Caspa: causas e soluções




2 de dezembro de 2010 0

Entenda as causas da dermatite seborreica e saiba como combatê-la

Talvez a única coisa pior do que acordar com o cabelo de mau jeito seja se deparar com os temidos pontinhos brancos capazes de estragar qualquer visual. A caspa é um pesadelo. Apesar de ser um distúrbio conhecido há bastante tempo, a dermatologia ainda desconhece as causas exatas do surgimento do fungo, assim como uma solução que seja 100% eficaz.

DESCAMAÇÃO E OLEOSIDADE

De acordo com a diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Maria Fernanda Gavazzoni, o problema é resultado de descamação acompanhada de oleosidade excessiva. ‘É conhecida como dermatite seborreica’, diz. A professora Solange Cardoso, chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), na UERJ, acrescenta: ‘É uma dermatose crônica e surge com frequência em áreas ricas em glândulas sebáceas como couro cabeludo, orelhas, face, região inframamária e tronco. A pele fica avermelhada com escamas amareladas graxentas. Nas formas mais leves, apresenta-se como uma fina de descamação no couro cabeludo’.

CAUSAS

A causa para o surgimento do fungo ainda é um mistério para a medicina dermatológica, mas as especialistas levantam hipóteses. ‘Parece ter causas genéticas associadas à intensa atividade das glândulas sebáceas e à participação do fungo chamado Malassezia’, explica Gavazzoni. Solange Cardoso complementa: ‘Composição anormal do sebo e o uso de certas drogas podem ajudar no surgimento da caspa, que também pode estar associada à infecção pelo vírus do HIV nas formas mais severas e persistentes’.

A falta de higiene não é necessariamente um causador dos pontinhos brancos. No entanto, fatores emocionais podem influenciar na permanência do distúrbio, que não é contagioso. ‘O estresse está frequentemente associado à piora das lesões. A dermatite seborreica pode estar relacionada a anormalidades neurológicas como o Parkinson e a influências do sistema nervoso’, esclarece a professora Solange, acrescentando que, apesar de não influenciar diretamente, o asseio deve ser realizado: ‘A falta de higiene pode aumentar a oleosidade e, portanto, o aumento de fungos e bactérias’.

CLIMA FRIO AGRAVA

A caspa apavora as mulheres, mas é mais presente em homens, explica Gavazzoni, pois a atividade da testosterona é maior e ativa a ação das glândulas sebáceas, piorando o problema. No inverno, a incidência é maior. ‘A dermatite seborreica piora nos climas frios e secos por uma maior atividade das glândulas sebáceas neste período’, diz a presidente da SBD. ‘O fluxo sanguíneo e a t…


30 de novembro de 2010 0

Pequenos com menos de seis meses não podem usar protetor solar

Primeiro veraneio significa cuidado redobrado. Por terem pele delicada, os bebês precisam da atenção e da paciência dos pais se forem expostos à praia.

Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Maria Paula del Nero, os pequenos com menos de seis meses não podem usar protetor solar. Nesses casos, a dica é protegê-los com roupas, bonés e chapéus com bloqueador solar no tecido.

– A pele é sensível, e a criança pode ter alergia ao protetor – alerta.

Mesmo protegida, a pele pode sofrer efeitos indesejados dos raios solares e do calor. Maria Paula explica que reações alérgicas, como brotoejas (dermatites) são comuns nesta época do ano. Para driblar o problema, ela aconselha que os pais optem por roupas de algodão.

– Se a pele ficar avermelhada pelo sol, pode-se aplicar cremes à base de aloe vera e camomila, que diminuem a vermelhidão – ensina. Aplicar pasta d’água no local também ajuda a amenizar o desconforto.

Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Moisés Chencinski reforça: sol, só antes das 10h e depois das 16h. Independentemente de a criança ter entrado na água, o protetor deve ser reforçado a cada duas horas.

Ao voltar para casa, o pediatra recomenda que os pais deem banho no filho imediatamente, para limpar o suor e tirar resquícios do protetor solar da pele do bebê. Além da preocupação com o sol, os pais devem estar atentos aos acidentes domésticos comuns para a época do ano.

– As crianças não têm noção do perigo. Podem se perder ou se engasgar com algo que colocam na boca – explica a pediatra Débora Pontes.

O segredo para evitar esses e outros acidentes é manter a vigilância sempre, mesmo em ambientes específicos para os pequenos. Devido ao grande fluxo de crianças e à menor quantidade de água, a médica lembra que casos de conjuntivite e diarreia são comuns em bebês e crianças, uma vez que o acúmulo de germes (resultado da concentração de urina na água) é grande.

PODE OU NÃO PODE?

Sol, água do mar, areia e piscina são ótimas pedidas para o verão, mas podem não ser uma boa ideia para bebês. Veja algumas dicas:

:: Para bebês, o ideal é investir em bloqueadores específicos, que têm apenas o proteto…


25 de novembro de 2010 0

Ações foram organizadas pela SBD para chamar atenção da população para a 12ª edição da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele

A Campanha de Prevenção ao Câncer da Pele chega este ano a sua 12ª edição já tendo atendido mais de 357 mil pessoas. Para continuar tratando as pessoas com a doença e conscientizando a população sobre o tema, esta edição está contando com algumas ações interessantes. Nos dias 23 e 24/11, o Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno, foi completamente iluminado de laranja, cor que simboliza a campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Também no dia 23, o Congresso Nacional, em Brasília, recebeu iluminação laranja, simbolizando a luta de todo o país contra o câncer da pele.

E não para por aí. Na última rodada do campeonato brasileiro, que aconteceu no fim de semana de 20 e 21/11, nos jogos entre Goiás x Santos, Flamengo x Guarani e Botafogo x Internacional faixas com informações da campanha foram estendidas em campo. Gandulas e jogadores também usaram os bonés – laranja – da campanha.

O mutirão de atendimento acontece neste sábado, das 9h às 15h em 24 estados de todas as regiões do país. Para consultar qual o posto mais próximo, a população pode ligar para 0800 70 13 187 ou acessar o site da SBD. Os casos mais graves que exigirem intervenção médica, serão encaminhados para um serviço credenciado da instituição. Tanto a consulta nos postos quanto os procedimentos nos serviços são totalmente gratuitos.


22 de novembro de 2010 0

O açúcar sempre foi o vilão das dietas e da vida saudável. Ele também é culpado por acelerar o processo natural de envelhecimento da pele. O alerta foi dado por especialistas americanos e apresentado no último congresso da sociedade brasileira de dermatologia.

A principal proteína da derme, uma das camadas da pele, é o colágeno, que se quebra com o envelhecimento, fazendo surgir as rugas. O açúcar interfere na função do colágeno.

A médica dermatologista Adriana Aquino constata o problema nos pacientes que chegam no seu consultório. “O que nós vimos é que quanto mais açúcar a gente tem, mais a gente liga uma fibra de colágeno à outra e torna ele mais duro, mais inflexível e incapaz de se reparar dos danos que são comuns no envelhecimento, então acaba precipitando o aparecimento das rugas”, revela.

A doutora diz que a conclusão é de um estudo de dermatologistas da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos. A maioria das pessoas ainda desconhece este efeito menos doce do açúcar: “Eu nunca tinha ouvido falar, mas não acho que seja tão preocupante assim”, diz uma mulher. “Já ouvi, mas a gente não consegue se livrar desse mal”, aponta uma jovem. “Não fico preocupada com isso. Envelhecimento vem do dia a dia. Tem que vir, eu não vou lutar contra ele, eu aceito numa boa”, diz uma senhora, já conformada.

De acordo com o trabalho dos dermatologistas americanos, o processo de envelhecimento da pele pode ser acelerado não apenas pelo consumo excessivo do açúcar em si, mas também pelo consumo dos alimentos que se transformam em açúcar dentro do organismo. Exemplos disso são a batata, a massa, o pão e a melancia. Alguns alimentos diminuem a ação do açúcar sobre o colágeno, como o alho, orégano, gengibre, canela e pimenta.

Além do açúcar, o preparo da comida também influi. Alimentos grelhados podem prejudicar a pele. “Fazer aquela casquinha crocante é ruim, porque aquilo também é capaz de gerar dano ao colágeno independente se é um açúcar ou não. O próprio bife que é proteína, se é muito grelhado, gera uma capacidade de estresse na célula muito maior”, ressalta a médica dermatologista Adriana Aquino.

A médica Daisy Magalhães já teve problemas na pele e acredita que conseguiu remoçar reduzindo o consumo de açúcar e controlando a alimentação sem radicalismo: “Minha pele era muito ruim e, com essa prática, melhorou muito”, sugere.


19 de novembro de 2010 0

No último dia 12 a dermatologia brasileira recebeu mais uma ótima notícia. Após 31 anos, o Brasil voltará a sediar um dos maiores eventos da especialidade no mundo, o XX Congresso Iberolatinoamericano de Dermatologia. O Rio de Janeiro receberá o evento que este ano foi realizado em Cancún, no México.

A candidatura da cidade apresentou uma série de pontos positivos, baseados em dados governamentais e projeções oficiais para os próximos anos, tendo como grande trunfo o fato de que o Rio receberá jogos da Copa do Mundo FIFA, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016. Além disso, a força da dermatologia brasileira foi ressaltada em números e fatos. Para o presidente da SBD, Omar Lupi, esta foi uma conquista que reafirma a dermatologia brasileira em posição de destaque no mundo. Omar também ressaltou a importância da reaproximação da sociedade com o Cilad. ‘Essa reaproximação é benéfica e necessária a nós, dermatologistas brasileiros. Receber o congresso será uma honra, um momento histórico para nossa dermatologia’, afirmou.


17 de novembro de 2010 0

A aplicação de luz pulsada, assim como o laser, destrói os pelos totalmente em várias sessões. Problemas nutricionais, uso de determinados medicamentos e alterações hormonais estão entre as principais causas de excesso de pelos no corpo. O tema foi o escolhido no site do GLOBO pelos leitores para consulta a um especialista na coluna desta semana. Segundo a dermatologista Graça Silveira, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e com experiência em cosmiatria na Escola de Medicina do Hospital Mount Sinai em Nova York, até mesmo um trauma repetido numa área do corpo pode estimular um maior crescimento de pelos. Daí a importância do diagnóstico exato para fazer a diferenciação, por exemplo, entre um aumento do número de pelos de origem congênita e o hirsutismo, doença endócrina que ataca as mulheres, que começam a produzir pelos onde normalmente só homens têm. Para se livrar do problema de forma definitiva, duas boas opções são a depilação com laser e a aplicação de luz intensa pulsada.

Quais são as principais causas de excesso de pelos no corpo?

GRAÇA SILVEIRA: Em ambos os sexos, uma possibilidade é a hipertricose, que é o aumento de pelos, que também ficam mais espessos, em áreas onde ele normalmente existe, como braços, pernas, barba etc. Isso pode ter várias causas, inclusive um trauma repetido no local. Alguns medicamentos também podem estimular o crescimento de pelos, como fenitoína, um fármaco do grupo dos antiepilépticos, antibioticos, como a estreptomicina, e corticoides. O excesso de pelos também pode ser de origem familiar, congênito. Nas mulheres, uma causa comum é o hirsutismo, uma disfunção hormonal que leva ao crescimento de pelos terminais em áreas de distribuição masculina, como barba, buço, tronco e braços.

Como é feito o diagnóstico?

GRAÇA: A diferenciação entre hipertricose e hirsutismo é importante. Na primeira hipótese, o médico investiga as possíveis causas. No caso de suspeita de hirsutismo, é preciso submeter o paciente a uma avaliação hormonal, para ver a ação de $ênios sobre a pele, assim como o funcionamento das glândulas supra-renais.

Quais são os cuidados que as pessoas com excesso de pelos devem ter com relação à higiene ou para evitar complicações?

GRAÇA: Podem, por exemplo, aparar um pouco os pelos para evitar o acúmulo de resíduos na pele e mesmo o risco de um pelo encravar.

Qual é o tratamento de rotina contra o excesso de pelos?

GRAÇA: Se o problema não for causado por doença, o tratamento padrão é o uso de laser Light…


17 de novembro de 2010 0

Nas épocas mais quentes do ano, a população tem que ter cuidado redobrado com a saúde. As doenças causadas pelas altas temperaturas, calor e umidade excessivas são recorrentes neste período, a exemplo das micoses, brotoejas, pano branco, insolação, desidratação e queimaduras solares.

Conforme a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Bahia, a dermatologista Anete Olivieri, um dos principais causadores de parte das “doenças de verão” são os fungos.

Responsáveis pelo pano branco e micoses, os micro-organismos proliferam em locais úmidos e com temperatura elevada. “A região da virilha e entre os dedos são os locais mais atingidos, devido à temperatura e à umidade do próprio corpo”, explica Olivieri.

Outro problema bastante característico no verão são as queimaduras solares. O tempo prolongado de exposição no sol, sem a proteção adequada, pode causar lesões de 1º e 2º graus. “Além do desconforto durante esse período, é preciso enfatizar que isso pode ocasionar problemas futuros graves, como o câncer de pele” ressalta Olivieri.

CALOR

As crianças também sofrem com o aumento da temperatura. A brotoeja, que acomete principalmente bebês e crianças, é causada devido à inflamação e obstrução das glândulas sudoríparas. O fechamento da glândula impede que o suor chegue à superfície da pele, ocasionando irritação e coceira, que incomodam a criança.

Mãe de dois filhos, a dona de casa Adriana Santos, utilizou-se de métodos caseiros para tratar o filho de 7 anos, que teve brotoeja no mês passado. “Ele coçava muito, tanto que até feriu”, conta Adriana, que passou a dar banho nos garotos com mais frequência nos dias mais quentes.

CUIDADOS

Para evitar as doenças típicas nesse período, algumas ações simples podem evitar transtornos durante a época mais quente do ano. Secar bem o corpo, ficar em ambientes ventilados, usar roupas preferencialmente de algodão, não ficar com roupas molhadas por muito tempo, beber bastante água, e claro, se proteger do sol, usando protetor solar, que deve ser reposto a cada duas horas, chapéus, bonés, conforme as recomendações dos especialistas.

Mas, para quem não tomou as devidas precauções e percebeu alguma alteração, seja na pele ou no organismo, é preciso procurar um médico imediatamente para obter o diagnóstico e o tratamento, mais adequados.


12 de novembro de 2010 0

O rosto é o nosso cartão de visita. Justamente por reforçar a identidade e ser um indicador de beleza, ele causa tantas preocupações.

Marcas de expressão e rugas são incômodos que a ginástica facial e a drenagem linfática facial podem solucionar de forma natural, sem uso de produtos químicos.

A utilização de ambas as técnicas, no caso de linhas de expressão mais leves, substituem procedimentos cirúrgicos e aplicações de Botox, segundo Marina Ohana, fonoaudióloga, psicomotricista e shiatsuterapeuta.

De uma maneira ou de outra, são alternativas naturais que devem ser levadas em consideração.

GINÁSTICA FACIAL

Este tipo de ginástica foi inicialmente usada como terapia para os portadores de paralisia no rosto, mas atualmente dermatologistas utilizam a técnica de fazer caretas em frente ao espelho com fins estéticos.

Roseli Siqueira, profissional reconhecida por dicas e métodos naturais, escreveu um livro chamado Beleza Natural, em que ensina como conservar a beleza da pele com a automassagem.

Os exercícios consistem em esticar a testa, puxar os olhos, contrair os lábios e franzir a sobrancelha, e precisam ser feitos diariamente por, pelo menos, 20 minutos para obter resultados. Os movimentos estimulam a circulação sanguínea, o que faz com que as células adquiram mais nutrientes e a pele fique mais resistente.

Os exercícios, no entanto, devem ser orientados por um profissional, pois, quando feitos de maneira inadequada, podem sobrecarregar os músculos do rosto e aumentar as marcas de expressão. Além disso, podem gerar os distúrbios das ATMs (articulação temporomandibular), conta Denise Steiner, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo.

A prática ainda não tem comprovação cientifíca e nem todos os médicos da área concordam. De acordo com a dermatologista Lucia Mandel, a ginástica facial acentua a flacidez da pele e causa rugas. Para ela, a repetição de exercícios piora a qualidade do colágeno e da elastina, fibras que sustentam e dão estabilidade à pele.

DRENAGEM LINFÁTICA FACIAL

A dermatologista Meire Parada Brasil, do setor de cosmiatria da Unifesp, explica a prática.

– Muitas pessoas pensam que a drenagem está associada apenas ao corpo, para o tratamento de celulite, retenção de líquidos, gordura localizada e recuperação no pós-operatório e …


9 de novembro de 2010 0

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas que sofrem da Hanseníase caiu em 141 países de 2009 para cá. Ainda assim, o Brasil está entre as áreas mais endêmicas afetadas pela doença, ao lado de Angola, Nepal, Índia e Madagascar, regiões que continuam lutando para controlar a doença. Estudo realizado por médicos brasileiros está sendo acrescentado ao arsenal de combate a um dos grandes problemas causados pela Hanseníase: a dor crônica. Nele, Licia Saadi, médica fisiatra do Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Hospital da UFRJ, faz um mapeamento dessas dores para buscar os melhores tratamentos.

– A Hanseníase é provocada por um bacilo que ataca a pele e os nervos periféricos – explica.

– O nervo inflama e causa a dor neuropática. No estudo, concluímos que 29% das pessoas que analisamos conviviam com dores há cerca de 10 anos, mesmo depois de terem tratado a doença. A dor neuropática é causada por uma lesão direta no nervo e se manifesta de várias formas, como sensação de queimação, ferroadas ou choques em determinadas partes do corpo.

– Mesmo tratando a doença, você não elimina, necessariamente, os danos que ela causou ao seu sistema nervoso – explica Alexandre Amaral, professor de neurocirurgia do Instituto de Pós-Graduação Carlos Chagas.

– Ela pode ter lesionado uma raiz nervosa, e a dor vai permanecer mesmo que o vírus já tenha sido eliminado. Os especialistas acrescentam que, apesar de ser provocada por uma lesão só no nervo, essa dor exige tratamentos multidisciplinares. A dor neuropática pode ser combatida através de cirurgia e com medicamentos, mas Licia ressalta a importância de fazer acompanhamento com fisioterapeutas e psicólogos.

– Essa dor também é emocional – acrescenta Licia. – Os pacientes se sentem rejeitados e sofrem emocionalmente, o que aumenta a dor. Quando a doença está no processo inflamatório, combatemos com corticoides. Mas a questão é diferenciar do processo inflamatório e da dor crônica. Aí entram outros tratamentos em ação, como terapia, fisioterapia e acupuntura.


8 de novembro de 2010 0

O hábito de roer unhas, além dos malefícios conhecidos à saúde, apresenta uma nova e danosa característica: a compulsividade. Trata-se da chamada onicofagia, que atinge homens e mulheres de todas as idades.

– Não há idade específica, mas observo muitos casos com adolescentes. Há crianças que começam a roer por ver os pais fazendo – afirmou a jornalistas a médica Meire Parada, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Essa compulsão pode trazer consequências, como traumatizar a base da unha, alerta a especialista.

– Ao levar a unha à boca, você acaba tendo o contato com o dente, que causa danos e acaba deformando a unha. Além disso, pode machucar a cutícula e causar infecções, já que a boca contém bactérias. Nem sempre esses medicamentos são suficientes. É preciso ser feito um trabalho junto ao psicólogo para que se entenda qual é o motivo que leva a pessoa a manter o hábito – disse a dermatologista.

SINTOMA

A psicóloga clínica Marina Genova acrescenta que roer unhas não é considerado um distúrbio, mas um sintoma de que algo não está bem.

– Não há causas isoladas que gerem a onicofagia. O problema pode ocorrer como sinalizador de algum desconforto relacionado à ansiedade do paciente, como pensamentos, sofrimentos, angústia – disse.

Em alguns casos, pode ser indicado até o uso de medicação antidepressiva por um médico especializado.

COMO EVITAR

Para evitar que a pessoa leve a unha à boca e tentar frear a compulsividade, há produtos manipulados a partir de receitas prescritas por médicos. Existem também opções já prontas no mercado. Os produtos são amargos para tentar causar repulsa à pessoa que tem o hábito de roer.





SBD

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Rio Branco, 39 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20090-003

Copyright Sociedade Brasileira de Dermatologia – 2021. Todos os direitos reservados