DermatoRio 2019 recebe inscrições de trabalhos até 13/6




26 de maio de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em nome de todos os seus associados, manifesta profundo pesar pelo falecimento do conselheiro federal de medicina, José Fernando Maia Vinagre, que era corregedor-geral e coordenador da Câmara Técnica de Dermatologia na autarquia, além de ocupar a mesma função nos grupos que se dedicavam às discussões sobre a oftalmologia e a medicina de tráfego. 

O corpo está sendo velado na sede do Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso (CRM-MT). O sepultamento está previsto para as 16h, deste domingo, no Cemitério Piedade, em Cuiabá. Sua morte aconteceu na noite de sábado (25/5) em decorrência de complicações após uma cirurgia de urgência para tratar uma apendicite. 

Reconhecido pela sua competência e dedicação no exercício da medicina, nos últimos anos José Fernando Maia Vinagre passou a trabalhar pela promoção da ética profissional, sendo responsável por avanços importantes na esfera judicante dentro do Conselho Federal de Medicina (CFM) e atuou como coordenador-adjunto da revisão do Código de Ética Médica, cuja nova versão está em vigor desde 30 de abril. 

Respeitado, deixou inúmeros admiradores que enxergavam nele as qualidades de um bom profissional e amigo. A SBD agradece, publicamente, todo o apoio recebido pelo conselheiro José Fernando Maia Vinagre ao longo dos últimos anos e envia suas condolências aos familiares e admiradores.  

“Que sua alegria, sua forma positiva de ver a vida, seu compromisso com a ética e seu respeito pelo ser humano, sob quaisquer circunstâncias, permaneçam com um legado duradouro para a medicina brasileira”, disse o presidente da SBD, Sérgio Palma.


Dermatologistas membros da Câmara Técnica de Dermatologia, coordenada por José Fernando Maia Vinagre (o quarto da esq. para a dir.), em uma das reuniões realizadas na sede do CFM


22 de maio de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) protocolou no mês de maio, no Ministério Público Federal, alerta sobre uma situação que coloca em risco a saúde e a integridade de milhares de brasileiros. No documento, em que é solicitada a tomada de providências, a entidade informa que mais de 800 denúncias de prática irregular na realização de procedimentos estéticos foram encaminhadas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aos Ministérios Públicos estaduais, às Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios e aos conselhos de classe de profissionais da saúde não médicos.

Entre 2017 e 2019, foram apresentadas 833 representações, sendo 351 em 2017, 371 em 2018 e 111 em 2019. No período, os destaques em termos de quantidade de ações recaíram sobre os seguintes estados: São Paulo, com 199 denúncias; Minas Gerais, com 94; Rio de Janeiro, com 88; Santa Catarina, com 85; Paraná, com 55; Rio Grande do Sul, com 51; Espírito Santo, com 48; Goiás, com 45; e Bahia, com 28; as 140 restantes se distribuem pelos demais estados da federação. Os processos têm sido montados com base em informações de pacientes, médicos e até notícias veiculadas pela imprensa apontando situações de abuso. No gráfico abaixo, é possível verificar os números nacionais. No gráfico abaixo, é possível verificar os números nacionais.

O presidente da SBD, Sérgio Palma, espera que essa ação provoque uma tomada de posição efetiva dos Ministérios Públicos em que tramitam as representações. “Essa é uma situação que deve ser coibida por dois motivos. Em primeiro lugar, a realização desse tipo de procedimento por não médico é vetada em lei. Então, falamos de um ato ilegal que deve ser coibido pelas autoridades. Por outro lado, e ainda mais grave, é a situação de risco aos quais milhares de pessoas estão sendo expostas cotidianamente. Não são poucos os casos de sequelas e doenças causados por erros cometidos por essas pessoas. Em algumas situações, até mortes já foram registradas”, argumentou.


Representando a Diretoria da SBD, o médico dermatologista Egon DaxBacher faz a entrega do dossiê no MPF, em Brasília (DF)

Escopo de atuação – O levantamento foi feito com base em dados do Departamento Jurídico da SBD, no período de maio de 2017 a abril de 2019. Na tentativa de legitimar a ação, alguns conselhos de classe têm procurado ampliar o escopo de atuação de seus associados por meio de resoluções administrativas. Sérgio Palma acrescentou que “essas medidas carecem de legalidade. Um conselho não pode fazer esse tipo de mudança por resolução ou portaria. A única forma de fazê-lo é por meio de lei. Atualmente, a única categoria que possui essa previsão é a medicina, por meio da lei nº 12.842/13, que completa seis anos de vigência”.

A chamada Lei do Ato Médico estabelece que procedimentos estéticos ou cosmiátricos invasivos devem ser realizados por profissionais da medicina. Isso vale para serviços como aplicações de botox e outras substâncias, criolipólise e preenchimentos. A legislação foi construída a partir da visão de que esses atendimentos, apesar de aparentemente simples (em alguns casos), exigem conhecimento mais amplo do organismo humano como forma de garantir a segurança do paciente.

Por exemplo, cabe ao médico especialista definir a quantidade de substâncias e produtos injetáveis a ser aplicada, considerando aspectos como a harmonia do rosto ou do corpo e possíveis reações adversas que podem decorrer de seu uso. Mesmo se todos os cálculos forem corretos, mas o paciente sofrer uma reação (mais ou menos grave), o dermatologista tem o preparo para uma intervenção imediata de emergência em favor da vida e da integridade de quem ele trata.

Gravidade e risco – “Como já ressaltamos, trata-se de um problema que está diretamente ligado à saúde dos pacientes”, pontuou Sérgio Palma. Recentemente, em nota divulgada pela SBD, a entidade reitera esse aspecto em virtude de questionamentos de algumas categorias. Segundo a Sociedade, tenta-se reduzir tudo a uma disputa de mercado de trabalho entre médicos e outros profissionais. “Porém, ignora-se que o que está em jogo é, sobretudo, a proteção da integridade física e emocional das pessoas e da sociedade”, lembrou o presidente.

Ele lembrou ainda que a Justiça e a imprensa têm reconhecido a legitimidade da atuação dos médicos na realização de tratamentos estéticos em detrimento dos não médicos. Várias decisões judiciais favoráveis aos dermatologistas reforçam essa percepção.

Em dezembro de 2018, o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS) acolheu denúncia realizada pela SBD em desfavor de clínica de biomedicina estética na cidade de Porto Alegre (RS). Segundo a denúncia, a empresa realizava propaganda enganosa e prestava serviços impróprios, como tratamentos estéticos realizados por profissionais não habilitados, configurando grave risco à saúde da população.

Outra vitória, concedida em defesa do Ato Médico, foi a decisão da juíza Raffaela Cássia de Sousa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1), de suspender curso de capacitação em botox e preenchimento facial destinado a biomédicos, farmacêuticos e dentistas. A decisão foi dada em maio de 2018, a partir da ação ajuizada pela SBD e pelo Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam).

Em abril de 2018, a desembargadora-relatora Ângela Catão, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, anulou a Resolução nº 573/2013 do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que estendia aos farmacêuticos a possibilidade de realizar procedimentos dermatológicos como botox, laserterapia, peelings, preenchimentos e bichectomias.

“As decisões validam o pleito dos médicos dermatologistas. No entanto, ainda há a possibilidade de recursos. Em todas as instâncias, porém, estaremos prontos para oferecer os argumentos que sustentam nosso ponto de vista”, frisou Sérgio Palma.

Estados com maior número de ações:

Minas Gerais
Paraná
Bahia
São Paulo
Santa Catarina
Espírito Santo
Rio Grande do Sul

Rio de Janeiro
Goiás

 


17 de maio de 2019 0

Conhecida por sediar megaeventos musicais e esportivos internacionais, a cidade do Rio de Janeiro também é cotada para receber o 25º Congresso Mundial de Dermatologia, evento que reúne cerca de 12 mil especialistas. Para transformar essa expectativa em realidade e também tratar dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento do turismo em saúde no estado do Rio de Janeiro, representantes da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reuniram-se nesta quarta-feira (15/5) com os secretários estaduais da Saúde e do Turismo.

A escolha pela próxima cidade-sede do maior evento em dermatologia do mundo acontecerá em junho deste ano, durante sua 24º edição, em Milão, na Itália. “Estamos trabalhando para obter o apoio do governo do Estado na perspectiva de garantirmos o compromisso das autoridades por mais segurança, melhorias nos transportes públicos e também descontos na rede hoteleira. A propósito, a secretaria de Turismo já confirmou participação no vídeo de candidatura do Rio de Janeiro como sede do evento em 2023, e que será exibido aos organizadores do Congresso Mundial”, destacou Egon Daxbacher, diretor da SBD.

Durante o encontro, o dermatologista – acompanhado do membro da Comissão Científica da SBD, Márcio Serra, e da gerente geral da instituição, Priscila Rudge, – pontuou os benefícios que congressos médicos nacionais e internacionais podem oferecer à cidade. “O 74º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que neste ano acontecerá na capital fluminense, trará à cidade médicos do País inteiro, movimentando prestadores de serviços e consumo, gerando automaticamente uma maior arrecadação para a cidade”, argumentou.

Já o médico Márcio Serra, que também presidirá o 74º Congresso da SBD, acredita que a realização de um Congresso Mundial de Dermatologia no Brasil trará maior visibilidade para o País, uma vez que a SBD é a segunda maior Sociedade Dermatológica do mundo, com nove mil médicos especialistas. “Um dos maiores problemas é a questão da segurança do Rio de Janeiro. Precisamos do compromisso do governo para que a segurança e a infraestrutura em transportes sejam garantidas”, frisou.

Outros temas – Outra sugestão apresentada no encontro entre os representantes dos médicos e as autoridades foi a elaboração de ações institucionais da Secretaria de Turismo para divulgar um calendário oficial de eventos médicos na cidade. Também foi sugerido pelos secretários estaduais a criação de um grupo de trabalho para discutir a captação de pacientes do Brasil e até mesmo do exterior para realizarem tratamentos na cidade do Rio de Janeiro.

“Do ponto de vista da SBD, é muito mais importante que o governo do Rio de Janeiro promova a educação continuada e mobilize médicos do Brasil a buscarem a constante atualização em congressos de excelência. Esse contato com pesquisadores de todo o mundo fomenta a ampliação do conhecimento e, consequentemente, a melhoria no atendimento aos pacientes. Desta forma tornaremos o Estado do Rio de Janeiro uma referência na qualidade do atendimento”, disse Serra.

Além dos representantes da SBD e dos secretários da Saúde, Edmar Santos, e Turismo do Estado do Rio de Janeiro, Otávio Leite, também estiveram presentes o secretário-geral da Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), Rômulo Capello Teixeira; o diretor do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade do Rio de Janeiro (UniRio), Fernando Ferry; entre outros médicos e instituições.


16 de maio de 2019 0

A Equipe Editorial dos Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) divulgou o resultado da primeira enquete realizada este ano com o associado. O objetivo do questionário foi conhecer o perfil de leitura do dermatologista para que sejam realizadas estratégias de aperfeiçoamento dos ABD que atendam às necessidades deste profissional.

Foram analisados 583 formulários de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. A seguir os percentuais observados na pesquisa.

Lê a revista?
Sim 67,8%
Não 31,1%

A leitura é feita na publicação online ou impressa?
Online 30,3%
Impressa 44,7%
Ambas 25%

Quais seções são mais importantes?
EMC 67,6%
Revisão 77,6%
Investigação 42,4%
Dermatologia Tropical/Infectoparasitária (Imagens, Investigação) 35,8%
Dermatopatologia 23,6%
Imagem em Dermatologia 38,1%
Caso clínico 67,9%
Qual o seu diagnóstico 54,5%
Cartas 8%
Correspondência 4,4%
Artigos especiais 25,9%

Quais seções poderiam ser suprimidas:
Nenhuma 62,2%
ECM 1,5%
Revisão 2%
Investigação 2,6%
Dermatologia Tropical/Infectoparasitária (Imagens, Investigação) 2%
Dermatopatologia 5,2%
Imagem em Dermatologia 6,7%
Caso clínico 2,9%
Qual o seu diagnóstico 8,2%
Cartas 22,4%
Correspondência 19,8%
Artigos especiais 3,8%

Sugere a criação de novas seções?
Sim 22,7%
Não 77,3%

Se a revista fosse publicada apenas em inglês, na versão online, o custo seria inferior à metade do que a SBD paga para tê-la também impressa. Na sua opinião, a diferença desses valores poderia ser aplicada em outras áreas de atividade da SBD, como:
Investimentos nos Serviços Credenciados 49,1%
Investimentos em Serviços Emergentes 11,3%
Outros 39,6%

 


16 de maio de 2019 0

A SBD e a Comissão de Título de Especialista em Dermatologia divulgaram nesta segunda-feira, 13 de maio, a relação (clique para conferir) dos aprovados no 53º Exame para Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia (TED).

O resultado bem como outras informações sobre as provas estão disponíveis na área restrita do site. Para acessar é necessário fazer o login. 

Por meio da Comissão do TED, a SBD parabeniza todos os aprovados.

 

 


13 de maio de 2019 0

Era véspera do embarque para a viagem tão sonhada à Grécia mas, em vez de estar arrumando as malas, a jornalista Priscilla Aguiar, de 33 anos, enfrentava “o pior dia de sua vida”, iniciando um tratamento doloroso para tentar reverter uma complicação decorrente de um procedimento estético. A aplicação do ácido hialurônico por uma biomédica, no ano passado, resultou em infecção e necrose do nariz. O depoimento sincero e emocionado abriu o seminário Cosmiatria e Laser, Beleza à Luz da Medicina, que reuniu especialistas e celebridades no dia 7 de maio, no auditório do jornal O GLOBO com a mediação da diretora de Redação da Revista Ela, Marina Caruso.

O evento, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), discutiu novas tecnologias, ética médica e riscos de tratamentos feitos por profissionais não habilitados e em locais inadequados.

— Agi por impulso, vendo as postagens que a profissional fazia no Instagram. Eu fiquei com algumas sequelas, mas poderia estar cega, ou ter sofrido um AVC. Fiz questão de me expor para que outras pessoas não passem por isso — disse Priscilla.

O presidente da SBD, Sérgio Palma, destacou que o cuidado com a saúde é multidisciplinar, mas cada profissão tem sua competência estabelecida em lei.

— O procedimento cosmiátrico invasivo é de competência médica — afirmou o dermatologista no painel Beleza e saúde da pele: a dermatologia no centro da atenção.

Coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD, Alessandra Romiti destacou que não é raro um paciente procurar o dermatologista por uma questão estética e acabar descobrindo uma doença de pele:

— O diagnóstico é o primeiro passo da consulta. A partir daí, traçamos um plano de tratamento, avaliando indicações e contraindicações.

E foi um “não” que fez a atriz e modelo Luiza Brunet admirar ainda mais um médico de quem se tornou amiga. Ela contou que, quando tinha 18 anos, o cirurgião plástico Ivo Pitanguy se recusou a modificar o seu nariz.

— Passaram alguns anos e um fotógrafo muito famoso me disse que eu tinha um perfil e um nariz maravilhosos — relembrou Luiza, que já recorreu a alguns procedimentos para sentir-se mais jovem e hoje, aos 57 anos, é muito feliz com sua aparência.

A presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Carmita Abdo, afirmou que mais importante do que aparentar estar bem, é sentir-se bem.

— Temos que cultivar a beleza não apenas no aspecto físico. Nem todo mundo nasceu para ser Luiza Brunet.

Tratamentos injetáveis e seguros

A corrida pelos tratamentos com toxina botulínica, preenchedores e bioestimuladores de colágeno e os limites éticos envolvidos nessas aplicações foram abordados no painel A era dos injetáveis: habilitação e segurança dos procedimentos.

— Há uma complexidade de veias e artérias sob a pele. Se o ácido hialurônico, por exemplo, for aplicado em uma artéria ou vaso, provoca uma oclusão que vai levar à necrose do tecido. A paciente tem que ser socorrida imediatamente com a enzima hialuronidase — diz a dermatologista Meire Parada, da Sociedade Brasileira de Dermatologista (SBD).

A atriz Alexandra Richter, de 52 anos, contou que, quando decidiu fazer preenchimento, pediu indicação à sua dermatologista, com quem se trata há 30:

— Ela preferiu recomendar outro dermatologista, que faz o procedimento com cânulas. Não se pode procurar prof issionais pela internet. Além disso, é importante ter bom senso na escolha de um procedimento. No meu caso, como atriz não posso perder a expressão.

Corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Fernando Maia Vinagre esclareceu que, até 2013, não havia uma lei regulamentando a medicina:

— Conseguimos aprovar a lei que dava o limite exato da atuação do médico, não invadindo a área de outros profissionais e não permitindo que a área de atuação do médico fosse invadida. Mas, no momento em que essa lei foi assinada, houve mudanças na sua estrutura, que permitiram essa invasão.

Segundo ele, as sociedades de Dermatologia, de Cirurgia Plástica e os conselhos regionais e federal de Medicina vêm agindo por meio de ações judiciais para conter essa prática.

A observação do local em que os tratamentos são realizadas foi abordada pela gerente da Coordenação de Vigilância em Saúde do Município do Rio, Simone Braga.

Recuperação com rapidez e menos dor

Os avanços na área médica e tecnológica que estão transformando a Dermatologia foram abordados no painel Tratamentos e cuidados dermatológicos: o futuro é agora. São técnicas menos invasivas e com redução da dor. O cantor e ator Paulo Ricardo, de 56 anos, que dividiu a mesa com a atriz Cris Vianna e as dermatologistas Patricia Ormiga e Bruna Duque Estrada, poderia ser um dos beneficiados destas novas técnicas, pois revelou que não suporta sentir dor.

— Em 1999, apliquei toxina botulínica na testa e doeu muito. Hoje, uso um produto no rosto para pele oleosa e, à noite, ácido glicólico – disse o artista, que consulta a dermatologista com frequência.

Ao falar de futuro, Patricia Ormiga, assessora do Departamento de Cosmiatria da SBD, citou a evolução tecnológica, das pesquisas, dos aparelhos, das abordagens de tratamento e redução do tempo de recuperação, mas ressaltou também a prevenção:

— Devemos começar a nos cuidar desde cedo, usando protetor solar, cuidando da saúde como um todo, de modo que o envelhecimento aconteça da melhor forma possível.

Para Bruna Duque Estrada, assessora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD, o futuro está na capacidade de conseguir individualizar os tratamentos.

Vaidosa, a atriz Cris Vianna, de 41 anos, é acompanhada por uma dermatologista especializada em pele negra. Ela defende o uso de procedimentos sem exageros.

Foto: Eduardo Uzal/G.Lab

Fonte: O Globo


9 de maio de 2019 0

Os riscos para população causados pela realização de procedimentos estéticos invasivos por não médicos foi um dos temas discutidos em reunião que aconteceu, nesta quinta-feira (9/5), em Brasília (DF), entre o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, e o senador Marcos do Val (Cidadania – ES). Na oportunidade, o representante dos médicos, que foi convidado pelo parlamentar para o encontro, chamou a atenção para esse problema.

O senador Marcos do Val recebeu das mãos do presidente da SBD um dossiê com diversas denúncias que foram levadas a órgãos de fiscalização, como o Ministério Público, Vigilância Sanitária, Conselhos Profissionais de Classe e Poder Judiciário. Com encontros assim, a SBD espera sensibilizar os políticos sobre sua responsabilidade de coibir o exercício ilegal da medicina na área dermatológica.

Compromisso – Na oportunidade, o parlamentar firmou compromisso de se debruçar sobre as questões apresentadas pela SBD. Sergio Palma também pediu apoio de Marcos do Val no sentido de abrir espaço para que a Sociedade possa apresentar a deputados federais de seu Estado e de partido subsídios técnicos, éticos e legais com respeito ao Projeto de Lei nº 2.717/2019, protocolado na Câmara Federal nesta semana, que propõe o reconhecimento da saúde estética como área de atuação do profissional de Biologia, Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Fonoaudiologia.

A SBD pretende incrementar esse trabalho junto aos políticos, com o apoio de suas lideranças e assessores, na expectativa de abrir um canal de diálogo para apresentar os argumentos dos dermatologistas com respeito a esse tema e outros.

“Como representantes da especialidade, precisamos participar do debate político de forma consistente, trazendo subsídios importantes para futuras tomadas de decisões”, disse Sergio Palma.

No entanto, segundo ele, esse deve ser um trabalho compartilhado. “Convidamos a todos os associados para que, assim como tem feito a Diretoria da SBD, conversem com os parlamentares em suas bases e trabalhem nessa mobilização. Trata-se de uma cruzada que exige o envolvimento de todos”, destacou Palma.


8 de maio de 2019 0

A importância do médico na orientação aos pacientes sobre os cuidados na hora de realizar procedimentos estéticos foi destacada pelos participantes do Seminário Cosmiatria e Laser: beleza à luz da Medicina, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em parceria com o jornal O Globo. Em todas as mesas, os depoimentos tiveram como ponto comum a valorização do papel desse profissional, em especial do dermatologista, para que todos os procedimentos tenham bons resultados.

O seminário, realizado na manhã de terça-feira (7/5), contou com casa cheia e agora tem todas as exposições disponíveis – para quem quiser conferir – na página do Facebook de O Globo. Foram quase quatro horas de interação, durante as quais especialistas, celebridades e interessados no tema puderam compartilhar experiências, ajudando a ampliar a conscientização sobre os riscos que o uso indiscriminado de tratamentos estéticos comporta.  

Para ter acesso a íntegra, clique aqui

“O cuidado com a saúde é multidisciplinar, mas cada área tem seu objetivo. A cosmiatria tem sido banalizada e diversos profissionais que não estão habilitados têm feito procedimentos estéticos. Essa exposição ao risco é extremamente prejudicial para todos que se submetem a ela”, ressaltou o presidente da SBD, Sérgio Palma, um dos palestrantes.

Ele argumenta que números de curtidas e seguidores nas redes sociais não são índices confiáveis e suficientes para a escolha de um profissional para atender um paciente. “Por isso, é de extrema relevância que as pessoas procurem um dermatologista e se certifiquem que ele é registrado na Sociedade da especialidade ou no Conselho Regional de Medicina do estado onde atua”, ressaltou Palma.

Relevância – Em sua participação na mesa que tratou sobre saúde e beleza, a modelo e atriz Luiza Brunet compartilhou um pouco de sua experiência, o que ajudou todos a compreenderem de forma mais exata a relevância do médico em processos estéticos. Segundo contou, quando era jovem, ela pensou em modificar seu nariz, mas acabou desistindo após ser bem orientada por um profissional.

“Hoje estou feliz com meu corpo. Com o passar do tempo, aprendi a ter um relacionamento bom comigo mesma. Tenho muito cuidado em manter minha pele sempre limpa e, para qualquer tipo de procedimento, consulto minha dermatologista” declarou a atriz.

Aconselhamento – A atriz Alexandra Richter, convidada especial da mesa “A era dos injetáveis: habilitação e segurança dos procedimentos”, também ressaltou o valor do aconselhamento que recebe de seus médicos.

“Tenho dois dermatologistas, um deles especialista em preenchimento. Ambos me acompanham há muitos anos e sempre me consulto antes de decidir o que vou fazer. É de extrema importância para quem pensa em fazer qualquer procedimento estético consultar um dermatologista, pois são especialistas responsáveis por estudarem a anatomia da face e saberão dizer quais os problemas e riscos envolvidos”, ressaltou. 

Na terceira mesa – Tratamentos e cuidados dermatológicos: o futuro é agora –, a atriz Cris Vianna e o cantor Paulo Ricardo ajudaram a refletir sobre a banalização de procedimentos. Segundo ela, é necessário bom senso do paciente e do médico.  “A minha dermatologista tem muita sensibilidade em relação a isso e sempre me aconselha de forma correta. Além disso, sempre penso muito antes de realizar qualquer mudança, pois avalio futuros trabalhos para os quais possa vir a ser convidada”, afirmou.

Exagero – Já Paulo Ricardo abordou a relação do sexo masculino com a dermatologia e sua visão sobre o cenário atual brasileiro. “Nós, homens, demoramos para procurarmos esses profissionais. Estamos vivendo uma época de certo exagero e o Brasil se encontra entre os países que mais fazem procedimentos estéticos. Isso é muito perigoso, principalmente quando nos defrontamos com esses casos de pessoas que tiveram finais trágicos porque procuraram profissionais que não estavam habilitados para mexerem com algo tão sagrado como nosso corpo”, disse.

Ao fim do seminário, o presidente da SBD comemorou a participação e o alto nível dos debates. Para Sergio Palma, foi um momento rico de troca de experiências que ajuda a população a criar uma “consciência crítica” sobre os riscos e possibilidades que envolvem os procedimentos estéticos.

“É fundamental que o brasileiro compreenda que o dermatologista é um especialista que pode orientar da melhor forma possível a quem pensa em se submeter a esse tipo de tratamento. Um trabalho que envolve consulta médica completa com anamnese, exame físico e definição de diagnóstico para condução do melhor plano terapêutico. Não contar com esse apoio pode colocar a pessoa num cenário de alto risco, com graves consequências”, alertou.

Fotos: Eduardo Uzal/G.Lab


8 de maio de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) acende um alerta: está cada vez mais frequente a realização de procedimentos estéticos invasivos por profissionais não habilitados, aumentando os riscos de erros que podem ser irreversíveis. Queimaduras e deformações no rosto e no corpo são exemplos de efeitos adversos enfrentados por pacientes que foram atendidos inicialmente por pessoas sem formação e depois recorrem a dermatologistas na espera de reverter os quadros.

Assim, profissionais não habilitados, clínicas clandestinas e desinformação formam o caldo ideal que traz dores de cabeça para quem quer ser bonito a qualquer custo. “A cosmiatria deve ser realizada por médico especializado, como o dermatologista, o qual está habilitado para isso e preparado para tratar também eventuais complicações que possam ocorrer. Aquele que pretende fazer um tratamento estético não deve se colocar sob os cuidados de não médicos ou mesmo de médicos que não possuem a formação adequada”, explica o presidente da SBD, Sérgio Palma.

Integridade – Segundo ele, o que está em jogo é a integridade física e emocional dos pacientes. O tema foi abordado durante o Seminário Cosmiatria e Laser: beleza à luz da medicina, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em parceria com o jornal O Globo. Durante os debates, uma situação chamou a atenção: a oferta de serviços pela internet tem ajudado a aumentar o número de problemas decorrentes de erros na realização de procedimentos.

“Muitas pessoas não buscam informações prévias sobre as pessoas que se anunciam como especialistas. Acabam caindo em armadilhas que consomem dinheiro, saúde e muitas vezes deixam sequelas para sempre”, ressaltou Sergio Palma. Um exemplo foi o caso da jornalista Priscilla Aguiar, que realizou uma rinomodelação com ácido hialurônico.

O procedimento realizado por uma biomédica, em Olinda (PE), evoluiu para uma necrose de pele, sendo necessária uma série de tratamentos para recuperação dos danos, pois, apesar de aparente simplicidade, preenchimentos podem resultar em lesões de difícil reparação e deformidades. “Eu não pesquisei sobre o profissional e o resultado foi uma internação no hospital com uma infecção no nariz que poderia ter me deixado cega”, conta.

Diagnóstico – O seminário, que foi palco dessa troca de visões e experiências, buscou alertar participantes e leitores do jornal sobre os riscos de realizar procedimentos estéticos com profissionais não habilitados. “A dermatologia engloba as doenças e a beleza da pele. É preciso lembrar que toda consulta médica começa com um diagnóstico e, posteriormente, o tratamento, caso haja algum tipo de problema. A saúde da pele depende do trabalho de vários profissionais, porém somente o médico pode fazer qualquer tipo de diagnóstico nosológico”, frisou Alessandra Romiti, coordenadora do Departamento de Cosmiatria, que também participou do encontro.

Por sua vez, a presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Carmita Abdo, lembrou, inclusive, que o dermatologista ajudará a entender a real necessidade dos procedimentos a partir da avaliação do paciente. “Muitas vezes, uma lesão de pele tem origem interna e isso é o dermatologista quem identificará. Outras vezes, o procedimento que a pessoa deseja fazer é descabido e é o médico dermatologista quem explicará o melhor caminho a seguir. É preciso ter cuidado com os procedimentos estéticos, pois, por menos invasivo que pareça, poderá trazer consequências sérias e irreversíveis”, disse.

Ato Médico – Segundo a SBD, a Lei do Ato Médico reserva aos profissionais da medicina a realização de procedimentos chamados de estéticos ou cosmiátricos considerados invasivos. Isso vale para serviços como aplicações de toxina botulínica e outras substâncias, criolipólise e preenchimentos. O entendimento legal se baseia na compreensão de que esses atendimentos exigem uma compreensão maior do organismo humano o que garante a segurança do paciente.

“Cabe ao dermatologista definir as quantidades das substâncias a serem aplicadas, considerando aspectos como a harmonia do rosto ou do corpo e possíveis reações adversas que podem decorrer do seu uso. Considerando-se que mesmo se todos os cálculos forem corretos, a paciente ainda pode sofrer uma reação (mais ou menos grave) e o dermatologista está preparado para uma intervenção imediata de emergência para garantir a vida e a integridade de quem ele trata. A ação de não-médicos deve ser combatida pelas autoridades, pois traz insegurança a pacientes e seus familiares”, conclui o Sérgio Palma.

Participaram do encontro os especialistas da SBD, Sérgio Palma (presidente), Alessandra Romiti (coordenadora do Departamento de Cosmiatria), Meire Parada (médica dermatologista da SBD), Patrícia Ormiga (assessora do Departamento de Cosmiatria) e Bruna Duque Estrada (assessora do Departamento de Cabelos e Unhas). Também estiveram presentes Carmita Abdo, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP); José Fernando Maia Vinagre, corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFM); e Simone Braga, gerente da Coordenação de Vigilância em Saúde do Município do Rio; além dos artistas Luiza Brunet; Alexandra Richter, Paulo Ricardo e Cris Vianna.

Fotos: Eduardo Uzal/G.Lab





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