Instituições de ensino são investigadas por diplomas irregulares em dermatologia




31 de julho de 2018 0

Alunos que estudam menos de 1 mil horas recebem uma certificação que chega a registrar mais 8 mil horas de curso. Em tempos de procedimentos estéticos malsucedidos como o do Doutor Bumbum, a denúncia mostra preocupação com os interesses dos médicos e instituições de ensino.

"Essas denúncias são muitos graves e a Sociedade Brasileira de Dermatologia tem o total interesse que sejam apuradas a fundo. As mesmas já estão sendo encaminhadas às autoridades competentes, entre os quais o Ministério Público e o Ministério da Educação, que são os entes legalmente instituídos para a averiguação desse tipo de denúncia. Inclusive, a investigação deve contemplar as faculdades que emitiam os certificados. Vamos acompanhar e colaborar com todos os entes competentes para que os fatos citados nas denúncias sejam efetivamente investigados com a devida conclusão e providências", disse, o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.

Confira a seguir íntegra da matéria veiculada nesta terça-feira (31/7) pela CBN.


Duas instituições de pós-graduação são investigadas por fornecerem diplomas irregulares em dermatologia. Alunos que estudam menos de mil horas recebem uma certificação que chega a registrar mais 8 mil horas de curso. As denúncias foram encaminhadas para a Polícia Federal, Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Dermatologia. Os documentos apontam que o Instituto BWS e o Instituto Superior de Medicina, o ISMD, fornecem diplomas com horas infladas. Muito mais do que as realmente cursadas pelos alunos. Para obter o título de especialização em dermatologia, é necessário mais do que o diploma de pós-graduação. É preciso ser aprovado no exame da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que exige 2,8 mil horas de experiência.

As instituições negam qualquer fraude. O Instituto BWS informou que ainda não foi notificado sobre nenhuma denúncia e que o fato "causa estranheza e perplexidade". O instituto também afirma que o certificado é reconhecido pelo MEC. Mas gravações de telefone enviadas para a Polícia Federal e ao Conselho Federal de Medicina apontam que o Instituto BWS oferece diplomas com horas infladas para alunos que fazem dois cursos seguidos:

Falso interessado: "Qual a carga horária que meu certificado vai ter?"
Atendente: "2.980. E qualquer curso que você escolher para terceiro ano você ganha um certificado total de 3.980 horas. Mesmo que esse certificado valha, no caso, 510 horas, que é o caso da estética, vamos supor, né? Se o aluno faz um curso seguido do outro, a gente consegue um certificado de mais horas, né".

Já o ISMD oferece um diploma com até 8.640 horas. Mas, ao vender o curso, afirma que os alunos só precisam frequentar as aulas de sexta, sábado e domingo, uma ou duas vezes por mês. E mesmo assim vão constar no certificado as horas do curso ministradas durante a semana, que corresponderiam ao atendimento que os alunos deveriam fazer em hospitais com a supervisão de um instrutor da instituição.

Atendente: "O curso é administrado em um final de semana por mês."
Falso interessado: "Bacana."
Atendente: "Então você tem aula sexta, obrigatório no hospital da Baleia, e sábado e domingo aqui na Pampulha."
Falso interessado: "Ótimo."
Atendente: "No meio de semana, de segunda a sexta, não é obrigatório esses ambulatórios.”
Falso interessado: "Muito bom."
Atendente: "Então, de qualquer forma, você vai ter 5.760 horas".

Na denúncia há cópias de e-mails em que uma representante do setor acadêmico do ISMD confirma que o instituto concede as horas da semana mesmo para os alunos que só comparecem aos fins de semana. Mesmo assim, o instituto considera a denúncia "inverídica, maldosa e sem qualquer embasamento".

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sérgio Palma, declarou que as denúncias são graves. Ele explicou que a SBD encaminhou o conteúdo da denúncia para as autoridades competentes e que aguarda uma conclusão das investigações para tomar previdências. Ele ressalta que, se confirmadas, as práticas representam um perigo para os pacientes:

"Os riscos são inúmeros. Não só para os procedimentos estéticos, mas também para os diagnósticos das doenças. Um diagnóstico errado e um tratamento errado envolvem complicações que muitas vezes são irreversíveis e até mesmo desfechos fatais".

O Conselho Federal de Medicina informou que também recebeu e que encaminhou as denúncias para as autoridades responsáveis. O Ministério da Educação avalia os conteúdos, mas confirmou que o Instituto BWS e o ISMD já são investigados, assim como as instituições que mantêm convênios para o fornecimento dos diplomas. Os detalhes dessas investigações não podem ser revelados até que estejam concluídos e publicados no Diário Oficial.


31 de julho de 2018 0

Com o objetivo de avaliar os principais diagnósticos e tratamentos prescritos em consultas dermatológicas no Brasil, tanto no setor público quanto no privado, a SBD realizou de 21 a 27 de maio a pesquisa Perfil das Consultas Dermatológicas – 2018. As análises por composição etária e racial, por sexo e tipo de atendimento, e região do país foram comparadas com dados do primeiro estudo realizado pela Sociedade, em 2005. Coletados por meio de formulário online, os dados clínicos e demográficos fornecidos pelos associados contribuirão para a implementação de políticas públicas de saúde no Brasil, além de definição de ações institucionais estratégicas, de educação/formação e defesa profissional.

Participaram 885 dermatologistas de 25 estados e foram registradas 13.293 doenças. Nas 9.629 consultas dermatológicas, a maioria dos pacientes (65,1%) foi do sexo feminino, e a idade média de 42,4 anos. Quanto ao tipo de atendimento, 48,7% dos pacientes foram atendidos por convênio e seguros saúde; 26,3% pelo Sistema Único de Saúde (SUS); e 25% em clínicas e consultórios privados.

Os diagnósticos foram organizados em 83 grupos, sendo a acne, com 771 (8%) referências, o principal motivo de consulta, seguida por fotoenvelhecimento, 746 (7,7%); carcinoma basocelular, 516 (5,4%); queratose actínica, 451 (4,7%); psoríase, 421 (4,4%); e melasma, 357 (3,7%).

“Os resultados reforçam o fato de que a acne, o envelhecimento e o câncer da pele são problemas de saúde pública e que necessitam de ações voltadas para educação em saúde visando à prevenção, sobretudo das neoplasias de pele”, argumentou o 1º secretário da SBD, Hélio Miot, coordenador da pesquisa juntamente com os médicos dermatologistas Andrea Machado Ramos e Gerson Penna.

Quanto a tratamentos e condutas, os mais comuns foram medicação tópica, com 4.922 (51,1%) citações; filtro solar, 4.232 (44%); hidratantes, 3.003, (31,2%); medicamentos orais, 2.382 (24,7%); cosméticos, 1.863 (19,3%); e procedimentos cirúrgicos terapêuticos, 1.852 (19,2%).

“A análise dos dados da pesquisa nos leva a considerar que as preocupações do público feminino com os aspectos relacionados à saúde da pele são superiores às do público masculino e estão associadas com o cuidado com a exposição solar, prevenção de doenças e melhora da aparência”, realça.

A conclusão do trabalho será publicada na forma de suplemento nos Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD). O trabalho contou com a consultoria da Profa. Maria Lúcia Penna, do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Matéria originalmente publicada na edição de maio-junho do JSBD.

 

 


28 de julho de 2018 0

O presidente da SBD, José Antonio Sanches, o presidente da SBR, Georges Basile Christopoulos, e a presidente do Gediib, Cyrla Zaltman, buscaram destacar a importância dos biossimilares no tratamento das doenças crônicas

Começou nesta sexta-feira (27/7), em Brasília, o Fórum Interdisciplinar de Biossimilares, uma realização conjunta de três sociedades médicas: a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e o Grupo de Estudos de Doenças Inflamatórias Intestinais (Gediib). São mais 600 profissionais de saúde reunidos até sábado (28) para debater inovação, sustentabilidade e novas tecnologias em medicamentos biossimilares para o tratamento de doenças complexas de caráter autoimune, entre elas as dermatológicas, como a psoríase e a hidradenite supurativa. Ao final das discussões, está prevista a elaboração de documento consensual pelas sociedades médicas com as principais questões tratadas nos dois dias de evento.

“Essa é uma oportunidade ímpar da discussão multidisciplinar envolvendo a dermatologia, num momento que considero fértil para o resgate da dermatologia clínica, assim como o advento de perspectivas reais de abordagens eficazes para doenças antes órfãs de tratamentos”, disse o presidente da SBD, José Antonio Sanches, durante a abertura.

Os medicamentos biológicos e os biossimilares são produzidos ou derivados de organismos ou células vivas, que são modificados para o tratamento de determinadas doenças. São constituídos por moléculas complexas e desenvolvidos em condições cuidadosamente monitoradas, exigindo distintas etapas para a sua elaboração e produção até a obtenção de um produto consistente.

A ausência da regulação específica para os medicamentos biossimilares – versões similares aos medicamentos biológicos originais – impacta na qualidade de vida de pacientes, especialmente os portadores de doenças crônicas, como as reumatoides.

 


27 de julho de 2018 0

O tema da Defesa Profissional é de vital importância e de motivo de atenção constante da SBD. Nesse sentido, a Diretoria da SBD comunica que durante o 73º Congresso Brasileiro de Dermatologia, a ocorrer de  6 a 9 de setembro, em Curitiba (PR), haverá uma sala específica para atendimentos jurídicos aos associados interessados.

Os atendimentos realizados pelo Departamento Jurídico da SBD serão voltados para o envio de denúncias, de prestação informações sobre as representações contra o exercício ilegal da medicina e de esclarecimento de dúvidas jurídicas ou de outras orientações quanto ao exercício da medicina.

A Sala de Defesa Profissional ficará no estande da SBD. Participe desse espaço criado para o esclarecimento de dúvidas sobre este tema no encontro de 2018.

 

 

 

 


27 de julho de 2018 0

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vêm a público contestar o aviso de esclarecimento sobre indicações do polimetilmetacrilato (PMMA), divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (25/julho/2018).

Importante destacar que o polímero em questão – o PMMA – teve sua utilização primórdia na indústria como ligas para manufatura de vidros e similares, sendo posteriormente identificado sua biocompatibilidade para casos específicos e pontuais na confecção de lentes e cimento ortopédico.

O PMMA tem sido utilizado para preenchimento cutâneo de pequenas áreas corporais, com finalidade reparadora, nos casos pontuais de pacientes que apresentam atrofia tegumentar da face decorrente de tratamentos da Aids, ou com sequela de poliomielite. Nestes casos, a indicação da Anvisa para as quantidades aplicadas, segundo os fabricantes, é clara.

Não obstante, data de 2006, a preocupação das entidades médicas (SBCP, SBD e Conselho Federal de Medicina – CFM) com o uso indiscriminado de PMMA para fins estéticos, motivo pelo qual o CFM emitiu alerta público sobre a periculosidade da utilização deste produto. Em 2013, a SBCP reiterou posicionamento de restrição do emprego de PMMA em tratamentos médicos da especialidade.

O comunicado, emitido em 25/07/2018, pela Anvisa sobre a utilização do produto em situações com finalidades explicitamente estéticas – como o preenchimento dos glúteos –, afirma que o PMMA não é contraindicado, além de não estabelecer critérios de sua utilização. E acrescenta "cabe ao profissional médico responsável avaliar a aplicação de acordo com a correção a ser realizada e as orientações técnicas de uso do produto".

Face aos últimos acontecimentos, de casos de morte com a utilização inadequada do produto para fins estéticos, a Anvisa, ao divulgar este documento, presta um desserviço tanto à população quanto à classe médica, uma vez que está comprovado que o PMMA não pode ser usado indiscriminadamente e tampouco em grandes quantidades.

A situação é grave, pois é sabido que o produto – cuja aplicação é definitiva – não pode ser removido de maneira isolada, quando apresentar complicações, sendo sua remoção acompanhada dos tecidos preenchidos, podendo gerar importante dano estético e deformação. É impossível prever quais indivíduos serão suscetíveis e quando essas reações podem vir a ocorrer, sendo a qualquer tempo, mesmo anos após sua aplicação.

Diante disso, o Cremesp, a SBCP e a SBD exigem que a Anvisa se retrate publicamente e reordene as recomendações de uso do PMMA, como medida de proteção a pacientes e colaborando para que a Medicina seja praticada de maneira ética e transparente quanto à eficácia e perigo de determinados produtos e medicamentos.

 

São Paulo, 26 de julho de 2018.

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA


26 de julho de 2018 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) constatou o exercício ilegal da profissão praticado por fisioterapeuta em uma clínica em Juazeiro do Norte (Ceará). Em cumprimento de mandado judical de busca, a polícia apreendeu aparelhos de procedimentos estéticos, documentos, computadores e produtos no local (clique para ler a matéria publicada no G1). A ação ocorreu nesta quarta-feira (25/7) e a fiscalização foi realizada a partir de denúncias de médicos dermatologistas daquele município e do estado do Ceará.

“O resultado é fruto do trabalho ético da SBD Nacional, por meio de dos instrumentos legais, em defesa da saúde populacional, das prerrogativas médicas e com a importante colaboração dos nossos associados”, comentou o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.

O objetivo da SBD por meio do Departamento Jurídico é combater o exercício ilegal da medicina, defendendo a população que credita sua saúde nas mãos de pessoas não capacitadas para o exercício médico.

"A ação publicada na matéria é o ápice de toda uma estratégia jurídica adotada pelo Departamento Jurídico da SBD. Essa estratégia se inicia com a denúncia encaminhada pelo associado ou população, devidamente instruída com provas, que é instrumentalizada com toda argumentação jurídica e encaminhada aos órgãos de fiscalização para que adotem as medidas pertinentes ao caso", disse o assessor jurídico da SBD, Carlosmagnum, reforçando a importância da participação constante do associado no encaminhamento de denúncias "para que outras ações como essa possam ocorrer".

Os canais disponíveis para denúncias, dúvidas e esclarecimentos são: defesa-juridico@sbd.org.br ou pelo WhatsApp: (61) 99352-3061. Lembrando que será preservado o anonimato do denunciante.

 

 

 

 


26 de julho de 2018 0

As novas tecnologias chegaram para revolucionar as comunicações e a forma como as pessoas se relacionam. Por meio elas, os médicos encontram excelentes oportunidades para estreitar o relacionamento com seus pacientes, atraindo ainda novos interessados em suas especialidades. No entanto, essas mídias também trazem desafios que precisam ser colocados em perspectiva para garantir a ética e a responsabilidade médicas. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta: a internet deve ser utilizada como instrumento de promoção da saúde e orientação da população. Reforça que o critério de escolha de um profissional para a realização de procedimentos estéticos não deve ser o número de seguidores, curtidas, popularidade e da propaganda do “antes e depois” – prática expressamente proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e publicada na Resolução 2.125/15.

É fundamental que a população saiba certificar a capacitação do profissional escolhido para realizar um procedimento estético. A entidade alerta ainda sobre a oferta indiscriminada de serviços médicos em sites de compras coletivas, prática proibida e incompatível com a ética médica, bem como anúncios na internet, que oferecem pacotes baratos e promoções como forma de estabelecer um diferencial na qualidade dos serviços. Que profissional é esse que precisa fazer sensacionalismo e autopromoção para conquistar pacientes? Essa é uma reflexão que a SBD sugere que todos façam na escolha do profissional que cuidará da sua saúde.

O vice-presidente da SBD, Dr. Sergio Palma, recomenda “ter cautela, não acreditar em tudo que é oferecido na Internet e evitar se submeter a qualquer tipo de procedimento ou serviço médico sem que haja antes uma consulta completa em ambiente adequado, com realização da anamnese e do exame físico para que não haja danos e riscos à saúde. Esses são os princípios básicos para não confiar a vida em mãos erradas”.

O local onde o procedimento será realizado também deve ser decidido com muito cuidado. Para a execução de tratamentos clínico-cirúrgicos, as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência devem ser rigorosamente observadas, atendendo as exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM). Casas e imóveis residenciais em hipótese alguma devem ser considerados para a prática de procedimentos invasivos.

CRM e RQE
Para ser um especialista numa área médica, não basta ter CRM (número que o médico recebe para exercer a medicina), é necessário possuir o RQE: identificação que o especialista tem para que sua especialidade médica seja reconhecida. O número é obtido no momento em que o médico registra o certificado de conclusão de residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou também o Título de Especialista no Conselho Regional de Medicina do estado em que trabalha.

Para saber se o médico possui registro de especialista, qualquer pessoa pode fazer uma consulta gratuita no site do CFM e CRMs. No caso do médico dermatologista, a checagem também pode ser feita pelo site oficial da SBD.

A SBD é a única instituição reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no território brasileiro.

Mais informações aqui no site da SBD: www.sbd.org.br


26 de julho de 2018 0

O envelhecimento é um processo natural que ocorre com o tempo e a pele é um dos órgãos que mais se modificam com o passar dos anos. Na pele, o envelhecimento se traduz por perda da hidratação, da oleosidade e da elasticidade e aumento de sua fragilidade, tanto física quando de defesa imunológica. Pensando nessas repercussões, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveita o Dia dos Avós, celebrado em 26 de julho, para homenageá-los e orientá-los sobre como envelhecer com qualidade de vida e com boa saúde da pele.

A pele é o órgão que reveste todo o corpo e atua como uma barreira de proteção contra agressões externas. Com o passar do tempo, passa por mudanças devido à diminuição de alguns dos seus componentes, como o colágeno e a elastina, ao declínio de hormônios e desgastes físicos. Se torna mais fina e frágil, prejudicando sua função principal, que é de proteção. Alguns fatores como radiação ultravioleta, poluição, tabagismo, alimentação inadequada, álcool, doenças dermatológicas e estilo de vida, também contribuem para esse envelhecimento.

Já a pele do idoso apresenta uma menor atividade das glândulas produtoras de sebo e de suor, sendo mais ressecada e desidratada. Além disso, a diminuição da atividade imunológica a torna mais suscetível a infecções como micoses e viroses. Outro problema que pode surgir, em decorrência da exposição solar ao longo da vida e da diminuição da imunidade, é o câncer da pele. Qualquer lesão persistente na pele que não esteja cicatrizando, ou pinta e mancha que se modificam, devem ser examinadas por médico dermatologista para descartar ou confirmar o diagnóstico.

Algumas dicas para envelhecer com uma pele bonita e com saúde:

– Manter a pele limpa, seca e hidratada;
– Evitar banhos quentes e muito demorados; evitar se ensaboar demais e usar buchas, que também contribuem para alterar a composição do manto hidrolipídico (hidratante natural produzido pelo organismo) que protege a pele;
– Usar creme hidratante em toda superfície corporal logo após sair do banho, o que ajuda na sua absorção;
– Secar bem as áreas de dobras, como virilhas, axilas e espaços entre os dedos das mãos e pés;   
– Usar protetor solar nos momentos de exposição ao sol;
– Os lábios também costumam ressecar. É importante usar hidratantes específicos para essa região para evitar rachaduras.

É importante lembrar que essas disas não excluem uma ida ao médico dermatologista. A pele do idoso necessita ser examinada ativamente, pelo menos uma vez por ano, com o objetivo de diagnosticar e tratar precocemente as doenças da pele, evitando assim, procedimentos maiores e mais traumáticos.

Busque um médico associado à Sociedade Brasileira de Dermatologia aqui no site da SBD: http://www.sbd.org.br/associados/.

 


26 de julho de 2018 0

O filtro solar protege contra o câncer da pele, mas o uso incorreto diminui a eficácia do produto. Uma pesquisa revela que a maioria das pessoas usa uma quantidade menor do que a recomendada. Em matéria ao Jornal da Band veiculada nesta quinta-feira (26/7), o dermatologista Fábio Cuiabano fala sobre a quantidade ideal de protetor solar a ser aplicada para garantir sua eficácia. Clique na imagem para assistir.

 


25 de julho de 2018 0

Após o caso da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que morreu depois de realizar um preenchimento nos glúteos com polimetilmetacrilato (PMMA), a polícia do Rio investiga outros dois casos semelhantes. Ao serem socorridas, as vítimas apresentavam falta de ar, o que sugere embolia pulmonar. A suspeita é de que o produto aplicado para dar volume ao corpo tenha sido injetado dentro de um vaso sanguíneo, se deslocado até uma artéria pulmonar e provocado a parada cardiorrespiratória. Segundo médicos, esse é um dos maiores riscos envolvidos no procedimento.

— O PMMA não é um produto que costuma ser usado por cirurgiões plásticos. É liberado pela Anvisa para uso em pequena quantidade na face em pacientes com HIV e perda de gordura. A substância não é absorvida pelo organismo e não há estudos que comprovem a sua segurança a longo prazo — afirma Sérgio Bocardo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e chefe do setor de cirurgia plástica do Hospital Federal de Ipanema.

Estudos que avaliaram a segurança do PMMA foram realizados com o uso de 22 ml.


Material usado para procedimentos estéticos apreendidos na cobertura do Dr. Bumbum, na Barra Foto: Fabiano Rocha / 17.07.2018

De acordo com o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, preenchedores permanentes, como o PMMA, estão mais ligados a complicações:

— As imediatas, mais graves e temidas estão relacionadas com os acidentes vasculares por embolização ou compressão arterial e venosa.

A SBD recomenda a utilização do ácido hialurônico como padrão ouro de preenchedor estético facial. A substância custa dez vezes mais que o PMMA.

— O ácido hialurônico pode ser utilizado para depressões glúteas e não para aumento de volume. Se a intenção for essa, o indicado é a colocação de prótese de silicone por um cirurgião plástico — diz Palma.

A realização de procedimentos estéticos, como lipoaspirações e suas variadas nomenclaturas (lipolight, lipoescultura) em local não apropriado, como salões de beleza, é outro grande risco.

— No lugar de sedar o paciente e fazer o procedimento com toda a segurança num centro cirúrgico, o profissional terá que lançar mão de anestésico local. Existe uma dose máxima que pode ser usada, sob risco de intoxicação, podendo causar convulsão, arritmias e parada cardíaca. Para uma lipo, sabemos do uso de anestésico local em doses altas, até cinco vezes mais que o máximo recomendado. É um grande risco — alerta Bocardo.

Bocardo diz que o primeiro passo antes de se submeter a uma cirurgia é se certificar que o profissional tem registro ativo no Conselho Regional de Medicina do estado, no caso, o Cremerj. Isso é possível saber pelo site da entidade (www.cremerj.org.br). Depois, verificar se o médico tem capacitação e é especialista pela SBCP, acessando o site www2.cirurgiaplastica.org.br. É bom lembrar que a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina não reconhecem medicina estética como uma especialidade médica.

Fonte: Extra





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