Dezembro Laranja inspira projeto de lei que instituirá data nacional pela prevenção ao câncer da pele




12 de julho de 2019 0

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizou nesta quinta-feira (11/7) uma audiência pública para discutir a criação da Semana de Prevenção e Combate ao Câncer da Pele. Como contribuição para os debates, o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma (foto acima), apresentou aos parlamentares as ações desenvolvidas pela entidade no âmbito da campanha Dezembro Laranja, cujas ações já beneficiaram diretamente mais de 600 mil pacientes em todo o Brasil ao longo dos últimos 20 anos.

A realização da audiência atendeu a um requerimento do deputado Dr. Frederico (Patri-MG), relator do PL 4234/08. Dentre outros pontos, o projeto prevê a instituição de uma data específica para a organização e implementação de atividades governamentais nos meios de comunicação acerca da prevenção e do tratamento da doença. Segundo a proposta, caberá ao Ministério da Saúde a realização das ações, que se estenderá por todo território nacional, “podendo, para tanto, celebrar convênios e acordos com órgãos congêneres públicos e privados, e, especialmente, com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde”.

“Na campanha deste ano, que se inicia em 7 de dezembro, contaremos com mais de 4 mil médicos e voluntários em 132 postos pelo país, atendendo a população gratuitamente para a prevenção e diagnóstico do câncer da pele”, destacou Palma. O presidente da SBD acrescentou que a medida é um passo importante e propôs que as atividades alusivas à prevenção do câncer da pele se estendessem ao longo do mês de dezembro, não se restringindo apenas a uma semana.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Dr. Frederico (Patri-MG), o presidente da SBD, Sérgio Palma, a representante do MS Jaqueline Silva Misael, o vice-presidente de Relações Nacionais e Internacionais da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Gustavo dos Santos Fernandes, e parlamentares

A sugestão foi bem recebida pelo deputado federal Dr. Frederico, pela representante do Ministério da Saúde, Jaqueline Silva Misael, e pelo vice-presidente de Relações Nacionais e Internacionais da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Gustavo dos Santos Fernandes, que também participaram da sessão. Confira a íntegra da apresentação do presidente da SBD na Câmara dos Deputados.

Campanha SBD – A sensibilização promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia acontece sempre no último mês do ano, quando a entidade realiza diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento. 

No período, são iluminados monumentos, realizadas iniciativas de conscientização em praias, parques, praças em locais de grande movimentação, entre outras atividades. Todo ano o tema da campanha é renovado para atrair um maior número de pessoas nessa luta de conscientização.

Em 2018, a iniciativa passou a contar com o apoio e a chancela da Academia Americana de Dermatologia (AAD) e da Liga Internacional de Sociedades de Dermatologia (ILDS).

Panorama – O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém, seus números são muito altos.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.


12 de julho de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que a Associação Médica Brasileira (AMB) apresentou na quinta-feira (11/7) denúncia à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre a realização irregular de consultas à distância. A medida foi motivada pela preocupação da entidade com o uso precipitado de ferramentas da telemedicina, que pode ocasionar um declínio na qualidade do atendimento dos brasileiros.

Além disso, o texto ressalta que a prática abre perigosas possibilidades de burlar a Lei do Ato Médico, cujo principal objetivo é zelar e garantir um atendimento eficiente e digno aos cidadãos.

Em fevereiro, o Conselho Federal de Medicina (CFM) revogou a Resolução nº 2.227/2018, que tratava da normatização da prática da telemedicina no País. A decisão foi tomada em decorrência do alto número de propostas encaminhadas pelos médicos brasileiros para alteração da norma e do pedido das entidades médicas por mais tempo para analisar o documento. O CFM receberá até o dia 31 de julho sugestões para a elaboração de nova norma sobre a Telemedicina.

Confira a íntegra do comunicado:

AMB DENUNCIA À ANS A REALIZAÇÃO
IRREGULAR DE CONSULTAS À DISTÂNCIA

Preocupada com a saúde dos pacientes e com a segurança jurídica dos médicos brasileiros, a AMB fez uma denúncia à ANS, nesta quinta-feira, dia 11 de julho, sobre a utilização temerária, sem o devido amparo legal, de aplicativos de comunicação para a realização de consultas a distância. Isso abre perigosas possibilidades de burlas à Lei do Ato Médico, que tem por principal objetivo zelar e garantir um atendimento eficiente e digno ao cidadão brasileiro.

A entidade acredita que a incorporação de novas tecnologias à medicina é um caminho sem volta e que pode ser muito positivo, desde que disciplinado por diretrizes responsáveis com foco no fortalecimento da relação médico/paciente e para auxiliar a vencer os desafios atuais da medicina.

Contudo, a AMB é totalmente contrária e considera arriscada e irresponsável a utilização de ineficientes mecanismos artificiais para substituir a relação médico/paciente, principalmente nas fases iniciais de diagnóstico. Isso não é telemedicina. Isso não representa melhorias reais na qualidade da medicina. E, pior, coloca os pacientes em situação de vulnerabilidade, pois sacrifica o exame clínico presencial, parte fundamental de uma consulta médica. A entidade defende a presença de médicos nas duas pontas em processos de interconsulta.

Apresentar consultas a distância por aplicativos como se isso fosse telemedicina ou como uma forma de maior comodidade ao paciente é enganar os usuários dos planos de saúde, induzindo-os a acreditar que se trata de um benefício, quando, na verdade, trata-se de um movimento de redução de custos das operadoras com atendimento presencial, escamoteando todos os riscos envolvidos.

Vale lembrar que a AMB e as entidades a ela filiadas vêm debatendo a incorporação de novas tecnologias no exercício da medicina, tanto no sistema público de saúde quanto na saúde suplementar. Dada a complexidade das questões técnicas, éticas, médicas e econômicas que o tema envolve, ainda não foi possível construir uma proposta consistente que norteie a implementação prática da telemedicina no País.

Considerando que o principal papel da ANS é garantir a qualidade da assistência dos usuários dos planos de saúde, esperamos que a agência tome providências imediatas contra essas irregularidades e coíba tais práticas, à luz da vigente Resolução CFM 1.643/2002.

A AMB não abre mão da preservação da adequada relação médico/paciente, ponto fulcral da boa medicina.

Associação Médica Brasileira


12 de julho de 2019 0

Nos meses de agosto e setembro, a prevenção e o tratamento da hanseníase ganhará reforço motorizado. O Projeto Roda Hans estará circulando pelo Estado do Rio de Janeiro levando atendimento especializado à população e capacitando profissionais para a identificação de casos da doença. Além da conscientização e da assistência qualificada, o foco está no início do tratamento precoce.

O projeto é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), juntamente com o Ministério da Saúde e a Novartis Brasil. Na prática, uma carreta com seis consultórios visitará diferentes municípios dando aos pacientes acesso a dermatologistas especialistas em hanseníase que, durante o trabalho, contarão com o suporte de residentes de serviços de pós-graduação credenciados pela SBD.

“Esse é um momento muito importante para o diagnóstico precoce de casos da doença para orientação da população para os sintomas, além da capacitação dos profissionais da rede básica em relação à doença”, afirmou Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.

Iniciativas – Essa é apenas uma das iniciativas previstas pela SBD em seu esforço para a prevenção à hanseníase no Brasil, conforme o planejamento da atual gestão da entidade. O Janeiro Roxo, campanha do Ministério da Saúde de combate à doença, contará com o apoio e a colaboração da Sociedade. O esforço inclui a ativa participação dos dermatologistas por meio de esclarecimentos e aulas voltadas à população nas salas de esperas dos ambulatórios de todo o país.

Além disso, são realizados exames de pele para identificar novos casos de hanseníase e promovida a participação dos dermatologistas em entrevistas em jornais, rádios e televisão. “Temos que capacitar cada vez mais os profissionais de saúde no reconhecimento da doença, investir em informações e campanhas em relação aos sinais e sintomas da doença e garantir recursos para a pesquisa e o desenvolvimento de novas ferramentas de combate à doença, principalmente em áreas de baixa renda e de maior vulnerabilidade”, destaca Egon Daxbacher, diretor da SBD, que tem se dedicado ao tema. Ele salienta que cada vez mais é preciso falar da hanseníase: “Parece uma doença que já acabou quando na verdade ainda temos em torno de 25 mil casos todo ano, sendo que em torno de 8 a 10% desses pacientes terão algum tipo de sequela proveniente”, alerta.

Debate político – Nesta semana, a hanseníase voltou a ganhar evidência no debate político. A presidência da República defendeu o enfrentamento dessa doença no Brasil durante transmissão ao vivo em sua página no Facebook na segunda-feira (8/7), em que estava acompanhado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e pelo presidente da Fundação Nippon, o japonês Yohei Sasakawa, que lidera um trabalho internacional de prevenção e tratamento da doença.

Os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também acompanharam a transmissão. O presidente da República disse que desconhecia a extensão do problema no país e reforçou a necessidade de as pessoas procurarem ajuda sempre que identificarem qualquer sintoma. Segundo Egon Daxbacher, esse fato demonstra que o assunto entrou no radar da autoridade máxima do país, o que pode sinalizar um direcionamento dos recursos e dos esforços no combate à doença.

“A taxa de detecção da doença é considerada importante e em algumas regiões, como Norte, Centro-Oeste e Nordeste, há um número de casos expressivos. Nos lugares com menor endemia, ainda ocorrem atrasos no diagnóstico. Por isso, é preciso intensificar as ações em todo o País”, justifica.

Casos – O Brasil é o segundo país em casos de hanseníase no mundo. De acordo com Sandra Durães, o Ministério da Saúde tem se esforçado muito nos últimos anos no tratamento da doença. “De alguns anos para cá, houve o processo de descentralização do atendimento, isto é, os pacientes que antes eram atendidos em unidades de especialistas em dermatologia e neurologia, atualmente são atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Programa de Saúde da Família (PSF). Para isso ser possível, os dermatologistas trabalham incessantemente na capacitação dos médicos da Atenção Básica e de Saúde da Família para diagnosticar e tratar a doença”, destaca.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 mil novos casos da doença são detectados em todo o mundo anualmente, sendo que Brasil, Índia e Indonésia concentram 80% desse total. Ainda segundo a entidade, o Brasil respondeu por 93% dos 29.101 casos detectados nas Américas em 2017.

“A SBD atua juntamente ao Ministério da Saúde no Comitê Técnico Assessor de Hanseníase, onde auxilia na tomada de decisões. Também capacita os dermatologistas no combate à doença e treina médicos de família no reconhecimento da doença em vários locais no Brasil”, lembrou o presidente da SBD, Sergio Palma, que no serviço público onde atua, em Recife (PE), também participa do atendimento de um ambulatório especializado nessa doença.

Agente etiológico – Doença infectocontagiosa potencialmente curável e que tem como agente etiológico o bacilo Micobacterium leprae. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é de difícil adoecimento, já que é necessário um longo período de exposição à bactéria, motivo pelo qual apenas uma pequena parcela da população infectada chega a adoecer.

Está classificada entre as doenças ditas negligenciadas que atingem populações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil, apesar de estar entre as grandes economias mundiais, apresenta grande desigualdade social, com grandes bolsões de pobreza nas periferias de suas metrópoles.

“A maioria da população é resistente à doença e ao entrar em contato com a bactéria consegue desenvolver uma boa imunidade e, automaticamente, resistência à bactéria. Um pequeno percentual de pessoas pode adoecer”, explica Sandra Durães. A doença é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento, sendo que possui um longo período de incubação (em média, de dois a sete anos) até que os sintomas se manifestem.

Diagnóstico – O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e feito somente pelo exame físico e a história clínica do paciente. A partir daí, um médico capacitado é capaz de diagnosticar a doença. “Exames complementares como a baciloscopia, que mede a carga bacilar do paciente, e a biópsia da pele devem ser realizados, porém não são de extrema necessidade. Na maioria dos casos, o diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico”, destaca Sandra Durães.

Ela ressalta que o tratamento não é capaz de reverter o dano neural causado pela hanseníase e que, por isso, o diagnóstico precoce é crucial, pois deixará menos sequelas no paciente. “A bactéria da hanseníase tem uma afinidade especial pela pele e pelos nervos periféricos. Na pele, ele irá se apresentar com manchas, que podem ser brancas, rosas, vermelhas. Podem surgir caroços na pele, infiltrações (áreas vermelhas elevadas), e essas lesões possuem característica fundamental de apresentarem alguma alteração da sensibilidade ao frio, ao calor, à dor e ao tato. A área lesionada fica dormente e apresenta formigamento”, exemplifica.

Sandra Durães observa ainda que os pacientes podem apresentar perda dos pelos das sobrancelhas, sensação de nariz entupido, e ainda diminuição da força muscular nos pés e nas mãos justamente pelo acometimento dos nervos periféricos.

Tratamento – Existem dois tipos de tratamento a partir da análise do perfil dos pacientes, de acordo com a resistência que a pessoa tem à doença. Para os pacientes paucibacilares – com ótima resistência à doença, poucas lesões na pele e nos nervos periféricos e pequena carga bacilar – o tratamento é feito à base de antibióticos durante seis meses.

No oposto, existem os pacientes multibacilares, aqueles com grande carga bacilar e número expressivo de lesões na pele e nervos acometidos, cujo tratamento com antibióticos é feito durante 12 meses. O tratamento é feito gratuitamente nos postos de saúde em todo o território nacional. “O paciente vai lá uma vez por mês tomar determinado tipo de medicação e as outras medicações são administradas em casa. Com o tratamento, o paciente se torna incapaz de transmitir a doença às outras pessoas”, explica.

Estigma – A hanseníase é uma doença com alto potencial de causar incapacidades e deformidades físicas. Isso ocorre devido à lesão do nervo periférico. “A partir do momento que o paciente não tem a capacidade de sentir uma panela quente, ele vai se lesionar com a queimadura e esta pode se tornar uma infecção secundária da pele, ser transmitida ao osso e causar uma osteomielite, com a perda das extremidades dos dedos dos pés e das mãos”, adverte Sandra Durães.

Ela esclarece ainda que não há nenhuma medida de isolamento em relação à doença. “Antigamente os pacientes ficavam reclusos. Hoje, o tratamento é muito mais eficaz e isso não é necessário. A partir do início do tratamento, com a primeira dose do medicamento, o paciente já se torna não contagiante. Pessoas que conviveram com os pacientes antes do tratamento devem ser examinadas a fim de verificar se existe alguma lesão não percebida por elas. As pessoas que não têm a doença irão receber uma dose da vacina BCG, diminuindo as chances de casos mais graves da doença”, elucida.


8 de julho de 2019 0

Nesta segunda-feira (8/7), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) juntou forças com a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) para fazer um esclarecimento público sobre o resultado do julgamento de um pedido de liminar que autorizou uma médica de Minas Gerais a usar imagens de seus pacientes do tipo antes e depois.

As entidades informam que estão em contato permanente com o Conselho Federal de Medicina (CFM) para tratar do assunto, inclusive colocando seus departamentos jurídicos à disposição do CFM para contribuir com o necessário. No texto, é destacado que essa decisão tem caráter provisório e não gera efeito a terceiros, já que é voltada a um pleito individual.

O assunto tem circulado na forma de posts e mensagens em grupos de WhatsApp e em redes sociais referindo-se ao processo judicial 1016872-29.2019.4.01.3400, em curso na Seção Judiciária do Distrito Federal. O presidente da SBD, Sergio Palma, prometeu empenho para esclarecer a questão.

“Nesta semana pretendo ir ao CFM, em Brasília, onde quero discutir o assunto, que afeta diretamente a atuação de milhares de dermatologistas e de membros de outras especialidades. No encontro com representantes da diretoria do Conselho, pretendo apresentar a visão de nosso segmento e reiterar o interesse e a disponibilidade de nossa Sociedade de contribuir no processo”, frisou.

Leia a íntegra da nota:
 

NOTA CONJUNTA SBD – AMB – SBCP
 

A Associação Médica Brasileira, Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Sociedade Brasileira de Dermatologia externam a preocupação sobre a notícia veiculada em grupos de WhatsApp e em Redes Sociais referente ao processo judicial 1016872-29.2019.4.01.3400, em curso na Seção Judiciária do Distrito Federal, que permitiu a uma médica, em caráter liminar, a divulgação de imagens de pacientes em situações prévias e posteriores à realização de procedimentos.

A decisão tem caráter provisório e não gera efeito a terceiros, já que é voltada a um pleito individual. Cabe destacar que estamos envolvidos com o tema de forma extremamente criteriosa, uma vez que há divergência entre esta decisão judicial e as resoluções do CFM nº 1974/2011 e 2126/2015.

A AMB, a SBCP e a SBD estão em contato permanente com o Conselho Federal de Medicina, ante toda desorientação criada pelas notícias veiculadas nos últimos dias, inclusive colocando seus departamentos jurídicos à disposição do CFM para contribuir com o necessário.

Diante de uma imprescindível condução ética no exercício das boas práticas da medicina, até que haja posicionamento pelo CFM, é importante destacar a necessidade de cautela pelos associados das instituições que assinam conjuntamente a presente nota.

Aguardamos as manifestações do CFM, que é quem detém a competência para supervisionar a ética médica no Brasil.
 

São Paulo, 8 de Julho de 2019.

Associação Médica Brasileira (AMB)

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)


8 de julho de 2019 0

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta segunda-feira (8/7), um comunicado a respeito da decisão liminar da 2º Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois.

No documento, a autarquia destaca a sua atribuição legal de disciplinadora do exercício da profissão, prevista na Lei nº 3.268/1957, enfatizando que a decisão liminar representa interferência externa nas prerrogativas legais dos conselhos de medicina e que ela vale apenas para um único caso, ou seja, não é extensiva aos outros médicos.

Leia íntegra do documento:

COMUNICADO AOS MÉDICOS

ORIENTAÇÕES SOBRE O USO DE IMAGENS DE PACIENTES

Com relação a informações que têm circulado em grupos de WhatsApp e redes sociais sobre decisão liminar da justiça que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois, o Conselho Federal de Medicina (CFM) esclarece os seguintes pontos:

1. De acordo com a Lei nº 3.268/1957, cabe ao CFM e aos Conselhos Regionais de Medicina atuarem como órgãos de supervisão da ética médica no Brasil, podendo ser, simultaneamente, fiscais, julgadores e disciplinadores do ético exercício da profissão, com vistas a manter seu prestígio e bom conceito, bem como proteger pacientes e profissionais;

2. A Coordenação Jurídica do CFM faz a análise dessa decisão liminar que representa interferência externa nas prerrogativas legais dos conselhos de medicina, o que obstrui a fiscalização de atos médicos que podem estar relacionados a desvios éticos na relação médico-paciente;

3. Essa decisão liminar vale apenas para um único caso, ou seja, não é extensiva aos outros médicos, os quais devem observar os critérios previstos no Código de Ética Médica e nas resoluções que tratam da publicidade e propagandas médicas;

4. O CFM oferecerá às instâncias competentes todos os argumentos técnicos, legais e éticos para eliminar dúvidas sobre o tema e assegurar a manutenção das diretrizes e princípios previstos em suas normas.

Brasília, 8 de julho de 2019.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)


8 de julho de 2019 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu nesta segunda-feira (8/7) uma nota informativa a respeito da decisão liminar da 2º Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF) que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois. Na publicação, a entidade informa que já acionou o seu Departamento Jurídico para considerar todos os desdobramentos relacionados.

Segundo indica o texto, nesse primeiro momento, o parecer da Justiça tem implicação específica sobre o pedido de concessão impetrado por especialista do Estado de Minas Gerais, sem efeito extensivo a outros médicos. 

No informativo, a SBD ressalta compreender a importância do tema para os dermatologistas brasileiros, mas explica que é necessário, acima de tudo, manter o padrão de exercício ético da medicina, sem colocar pacientes e profissionais em situação de vulnerabilidade.

Leia a seguir a íntegra da nota da SBD:

INFORME AOS DERMATOLOGISTAS

Com relação a informações que têm circulado em grupos de WhatsApp e redes sociais sobre decisão liminar da justiça que libera a divulgação de imagens de pacientes do tipo antes e depois, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa aos seus associados que: 

1)  Já acionou seu Departamento Jurídico para analisar essa liminar com o objetivo de compreender as implicações relacionadas ao tema e se pronunciar sobre o assunto; 
2)  No entanto, num primeiro momento, já se identificou que a decisão é especifica para um único caso, ou seja, ela não é extensiva a todos os outros médicos; 
3) Considerando que se trata de questão polêmica e complexa, que merece ser discutida com profundidade, aguarda-se manifestação do Conselho Federal de Medicina (CFM), o qual não foi citado no processo que resultou na decisão.

A SBD compreende a relevância desse tema para os especialistas, mas ressalta a importância de que, acima de tudo, seja promovido o ético exercício da medicina sem colocar pacientes e profissionais em situação de vulnerabilidade. 

Rio de Janeiro, 8 de julho de 2019.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD)
Gestão 2019/2020

 


6 de julho de 2019 0

O Teraderm teve sua 11ª edição realizada nos dias 5 e 6 de julho, em São Paulo. Sob a coordenação dos médicos dermatologistas Clarisse Zaitz, Jayme de Oliveira Filho, John Verrinder Veasey e Ricardo Shiratsu, o evento voltou à capital paulista reunindo mais de 2.200 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca.

Em seu discurso de abertura, o presidente da SBD, Sérgio Palma, deu boas-vindas aos participantes e pontuou alguns trabalhos realizados durante os 180 dias de gestão, como o aperfeiçoamento dos fluxos administrativos; investimento em educação e capacitação médicas; defesa do Ato Médico no âmbito do Judiciário; reforço estratégico na comunicação institucional; defesa da dermatologia no Congresso Nacional; e reconhecimento de outras entidades. Em seguida, os coordenadores do encontro também agradeceram a participação maciça dos dermatologistas e reforçaram o quanto o evento é marcante pela organização, formato e conteúdo científico.

Muito bem recebida pelos congressistas, a programação dividida em 30 blocos, contemplou temas como, toxina botulínica, fotoprotetores, alopecia areata, balanopostites, nevo de Spitz, teledermatologia e inteligência artificial, antifúngicos, indicações de laser, melasma, entre outros. 

“Essa edição, especialmente, foi muito interessante porque mostrou a pluralidade da dermatologia e como a atuação do dermatologista é ampla, num programa que englobou desde os casos cirúrgicos a cosmiátricos, além de doenças”, avalia o coordenador John Verrinder Veasey. 

Segundo o coordenador Ricardo Shiratsu, o formato interativo de debate com opiniões dos experts foi projetado para promover um diálogo significativo sobre temas atuais e que possam ter aplicabilidade imediata no consultório. 

“Sem dúvida, essa é uma das marcas do evento. A excelente aceitação do público demonstra o prestígio que alcançamos ao longo desses últimos anos”, comenta. 

A dermatologista Taciana Dini corrobora: "O encontro me surpreendeu pelo ritmo dinâmico das apresentações e discussões. Os assuntos abordados foram muito atuais e de utilidade prática para o dermatologista no dia a dia do consultório, tanto para as condições clínicas quanto de cosmiatria e cirurgia dermatológica". A médica participou do bloco sobre luz intensa pulsada (LIP), que abordou a evolução da tecnologia no tratamento do fotorrejuvenescimento e outras condições inestéticas. "Foram comparados os resultados da LIP com outros equipamentos de lasers e tecnologias. Também foi discutido sobre as associações de tratamentos com a LIP e as vantagens desta tecnologia tão versátil", explica.

No ano que vem, o Teraderm também ocorrerá em São Paulo: “Vamos manter o local e reforçamos aos especialistas que se programem e se inscrevam com antecedência para garantir suas vagas com tranquilidade. Inclusive, já temos a definição das datas: dias 3 e 4 de julho de 2020”, adiantou o presidente Sérgio Palma. 

A opinião de quem foi

“Foi um congresso muito rico tanto na parte prática quanto teórica e que cumpriu o objetivo de manter atualizado o dermatologista. O debate sobre nutracêuticos foi um dos destaques.” Rebeca Rinaldi, SP


5 de julho de 2019 0


Os coordenadores do encontro Gleison Vieira Duarte (BA), André Vicente Esteves de Carvalho, Ricardo Romiti (SP), o presidente da SBD, Sérgio Palma, e o vice-presidente Mauro Enokihara

Imunobiológicos anti-interleucina, o melhor imunobiológico para psoríase; pitiríase rubra pilar e biológicos; imunizações; artrite psoriásica foram alguns temas discutidos durante o 3º Simpósio Nacional de Imunobiológicos e IX Simpósio Nacional de Psoríase da SBD, realizado nesta quinta-feira (4/7), em São Paulo. O encontro contou com a coordenação dos médicos Ricardo Romiti (SP), André Vicente Esteves de Carvalho (RS) (foto) e Gleison Vieira Duarte (BA). Aproximadamente 500 participantes estiveram presentes. Na abertura do encontro, o presidente da SBD, Sérgio Palma, comentou sobre o trabalho político da SBD realizado no Ministério da Saúde e Conitec para a incorporação de medicamentos imunobiológicos e a melhoria de acesso para pacientes. Também enfatizou a importância do envolvimento dos dermatologistas com as doenças crônicas e terapias mais complexas. 

O coordenador Ricardo Romiti ressaltou a qualidade científica do encontro, que trouxe para o debate tratamentos inovadores e clássicos da psoríase, comorbidades e aspectos atuais da doença. "Destaco o brilhantismo das palestras ministradas pelos dermatologistas jovens, a diversidade de temas abordados na sessão de imunobiológicos e o grande número de colegas presentes ao evento: cerca de 500 participantes”, declarou.

Além das aulas ministradas por especialistas brasileiros, os congressistas puderam desfrutar da participação de dois palestrantes internacionais que são referência na área: o espanhol Pablo de la Cueva falou sobre anti-IL23 no tratamento da psoríase e melhor tratamento sistêmico clássico para psoríase moderada a grave; e Enrique Rivas, da Guatemala, abordou utilização do secuquinumabe de acordo com o perfil do paciente e o melhor imunobiológicos para psoríase. 


Os palestrantes Renan Rangel Bonamigo e Paulo Criado com o presidente da SBD, Sérgio Palma (centro)

“Os convidados estrangeiros que deram aula no Simpósio Nacional de Psoríase participaram de uma interessante banca de discussão entre experts”, comentou o dermatologista Caio de Castro (PR), que apresentou aula “Vitiligo: manejo com imunobiológicos”.

A programação também contou com a participação de um profissional de outra área, como o oncologista Antonio Dal Pizzol Jr., que ministrou palestra sobre a correlação entre carcinoma basocelular metastático e Vismodegib.

Ao fazer uma avaliação do evento, a dermatologista e moderadora de uma das mesas Claudia Maia, destacou o elevado nível científico tanto das apresentações quanto dos debates. “Além disso, vimos um público interessado em aprender os novos tratamentos, bem como as dificuldades do manejo da psoríase”, destacou.


A dermatologista Ana Mósca e o presidente da SBD, Sérgio Palma, na abertura do encontro

1º Simpósio de Dermatologia Pediátrica da SBD: resultado positivo

Também realizado no dia 4 de julho, o 1º Simpósio de Dermatologia Pediátrica da SBD despertou grande interesse dos médicos dermatologistas. Coordenado pela dermatologista Ana Maria Mósca de Cerqueira, o encontro foi dividido nos módulos “Recém-nascidos e lactentes”; “Crianças da primeira infância”; “Crianças da segunda infância e adolescentes”, e enfocou temas que necessitam de constante atualização por parte dos médicos, como:  hemangioma; curativos e condutas nas doenças bolhosas neonatais; alergias alimentares; algoritmo da dermatite atópica e da psoríase; hidradenite supurativa; pequenos procedimentos de cirurgia dermatológica; entre outros. 

Em suas apresentações, os convidados ressaltaram achados terapêuticos e tratamentos diferenciados, em uma discussão voltada para a conduta médica.

“Tivemos palestrantes expressivos de vários estados brasileiros que enriqueceram o debate científico. Nosso maior destaque talvez foi conseguir fazer um simpósio de sucesso, no ponto de vista científico, e esse era o nosso principal objetivo nesta primeira edição do evento”, analisou Ana Mósca.

A médica ressaltou ainda que foi muito importante observar o interesse do dermatologista em participar do simpósio para se atualizar e oferecer um conhecimento mais apurado para tratar ainda melhor os pacientes pediátricos.


Médicos palestrantes com a coordenação do encontro


5 de julho de 2019 0

A SBD realizará o 1º Simpósio Nacional de Linfomas Cutâneos nos dias 16 e 17 de agosto, em São Paulo, com a participação de experts no estudo, diagnóstico e tratamento da doença. 

Coordenado pelo ex-presidente da SBD José Antonio Sanches, o programa científico está dividido em cinco módulos que abordarão temas como vírus e linfomas; micose fungoide clássica e suas variantes, síndrome de Sézary; neoplasia de células dendríticas plamocitóides; a necessidade da biopsia de MO; novas perspectivas na abordagem dos linfomas cutâneos: drogas alvo e transplante de medula óssea, entre outros. 

"Consideramos de extrema importância a participação dos associados, especialmente os que têm como área de interesse o estudo dos linfomas. A programação contempla assuntos diversos e relevantes que objetivam auxiliar na prática clínica, bem como instigar ou consolidar conhecimentos sobre o assunto", afirma Sanches.

Até o dia 25 de julho é possível se inscrever com valores diferenciados.

Acesse a íntegra da programação e outros detalhes na página do evento.


5 de julho de 2019 0

Está aberta até o dia 9 de julho a consulta pública da Conitec (n. 35) sobre o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para hidradenite supurativa. Até a data, médicos e população poderão enviar contribuições para o documento oficial do Ministério da Saúde (MS) que orienta critérios para o diagnóstico e tratamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para diferentes intensidades de acometimento da doença. 

Recentemente, foram aprovadas as indicações pela incorporação de três antibióticos para tratar a HS: a clindamicina tópica (para lesões superficiais), o cloridrato de tetraciclina (para lesões leves) e a associação de clindamicina oral e rifampicina (para lesões moderadas). Os três medicamentos poderão ser incorporados após o PCDT.

Para as formas moderadas a graves da doença, o Ministério da Saúde (MS) decidiu incorporar pelo SUS do medicamento biológico adalimumabe em pacientes que não respondem à terapia tradicional. No entanto, a prescrição médica também será liberada apenas após a publicação da atualização do PCDT para hidradenite supurativa. 

Por isso, é fundamental a participação de todos nessa consulta pública. Participe!

Leia aqui o relatório técnico: http://http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2019/Relatorio_PCDT_Hidradenite_Supurativa_CP_35_2019.pdf

Para participar da consulta n. 35, acesse: http://conitec.gov.br/consultas-publicas.





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