SBD alerta sobre Herpes Zoster: Diferenças, vacinação e efeitos colaterais



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5 de novembro de 2024

Em um contexto de crescente preocupação com as doenças virais, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) discute as diferenças entre herpes zoster e herpes simples. O objetivo da entidade é enfatizar a relevância de entender essas condições para promover a prevenção e o tratamento adequado. 

“Herpes simples (HS) e herpes zoster (HZ) são doenças causadas por vírus da mesma família, mas de espécies diferentes, o Herpes Simples Vírus (HSV) e o Vírus Varicela Zoster (VVZ). A principal diferença é que, nos indivíduos imunocompetentes, o HSV causa uma doença localizada, enquanto o VVZ causa uma doença sistêmica”, explica o médico dermatologista da SBD André Beber.  

Segundo ele, o herpes simples frequentemente causa recidivas, principalmente na região oral ou genital, enquanto o herpes zoster, que surge após uma infecção inicial de varicela, se manifesta em lesões dolorosas, geralmente na pele do rosto, onde é mais grave, e na região das costas. “Hoje sabemos que uma a cada três pessoas que chegam aos 80 anos terão HZ, e essa estatística está aumentando devido a várias condições de saúde”, conta o médico. 

Vacinação contra Herpes Zoster 

A vacinação é considerada uma ferramenta crucial na prevenção do herpes zoster. De acordo com o Dr. Andre Beber, a imunização utiliza apenas uma fração proteica recombinante do Vírus Varicela Zoster, associada a um adjuvante, que potencializa a resposta imunológica.  

“A vacina é segura, mesmo para imunocomprometidos, e tem uma eficácia superior a 90% em pessoas com mais de 50 anos. É recomendada para todas as pessoas com essa idade ou mais. Para adultos entre 18 e 49 anos, é indicada para aqueles com risco aumentado de desenvolver Herpez Zoster. “Vale ressaltar que a vacinação deve ocorrer, preferencialmente, antes de tratamentos que possam causar imunossupressão”, afirma Beber. 

Os efeitos colaterais mais frequentes são leves e transitórios, como dor no local da injeção, cefaleia e dores musculares. Já o herpes zoster pode resultar em dor intensa e cicatrizes, além do risco da neuralgia pós-herpética, que pode causar dor persiste por anos, após a cura do herpes zoster. 

No Brasil, as vacinas não são encontradas na rede pública de saúde, mas já existem projetos de lei em discussão na Câmara dos Deputados para que seja incorporada ao calendário nacional. 

“É evidente a importância da conscientização sobre o herpes zoster e a vacinação como medidas preventivas eficazes para proteger a saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis”, conclui Dr. Andre Beber. 

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31 de outubro de 2024

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) manifesta seu repúdio à aprovação, em primeira votação, no dia 29 de outubro de 2024, pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, de um projeto que autoriza o uso de equipamentos de bronzeamento artificial para fins estéticos. 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da Resolução nº 56/2009, proibiu em todo o território nacional o uso desses equipamentos com finalidade estética, com base na emissão de radiação ultravioleta (UV). A proibição tem como fundamento a classificação da radiação UV como cancerígena, feita pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2009. 
 
O Poder Judiciário já se manifestou a respeito do tema, declarando que a ANVISA não extrapola o seu poder de polícia regulamentar, ainda mais quando se sabe que a Resolução nº 56/2009 foi pautada em estudos científicos. O próprio STJ já se manifestou pela legalidade e legitimidade da ANVISA para impor limites em relação aos procedimentos que possam prejudicar a saúde humana, como é o caso da RDC nº 56/2009 – ANVISA. 
 
São diversos os processos que temos a respeito do assunto, como por exemplo a recente decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que julgou o processo sob nº. 0000416-51.2021.4.03.6324, sendo que a decisão foi unânime para declarar a constitucionalidade da RDC 56/2009 da ANVISA e revogar a autorização de clínica de oferecer prestação de serviço de bronzeamento artificial com finalidade estética. 
 
Ou seja, tanto o Poder Judiciário, quantos os órgãos de fiscalização, são pacíficos ao entender que permitir a utilização desses equipamentos expõe a população a sérios riscos, favorecendo o desenvolvimento de diversos tipos de câncer de pele. 
 
A SBD se posiciona veementemente contra essa liberação, enfatizando que tal decisão compromete a saúde pública e coloca em perigo a vida da população, reiterando-se o já exposto na nota técnica anteriormente exarada (https://www.sbd.org.br/).

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22 de outubro de 2024

Caracterizada como relativamente comum, crônica e não contagiosa, a psoríase é uma doença inflamatória da pele, na qual por predisposição genética, junto com fatores ambientais ou de comportamento, causam o aparecimento de lesões avermelhadas e que descamam. Com o objetivo de orientar e esclarecer as dúvidas da população sobre essa dermatose que acomete de 3 a 5 milhões de pessoas no país, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove campanha de conscientização.  

Entre as ações está uma live no Dia Mundial da Psoríase, em 29 de outubro, às 19h, no instagram @dermatologiasbd. O coordenador da Campanha Dr. Ricardo Romiti irá participar junto com a cantora e influencer Kelly Key, portadora da doença. 

“As campanhas, já marcas registradas da SBD, são fundamentais para promover esclarecimentos sobre doenças, muitas vezes, negligenciadas apenas por falta de conhecimento, então, procuramos alertar incentivando a busca pelo profissional correto, que é o médico dermatologista, para o diagnóstico precoce e tratamento adequado. Além disso, também temos como missão coibir o preconceito, que afeta muitos pacientes. A psoríase não é contagiosa e o contato não precisa ser evitado”, explica Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.  

O coordenador da campanha, Dr. Ricardo Romiti, conta que não se conhece a causa da psoríase, mas sabe-se que apresenta relação com fatores genéticos e imunológicos. Além disso, alguns gatilhos podem desencadear ou agravar o quadro, como estresse, infecções, banhos longos e muito quentes, uso de certas medicações e mesmo o tempo frio.  

“Formas graves podem estar associadas à obesidade, hipertensão e outras manifestações da síndrome metabólica, aumentando o risco de infarto e acidente vascular cerebral (derrame). Além de acometer a pele, mais ou menos um terço dos pacientes pode ter uma inflamação articular, conhecida como artrite psoriásica, que, se não tratada adequadamente, pode desencadear deformidades”, ressalta o médico dermatologista.  

O diagnóstico das lesões é eminentemente clínico, mas, em alguns casos, também pode ser necessária a realização de uma biópsia da pele para confirmação da psoríase e afastar a possibilidade de outras doenças.    

“Ainda não tem cura, porém é possível tratar essa dermatose de maneira eficaz obtendo controle completo ou quase completo de seus sinais e sintomas”, diz Romiti.  

Tratamentos  

A escolha do tratamento depende da extensão do quadro. De acordo com o médico dermatologista Ricardo Romiti, 70 a 80% dos pacientes possuem a forma mais leve da doença, ou seja, placas nas regiões do cotovelo, joelho ou couro cabeludo, podendo aparecer em qualquer parte do corpo, mas de forma limitada. “Essas formas nós manejamos com tratamentos tópicos, como cremes, pomadas e loções que vão ter um efeito anti-inflamatório para regredir o quadro”, explica.  

Já os casos mais graves, extensos e disseminados pelo corpo, necessitam dos tratamentos convencionados, que vão desde a fototerapia até medicação oral.   

“Se o paciente não responder ou tiver alguma contraindicação, temos ainda os tratamentos imunobiológicos que são direcionados contra a inflamação específica da psoríase. São medicamentos muito eficazes para as formas mais graves da doença, com um perfil de segurança favorável mas de custo mais elevado e, portanto, indicados para pacientes que tiveram alguma falha ou contraindicação aos tratamentos convencionais”, detalha o médico.  

Fique por dentro da campanha através do Instagram @dermatologiasbd.

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18 de outubro de 2024

Neste Dia do Médico, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) parabeniza seus mais de 12 mil associados, reconhecendo a importância de cada profissional na promoção da saúde e do bem-estar da população. Com uma representação significativa de 9.881 mulheres e 2.264 homens, celebramos a predominância feminina na dermatologia, que ressalta o papel essencial das médicas em nossa área. 

“Neste dia, tão marcante para a nossa profissão, é fundamental uma reflexão sobre os rumos e que rotas corrigir, que estradas pavimentar. Como conciliar toda nossa luta pela dignidade médica com melhores condições de saúde para toda a população? Mas antes de tudo, devemos analisar se estamos individualmente construindo nossa felicidade também através do trabalho e, principalmente, se essa construção tem como pilares a empatia e a compaixão para com nossos pacientes”, diz Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.   

Com 21 departamentos, 96 serviços credenciados e 23 regionais, a SBD representa uma diversidade geográfica que fortalece a atuação da dermatologia na medicina em todo o Brasil: 429 associados na Região Norte, 920 no Centro-Oeste, 1.678 no Nordeste, 1.982 no Sul e 7.090 no Sudeste. 

Neste 18 de Outubro, reafirmamos nosso compromisso com a excelência na dermatologia e o cuidado humanizado, celebrando tanto as conquistas já alcançadas quanto os desafios que ainda nos aguardam. Vamos juntos continuar a jornada em prol da saúde e do bem-estar da nossa população! 

 

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17 de outubro de 2024

Em celebração ao Dia do Médico (18/10), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça o papel crucial da tecnologia no avanço da medicina dermatológica. Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem desempenhado um papel transformador na área, especialmente no auxílio ao diagnóstico de doenças de pele, como o melanoma, uma das formas mais agressivas de câncer, e a acne, que afeta milhões de pessoas no Brasil. 

A IA se apresenta como uma ferramenta poderosa ao analisar grandes volumes de dados e imagens de pele, facilitando a detecção precoce de condições dermatológicas e permitindo tratamentos mais eficazes. Dr. André Hirayama, responsável pelo núcleo de IA da SBD, destaca o impacto direto dessa tecnologia: 

“Com o uso da inteligência artificial, a sensibilidade para diferenciar nevos (pintas) de melanomas subiu de 84% para 100%, e a especificidade aumentou de 72,1% para 83,7%. O melanoma, que é o câncer de pele com pior prognóstico e maior taxa de mortalidade, tem números alarmantes: a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 55 mil pessoas morrem de melanoma a cada ano, o que equivale a seis mortes por hora. O câncer de pele representa 30% de todos os casos de câncer registrados no país, segundo o Ministério da Saúde. A inclusão da tecnologia nos atendimentos pode acelerar a identificação precoce desse tipo de câncer, aumentando significativamente as chances de cura”. 

Um estudo publicado no começo de maio no JAMA Dermatology mostrou que os dermatologistas melhoraram significativamente sua precisão diagnóstica para lesões melanocíticas, suspeitas de desenvolvimento de câncer de pele, ao incorporar a inteligência artificial à tomada de decisões clínicas. Essa evolução tecnológica representa um importante passo no combate ao melanoma e outras condições dermatológicas graves. 

André Barcaui, professor da FGV e UFRJ, e especialista em Inteligência Artificial, comenta sobre as aplicações da IA na dermatologia, especialmente na análise de imagens: 

“A Inteligência Artificial (IA) tem se tornado um recurso essencial na dermatologia, particularmente na triagem de pacientes e na evolução da análise de lesões cutâneas. Por meio de sistemas avançados de aprendizado de máquina, a IA é capaz de identificar padrões complexos em milhões de imagens de pele, detectando características sutis que podem passar despercebidas ao olho humano. Além de acelerar o processo de triagem, permitindo priorizar casos mais críticos, a IA também oferece uma ferramenta poderosa para acompanhar a progressão de lesões ao longo do tempo, ajudando especialistas a refinar diagnósticos e intervenções com maior precisão e eficiência.”  

Para aprofundar esse tema, alguns dos principais porta-vozes da SBD destacam como a inovação tecnológica está impactando a rotina médica e beneficiando pacientes em todo o país. 

Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD, ressalta como a inteligência artificial já está integrada à prática dermatológica: 

“A IA tem mostrado uma precisão surpreendente ao auxiliar no diagnóstico de melanoma, analisando imagens de dermatoscopia com uma taxa de acerto muitas vezes superior à avaliação humana isolada. Ela não substitui o olhar clínico do dermatologista, mas amplia nossa capacidade de identificar sinais suspeitos precocemente, o que é fundamental para salvar vidas.” 

Dr. André Hyraiama comenta sobre o impacto da IA na dermatologia: 

“A inteligência artificial (IA) está revolucionando a dermatologia, ajudando a diagnosticar e tratar condições como psoríase, melanoma, dermatite atópica e hidradenite supurativa. Essa tecnologia pode analisar grandes volumes de dados e reconhecer padrões, melhorando a precisão dos diagnósticos. Além disso, a IA também tem grande relevância na pesquisa clínica, acelerando a descoberta de novos tratamentos e identificando quais pacientes têm maior probabilidade de responder a determinadas terapias.” 

No entanto, Hyraiama também destaca a importância de validação contínua dessas ferramentas: “A validação e os testes dos algoritmos de IA são essenciais para garantir que eles não apresentem vieses, como falhas no diagnóstico em populações com pele mais escura, caso os sistemas sejam treinados predominantemente com imagens de pele clara. A diversidade dos dados é fundamental para que a IA seja eficaz e equitativa, permitindo diagnósticos precisos para todos os tipos de pele.” 

Por fim, Hyraiama enfatiza a colaboração entre médicos e IA como crucial para o sucesso: 

“A combinação entre a expertise dos dermatologistas e a capacidade da IA de processar grandes volumes de dados de forma rápida é a chave para diagnósticos mais rápidos, tratamentos mais personalizados e, em muitos casos, a chance de salvar vidas.” 

A SBD acredita que o futuro da dermatologia será ainda mais impulsionado por essas inovações. Contudo, o uso da tecnologia deve sempre caminhar ao lado do conhecimento e da experiência médica. 

“A inteligência artificial na medicina dermatológica é uma ferramenta de suporte essencial, mas a relação médico-paciente e o julgamento clínico nunca serão substituídos. A tecnologia está aqui para somar, e a SBD continua investindo em capacitação e pesquisa para que os profissionais possam extrair o melhor dessas inovações,” finaliza Dr. Heitor. 

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14 de outubro de 2024

O Departamento Jurídico da SBD informa que a RESOLUÇÃO CFM Nº 2.416/2024, publicada em 19 de setembro de 2024, estabelece diretrizes sobre a autonomia, limites e responsabilidades dos médicos. Entre as determinações, são de uso privativo do médico: a prescrição de especialidades farmacêuticas, nutracêuticas, imunobiológicos, quimioterápicos, agentes esfoliantes e dermatoabrasivos, a toxina botulínica, bioestimuladores, preenchedores, fios de sustentação e quaisquer dispositivos médicos implantáveis, além das que possam surgir fruto do desenvolvimento científico.  

Estabelece ainda que as instituições de saúde devem ser dirigidas por profissionais formados em medicina e proíbe médicos de atender requisições de exames complementares solicitados por não médicos, exceto aqueles previstos em lei ou em programas de saúde pública, elaborados com a participação de médico.

A Resolução é expressa ao determinar que está proibido ao médico a realização de ato anestésico para outros profissionais em procedimentos privativos de médicos. Também está vedada ao médico a emissão de declaração de óbito nas situações suspeitas do exercício ilegal da medicina, sendo obrigatória a comunicação a autoridade policial para que seja realizada a competente necropsia. Determina ainda que a adaptação de órteses e próteses, que envolve procedimentos invasivos, é privativa do médico.   

Essas são algumas das regras previstas na nova resolução do CFM que visa proteger a saúde pública e coibir o exercício ilegal da medicina, representando um avanço para a classe médica. 

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4 de outubro de 2024

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) doou bens duráveis para os serviços credenciados da entidade, que puderam escolher entre quatro opções de kits: dermatoscópio dermlite DL4, lupa dermlite lumio 2, CRY-AC e Wavetronic Nanomax. 

Em resposta a uma catástrofe que afetou o Rio Grande do Sul, os serviços do estado tiveram a oportunidade de escolher dois kits. 

A ação enriquece a formação prática dos futuros profissionais de saúde. A capacidade de cada serviço de escolher os kits mais adequados à sua realidade reflete o compromisso da SBD com a educação continuada e a excelência no atendimento dermatológico. 

“Esse investimento nas futuras gerações de especialistas é fundamental para a evolução da prática dermatológica no Brasil, promovendo a qualidade do atendimento e beneficiando, assim, toda a população”, diz Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD. 

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3 de outubro de 2024

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveita este mês em que é celebrado o Dia das Crianças, em 12 de outubro, para alertar sobre o que é saudável e o que representa riscos para o bem-estar infantil quando o assunto é skincare, conjunto de práticas para cuidar da pele, a fim de mantê-la saudável, limpa e com boa aparência. O tema tem sido cada vez mais popularizado nas redes sociais. 

Os chamados “skinfluencers”, influenciadores focados em cuidados de pele, têm aumentado a preocupação entre os dermatologistas. “A exposição a conteúdos inadequados pode resultar em práticas prejudiciais, especialmente considerando que a pele das crianças apresenta características únicas”, explica o presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves. 

A coordenadora do departamento de Dermatologia Pediátrica Dra. Elisa Fontenelle, diz que o skincare deve ser adaptado conforme a idade. “A pele infantil ainda não está totalmente desenvolvida, o que aumenta a vulnerabilidade a irritações e dermatites. Existe maior chance de perda de água e maior capacidade de absorção de substâncias pela pele, além de menor atividade de glândulas sebáceas e imaturidade imunológica. Assim, é essencial preservar as características da barreira cutânea, incluindo sua permeabilidade e seu pH, já que as alterações nessas características podem levar ao desenvolvimento de dermatites atópica e de contato, por exemplo”, destaca a médica. 

De acordo com a especialista, o uso de maquiagens tem crescido entre meninas, com alguns estudos apontando idades a partir dos 4 anos, aumentando, assim, os casos de dermatite de contato. “É crucial limitar a maquiagem a ocasiões especiais, como apresentações artísticas e só a partir dos 5 anos, de forma alguma fazendo parte da rotina diária e sempre sob supervisão de um adulto. O compartilhamento também deve ser evitado para prevenir contaminações”, conta Dra. Elisa. 

Segundo ela, para os adolescentes, é importante monitorar o uso de maquiagem e a possível piora da acne, além de ensinar a remoção adequada dos produtos. 

Embora as redes sociais possam ser uma fonte de informações valiosas, a SBD alerta que consultar um dermatologista é a melhor forma de garantir que as necessidades específicas de cada criança sejam atendidas de forma segura e eficaz. A entidade destaca ainda que a dermatologia pediátrica é competência da formação do dermatologista, reconhecida inclusive pela Associação Médica Brasileira, portanto, este é o profissional mais adequado para cuidar da pele infantil. 

“Não existe uma regra rígida sobre quando começar as consultas dermatológicas. O ideal é que essas visitas sejam feitas conforme a necessidade, especialmente se houver condições específicas ou para orientações gerais”, reforça Dra. Elisa. 

A SBD convida a todos a cuidarem da saúde da pele dos pequenos com informações adequadas, um passo importante para formar adultos conscientes sobre autocuidado e saúde. 

Confira as dicas: 

  1. Banhos Curtos: Evitar água quente e o uso excessivo de sabonetes. Preferir produtos suaves, sem fragrância e com pH levemente ácido. 
  1. Hidratação: Usar hidratantes suaves e sem fragrância, especialmente em crianças com pele ressecada. 
  1. Proteção Solar: A exposição solar na infância pode ser acumulativa. Recomenda-se evitar a exposição intensa entre 10h e 16h e utilizar filtro solar a partir dos 6 meses, com FPS mínimo de 30. 

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26 de setembro de 2024

A Alopecia Areata é uma doença autoimune que causa perda de pelos em áreas localizadas ou em todo o corpo. Ela pode ocorrer no couro cabeludo, ou em qualquer região pilosa, como barba, cílios e sobrancelhas. Pessoas de todas as idades podem ser atingidas, desde a infância até a vida adulta. No entanto, aqueles com histórico familiar ou outras doenças autoimunes, como distúrbios da tireoide, artrite reumatoide e lúpus, têm maior propensão a desenvolver a condição, que costuma apresentar surtos ao longo da vida, exigindo monitoramento contínuo. 

Segundo a médica dermatologista Fabiane Brenner, membro da diretoria da SBD, os principais sintomas percebidos são áreas arredondadas com queda de cabelo, deixando o couro cabeludo liso, sem fios. A doutora explica que a abordagem pode variar conforme o grau da Alopecia em cada paciente. 

“O tratamento é variado e pode incluir produtos tópicos, como anti-inflamatórios aplicados diretamente nos locais afetados, bem como injeções de medicamentos nas falhas. Em alguns casos, são prescritos medicamentos orais que incluem anti-inflamatórios e imunossupressores. Recentemente, também têm sido utilizados medicamentos, chamados de Inibidores de Jak que ajudam a interferir na resposta inflamatória do organismo. O objetivo é estimular o crescimento e controlar a resposta inflamatória que está causando a perda.”, explica. 

Embora não haja uma maneira garantida de prevenir a Alopecia Areata, é possível minimizar o risco com o conhecimento dos fatores que podem desencadeá-la. A médica Rita Cortez, dermatologista e assessora do departamento de cabelos e unhas da SBD, relata que a doença pode ser provocada por diferentes fatores.

“A condição acomete 1 a cada 100 indivíduos, ou seja, 1% da população. Ela é influenciada por predisposição genética, mas também pode ser originada por fatores ambientais como estresse, infecções (como a COVID-19) ou mudanças drásticas na rotina. O médico dermatologista é o profissional capacitado para a avaliação dos sintomas e prescrição de medicamentos.”, destaca. 

Apesar disso, doutora Fabiane explica que, em alguns casos, é recomendado que o indivíduo procure por ajuda psicológica como suporte, pois o impacto na qualidade de vida pode ser significativo, principalmente em jovens e mulheres, devido a questões de autoestima.  

“É crucial que o tratamento não se limite apenas às abordagens médicas, mas que também inclua suporte psicológico para ajudar os pacientes a lidar com os efeitos emocionais. O dermatologista desempenha um papel fundamental na abordagem holística da doença, não apenas tratando as regiões afetadas, mas também avaliando possíveis condições autoimunes associadas e oferecendo suporte para melhorar a qualidade de vida.”, afirma a doutora.

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25 de setembro de 2024

Hoje, acontece o “II Fórum sobre Ato Médico” realizado pelo Conselho Federal de Medicina, em Brasília. Representam a SBD o Dr. Carlos Barcaui, atual vice e futuro presidente da instituição; a Dra. Rosana Lazzarini, primeira secretária; o Dr Dr. Sérgio Palma, diretor de mídias e a Dra Ana Claudia Soares, presidente da comissão de ética e defesa profissional. Na ocasião, juntamente com a Dra Luanna Caires, presidente da SBD-Regional DF, entregaram o Dossiê de Complicações ao CFM.

A invasão ao ato médico por pessoas sem formação em medicina é um grave problema de saúde pública que vem ocasionando lesões e mortes. Desse modo, a SBD tem o compromisso de alertar a sociedade, o ministério público e órgãos governamentais sobre o tema, através de trabalho conjunto com o judiciário, com o CFM e outros setores. A comunicação é assertiva em torno da complexidade do ato médico e da importância da formação médica de qualidade e da especialização através da residência médica.

A presença da SBD com grande representação neste II fórum de defesa do Ato Médico demonstra o compromisso com a saúde e a segurança dos pacientes, dialogando e trazendo proposições.

Nas fotos do carrossel, além do Dr. José Hiran da Silva Gallo, presidente do CFM, representam a SBD o Dr. Carlos Barcaui, atual vice e próximo presidente; Dra. Rosana Lazzarini, primeira secretária; Dr. Sérgio Palma, diretor de mídias; Dra. Ana Claudia Brito Soares, presidente da Comissão de Ética; Dra. Heliana Goes, da Regional PA; Dra. Luana Portela, presidente da Regional DF e o Dr. Gustavo Pinto Corrêa, da Regional RS.





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