Dermatologistas esclarecem os cuidados necessários para evitar queimaduras em casa



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4 de novembro de 2022 0

Os acidentes cosméticos são causas muito comuns de pessoas irem parar na emergência de um hospital, em especial crianças, adolescentes e idosos. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) trouxe um episódio especial do Palavra de Dermato sobre como prevenir queimaduras em casa.

No bate-papo informal e descontraído, mas recheado de informações, a dermatologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Luciana Abadde, traz curiosidades e dicas práticas sobre o tema. A conversa conta com a moderação do presidente da SBD, Mauro Enokihara.

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De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 70% das queimaduras no Brasil ocorrem em ambiente doméstico. Entre os grupos mais vulneráveis, estão as crianças de até 10 anos, que correspondem a 40% dos registros de queimaduras. Por isso, é importante saber diferenciar os seus tipos e o que n]ao se deve fazer após o ocorrido.

Conforme explicam os especialistas, existem quatro tipos de queimaduras: as térmicas (causadas por líquidos quentes, contato com as chamas ou vapor); as elétricas (são mais graves e ocorrem tanto em ambiente doméstico como no trabalho em virtude de descargas elétricas); as químicas (acontecem por produtos corrosivos); as por radiação (engloba também a radiação solar).

Além disso, os dermatologistas enfatizam a importância de não fazer tutoriais ou recomendações populares e sem embasamento científico. Ou seja, não é recomendado o uso de gelo, manteiga, pasta de dente ou pó de café na queimadura. Após o acidente, é preciso fazer a remoção da fonte de calor, o afastamento daquilo que o queimou, e o resfriamento do local. Esse resfriamento pode ser feito com á água da torneira ou do chuveiro em temperatura ambiente, nem gelada e nem quente. O local deve ficar nessa água corrente por cerca de 20 minutos.

Durante o programa há ainda esclarecimentos sobre outras tipos de primeiros socorros; sobre formas de controlar a dor; a avaliação da gravidade; e os riscos de complicações.

Podcast –A cada sexta-feira, tem episódio novo no ar do Palavra de Dermato, mostrando o cotidiano das pessoas e os esclarecimentos e respostas para dúvidas, sempre com base científica. O projeto conta com o apoio institucional da Vichy, Skinceuticals, La Roche Posay e Cerave.

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29 de outubro de 2022 0

Com a proximidade do verão, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta: acidentes com animais aquáticos são mais comuns do que se imagina. Afinal, é a temporada em que praias, rios e lagos recebem maior número de banhistas. O encontro do homem com a fauna aquática pode resultar em perfurações, dores, queimaduras e lesões de diferentes intensidades. Por isso, é recomendável atenção redobrada.

Neste episódio do Palavra de Dermato, vamos saber mais sobre esse tema. Especialistas da SBD abordarão, dentre outros tópicos: como evitar acidentes com animais aquáticos, as medidas de atendimento de emergência e possíveis reações alérgicas.

OUÇA AQUI NA ÍNTEGRA O EPISÓDIO

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9 de outubro de 2022 0

Já ficou em dúvida se as pintas na pele são iguais e se você deve se preocupar com elas ou não? Então, o Palavra de Dermato desta sexta-feira é para você! No podcast da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) voltado à população, os especialistas explicam tudo sobre pintas, tiram as dúvidas mais corriqueiras e orientam cuidados sobre o tema.

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A convidada especial dessa semana é a assessora do Departamento de Laser da SBD e expert no tema, Maria Luiza Pires de Freitas; e a moderação é por conta do primeiro secretário da entidade, Geraldo Magela Magalhães.

Conforme explicam, as pintas são lesões benignas da pele formadas por conjuntos de melanócitos – células que produzem a melanina – e que aparecem desde o nascimento ou, em geral, até os 35 anos de idade. Em média, na idade adulta, uma pessoa tem mais ou menos entre 10 e 40 pintas na pele. Os especialistas frisam ainda que as pintas não são iguais e podem variar em relação à cor, superfície e tamanho.

Outro ponto apresentado e enfatizado pelos especialistas é quando o paciente deve se preocupar com uma pinta e procurar um dermatologista para que seja feita uma avaliação. Além disso, eles orientam que cada um faça um autoexame da sua própria pele para verificar se há alguma alteração ou surgimento de novas pintas.

No bate-papo há ainda esclarecimentos sobre o risco de se fazer uma tatuagem perto de uma pinta; a diferença entre pintas e manchas; quando é indicado fazer sua retirada e como é esse procedimento.

Podcast –A cada sexta-feira, tem episódio novo no ar do Palavra de Dermato, mostrando o cotidiano das pessoas e os esclarecimentos e respostas para dúvidas, sempre com base científica. O projeto conta com o apoio institucional da Vichy, Skinceuticals, La Roche Posay e Cerave.

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28 de junho de 2022 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou, na última segunda-feira (27), o resultado do exame de Título de Especialista em Dermatologia (TED) de 2022.No total, foram aprovados 464 especialistas.

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Para concorrer à titulação, os candidatos foram submetidos a duas provas: teórica, composta por 80 questões objetivas; e teórico-prática, com 40 questões, que podiam ter quatro alternativas cada e apenas uma opção correta, e/ou ser de respostas diretas, sendo exigido o mínimo de 60% de acertos com correção realizada eletronicamente. Os exames foram aplicadas de forma on-line nos dias 10 de abril e 12 de junho, respectivamente.

O exame é realizado pela SBD em convênio com a Associação Médica Brasileira (AMB) e coordenado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).

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9 de junho de 2022 0

Vitória da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) na defesa do ato médico. A pedido da SBD, a Justiça Federal reiterou nesta semana a suspensão da Resolução nº 669/2018, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que autorizava aos profissionais dessa área a realizarem procedimentos estéticos. “Trata-se de importante conquista não apenas para os dermatologistas, mas para toda classe médica e pacientes. Estamos trabalhando diligentemente em todos os foros possíveis para que o espaço de nossa atuação não seja invadido e, principalmente, para garantir a segurança das pessoas nessa área tão sensível”, ressaltou Mauro Enokihara, presidente da SBD.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA DECISÃO

Ao tomar conhecimento da sentença, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, também comemorou a vitória jurídica alcançada pela SBD contra a tentativa de invasão de competências promovida por outra categoria. “O CFM está comprometido com a preservação das prerrogativas da medicina e apoia as iniciativas promovidas por todas as sociedades de especialidade. A SBD está de parabéns pelo resultado”, ressaltou José Hiran Gallo.

Suspensão – Essa sentença atendeu a pedido da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e reforçou o entendimento anterior da Justiça Federal, em Brasília (DF), que em 2019 já havia determinado a suspensão da norma liminarmente. Agora, caberá ao CFF dar ampla divulgação dessa suspensão no Diário Oficial, em seu site e demais meios de comunicação e através de correspondência eletrônica enviada a todos os seus filiados.

Segundo a liminar, renovada pela sentença em grau de recurso, o ato autorizado pela resolução do CFF “não é meio idôneo para ampliar as atribuições do farmacêutico para além dos limites legais, sobretudo porque normatiza competência já atribuída aos médicos”.

Marllon Sousa, magistrado que fez nova avaliação do caso, considera que “documentos colacionados aos autos, os procedimentos estéticos, tais como o botox, peelings, preenchimentos, laserterapia, bichectomias e outros, rompem as barreiras naturais do corpo, no caso, a pele, com o uso de instrumentos cirúrgicos e aplicação de anestésicos, obviamente, não podem ser considerados ‘não invasivos’”. Além disso, acrescentou que tais procedimentos podem resultar em lesões de difícil reparação, deformidades e óbitos.

Estratégia – Diante desse resultado, o presidente do CFM manifestou sua intenção de retomar as atividades de um grupo de trabalho permanente para discutir estratégias de enfrentamento às agressões ao ato médico. Esse trabalho foi interrompido durante a pandemia de covid-19. A ideia é juntar representantes dos setores jurídicos de todas as entidades que estão envolvidas com o tema.

Da Comissão Jurídica de Defesa ao Ato Médico devem participar advogados e representantes de Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), sindicatos, academias e sociedades de especialidades médicas. De forma conjunta, o grupo poderia definir ações em diferentes âmbitos em defesa dos interesses dos médicos, da medicina e da população.

Com isso, seria possível contrapor atos administrativos ilegais praticados por setores da gestão ou de outras categorias profissionais. Nesse sentido, poderiam ser adotadas medidas judiciais e extrajudiciais para suspender e anular judicialmente normativos, requerer a apuração da responsabilidade de gestores que os editaram e denunciar casos concretos de exercício ilegal da medicina, com apuração da responsabilidade civil e criminal dos envolvidos nos inúmeros casos de prejuízo a pacientes.

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2 de maio de 2022 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) comunica aos associados que estão abertas as inscrições para disputar a uma vaga nas Comissões Permanentes da entidade. A eleição ocorrerá na próxima reunião do Conselho Deliberativo, prevista para o dia 4 de junho (sábado). Para se candidatar é necessário que o especialista seja titular da SBD há mais de cinco anos e em dia com suas obrigações.

De acordo com o art. 7º do Estatuto da entidade, são associados titulares todos os médicos dermatologistas (residentes ou não no Brasil) inscritos para esse fim, portadores de título de especialista em Dermatologia, emitido pela Associação Médica Brasileira (AMB), após aprovação no exame promovido pela SBD. Para se enquadrar nesta categoria, o médico deve ainda ter Registro de Qualificação do Especialista (RQE) como dermatologista junto aos Conselhos de Medicina dos estados onde atua.

No caso específico das vagas para as Comissões de Título de Especialista, Científica e de Ensino, o candidato deve comprovar ser professor titular, ser livre-docente ou possuir título de doutorado.

Confira abaixo as vagas disponíveis:

Comissão de Ética e Defesa Profissional | 1 vaga

Comissão de Título de Especialista | 1 vaga

Comissão de Ensino | 1 vaga

Comissão Científica | 1 vaga

Candidatura – Os interessados em participar desse pleito que ocorrerá em 4 de junho devem encaminhar solicitação de inscrição de sua candidatura, endereçada à Diretoria da SBD, para o e-mail diretoria@sbd.org.br, impreterivelmente, até o dia 4 de maio de 2022 (quarta-feira). A mensagem deve conter nome completo do especialista e o nome da Comissão de interesse. Não serão aceitas inscrições recebidas após o prazo acima mencionado, o que inclui a não aceitação de inscrições durante a reunião do Conselho Deliberativo.

Juntamente, é necessário que candidato envie um mini currículo em formato PDF de, no máximo, uma página, em letra Arial ou Times New Roman, tamanho 12, com informações sobre formação profissional e demais tópicos referentes à vaga pretendida. No caso dos que almejam fazer parte das Comissões de Título de Especialista, Científica e de Ensino deve ser anexada, no mesmo e-mail, a comprovação de que são Professores Titulares, Livre–Docentes ou Doutores.

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1 de outubro de 2021 0

17/09/2021 03:12


 

Milhares de crianças brasileiras manifestam sinais e sintomas de dermatite atópica, um problema de saúde que causa desconforto dos pequenos e tira o sono de pais e responsáveis. Diante da alta incidência de dermatite atópica (DA) na população infantil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta os adultos sobre a importância de ficarem atentos às queixas e ao surgimento de manifestações na pele que possam ser indícios do aparecimento deste problema, que pode ter origem genética, não é contagioso e pode ser atenuado ou controlado com a ajuda de medicamentos e mudança de hábitos.

Este é um dos temas abordados pela campanha “Dermatite atópica: atenção e cuidado com a sua pele”, que a SBD promove até o fim do mês de setembro. A iniciativa tem o apoio institucional da Sanofi, Lilly, Abbvie e Pfizer. Para esclarecer dúvidas sobre os quadros que afetam o público infantil, a SBD realizará uma live voltada para a população em 23 de setembro, data em que será celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre Dermatite Atópica.

O evento, que será realizado em parceria com a revista Crescer, será transmitido entre 19h30 e 20h30, nos perfis da publicação no Facebook e no Instagram. No encontro, as médicas dermatologistas Carolina Contin Proença, da Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, e Silvia Assumpção Soutto Mayor, coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD e responsável pelo Setor de Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, abordarão o tema “Por dentro da dermatite atópica: do diagnóstico ao tratamento”. A mediação ficará sob a responsabilidade da editora-chefe da Crescer, Ana Paula Pontes.

Fatores desencadeantes – A DA pode aparecer em qualquer idade, geralmente na primeira infância, em bebês a partir dos três meses. A doença costuma desaparecer em aproximadamente 70% dos pacientes na adolescência. Alguns casos podem ter início na adolescência ou já na idade adulta. Silvia Soutto Mayor indica fatores que merecem atenção: “em geral, os sinais mais precoces de dermatite atópica são uma pele muito seca e a presença de coceira. Como o bebê ainda não tem coordenação motora desenvolvida, fica agitado, inquieto e chora”.

Como se trata de uma doença com várias causas, o surgimento de quadros em crianças pode decorrer de alterações genéticas, de disfunções da barreira cutânea, resposta imunológica alterada, disbiose ou alteração do microbioma da pele. Também entram nesta lista alterações emocionais e ambientais, que funcionam como “gatilhos” para as crises.

De acordo com a coordenadora do Departamento da SBD, banhos quentes e demorados, sabonetes que “desengorduram” muito a pele, uso de buchas ou esponjas no banho, roupas de lã ou sintéticas e alimentos alergênicos, como castanhas em geral, ovo e leite, podem agir como fatores que desencadeiam ou agravam as crises da DA. Além disso, o estresse emocional pode complicar o quadro e até mesmo ser gatilho para as crises.
“Os pais devem se manter atentos e conversar com os filhos, principalmente quando há uma piora repentina da dermatite. Ao identificar a causa do estresse emocional fica mais fácil combatê-lo e, se necessário, lançar mão da ajuda de psicólogos ou até psiquiatras”, avalia.

Impactos psicológicos – Outro ponto levantado por Silvia Soutto Mayor são os impactos psicológicos que as crianças sofrem após serem diagnosticadas com dermatite atópica. Uma das consequências é o comprometimento da autoimagem do paciente por conta das lesões que aparecem no rosto e nas extremidades do corpo, como mãos, pés, orelhas, pescoço e nas dobras dos braços e joelhos.

“Por conta disso, muitos jovens se tornam vítimas de bullying. É preciso orientar seu filho sobre o fato de que a dermatite não é contagiosa, não impede o convívio escolar e nem que ele brinque e socialize com outras crianças”, enfatiza. Essa doença também afeta o processo de aprendizagem, pois a coceira impede a concentração e leva a distúrbios do sono.  “O aluno acorda várias vezes à noite, o que o faz se sentir cansado nas aulas. Além disso, ele pode sofrer com sonolência indesejada pelo uso de medicamentos para tratar a dermatite, como antialérgicos (anti-histamínicos).

Para prevenir o agravamento de quadros ou o surgimento de crises, a especialista da SBD recomenda a aplicação constante de hidratantes, entre outros itens. “Os pais devem evitar o ressecamento excessivo da pele das crianças, dando banhos rápidos e mornos, hidratando a pele logo após o banho e evitando a transpiração excessiva, optando por tecidos leves, preferencialmente, de algodão”, aconselha.

Campanha em setembro – O lançamento desse alerta e a realização de várias ações durante o mês de setembro fazem parte da campanha que a SBD desenvolve sobre o tema da dermatite atópica. Para os dermatologistas membros da SBD será feita outra live, no dia 21 de setembro, que será transmitida no site do Conexão SBD.

A campanha contará ainda com vídeos – voltados para o público leigo – em que médicos responderão as dúvidas sobre a dermatite. Também serão distribuídas peças em redes sociais, esclarecimentos sobre causas, sintomas e tratamentos serão publicados no site e redes sociais da SBD.  A SBD também criou um site dedicado a sanar dúvidas sobre a doença.

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30 de setembro de 2021 0

30/09/2021 02:56


 

Tratamentos não convencionais para a psoríase, exemplos de uso de biológicos no tratamento da doença e a experiência com biológicos e inibidores de pequenas moléculas estão entre os temas que serão abordados no 5º Simpósio Nacional de Imunobiológicos e XIII Simpósio Nacional de Psoríase, ambos organizados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). As atividades acontecerão dia 23 de outubro, das 8h20 às 18h, com transmissão on-line.

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A programação conta com expositores de renome internacional, como Hervé Bachelez (França) e Felix Pavlotsky (Israel), que abordarão temas como psoríase pustulosa e covid-19 e biológico/IPM, respectivamente. Os dermatologistas que participarem do evento terão acesso à área de exposição virtual e certificado. Para aproveitar o primeiro lote, com desconto, os interessados devem se inscrever por meio da página da SBD.

Além dos dois simpósios, a SBD prepara uma campanha institucional sobre psoríase que também acontecerá no mês de outubro, mês em que é celebrado o Dia Mundial dedicado à doença. Durante o período, os dermatologistas vão buscar a conscientização da população sobre o tema e chamar a atenção para as possibilidades de tratamento e de diagnóstico disponíveis nas redes pública e privada.

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29 de setembro de 2021 0

29/09/2021 03:16


 

Alopecia areata, uma doença autoimune que provoca a queda de cabelo. Setembro foi o mês dedicado ao tema no calendário da saúde, uma oportunidade para falar sobre esse problema de saúde cuja extensão pode variar: de pacientes com poucas áreas afetadas aos que têm uma perda importante de fios, chegando aos casos raros, nos quais a queda é total ou quase.

Segundo Fabiane Andrade Mulinari Brenner, (SBD), a alopecia areata não tem cura, mas possui tratamento. “Não existe uma estatística sobre quantos brasileiros são afetados por essa doença, mas acredita-se que em torno de 1% da população manifeste os sinais e sintomas em algum momento da vida”, explicou.

Estresse – Entre os fatores desencadeantes ou agravantes da alopecia areata estão crises emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos. Por isso, os especialistas recomendam algumas medidas que podem ajudar no controle da doença, como reduzir o estresse, pois as crises agudas podem estar associadas a períodos de problemas no trabalho ou na família.

Outro ponto importante é que a evolução da alopecia areata não é previsível, alerta Fabiane Brenner: “o cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isto ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação. Entretanto, novos surtos podem ocorrer”.

Sintomas– Além da perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações, essa doença não possui nenhum outro sintoma. Porém, chama a atenção que ao retornarem os fios, eles podem ser brancos, adquirindo sua coloração normal posteriormente.

Os especialistas lembram ainda que o paciente também deve ficar atento, pois outras doenças autoimunes podem se manifestar, como vitiligo, problemas da tireoide e lúpus eritematoso. Por isso, muitas vezes, são feitos exames de sangue. Contudo, na avaliação de Fabiane Brenner, o grande impacto ocorre na saúde emocional dos afetados, pois a queda do cabelo afeta a autoimagem, afetando a qualidade de vida.

Tratamentos– A coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD explicou ainda que há vários tratamentos disponíveis, como tópico, sistêmico e intralesional (infiltração). No entanto, em geral, ela ressaltou que o tratamento para alopecia é longo.

“Por isso, é importante o paciente ir ao dermatologista, para que o médico o acompanhe. O tratamento visa controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Mas, a opção escolhida vai depender da avaliação do especialista em conjunto com o paciente”, frisou.

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23 de setembro de 2021 0

23/09/2021 08:23


 

Três em cada dez brasileiros acreditam que a dermatite atópica, uma doença caracterizada por pele seca, lesões avermelhadas e coceira intensa, é um problema de saúde contagioso, ou seja, que pode ser transmitido pelo contato direto. Essa visão equivocada indica o preconceito com respeito a esse quadro que afeta de 15% a 25% das crianças e cerca de 7% dos adultos. A conclusão aparece em pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (23) pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).  O trabalho foi realizado pelo Instituto Datafolha, com apoio institucional da biofarmacêutica AbbVie.

Nesta data (23/09), quando se comemora o Dia da Conscientização da Dermatite Atópica, a SBD revela que na percepção de 47% da população, essa enfermidade é causada por maus hábitos de higiene; 46% acreditam, erroneamente, que o paciente não poderia ter contato com crianças; e 36% entendem que pessoas com manifestações visíveis não deveriam sair de casa, ir à escola ou ao trabalho. No entendimento de 33%, elas não poderiam até mesmo usar o transporte público.

“É preciso combater o preconceito contra pessoas que apresentam a dermatite atópica. Trata-se de um problema de saúde que causa desconforto, mas pode ser tratado com a ajuda de médicos dermatologistas, com o apoio de outros profissionais da saúde. Neste processo, os pacientes devem ser respeitados em sua individualidade, evitando-se posturas agressivas ou restritivas contra eles”, ressaltou Mauro Enokihara, presidente da SBD, que neste mês promove uma campanha de conscientização sobre o tema.

Percepção – O preconceito é mais um sintoma visível da dermatite atópica, conforme demonstra o estudo que ajuda a compreender um pouco sobre a percepção que cerca esse problema de saúde. Os dados demonstram que, apesar de relativamente comum em diferentes faixas etárias, a dermatite atópica (DA) ainda é desconhecida por boa parte dos brasileiros. A pesquisa mostra que menos da metade da população (37%) a reconhece, e mesmo entre este público o conhecimento ainda é parcial.

A falta de informação leva apenas 4% dos entrevistados que conhecem a doença a afirmarem corretamente que dermatite atópica e eczema atópico são sinônimos. Para 21% deles, trata-se de uma reação alérgica e outros 21% a veem apenas como uma doença de pele. No entanto, entre os que ouviram falar sobre eczema atópico, 58% não sabem o que é a enfermidade.

Embora 59% dos brasileiros tenham apresentado pelo menos um dos sintomas característicos da dermatite atópica, o diagnóstico para esta doença ocorreu em apenas 1% dos casos. Outros 2% foram diagnosticados como alergia. Para o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves, esse resultado revela duas situações.

“Em primeiro lugar, muitas pessoas não procuram a ajuda dos médicos para tratarem o desconforto causado pelas lesões e coceiras. Além disso, sabemos que há dificuldade de os próprios médicos reconhecerem os quadros que indicam a presença deste problema de saúde na população, o que impede o diagnóstico correto”, disse.

Sintomas – Os dados confirmam este entendimento. A pesquisa revelou que cerca de metade dos adultos que apresentaram três ou mais sintomas de dermatite atópica não procurou um médico (53%). Entre os que procuraram ajuda especializada, 33% dos pacientes e 67% dos cuidadores (ou responsáveis por crianças até 15 anos) precisaram ir em dois ou mais médicos diferentes em busca do tratamento adequado.

Tanto entre os adultos (32%) quanto entre as crianças (46%), o principal diagnóstico foi “alergia”. Por fim, ainda que apresentassem vários sinais, 34% dos adultos e 23% das crianças saíram das consultas sem diagnóstico, ainda que 44% dos pacientes e 54% dos cuidadores tenham alegado que a intensidade dos sinais e sintomas é moderada ou grave.

De acordo com o relato dos entrevistados, entre os pacientes adultos, 50% apresentam pelo menos quatro dos cinco sintomas da enfermidade como coceira (87%), pele seca (86%), pele irritada com vermelhidão (73%), descamação (55%) e ‘pequenas bolhas que se rompem e minam água’ (37%). Dentre eles, embora 28% relatem a presença de sintomas desde a infância, apenas 36% foram diagnosticados.

Entre os entrevistados com até dois sintomas, sete em cada dez não procuraram um médico (69%). Dos que buscaram, 26% dos adultos e 56% das crianças foram diagnosticados como alergia e 40% dos adultos e 52% das crianças não receberam nenhum diagnóstico, apenas recomendações e medicamentos.

Dermatologia – Com relação à especialidade da medicina indicada para tratar a dermatite atópica, os entrevistados reconhecem na dermatologia a mais preparada. Entre os brasileiros sem sinais da doença, 69% disseram que procurariam um dermatologista, 13% buscariam um clínico geral e 2% um alergista/imunologista.

“A percepção dos entrevistados sobre a dermatologia como sendo a área mais preparada para diagnosticar e tratar a dermatite atópica serve de estimulo aos nossos especialistas para que continuem a se qualificar para o oferecer aos pacientes e seus familiares o melhor atendimento”, finalizou o presidente da SBD.

A pesquisa do Datafolha ouviu 1.001 pessoas de todas as regiões do país, por telefone, entre 9 e 23 de outubro de 2020. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Com idade média de 43 anos, esse grupo foi composto por 52% de mulheres, com idade média de 43 anos e 49% com renda familiar de até dois salários mínimos. Deste universo, 67% são economicamente ativos, sendo 19% assalariados registrados e 12%, trabalhadores temporários.





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