Dermatologistas discutirão os cuidados de paciente com psoríase no SBD Live do dia 23 de junho




19 de junho de 2020 0

Manejo do paciente com Psoríase pós-Covid-19. Esse é o tema de mais um SBD Live, que acontece na próxima terça-feira (23/6), a partir de 19h. Durante o encontro virtual entre especialistas convidados e associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) serão abordadas questões prementes no atendimento de pessoas com esse tipo de manifestação cutânea.  

Dentre as temáticas a serem discutidas estão: o risco de infecções graves em pacientes que fazem o uso de imunossupressores; a possibilidade de pacientes com uso de imunobiológicos terem maior risco de desenvolverem formas graves de Covid-19; e os cuidados na assistência para pacientes em tratamento com imunobiológicos em centros de terapia assistida. 

Participarão do evento os professores Ricardo Romiti, coordenador do ambulatório de psoríase do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo; Paulo Oldani, coordenador dos ambulatórios de psoríase e imunossupressores do Hospital Federal dos Servidores do Estado (RJ) e do Hospital Naval Marcílio Dias; e Gleison Duarte, membro do Group for Research and Assessment of Psoriasis and Psoriatic Arthritis. Como mediador estará o presidente da SBD, Sergio Palma. 

Este será o sétimo evento do tipo realizado pela entidade desde que a pandemia de Covid-19 foi decretada. “Temos encontrado uma aceitação importante entre os especialistas. Isso nos motiva, como entidade, a continuar investindo nessa ação de educação continuada. O fortalecimento da capacitação dos dermatologistas é um compromisso da Gestão 2019-2020”, disse Palma. O evento do próximo dia 23 será organizado pela SBD. Ele conta com o patrocínio da Novartis e o apoio da Manole. 
 
 


17 de junho de 2020 0

O Conselho Federal de Medicina (CFM) conseguiu vitória na Justiça e derrubou os efeitos de liminar que havia sido concedida à Associação Brasileira de Médicos com Expertise de Pós-Graduação (Abramepo) que dava o direito a 240 de seus membros de divulgar suas respectivas titulações latu sensu, desde que reconhecidas pelo Ministério da Educação. Com a decisão anunciada nesta segunda-feira (15), em Brasília (DF), todos os integrantes ficam obrigados a seguir as orientações da Resolução CFM nº 1.974/2011, que veda anúncios desse tipo.
 
Em seu despacho, o desembargador Novély Vilanova da Silva Reis, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, explica que a Resolução nº 1.974 dispõe sobre critérios norteadores da propaganda em Medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria. Em seu artigo 3º, essa norma veda ao médico divulgar pós-graduação realizada para a capacitação pedagógica em especialidades médicas e suas áreas de atuação, mesmo que em instituições oficiais ou por estas credenciadas.
 
Vedação – No entendimento do magistrado, essa vedação decorre da competência do CFM de “zelar pelo perfeito desempenho ético da medicina”, nos termos da Lei nº 3.268/1957. Assim, segundo assinalou o desembargador, não ofende o princípio constitucional da legalidade atribuir à entidade autárquica fiscalizadora estabelecer normas e vedações éticas para o perfeito exercício da profissão.
 
Ainda ao analisar o tema, ele esclarece que pós-graduação confere apenas formação acadêmica, não sendo sinônimo de especialidade médica. Para a Justiça Federal, o título de especialista é somente aquele fornecido por sociedades de especialistas ao médico concluinte do curso de Residência Médica, nos termos do decreto regulamentar nº 8.516/2016. Este texto legal define que esse título é aquele concedido pelas sociedades de especialidades, por meio da Associação Médica Brasileira (AMB) ou pela conclusão de formação em programas de Residência Médica credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
 
“Não há dúvida que a divulgação de título de pós-graduação em cirurgia, por exemplo, induz o público ou o paciente acreditar que o médico seja um especialista nessa área – o que não é verdade -, cabendo ao Conselho Federal de Medicina reprimir e vedar, como prevê o artigo 9º da Resolução nº 1.974/2011”, cita o magistrado. Esse artigo orienta que, por ocasião de entrevistas, comunicações, publicações de artigos e informações ao público, o médico deve evitar sua autopromoção e sensacionalismo, preservando, sempre, o decoro da profissão.
 
Autopromoção – Nesse caso, continua o desembargador citando a resolução, entende-se por autopromoção o uso de entrevistas e a divulgação de informações ao público com intenção de angariar clientela e fazer concorrência desleal. Além disso, ele ressalta ainda que o decreto-lei nº 4.113/1942, que regula a propaganda de médicos, dispõe que “é proibido aos médicos anunciar especialidade ainda não admitida pelo ensino médico, ou que não tenha tido a sanção das sociedades médicas”.

Na extensa análise feita, o desembargador cita ainda o artigo 17 da Lei nº 3.268/1957, que exige o registro do diploma de graduação em Medicina no Ministério da Educação e não autoriza o médico a divulgar título de pós-graduação suscetível de induzir o público acreditar que seja ele um especialista em determina área. De forma complementar, na decisão é reiterada a necessidade de que o título de especialista também tenha seu registro prévio no Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde o profissional atuar.
 
“O certificado emitido por um curso de pós-graduação lato sensu não dá ao médico o direito de registrar-se em um Conselho Regional de Medicina (CRM) como especialista nem em área de atuação de uma especialidade. Assim, o médico que conclui esses cursos não poderá divulgar que é especialista ou que está habilitado em determinada área de atuação. A divulgação da conclusão de pós-graduações também não deve nem pode ser feita de forma que induza o paciente a acreditar que o médico tem especialidade na área”, acrescentou o magistrado.
 
Segundo alegou, mesmo quando reconhecidos pelo Ministério da Educação, os cursos de pós-graduação lato sensu são exclusivamente de qualificação acadêmica e não profissional. “Indevidamente, algumas empresas que os oferecem, associam pós-graduação à qualificação profissional como especialista, o que representa propaganda enganosa a qual os médicos precisam estar atentos. A simples conclusão do curso lato sensu também não confere o direito de anunciar em cartões de visita, fachadas de consultórios ou qualquer outro meio uma especialidade reconhecida ou não pelo CFM”, arrematou.

Fonte: CFM


15 de junho de 2020 0

Reportagem especial exibida pelo programa Domingo Espetacular, da TV Record, trouxe alerta para os riscos da realização de tratamentos estéticos por profissionais não médicos. Levada ao ar na noite do dia 14 de junho, a matéria apresenta pacientes que se submeteram à chamada harmonização facial e hoje buscam reverter os efeitos colaterais e danos provocados por procedimentos malfeitos. “Para muita gente, o que era solução se torna um problema gravíssimo”, sintetizou o apresentador ao anunciar o início do vídeo. 

Assista a reportagem aqui

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) teve participação importante no que foi exibido. O presidente da entidade, Sergio Palma, destacou a importância de se “conhecer as complicações e saber tratá-las de forma adequada nas primeiras horas, dias”. Foi ele o responsável por informar aos jornalistas sobre o trabalho que a SBD tem feito junto ao Judiciário para barrar os abusos praticados. Entre 2017 e 2019, a entidade registrou 1.034 contra pessoas que praticam atos desse tipo, lesivos à população. 

Um dos casos citados pelo Domingo Espetacular foi o de Rafaela Cavalcanti, uma dentista pernambucana, que há um ano realizou procedimento no nariz em uma clínica odontológica no seu estado. Ela não queria passar por cirurgia e decidiu se submeter a uma rinomodelação com o uso de ácido hialurônico, conforme mostrou a emissora. Essa escolha foi o início de uma sucessão de erros que deixou sequelas visíveis em seu rosto. 

Promessas – O procedimento foi realizado por alunos de especialização em uma clínica odontológica da cidade do Recife e trouxe complicações diversas à paciente. “Com a promessa de conquistar o nariz perfeito, sem cirurgia, ela fez o procedimento e saiu do consultório com o rosto deformado”, informou a reportagem. Especialistas ouvidos relatam que o atendimento inadequado gerou sofrimento vascular grave e necrose no nariz de Rafaela.

Na reportagem especial, foram debatidos os problemas e riscos inerentes à realização de procedimentos estéticos invasivos por não médicos, destacando-se o repúdio da SBD a esse tipo de prática. A entidade, em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM), já pediu no Judiciário a suspensão do ato administrativo do Conselho Federal de Odontologia (CFO) que ao arrepio da lei autoriza dentistas a realizarem essa prática. 

De acordo com a SBD, apenas os médicos possuem outorga legal para realização de procedimentos invasivos, inclusive estéticos. A entidade alega que as normas editadas pelo CFO não contam com amparo de lei específica, devendo, por isso, serem revogadas. O processo, que corre na Justiça Federal, aguarda julgamento de pedido de liminar. 

Impasse – Porém, mais do que um impasse jurídico, a prática indevida de procedimentos estéticos tem trazido inúmeros transtornos pessoais, como alertou a SBD, na reportagem. São dramas que mudam vidas por completo. Sofrimento vascular e deformações, como as relatadas pela reportagem, estão entre as complicações mais comuns e podem trazer danos irreversíveis aos pacientes. Além disso, procedimentos mal executados podem levar a intoxicações, reações alérgicas, cegueira e até à ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC). 

“A população deve ficar em alerta. A chamada harmonização facial, realizada sem a necessária especialização médica, pode causar problemas sem solução. Por isso, a pessoa que pretende fazer algum procedimento corretivo deve procurar a ajuda de um médico especialista, que tomará as providências para que tudo ocorra com menor risco possível”, ressaltou Sérgio Palma, presidente da SBD. 

A reportagem foi ao ar um dia após reunião dos presidentes de Regionais com a Diretoria da Gestão 2019-2020 da SBD. No encontro, as ações contra abusos praticados por outras categorias profissionais foram detalhadas. Sergio Palma detalhou o andamento de 13 processos em tramitação no Judiciário contra conselhos de classe, como os de Odontologia e Biomedicina, e lembrou do trabalho que a entidade tem feito junto aos políticos, órgãos de vigilância sanitária, ministério público e área de comunicação sobre esse tema. 

“Como a SBD tem reiterado, o acesso à informação é fundamental para esclarecer a população sobre os problemas que podem surgir após algo apresentado pelos não médicos como simples e de baixo risco. Só que não é bem assim”, concluiu. 


14 de junho de 2020 0

Este ano ainda não entrou no segundo semestre, mas a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) já está com seu planejamento acelerado para 2021. De acordo com o vice-presidente da Gestão 2019-2020, Mauro Yoshiaki Enokihara, os detalhes do calendário de eventos da SBD para 2021 serão conhecidos em reunião do Conselho Deliberativo, prevista para outubro desse ano. 

No encontro com os representantes de regionais, Mauro Yoshiaki Enokihara, que foi eleito para ser o presidente da SBD na Gestão 2021-2022, ressaltou a importância do planejamento para o êxito dos diferentes projetos. “Acredito que o sucesso não está em prever o futuro, mas em ser capaz de nos preparar com organização para as etapas que nos aguardam”, destacou em reunião realizada no sábado (13/6).

Aprendizado – Segundo estimou, durante o ano que vem, a Sociedade Brasileira de Dermatologia deve trabalhar pela realização de 10 grandes atividades (quatro deles online), ao apresentar uma proposta preliminar de calendário de eventos para o ano que vem – o qual será amplamente divulgado, após sua confirmação. 

“Estou muito otimista com a nova fase de gestão, que se iniciará em 1º de janeiro. Tenho tido a oportunidade de conviver com uma diretoria dinâmica, que tem se desdobrado para dar conta de suas responsabilidades, num processo de aprendizado constante”, disse Mauro Yoshiaki Enokihara.

Contudo, lembrou o futuro presidente da SBD, esse grupo gestor tem contado com o suporte e o apoio de inúmeras outras lideranças e especialistas, em especial das regionais, dos comitês técnicos e dos serviços credenciados. “Por isso, somos uma sociedade. Temos desenvolvido uma vida associativa de trocas e aperfeiçoamento em vista de um bem comum”, ressaltou. 


14 de junho de 2020 0

Nas próximas semanas, os associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) passarão a contar com o suporte de um aplicativo (app) para smartphone que permitirá a implementação de uma nova forma de relação entre os especialistas e sua entidade de representação. A ferramenta, que se encontra em fase final de testes, foi apresentada aos participantes da reunião realizada no sábado (13/6) entre os presidentes de Regionais e a Diretoria da Gestão 2019-2020. 

Com layout clean e de fácil uso, esse aplicativo, que em breve será disponibilizado gratuitamente aos associados, é uma aposta da SBD na tecnologia. Por meio dele, os usuários podem atualizar cadastro, ter acesso a informações a cursos, verificar dados administrativos, acessar notícias e encaminhar denúncias. “Trata-se de uma ferramenta dinâmica e prática, que será de grande utilidade não apenas para os profissionais como para o sistema composto pela SBD e suas Regionais”, disse Egon Daxbacher, tesoureiro da atual Gestão. 

Segundo ele, o aplicativo também representará economia para a entidade, pois poderá ser utilizado em diferentes momentos, como por exemplo em eventos. Em vez de contratar uma empresa para desenvolver um app para cada congresso ou jornada, a SBD poderá lançar da mesma ferramenta para dar suporte aos inscritos, explicou Daxbacher, para quem essa iniciativa ainda tem outro ponto positivo: simplifica a relação com o associado, diminuindo a distância entre ele e a entidade. 

“Essa é uma solução que faz parte de um sistema integrado de gestão. O objetivo é, por meio dela, oferecer mais suporte à entidade e aos associados de maneira prática e remota. Entre os benefícios, estarão o melhor acompanhamento do controle financeiro, do cadastro dos associados, e de cursos e congressos, entre outros. Tudo em harmonia com o portal da SBD”, disse Sérgio Palma, presidente da Sociedade. 

Eventos SBD – Ainda na reunião entre presidentes de Regionais e a Diretoria da Gestão 2019-2020 foram abordadas as últimas iniciativas da SBD no campo da educação continuada. A realização do SBD Live, que já contabiliza, cinco edições foi descrita como uma iniciativa importante. Desenvolvida em função da necessidade de qualificar os especialistas para atuação durante a pandemia de Covid-19, essa estratégia surpreendeu pelo alto nível de engajamento e pela avaliação positiva. 

Apesar desse modelo ter sido testado e aprovado, a SBD já se prepara para uma nova fase de encontros presenciais no segundo semestre, após o fim dessa emergência epidemiológica. A secretária-geral da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Claudia Alcantara, informou que já estão confirmadas as seguintes atividades: 4º Simpósio Nacional de Imunobiológicos e XII Simpósio Nacional de Psoríase; 12º Teraderm; V Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas; e 42º Simpósio de Dermatologia Tropical.

Segundo foi relatado, a Gestão 2019-2020 está tomando todas as providências para garantir a segurança e a proteção da saúde e do bem-estar dos participantes desses encontros. Isso inclui a adoção de propostas, como a redução no número de vagas e o reforço em medidas de higienização e sanitárias. Além disso, como parte do planejamento, os boletins epidemiológicos estão sendo acompanhados diariamente para prevenir cenários de risco.
 


14 de junho de 2020 0

A necessidade de se estimular o respeito aos compromissos éticos no exercício da especialidade foi defendida pelos presidentes de Regionais durante a reunião do grupo com a Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no sábado (13/6). Independentemente das tentativas de invasão de competências promovidas por outras categorias e da forma invasiva como esses profissionais se apresentam aos possíveis pacientes, os representantes da SBD Nacional e nos estados reconhecem na postura ética um diferencial para a atuação dos médicos. 

Para os participantes da reunião, a dermatologia não pode renunciar a seu espaço de atuação, sendo o debate nas esferas legislativa e judicial a forma ideal de buscar a proteção dessas prerrogativas. Porém, ressaltam as lideranças, essas ameaças não podem ser usadas como justificativas para romper os compromissos de cada especialista com as normas que regulam a prática da medicina no país. 

Reputação – Como forma de valorizar as boas condutas, a Gestão 2019-2020 informou aos presidentes de Regionais que situações de abusos às normas éticas em dermatologia devem ser comunicadas formalmente para que os casos sejam analisados pelas áreas responsáveis. O grupo acredita que esse encaminhamento funciona como estímulo aos que respeitam os normativos em vigor e protegem a reputação e o bom conceito da dermatologia. 

Posturas agressivas, do ponto de vista de mercado, como o uso de imagens do tipo antes e depois e informes de caráter apelativo, foram apontadas como práticas desaconselháveis que podem ter, inclusive, implicações legais para quem as realiza. A Gestão 2019-2020 lembra, por exemplo, que ao apresentar fotos de procedimentos realizados para conquistar novos pacientes o médico assume legalmente o compromisso de resultados.

Numa possível ação que venha a responder, em caso de insatisfação de um paciente, esse profissional fica mais vulnerável a uma condenação. Assim, lembram diretores e presidentes de Regionais, as regras de publicidade médica devem ser vistas como elementos de proteção e não como instrumentos para limitar a atividade do especialista. 


14 de junho de 2020 0

A apresentação de relatório com ações de defesa profissional coordenadas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) foi um dos destaques de reunião dos presidentes de regionais com a diretoria da Gestão 2019-2020, realizada no sábado (13/6). Por mais de três horas, o grupo discorreu sobre os desafios nesta área, pontuando conquistas obtidas nos últimos e dificuldades enfrentadas com relação às outras categorias profissionais, dentre outros aspectos. 

O encontro foi acompanhado por representantes das regionais e pelo presidente da SBD, Sérgio Palma (PE); pelo vice-presidente, Mauro Yoshiaki Enokihara (SP); pelo tesoureiro, Egon Daxbacher (RJ); pela secretária-geral, Cláudia Alcantara Gomes (RJ); pela 1ª secretária, Flávia Vasques Bittencourt (MG); e pelo 2º secretário, Leonardo Mello Ferreira (ES). Assessores e colaboradores também participaram no apoio aos trabalhos.  

De acordo com levantamento apresentado, nos últimos meses, a SBD contabilizou inúmeros atendimentos realizados aos seus associados relacionados à defesa profissional. Os casos, acolhidos pela assessoria jurídica, tiveram múltiplos desdobramentos, resultando em orientações ou encaminhamentos para tomada de providências. 

De forma geral, entre os Ministérios Públicos e Vigilâncias Sanitárias do país estão ativos aproximadamente 360 ações nas esferas criminal, cível e administrativa.  Apenas nos Conselhos Regionais de Odontologia (CROs) tramitam aproximadamente 260 processos éticos-disciplinares, além de queixas em outras instituições de classe nos âmbitos da enfermagem, farmácia, biomedicina e fisioterapia. 

Conselhos – No relato feito pelo presidente da SBD, Sergio Palma, foi dado destaque a alguns dos processos judiciais envolvendo resoluções divulgadas pelos Conselhos Federais de Biomedicina, Enfermagem e Odontologia, por exemplo. Esses textos possuem teor que fere prerrogativas legais dos médicos. Em vários desses recursos, a SBD é parte propositiva juntamente com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras entidades médicas, sendo que na maioria a tramitação ainda está em curso. 

Contra o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), os dermatologistas questionam a edição das suas Resoluções nº 197/2011 e nº 214/2012 e da normativa nº 01/2012. Nestes documentos, os biomédicos estabelecem de forma infralegal parâmetros para exercício de suas atividades no campo da saúde estética. O processo aguarda julgamento de recurso. 

Liminar – Outro processo em andamento está relacionado à Resolução nº 529/2016, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que prevê, também desrespeitando a legislação em vigor, que os enfermeiros possam executar oito tipo de procedimentos típicos da dermatologia, como a laserterapia e peelings. Nesse caso, a SBD obteve liminar favorável ao seu pedido, o que suspendeu os efeitos da norma, mas houve apresentação de recurso pela outra categoria. 

Outra decisão da Justiça favorável à SBD foi a concessão de liminar pedida pela entidade contra a resolução nº 669/2018, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que reconhece, também de forma ilegal, a possibilidade de que seus associados possam atuar no campo da saúde estética. Além desses casos, há outros dois que aguardam avanços e estão sendo monitorados de perto pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Resultados – O primeiro é o questionamento contra a Resolução nº 1.981/2019, do Conselho Federal de Odontologia (CFO), que prevê a criação da chamada harmonização orofacial como área de atuação para os dentistas. O segundo está relacionado à Resolução nº 293/2012, do Conselho Federal de Fisioterapia (Coffito), que define as bases do que essa categoria classifica como fisioterapia dermatofuncional. 

“Temos alcançado bons resultados, porém é preciso ter consciência de que o rito no Judiciário é longo, sendo garantido a ambas partes o direito ao recurso e à ampla defesa em todas as etapas processuais. Por isso, muitas vezes, as decisões são demoradas ou ficam à mercê de novos julgamentos. Porém, de uma coisa os dermatologistas podem estar convictos: a SBD não tem baixado a guarda e está atenta a todos as brechas e possibilidades para defender os interesses da especialidade”, ressaltou Palma. 

Telemedicina – Em sua exposição sobre defesa profissional, o presidente da SBD ainda pontuou junto aos representantes das regionais o trabalho que a entidade tem feito no que se refere à prática da telemedicina. A Sociedade Brasileira de Dermatologia já encaminhou propostas com critérios para o exercício dessa prática ao CFM, o qual deve elaborar novo marco regulatório específico antes da decretação do fim da pandemia de Covid-19. 

Além disso, a SBD acompanha as discussões junto aos planos de saúde sobre a remuneração das teleconsultas. De acordo com nota técnica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as operadoras devem assumir o pagamento desses procedimentos, os quais possuem cobertura obrigatória. O cumprimento dessa norma pelas empresas está sendo cobrado pelos dermatologistas. 

Finalmente, Sergio Palma abordou o envolvimento da SBD em ações pela manutenção do padrão de qualidade nos programas de residência médicas dos serviços credenciados à entidade. Segundo informou, tendo em vista do impacto da pandemia nas atividades, já houve rodadas sobre o assunto com representantes da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e da Associação Médica Brasileira (AMB). 

“Inclusive, encaminhamos questionários a residentes, especializandos e chefes de serviços credenciados para que enviem suas considerações sobre o tema. Todos os subsídios ajudarão nossa entidade a firmar sua posição a ser defendida junto à CNRM e à AMB em encontros já agendados”, afirmou o presidente da SBD. 


14 de junho de 2020 0

Na próxima terça-feira (16/6), às 19h, os associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia têm encontro marcado com os aperfeiçoamentos profissional e pessoal. Acontecerá a sexta edição do SBD Live que, desta vez, estará focado na melhora do desempenho administrativo e financeiro de clínicas e consultórios.

Sob o tema Gestão 4.0 para clínicas dermatológicas – como cuidar do seu negócio no momento atual, os participantes terão a oportunidade de ouvir orientações e tirar dúvidas com um grupo de especialistas convidados, todos com reconhecimento pelo mercado. Desse grupo fazem parte: Priscilla Dantas, master coach e CX customer experience da MedConsulting; Leandro Cardoso, CEO da MedConsulting; Cláudia Monteiro, CMO da MedConsulting; e Maurício Conti, coordenador médico da Mídia Eletrônica da SBD. Na moderação, estará o presidente da SBD, Sérgio Palma. 

Pós-pandemia – Dentre os tópicos que serão discutidos estão: gestão financeira; gestão de pessoas e a jornada do paciente; e estratégias de marketing para retomada no período pós-pandemia de Covid-19. O evento é organizado pela SBD, com o apoio institucional da MedConsulting e da Manole.

Segundo o presidente da SBD, essa live é muito oportuna: “Estamos atravessando um momento delicado. Muitos colegas estão sendo afetados em seus consultórios por uma redução no volume de atendimentos. Para superar essa crise, é preciso saber o que fazer, como fazer e quando fazer. Para isso, só com planejamento”.

Encontros – O SBD Live é uma série de encontros virtuais que a SBD tem organizado ao longo das últimas semanas. Ela é dedicada, especificamente, à discussão sobre o impacto da Covid-19 na vida do profissional com relação a diferentes temas. Dentre as que já aconteceram, houve apresentações a respeito de manifestações cutâneas ligadas à doença, manejo da psoríase durante a pandemia e uso da telemedicina.

O projeto deve se estender, pelas próximas semanas, com a abordagens de outras temáticas identificadas pelos especialistas e pela Gestão 2019-2020 como de interesse para a dermatologia. Todos os conteúdos ficam disponíveis para acesso em área de acesso restrito aos associados da SBD que, assim, contam com um banco de dados e informações ao seu alcance para melhorar sua performance no atendimento de seus pacientes. 
 


12 de junho de 2020 0

O impacto da Covid-19 sobre a saúde da população, em especial seus efeitos na pele, cabelo e unhas. Esse foi o tema da apresentação virtual promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e transmitida gratuitamente, na terça-feira (9/6), por meio do canal oficial da entidade no YouTube. Durante o SBD Live – acompanhado por centenas de espectadores –, especialistas convidados orientaram o público em geral a respeito das manifestações clínicas relacionadas ao novo coronavírus, agente responsável pela contaminação de mais de 800 mil pessoas, até o momento, somente no Brasil. 

Clique aqui para acessar a live

Conforme destacou Sérgio Palma, presidente da SBD e responsável pela mediação do encontro, essa quinta edição do SBD Live trouxe uma novidade relevante: os pacientes e a população em geral puderam acompanhar a atividade e encaminhar suas dúvidas. “É uma maneira de democratizar a informação e disseminar orientações importantes para todos”, disse. A gravação está disponível para os interessados no canal da SBD no YouTube. 

Emocionais – Márcia Senra, coordenadora do Departamento Científico de Psicodermatologia da SBD, deu início às explanações, comentando a influência dos aspectos emocionais e sociais sobre a saúde física do corpo humano.  Conforme ressaltou a especialista, o alto nível de estresse ocasionado pela pandemia é um fator relevante para o agravamento de diferentes doenças, como vitiligo, queda de cabelo, psoríase, entre outras. 

Na sequência, a assessora do Departamento Científico de Cabelos e Unhas da SBD, Bruna Duque Estrada, alertou para a importância de se identificar os motivos para alterações capilares nesse momento de pandemia. “Pode ser uma queda aguda de cabelo, mas também apenas uma mudança na rotina, uma vez que a percepção sobre a perda de fios também está relacionada à frequência com a qual lavamos a cabeça. Além disso, pode existir uma doença de base associada. O mais indicado é entrar em contato com o dermatologista”, disse. 

Prevalência – Outro ponto destacado no encontro foi o aumento da prevalência de acne, durante o isolamento social. Segundo a coordenadora do Departamento Científico de Cosmiatria da SBD, Alessandra Romiti, a dieta mais rica em açúcar e carboidratos é um fator determinante para essa mudança. 

“As pessoas tendem a comer mais nesse momento de quarentena. O indicado é evitar o consumo de alimentos com alto índice glicêmico, como massas, bolos e pães, que aceleram o processo inflamatório do nosso organismo. Além disso, é fundamental manter uma rotina de limpeza adequada”, pontuou. 

Gatilhos – Na ocasião, as especialistas abordaram também a possibilidade de agravamento da tricotilomania – ato de arrancar fios de cabelo por razões não cosméticas –, principalmente entre crianças e adolescentes. “Pequenos gatilhos podem ter uma repercussão importante na saúde infantil. A ausência dos amigos, aulas à distância, aquela festa de aniversário que não vai mais acontecer. Os dermatologistas devem ficar atentos e acompanhar de perto os aspectos emocionais desses casos”, afirmou a Bruna Duque Estrada.

Além disso, a coordenadora do Departamento Científico de Psicodermatologia da SBD alertou para a necessidade de acolher corretamente, nesse momento, pacientes com transtorno de imagem corporal. Devido ao alto nível estresse, algumas pessoas podem procurar solucionar problemas emocionais por meio de procedimentos estéticos. “É importante que o médico saiba reconhecer esses casos e realizar o encaminhamento adequado. Muitos não precisam de intervenção estética e sim de suporte emocional”, disse. 

Tratamentos – Nesse contexto, a dermatologista Alessandra Romiti salientou a importância de os tratamentos cosméticos serem acompanhados por um dermatologista. “Muitos pacientes chegam ao consultório com uma ideia de procedimento em mente, mas antes de tudo, é preciso passar por uma avaliação profissional, baseada em rigor científico. Esse cuidado é imprescindível para garantir bons resultados tanto em termos estéticos quanto em bem-estar e qualidade de vida”, comentou. 

Por fim, as especialistas responderam ainda algumas das questões enviadas pelos espectadores da live. O evento, coordenado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), contou com o patrocínio da Bayer e o apoio da Editora Manole. Além desse SBD Live, já ocorreram outros encontros que trataram sobre temas como telemedicina, manifestações cutâneas causadas pela Covid-19 e psoríase. “Daremos continuidade a este projeto de capacitação dos dermatologistas por meio de outros eventos desse tipo”, ressaltou Palma, ao sugerir que os médicos acompanhem o anúncio de novas edições nos próximos dias. 
 


12 de junho de 2020 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desencadeou nessa sexta-feira (12/6) sondagem junto aos residentes, especializandos e chefes de Serviços Credenciados à entidade. A intenção é conhecer a percepção desse público sobre o possível impacto da pandemia pelo novo coronavírus no processo de formação profissional. 

As respostas servirão como base para a formulação de propostas e sugestões que a SBD encaminhará para a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). A pesquisa deve ser respondida até domingo (14/6). 

Acesse o questionário dos residentes/especializandos

Acesse o questionário dos chefes de Serviço

“A pandemia da Covid-19 impactou todas as atividades e queremos ouvir nossos residentes e mestres para identificar oportunidades de melhoria no processo de ensino”, justifica Sérgio Palma, presidente da SBD. Segundo ele, a retomada das atividades de formação no pós-pandemia exige cuidados que devem ser planejados previamente.

O questionário preparado pela entidade é curto e a identidade dos participantes da pesquisa será mantida em sigilo. A iniciativa atende compromisso da Gestão 2019-2020 da SBD de garantir a qualidade da formação profissional dos dermatologistas. 

“A SBD trabalha para manter as melhores práticas no ensino, independentemente da atual crise sanitária. Todos os esforços estão sendo implementados pela Gestão 2019-2020 para evitar lacunas que comprometam o ensino e a aprendizagem dos futuros especialistas”, reforçou Sergio Palma.

 





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