâmica.
O JSBD apresenta ainda um bate-papo entre a coordenadora cientifica da SBD, Flávia Vasques Bittencourt, e o professor Celso Sodré. Os dois experts falaram sobre os riscos e possibilidades de antiandrógenos nas alopecias. Entre outros assuntos, os leitores também poderão ficar por dentro sobre as eleições para a Diretoria-Executiva na gestão 2023-2024 e os resultados da capacitação sobre prevenção, diagnóstico e tratamento em hanseníase que a SBD ofereceu para membros de equipes da Atenção Primária em sete estados.
A íntegra da edição está disponível na área restrita do site. Para leitura, clique aqui.
Quem acompanhar o episódio do SBDcast dedicado ao corticoide oral terá acesso a uma atualização prática sobre como fazer o uso dessa substância. São abordados aspectos como critérios para escolha do medicamento, definição das doses para pacientes com dermatoses graves e exames solicitados para tratamento de longo prazo.
Neste programa, a professora Celina Wakisaka Maruta, do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, compartilhou sua experiência no uso da corticoterapia em bate-papo com Flávia Vasques Bittencourt, coordenadora científica da SBD.
Apaixonada pelo tema, Celina Maruta ainda fez uma abordagem ampla sobre os efeitos colaterais do corticoide oral e os fatores de risco para seu surgimento, assim como o esquema para a redução do uso deste medicamento.
O SBDcast é um serviço exclusivo e gratuito para associados da SBD criado pela gestão 2021-2022. Toda quarta-feira é disponibilizado um novo episódio no aplicativo ou na área do associado no site da Sociedade.
Milhares de crianças brasileiras manifestam sinais e sintomas de dermatite atópica, um problema de saúde que causa desconforto dos pequenos e tira o sono de pais e responsáveis. Diante da alta incidência de dermatite atópica (DA) na população infantil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta os adultos sobre a importância de ficarem atentos às queixas e ao surgimento de manifestações na pele que possam ser indícios do aparecimento deste problema, que pode ter origem genética, não é contagioso e pode ser atenuado ou controlado com a ajuda de medicamentos e mudança de hábitos.
Este é um dos temas abordados pela campanha "Dermatite atópica: atenção e cuidado com a sua pele", que a SBD promove até o fim do mês de setembro. A iniciativa tem o apoio institucional da Sanofi, Lilly, Abbvie e Pfizer. Para esclarecer dúvidas sobre os quadros que afetam o público infantil, a SBD realizará uma live voltada para a população em 23 de setembro, data em que será celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre Dermatite Atópica.
O evento, que será realizado em parceria com a revista Crescer, será transmitido entre 19h30 e 20h30, nos perfis da publicação no Facebook e no Instagram. No encontro, as médicas dermatologistas Carolina Contin Proença, da Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, e Silvia Assumpção Soutto Mayor, coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD e responsável pelo Setor de Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, abordarão o tema “Por dentro da dermatite atópica: do diagnóstico ao tratamento”. A mediação ficará sob a responsabilidade da editora-chefe da Crescer, Ana Paula Pontes.
Fatores desencadeantes – A DA pode aparecer em qualquer idade, geralmente na primeira infância, em bebês a partir dos três meses. A doença costuma desaparecer em aproximadamente 70% dos pacientes na adolescência. Alguns casos podem ter início na adolescência ou já na idade adulta. Silvia Soutto Mayor indica fatores que merecem atenção: "em geral, os sinais mais precoces de dermatite atópica são uma pele muito seca e a presença de coceira. Como o bebê ainda não tem coordenação motora desenvolvida, fica agitado, inquieto e chora”.
Como se trata de uma doença com várias causas, o surgimento de quadros em crianças pode decorrer de alterações genéticas, de disfunções da barreira cutânea, resposta imunológica alterada, disbiose ou alteração do microbioma da pele. Também entram nesta lista alterações emocionais e ambientais, que funcionam como "gatilhos" para as crises.
De acordo com a coordenadora do Departamento da SBD, banhos quentes e demorados, sabonetes que “desengorduram” muito a pele, uso de buchas ou esponjas no banho, roupas de lã ou sintéticas e alimentos alergênicos, como castanhas em geral, ovo e leite, podem agir como fatores que desencadeiam ou agravam as crises da DA. Além disso, o estresse emocional pode complicar o quadro e até mesmo ser gatilho para as crises.
"Os pais devem se manter atentos e conversar com os filhos, principalmente quando há uma piora repentina da dermatite. Ao identificar a causa do estresse emocional fica mais fácil combatê-lo e, se necessário, lançar mão da ajuda de psicólogos ou até psiquiatras", avalia.
Impactos psicológicos – Outro ponto levantado por Silvia Soutto Mayor são os impactos psicológicos que as crianças sofrem após serem diagnosticadas com dermatite atópica. Uma das consequências é o comprometimento da autoimagem do paciente por conta das lesões que aparecem no rosto e nas extremidades do corpo, como mãos, pés, orelhas, pescoço e nas dobras dos braços e joelhos.
"Por conta disso, muitos jovens se tornam vítimas de bullying. É preciso orientar seu filho sobre o fato de que a dermatite não é contagiosa, não impede o convívio escolar e nem que ele brinque e socialize com outras crianças", enfatiza. Essa doença também afeta o processo de aprendizagem, pois a coceira impede a concentração e leva a distúrbios do sono. "O aluno acorda várias vezes à noite, o que o faz se sentir cansado nas aulas. Além disso, ele pode sofrer com sonolência indesejada pelo uso de medicamentos para tratar a dermatite, como antialérgicos (anti-histamínicos).
Para prevenir o agravamento de quadros ou o surgimento de crises, a especialista da SBD recomenda a aplicação constante de hidratantes, entre outros itens. "Os pais devem evitar o ressecamento excessivo da pele das crianças, dando banhos rápidos e mornos, hidratando a pele logo após o banho e evitando a transpiração excessiva, optando por tecidos leves, preferencialmente, de algodão", aconselha.
Campanha em setembro – O lançamento desse alerta e a realização de várias ações durante o mês de setembro fazem parte da campanha que a SBD desenvolve sobre o tema da dermatite atópica. Para os dermatologistas membros da SBD será feita outra live, no dia 21 de setembro, que será transmitida no site do Conexão SBD.
A campanha contará ainda com vídeos – voltados para o público leigo – em que médicos responderão as dúvidas sobre a dermatite. Também serão distribuídas peças em redes sociais, esclarecimentos sobre causas, sintomas e tratamentos serão publicados no site e redes sociais da SBD. A SBD também criou um site dedicado a sanar dúvidas sobre a doença.
Indicações atualizadas sobre o uso de medicamentos sistêmicos no tratamento de casos graves de dermatite atópica foram abordadas pelo SBDcast. Em episódio sobre o tema, também foi discutida a adoção de recursos terapêuticos de baixo custo e fácil acesso, como a técnica dos panos úmidos, que ajudam a aliviar o desconforto causado pelas lesões.
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Essas informações foram compartilhadas por Daniel Lorenzini, preceptor dos Ambulatórios de Dermatite Atópica Infantil e Adulto, na Santa Casa de Porto Alegre (RS). Na conversa com Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD, o convidado especial do programa trouxe ainda orientações sobre a prescrição de corticoides e o uso de imunobiológicos.
Lançado em fevereiro deste ano, o SBDcast é uma iniciativa da Gestão 2021-2022 que traz exposições sobre assuntos de interesse para a dermatologia semanalmente, todas as quartas-feiras, exclusivamente para os associados. Para conferir este programa e edições anteriores, basta acessar o aplicativo da SBD ou a área do associado, no portal.
Um total de 1.911 médicos e membros de equipes que atuam em postos de saúde foram capacitados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para fazer a prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase. As atividades, realizadas entre junho e julho, beneficiaram profissionais de sete estados (Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco e Tocantins), que foram escolhidos com base em critérios epidemiológicos, por conta dos altos índices de incidência e prevalência da doença em seus territórios.
Como desdobramento do projeto contínuo de qualificação da assistência aos pacientes, visando, sobretudo, facilitar o diagnóstico e o tratamento precoces dessa doença, a SBD articula com o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) uma nova rodada de atividades, ampliando o treinamento a todos os estados brasileiros.
Dados do Ministério da Saúde confirmam a importância deste projeto desenvolvido pela SBD. Entre 2010 e 2019, no Brasil, foram diagnosticados 312 mil novos casos de hanseníase, ou seja, uma média de 30 mil registros por ano. Esse quadro deixa o país na segunda posição no ranking mundial desta doença, atrás apenas da Índia.
Treinamento – A etapa que acabou de ser realizada levou formação específica para quase dois mil médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde. No Maranhão, o treinamento atingiu 595 pessoas. Em Pernambuco, foram 276 beneficiados; no Pará, 275; no Mato Grosso, 266; em Tocantins, 199; na Bahia 171; em Goiás, 129.
A capacitação, que ocorreu na modalidade on-line, permitiu acesso a cinco módulos em vídeo, elaborados por alguns dos maiores especialistas em hanseníase no Brasil. Além de acompanhar as exibições, os participantes puderam tirar dúvidas, em tempo real, respondidas por dermatologistas convidados.
Para o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves, um dos responsáveis pela coordenação deste projeto, a alta frequência demonstra a carência de informações sobre o tema. Deste modo, explica, a iniciativa preenche essa lacuna e fortalece o combate à hanseníase. "O curso foi um sucesso, pois quem participou teve a chance de aumentar seu conhecimento sobre essa doença, ainda tão negligenciada no Brasil. Vale sempre lembrar que quanto mais rápido o diagnóstico, maiores são as chances de cura”, destacou.
Especialistas – O curso foi coordenado por Heitor de Sá Gonçalves (CE) e pela professora Sandra Durães (RJ), responsável pelo Departamento de Hanseníase da SBD. Os especialistas que participaram das aulas foram: Egon Daxbacher (RJ), coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD; professora Maria Araci Pontes (CE), assessora do Departamento de Hanseníase da SBD; Maria Eugenia Noviski Gallo (RJ), colaboradora da Secretaria de Vigilância Epidemiológica do Estado do Rio de Janeiro; professora Maria Katia Gomes (RJ); professora Maria Leide Wand Del Rey de Oliveira (RJ); Maurício Nobre (RN), assessor do Departamento de Hanseníase da SBD; professora Lúcia Martins Diniz (ES), assessora do Departamento de Hanseníase da SBD; e Sérgio Palma (PE), ex-presidente da SBD e coordenador científico do Jornal da entidade.
Entre os assuntos abordados durante a formação constavam conteúdo sobre agente etiológico, transmissão e situação epidemiológica; manifestações clínicas e diagnóstico; exame neurológico e prevenção de incapacidades; tratamento e manejo de casos; estados reacionais e seu tratamento; e vigilância de contatos e do potencial incapacitante. O trabalho foi organizado pela SBD, com o apoio institucional do Ministério da Saúde, Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e a ONG DAHW Brasil, de origem alemã.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza entre 14 e 30 de setembro diversas ações para a atualização e conscientização de médicos e da população sobre a dermatite atópica (DA). A campanha inclui a postagem de conteúdos (posts e vídeos) nas redes sociais, a realização de lives sobre o tema, a sensibilização de gestores sobre a importância de qualificar a assistência dos pacientes com este quadro e a divulgação em massa de dados e informações que ajudam a entender o desafio de se diagnosticar e tratar esta doença, em suas diferentes formas.
Sob o slogan "Dermatite atópica: atenção e cuidado com a sua pele", a campanha tem início em 14 de setembro, data mundialmente dedicada à conscientização sobre esta doença. Nas semanas seguintes, a SBD abordará a população sobre aspectos, como o caráter imunomediado da DA, que a torna uma doença não contagiosa. Também serão ressaltados a identificação de sinais e sintomas e as medidas que ajudam no controle do desconforto causado por conta da coceira, espessamento da pele, inflamação de áreas afetadas e recorrência dos quadros.
Em 23 de setembro, Dia Nacional de Conscientização sobre Dermatite Atópica, a SBD realiza uma live – voltada para a população em geral – onde estas e outras questões serão abordadas por especialistas convidados. O encontro, organizado em parceria com a revista Crescer, terá atenção especial para os casos de DA no público infantil. A transmissão ocorrerá, entre 19h30 e 20h30, pelos perfis da publicação no Facebook e no Instagram.
Além dessa abordagem, a SBD divulgará uma série de vídeos curtos em que dermatologistas responderão de forma objetiva dúvidas comuns de pacientes e familiares. Para os associados à instituição, uma atividade feita sob medida acontecerá no dia 21 de setembro, quando, em outra live, os participantes terão acesso a informações técnicas e científicas atualizadas, o que ajudará no aperfeiçoamento da sua conduta clínica e de suas escolhas terapêuticas. A campanha conta com o apoio institucional da Sanofi, Lilly, Abbvie e Pfizer.
Ao longo do mês, outras iniciativas serão realizadas pela SBD em torno deste tema de saúde pública. Dentre elas, a divulgação dos resultados de uma pesquisa sobre a percepção dos brasileiros sobre essa doença. Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, esta campanha supre uma lacuna no que se refere à conscientização dos brasileiros sobre o que é a dermatite atópica. "Apesar de atingir milhões de pessoas, em algumas situações de forma grave, esta doença não costuma ser discutida com a profundidade que merece. Isso implica em prolongar situações de perda de qualidade de vida e de bem-estar para pacientes. Esperamos que com este alerta esta situação mude", disse.
Dermatite – A dermatite atópica é uma doença genética, crônica e não contagiosa. Entre seus sintomas estão: pele seca e erupções que coçam, provocando a descamação da região afetada. Ela acomete principalmente braços, joelhos e pescoço. Rosana Lazzarini, assessora do Departamento de Alergia Dermatológica e Dermatoses Ocupacionais da SBD, destaca que, apesar do incômodo, este problema de saúde dermatológico tem tratamento.
Segundo conta, o tratamento a ser prescrito dependerá da idade do paciente e da gravidade da dermatose. "Podem ser utilizadas medicações com ação anti-inflamatória, aplicadas diretamente na pele, por alguns períodos. São cremes ou pomadas (corticosteróides e inibidores da calcineurina) que devem ser adequados à faixa etária do usuário e à localização das manifestações da DA", ressaltou.
Em alguns casos, os médicos podem indicar ainda medicações orais, na tentativa de reduzir a coceira. Eventualmente, ainda há possibilidade de uso de antibióticos, quando há infecção concomitante. Já o emprego de emolientes e hidratantes é indicado para todos, independentemente da idade. Estes produtos podem ser aplicados de forma constante sobre a pele, em todas as faixas etárias. A assessora alerta ainda para outras medidas que ajudam a evitar o surgimento de lesões e coceira: a adoção de sabonete suave (com pH próximo ao da pele) e o controle da temperatura da água do banho, que não deve ser quente.
Em situações de maior gravidade, a assessora do Departamento avisa serem necessários tratamentos mais complexos, como fototerapia (uso de radiação ultravioleta de maneira controlada), que auxilia a diminuir a inflamação da pele; e prescrição de imunossupressores (metrotexato, ciclosporina, azatioprina) e de imunomoduladores (dupilumabe, inibidores de JAK). Assistência em ambiente hospitalar não é descartada: "internações podem ser necessárias em casos muito graves, para controle da doença", afirmou.
Cuidados – Por ser de origem genética, até o momento, são desconhecidas formas objetivas de prevenção à dermatite atópica. Por conta disso, a especialista da SBD chama a atenção para a importância das medidas de tratamento e controle da doença. Neste sentido, independentemente de diagnóstico, Rosana Lazzarini acredita que a hidratação da pele é uma prática que deve ser incorporada à rotina desde cedo, assim com a adoção de banhos rápidos, com água morna ou fria, e o uso de sabonetes suaves.
Ela lembra ainda a influência que o ambiente tem sobre a doença. O calor em excesso piora as lesões. Por sua vez, o clima frio e seco aumenta o ressecamento da pele, o que agrava a coceira relacionada. Sabe-se ainda que a frequência da dermatite atópica atinge mais moradores de áreas urbanas do que os de regiões rurais.
Rosana Lazzarini também chama atenção para o impacto que a dermatite atópica tem sobre a saúde mental de pacientes e familiares, bem como sobre a vida em sociedade. "A dermatite atópica traz impactos psicológicos, principalmente em casos mais intensos. Isso decorre de ser aparente e por causar distúrbios do sono. Pacientes com DA têm muita coceira nas lesões, o que não os deixa dormir de maneira adequada. Quando são crianças, os pais sofrem do mesmo problema, pois o incomodo causado prejudica o repouso de toda a família", complementa.
Finalmente, a especialista enfatiza outro fator que dificulta a vida dos pacientes: a doença pode passar despercebida por médicos que não são dermatologistas. Assim, o atraso no diagnóstico, retardará também o início do tratamento. "O reconhecimento precoce da dermatite atópica pelo especialista é fundamental para uma melhor qualidade de vida do paciente. Portanto, esta campanha da SBD reforça a necessidade de termos mais ações de esclarecimento e difusão sobre a doença, inclusive entre os profissionais da medicina", finaliza.
Por questões sociais, culturais, de trabalho e, sobretudo, de saúde, os banhos diários devem ser realizados e estimulados. A orientação à população é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) que, com o Guia do banho, lançado nesta segunda-feira (13), se posiciona diante de uma série de notícias veiculadas em sites e redes sociais que afirmam que esse ritual de higiene e limpeza traria prejuízos para a pele, como a retirada de camadas de proteção que ajudam a mantê-la hidratada.
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No texto, essa informação é desmentida. Além disso, o Guia lembra que o banho diário “ajuda o organismo a se manter saudável e equilibrado, eliminando impurezas, inclusive as causadas pela poluição e pelo suor, trazendo a sensação de bem-estar”.
Limpeza – Dentre os pontos abordados no documento dos dermatologistas, estão orientações práticas sobre o uso de produtos de limpeza corporal, o tempo recomendado para uma ducha e qual a temperatura que a água deve ter. Também se fala sobre o emprego de buchas e esponjas, qual a melhor forma de se enxugar e a importância de se aplicar creme hidratante ao sair do box.
Com essas dicas simples, de fácil compreensão, a SBD espera conscientizar os brasileiros sobre a manutenção desse importante hábito. Os dermatologistas admitem que fatores externos, como o clima, o tipo de atividade realizado e o acesso à água, podem influenciar na quantidade de banhos por dia, porém não podem justificar o abandono dessa rotina, que deve ser diária.
Celebridades – Além das notícias inverídicas que circulam nas redes sociais, a SBD decidiu reforçar a importância do banho em função de manifestações inadequadas de celebridades, que podem influenciar seus admiradores na mudança de hábitos de higiene e limpeza. Alguns artistas renomados declararam em entrevistas que evitam tomar banho por receio de prejudicar a pele.
Em um reality show de veiculação nacional, recentemente realizado, também chamou a atenção do público a baixa frequência de banhos de alguns de seus participantes. Há casos de apenas 27 duchas ao longo de 51 dias de confinamento, ou seja, um banho a cada 45 horas.
Hábito – “Todos queremos ter saúde e manter uma imagem positiva para nós mesmos e diante de nossos familiares, amigos e colegas de trabalho e escola. Para tanto, manter o hábito de tomar banhos regularmente, pelo menos um por dia, é fundamental. Assim, para ajudar você a entender a necessidade dessa rotina de higiene e limpeza, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) preparou esse pequeno guia prático para tornar o seu banho diário ainda mais agradável”, afirma o texto.
10 dicas para tornar seu ritual de higiene um hábito ainda mais agradável
Todos queremos ter saúde e manter uma imagem positiva para nós mesmos e diante de nossos familiares, amigos e colegas de trabalho e escola. Para tanto, manter o hábito de tomar banhos regularmente, pelo menos um por dia, é fundamental.
Assim, para ajudar você a entender a necessidade dessa rotina de higiene e limpeza, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) preparou esse pequeno guia prático para tornar o seu banho diário ainda mais agradável.
Leia e compartilhe essas recomendações simples, mas que podem fazer a diferença na sua vida e nas das pessoas que você gosta e com quem convive.
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