São Paulo será a capital da dermatologia em 2020




7 de fevereiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

De 5 a 8 de setembro ocorrerá o maior e mais importante Congresso de Dermatologia do Brasil, o Dermato São Paulo. Sob o slogan “Dermatologia: novos horizontes”, o evento presidido pelo dermatologista Cyro Festa Netto reunirá milhares de dermatologistas do país para atualização científica num contexto de muitas transformações e avanços na tecnologia aplicada à medicina, à dermatologia e à comunicação. Ainda no ano passado, após reuniões para a troca de ideias entre comissão organizadora, departamentos científicos e especialistas da SBD, iniciou-se o trabalho de desenvolvimento da programação científica.

O coordenador de mídia eletrônica e redes sociais, Moyses Lemos, afirma que o planejamento das atividades científicas foi pensado de forma minuciosa, com a inclusão de cursos pré-congresso em salas que variam de 180 a 600 lugares, além de 347 atividades científicas estruturadas para essa edição. Serão realizados cursos de dia inteiro, com módulos e coordenadores diferentes, além de cursos pontuais de uma hora e meia.

“Estamos desenvolvendo o trabalho visando à oferta de excelente atualização científica e ótimo aprendizado, e priorizando a participação de novos talentos. Gostaríamos de lembrar que, como os cursos pré-congresso são gratuitos, quanto antes o associado se inscrever, mais chances terá de encontrar vagas no curso desejado”, observa Moyses Lemos.

Os associados terão acesso a 44 atividades gratuitas no primeiro dia de evento, que abordarão assuntos como lasers e outras tecnologias, oncologia cutânea, dermatologia cosmiátrica, cirúrgica, marketing de consultório, entre outros. “Além disso, no último dia teremos a novidade da sala única com os destaques do congresso nas sessões especiais”, completa. Até o momento, seis convidados estrangeiros confirmaram a participação: Antonella Tosti (Itália); Johannes Ring (Alemanha); Oscar Colegio (Estados Unidos); Gustavo Camino (Peru); Margarida Gonçalo (Portugal); Rolf Markus Szeimes (Alemanha).

Todas as áreas de interesse da especialidade serão discutidas por renomados especialistas compondo uma agenda científica que manterá a marca dos eventos da Sociedade. Para isso, estão previstos 42 cursos teóricos; 31 cursos práticos em vídeo; 85 simpósios; oito sessões de anatomoclínica; 24 sessões de discussão de casos clínicos com os departamentos da SBD; 29 sessões especiais; 87 fóruns; 12 casos clínicos. Entre os temas dessas discussões estão os mais frequentes do dia a dia do consultório, como acne, melasma, alopecia e câncer da pele.

Ao longo dos meses, os participantes poderão acompanhar as novidades sobre o congresso nas redes sociais e no site da SBD. As inscrições foram abertas no ano passado, antecedência que visou facilitar o planejamento dos dermatologistas. O segundo prazo para inscrições com valores diferenciados termina em 30 de março. Aproveite para se inscrever até lá.

Trabalhos científicos

A partir de 30 de março estarão abertas as inscrições para trabalhos científicos. Tudo pode ser feito pela página oficial do congresso no site da SBD: DermatoSBD 2020, e o médico dermatologista terá até o dia 15 de maio para submeter seu artigo nas categorias disponíveis.

Acesse e saiba mais detalhes do maior evento da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que retorna a São Paulo após cinco anos.

 

Maior e mais importante evento no calendário da SBD, o Congresso Brasileiro de Dermatologia ocorrerá em setembro na cidade de São Paulo


7 de fevereiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

No dia 31 de janeiro, a Diretoria da SBD realizou a primeira reunião do ano com a equipe editorial da revista Surgical & Cosmetic Dermatology. No encontro, realizado na sede da SBD, o presidente Sérgio Palma reiterou o empenho na garantia de infraestrutura e logística para a revista e para outras publicações que levam o selo e o nome da dermatologia brasileira. “Estamos desenvolvendo um trabalho intenso para que essas plataformas de conhecimento mantenham nível elevado, o que contribuirá para sua projeção no cenário internacional. Aos editores da Surgical & Cosmetic Dermatology, os professores Bogdana Victoria Kadunc e Hamilton Stolf, que estiveram conosco nesse encontro, nossos parabéns pela dedicação e pelo brilhante trabalho que vem sendo realizado”, considera Palma.


7 de fevereiro de 2020 0

Silenciosa e negligenciada pelas autoridades sanitárias em anos anteriores, a hanseníase acumula milhares de vítimas ano após ano no Brasil. Entre 1999 e 2018, foram diagnosticados 768.215 casos desta doença, que pode ser detectada com facilidade. Mesmo com as constantes campanhas educativas, com foco no diagnóstico precoce, a detecção de novos casos tem indicado uma média de 38 mil registros por ano, no período. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca o Brasil no segundo lugar no mundo em casos de hanseníase. Perde apenas para a Índia, que em 2017 apresentou 126.164 registros. 

Para a coordenadora da Campanha Nacional de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sandra Durães, trata-se de uma doença que afeta, sobretudo, regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Apesar de o Brasil ser considerado uma potência econômica, a existência de desigualdades regionais repercute na forma como o registro de novos casos se materializa, explicou. 

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Nessas duas décadas analisadas, no Brasil, as maiores detecções de novos casos, em números absolutos, foram registradas no Maranhão (84.628 notificações); Pará (83.467); Mato Grosso (63.779); Pernambuco (57.355); e Bahia (52.411). Os dados foram apurados e avaliados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia com base em informações da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. 

Prevenção – Como janeiro é o mês dedicado a conscientização, combate e prevenção da hanseníase no País, a SBD somou forças para apontar a importância de se enfrentar essa doença tropical de evolução crônica, que se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormência e diminuição de força nas mãos e nos pés. 

Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos e, principalmente, da capacitação do médico. Nesse sentido, Sergio Palma, presidente da SBD, afirma que a entidade tem colaborado com a capacitação de médicos de outras especialidades e generalistas, o que contribui para o fortalecimento da rede de detecção dessa doença. “No entanto, fica o alerta: quando descoberta e tratada tardiamente, a hanseníase pode trazer deformidades e incapacidades físicas”, ressaltou.

Ao longo dessas duas décadas, a avaliação dos números da hanseníase comprova que seu enfrentamento exige o desenvolvimento de diferentes estratégias devido à complexidade de seus determinantes. Múltiplos fatores estão envolvidos nessa questão, entre eles a dificuldade de acesso da população aos serviços de saúde, principalmente no Norte, Centro-Oeste e Nordeste, levando ao diagnóstico tardio. 

Por um lado, percebe-se um movimento de queda constante no total de novos casos identificados entre 1999, quando o Brasil contabilizou 43.617 registros da doença, e 2016, onde esse total baixou para 25.214. Porém, os dados do Ministério da Saúde apontam uma pequena alta a partir de então, com 26.875 notificações, em 2017, e 28.657, no ano seguinte. 

Detecção – No que se refere à taxa de detecção da doença na população geral, os indicadores também oscilam. Em 2000, ela era de 25,44 casos por 100 mil habitantes, chegando a 12,23, em 2016. Porém, como na contagem de números absolutos, esse índice também voltou a apresentar alta nos anos seguintes: 12,94 notificações, em 2017, e 13,70, em 2018.

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“Isso não significa necessariamente uma piora repentina. A doença não se comporta como uma epidemia viral. Na verdade, é a prova de que a rede de atendimento, buscou mais ativamente os casos para fazer o diagnóstico mais precoce. Contudo, mostra que o volume de pessoas portadores da hanseníase ainda é significativo, sendo que muitos não sabem que possuem essa condição”, alerta Egon Daxbacher, diretor da SBD e especialista no assunto.

Segundo ele, esse aumento no número de novos casos detectados, entre 2016 e 2018, resulta de mudanças na estratégia de prevenção e combate à doença. Dados do Ministério da Saúde apontam, por exemplo, que houve aumento no total de casos detectados a partir de ações como campanhas, exames feitos em pessoas que mantém contato (direto ou periférico) com pacientes e exames de coletividade.

O percentual de contactantes examinados passou de 60,9%, em 2000, para 81,4%, em 2018. “Mudou o modo de detecção, que deixou de ser apenas por demanda espontânea ou por encaminhamentos”, lembrou Daxbacher. Além disso, continuou ele, o tamanho da rede assistencial na atenção básica, onde a grande maioria dos pacientes recebe acompanhamento, quase triplicou. Há 18 anos, eram 3.327 serviços que atuavam nesse sentido. Atualmente, são 9.051.

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Carregada de estigmas, a hanseníase apresenta uma taxa de mortalidade relativamente baixa, em comparação com o número de casos diagnosticados no período. Entre 2008 e 2017, em todo o Brasil foram registrados 1.801 óbitos decorrentes dessa doença. O maior volume de mortes aparece no Maranhão (269), Bahia (136), Ceará (135), Rio de Janeiro (134) e Pará (126). 

Por sua vez, o tratamento da doença, o qual é eminentemente ambulatorial, tem gerado inúmeros pedidos de internação para o acompanhamento de pacientes com maiores complicações, com necessidade de cuidados mais especializados e até mesmo cirúrgicos para tratar as sequelas deixadas.

Internação – Nas duas décadas analisadas, o Sistema Único de Saúde (SUS) processou 38.745 pedidos de internação para pacientes por conta da hanseníase, com o custo total estimado em R$ 27,6 milhões (valores não atualizados). Ao longo do período, esses procedimentos foram mais adotados no Paraná (4.514 casos), Pernambuco (4.341), Santa Catarina (3.246), Goiás (2.811) e São Paulo (2.682 pedidos). 

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Se na Idade Média as pessoas com hanseníase eram obrigadas a anunciar sua presença carregando um sino, o preconceito se arrastou pelos séculos. No Brasil, há algumas décadas o isolamento compulsório era adotado, separando famílias e amigos. No entanto, até hoje muitos ignoram que essa doença tem tratamento eficaz, disponível na rede pública. 

O Grau de Incapacidade Física (GIF) nos casos diagnosticados, como de Grau 2, fica em 10,2 ocorrências por milhão de habitantes. Nos pacientes com atestação de cura, 68% foram avaliados quanto a incapacidade. Conforme explicou Sandra Durães, durante a evolução da doença, o acometimento do nervo periférico faz com que o paciente apresente alterações motoras e sensoriais. “Com o tempo, se lesiona e desenvolve infecção na pele que pode se transmitir ao osso. Também corre o risco de perder tecidos, como ocorria no passado. Atualmente, isso é muito raro, porque o tratamento é eficaz”.

Conforme explicou Egon Daxbacher, o diagnóstico precoce é muito importante e crucial para o controle da doença. “Se o paciente conta com atendimento médico e dos outros profissionais da equipe de saúde e toma seus remédios vai ficar bem. Mas se não houver acompanhamento e adesão ao tratamento, a hanseníase evolui, com possibilidade de aumentar o dano neural. As manchas reduzirão e o doente deixará de ser um agente de transmissão, mas as perdas motoras não serão recuperadas. Em decorrência, essa pessoa exigirá acompanhamento multiprofissional e de médicos de diferentes especialidades para não se lesionar e reduzir o risco de ficar incapacitada”, disse.


6 de fevereiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

Com quase 10 mil dermatologistas em atividade, cuidando da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou, nesta quarta-feira (5/2), um minidocumentário que destaca a formação profissional e ética desses especialistas comprometidos com a qualidade do atendimento em diferentes frentes da dermatologia como a clínica, a cirurgia e a cosmiatria.

O vídeo faz parte das comemorações pelo Dia do Dermatologista (5 de fevereiro). O presidente da SBD, Sérgio Palma, destacou que a homenagem reforça a boa formação em dermatologia, em que o uso da tecnologia não implica em “esquecer o lado humano” da relação médico-paciente. “A gente precisa desse olhar, dessa atenção ao ser humano. Então, é esse dermatologista do futuro que eu desejo”, ressaltou. 

Atualmente, há cerca de três mil doenças dermatológicas catalogadas e uma demanda crescente por cuidados cosmiátricos. Como reafirmou o presidente da SBD no vídeo, “cabe ao dermatologista cuidar para que essas patologias não evoluam de uma forma mais agressiva, assim como minimizar, aliviar o sofrimento dos pacientes e, claro, buscar sempre o avanço tecnológico de ponta. Isso tanto no serviço público quanto no serviço privado”.

Os outros especialistas que participaram do vídeo, de forma geral, destacaram em suas participações a necessidade de que os dermatologistas passem por uma formação ampla, o que inclui uma carga horária com foco na prática. Atualmente, a SBD mantém 89 Programas de Residência Médica credenciados em 24 estados. No total, são 826 residentes em formação. Todos são obrigados a seguir os parâmetros de excelência da SBD e da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

A partir deste ano, com as mudanças na matriz curricular da residência em dermatologia, esses programas vão oferecer 8.640 horas de treinamento prático e teórico. “Não é em um curso de fim de semana que alguém se transforma em bom dermatologista”, destacou em sua entrevista a editora da Surgical & Cosmetic Dermatology, Bogdana Victoria Kadunc. 

No vídeo, além da importância da boa formação, os entrevistados abordam aspectos éticos que devem ser observados na relação com os pacientes, com os outros médicos e com os profissionais da saúde em geral. 

“A SBD é uma das maiores instituições médicas do mundo relacionadas à pele e a gente tem certeza de que está indo em bom caminho nessa entrega de qualidade de um bom profissional à população”, finalizou Palma no vídeo dirigido aos colegas de profissão.
 

 


6 de fevereiro de 2020 0

Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontou que em 20 anos a hanseníase atingiu 768 mil brasileiros e quase 156 mil pessoas são da Região Norte. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de seis mil novos casos foram registrados em 2018 na referida região, sendo 2.574 no Pará; 1.713 no Tocantins; 741 em Rondônia; 425 no Amazonas; 133 no Acre; 109 no Amapá e 107 em Roraima. 

A hanseníase só é transmitida quando não é identificada; a partir do diagnóstico e do início do tratamento não há mais risco de trasmissão.

Clique na imagem para assistir a íntegra da reportagem veiculada no Bom Dia Amazônia.


6 de fevereiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

Até o dia 19 de fevereiro é possível enviar contribuições para o aperfeiçoamento da Resolução n. 2.227/2018, que disciplina a telemedicina como forma de prestação de serviços médicos mediados por tecnologias no país. As contribuições podem ser feitas em formulário Consulta Telemedicina disponível no site do CFM.

Todas as propostas e comentários enviados serão analisados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), por intermédio de grupo de trabalho criado especificamente para acompanhar o processo. O relatório subsidiará a produção de um novo documento normativo.

 


5 de fevereiro de 2020 0

Com quase 10 mil dermatologistas em atividade, cuidando da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou, nesta quarta-feira (5/2), um minidocumentário que destaca a formação profissional e ética desses especialistas comprometidos com a qualidade do atendimento em diferentes frentes da dermatologia como a clínica, a cirurgia e a cosmiatria.

O vídeo faz parte das comemorações pelo Dia do Dermatologista (5 de fevereiro). O presidente da SBD, Sérgio Palma, destacou que a homenagem reforça a boa formação em dermatologia, em que o uso da tecnologia não implica em “esquecer o lado humano” da relação médico-paciente. “A gente precisa desse olhar, dessa atenção ao ser humano. Então, é esse dermatologista do futuro que eu desejo”, ressaltou. 

Atualmente, há cerca de três mil doenças dermatológicas catalogadas e uma demanda crescente por cuidados cosmiátricos. Como reafirmou o presidente da SBD no vídeo, “cabe ao dermatologista cuidar para que essas patologias não evoluam de uma forma mais agressiva, assim como minimizar, aliviar o sofrimento dos pacientes e, claro, buscar sempre o avanço tecnológico de ponta. Isso tanto no serviço público quanto no serviço privado”.

Os outros especialistas que participaram do vídeo, de forma geral, destacaram em suas participações a necessidade de que os dermatologistas passem por uma formação ampla, o que inclui uma carga horária com foco na prática. Atualmente, a SBD mantém 89 Programas de Residência Médica credenciados em 24 estados. No total, são 826 residentes em formação. Todos são obrigados a seguir os parâmetros de excelência da SBD e da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

A partir deste ano, com as mudanças na matriz curricular da residência em dermatologia, esses programas vão oferecer 8.640 horas de treinamento prático e teórico. “Não é em um curso de fim de semana que alguém se transforma em bom dermatologista”, destacou em sua entrevista a editora da Surgical & Cosmetic Dermatology, Bogdana Victoria Kadunc. 

No vídeo, além da importância da boa formação, os entrevistados abordam aspectos éticos que devem ser observados na relação com os pacientes, com os outros médicos e com os profissionais da saúde em geral. 

“A SBD é uma das maiores instituições médicas do mundo relacionadas à pele e a gente tem certeza de que está indo em bom caminho nessa entrega de qualidade de um bom profissional à população”, finalizou Palma no vídeo dirigido aos colegas de profissão.
 

 


3 de fevereiro de 2020 0

Com a confirmação de milhares de casos de contaminação pelo novo coronavírus em diferentes países, o Brasil se prepara para enfrentar essa epidemia que preocupa as autoridades sanitárias ao redor do mundo. Até o momento, em território nacional, só existem alguns pacientes com suspeita de terem contraído a doença. Para ajudar nesse esforço de prevenção, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta seus associados para ficarem atentos a pacientes que manifestem sinais e sintomas de contaminação pelo coranavírus. Essas pessoas devem ser orientadas a procurarem os serviços de saúde o mais rapidamente possível. 

“Esse é um grave problema de saúde pública. A prevenção e o combate a essa doença devem envolver a todos os profissionais da saúde. Os dermatologistas precisam fazer sua parte e orientar aqueles que recebem em seus consultórios sobre as medidas que evitam complicações”, alerta o presidente da SBD, Sergio Palma. 

Sobre o coronavírus, o Ministério da Saúde criou uma página na internet que traz dados sobre sua origem e características. De acordo com o presidente da SBD, a informação é a principal arma para impedir que a doença se alastre e faça vítimas. 

Acesse a página do Ministério da Saúde sobre o coronavírus 

Segundo informe da Sociedade Brasileira de Infectologia, o coronavírus é conhecido desde a década de 1960, sendo parte de uma grande família de microrganismos que causam de resfriados  a síndromes respiratórias mais graves.  A entidade salienta que uma pessoa contaminada pode apresentar sintomas variados, desde infecções em vias aéreas superiores parecidas com um resfriado comum a casos de pneumonia ou insuficiências respiratórias agudas. 

“O cenário no momento é de alerta máximo para identificação precoce de casos suspeitos e instituição de medidas de precaução, uma vez identificados. Até o momento, não há casos confirmados no país. Devemos como médicos nos manter atualizados, já que as informações tem sido processadas de forma muita rápida. Nosso papel com relação a promoção à saúde é também o de esclarecer a sociedade e não deixar que o pânico se instale”, disse o infectologista Paulo Sérgio Ramos de Araújo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador da Fiocruz. 

Dentre os cuidados necessários para se reduzir o risco de infecção por coronavírus estão: 

•      Evitar viagens à China como forma de prevenir contaminações;
•    Evitar contato próximo com pessoas doentes e que tenham infecção respiratória aguda;
•    Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos;
•    Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para as mãos à base de álcool em gel, principalmente, após contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar;
•    Usar lenços descartáveis para higiene nasal (evitar lencinhos de pano);
•  Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir com um lenço de papel e descartar no lixo;
•    Higienizar as mãos sempre depois que tossir ou espirrar;
•    Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas;
•    Manter ambientes muito bem ventilados;
•    Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, garrafas e talheres;
•    Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;
•    Evitar contato com animais selvagens ou doentes.

“Tão importante quanto ter acesso à informação correta e repassá-la aos colegas, amigos, pacientes e familiares, é evitar a disseminação de notícias falsas sobre este assunto. As fakenews podem ter um impacto desastroso no trabalho de prevenção e de tratamento. Por isso, tenhamos atenção redobrada com as mensagens que compartilhamos em nossas redes sociais e grupos de conversação”, enfatiza Sérgio Palma.


3 de fevereiro de 2020 0

JSBD – Ano 23 – N.06 – 01 – DEZEMBRO-FEVEREIRO

De 19 a 23 de fevereiro, Londres sediou o primeiro Congresso Global sobre Epidermólise Bolhosa (EB World Congress 2020). O médico dermatologista Samuel Mandelbaum esteve presente no encontro representando o Dermacamp, o Serviço de Dermatologia da Universidade de Taubaté e o Serviço da Santa Casa de São José dos Campos. Durante cinco dias, 730 pesquisadores e cientistas de 55 países discutiram minuciosamente os aspectos dessa complexa e rara genodermatose, que hoje engloba 34 subtipos. O evento foi promovido pela Debra International.

“Muitas pesquisas estão em fase 3, e em dois anos os primeiros tratamentos efetivos para uma das doenças mais complexas da medicina devem estar disponíveis. Terapias genéticas, colágeno recombinante, imunobiológicos para o câncer metastático, losartana oral e tratamentos tópicos com derivados vegetais estão entre as novas possibilidades terapêuticas para uma doença que até poucos anos só contava com cuidados locais”, detalha Mandelbaum.

Troca de experiências
Ao longo do encontro, o médico fez uma visita ao RDC Rare Diseases Centre do Guy’s & St. Thomas Hospital, que possui um setor especialmente adaptado para acolher e atender pacientes com epidermólise bolhosa e suas famílias. São 480 pessoas com epidermólise bolhosa no Reino Unido atendidas por equipe multiprofissional e multidisciplinar em ambientes acessíveis, climatizados e protegidos. “Os enfermeiros especialistas em dermatologia representam papel fundamental no atendimento à EB no Centro de Doenças Raras. Nossa visita foi muito proveitosa para incrementar a troca de conhecimentos e trazer a experiência inglesa para os nossos pacientes com EB no Brasil”, disse Samuel Mandelbaum. Psicólogos, fisioterapeutas, médicos oftalmologistas e oncologistas trabalham sob a direção da médica dermatologista e professora de Dermatologia no St. Thomas Hospital, Jemima Mellerio. A Dermatologia do St. Thomas faz parte do King’s College of London e é chefiada pelo Prof. John McGrath.

Na primeira foto estão os médicos Samuel Mandelbaum e a Kattya Mayre-Chilton, coordenadora dos Grupos de Trabalho da DEBRA sobre os CPG Clinical Practice Guidelines, Na outra, estão a chefe do RDC (à direita), Profa. Jemima Mellerio, ao lado dos enfermeiros especialistas em dermatologia do Centro de Doenças Raras.





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