Sucesso de público: mais de mil congressistas participam do II Simpósio de Dermatologia Pediátrica




23 de março de 2021 0

Apresentações dinâmicas e interativas, voltadas à atualização prática dos especialistas no diagnóstico e tratamento das principais dermatoses pediátricas. Quem participou do evento online organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no sábado (6/3), ficou satisfeito com os resultados alcançados.

Sucesso de audiência, com mais de mil congressistas, o II Simpósio de Dermatologia Pediátrica, contou com uma programação científica que proporcionou, ao final, sete horas de conteúdo ministrado por experts da área.  Conforme frisou a coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD e uma das responsáveis pelo evento, Silvia Souto Mayor, as inovações empregadas neste Simpósio foram o ponto alto, principalmente a possibilidade de enviar antecipadamente dúvidas técnicas aos palestrantes.

“Essa mudança permitiu que os convidados conduzissem as aulas de maneira mais assertiva, com foco nessas questões, estabelecendo assim um novo ritmo às aulas. Aquelas perguntas que não puderam ser solucionadas, em função do tempo, serão posteriormente elucidadas por e-mail”, afirmou.  

Debates – As conferências do Simpósio incluíram debates sobre os seguintes temas: “Dermatoses no neonato: O que o dermatologista deve saber? ”; “Exantemas na infância: o que há de novo? ”; “Rosácea, Dermatite periorificial e Acne na criança: como abordar? ”; “Psoríase e Dermatite Seborreica: como abordar? ”; “Hemangiomas e Malformações Vasculares: como abordar? ”; “Dermatite Atópica: o que há de novo e como abordar na prática”; dentre outros.

Na avaliação do presidente da SBD, Mauro Enokihara, a realização do evento foi um sucesso absoluto justamente por enfatizar questões vivenciadas pelos dermatologistas no dia a dia de atendimentos. “A participação ativa do público, desde o momento da inscrição e durante o evento, interagindo com os palestrantes pelo chat, foi um grande acerto de formato. O Simpósio iniciou de maneira extremamente bem-sucedida a temporada de grandes eventos que serão promovidos pela SBD, ao longo de 2021”, pontou.  

Segundo ele, a atividade de sábado exemplifica o compromisso da Gestão 2021-2022 em entregar aos associados eventos de qualidade na forma e no conteúdo. Os participantes que não tiveram a oportunidade de acompanhar todas as apresentações do II Simpósio podem ainda acessar o material apresentado.

As conferências e demais discussões estarão disponíveis por 30 dias, após o encerramento do Simpósio. Confira em: https://www.sbd.org.br/simposio-de-dermatologia-pediatrica/.


23 de março de 2021 0

Covid-19

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) encaminhou nesta quarta-feira (13/1) correspondência ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e à Associação Médica Brasileira (AMB) com considerações e recomendações técnicas relacionadas à vacinação contra Covid-19, no País. No texto, a entidade reafirma que, com esse envio, cumpre seu papel de subsidiar o debate técnico e científico com vistas ao aperfeiçoamento da assistência à população.

“Nossa intenção é levar a SBD a manter sua participação ativa nos grandes debates que se relacionam com as ações de saúde pública. Isso fortalece o papel de nossa especialidade como formuladora de propostas que têm ajudado o País, como já ocorreu no enfrentamento da hanseníase e do câncer de pele”, afirmou o vice-presidente Heitor de Sá Gonçalves.

Juntamente com o ofício ao CFM e à AMB foram anexados dois documentos produzidos por especialistas de Departamentos da SBD. No primeiro, constam considerações sobre a implementação de uma campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Este trabalho traz alertas sobre medidas que, na visão dos dermatologistas, devem ser adotadas para garantir maior segurança e eficácia durante o processo.

Dermatologistas – As considerações foram elaboradas pelo grupo formado pelos dermatologistas Paulo Antônio Oldani Felix, Maria Cecilia de Carvalho Bortoletto, Luna Azulay-Abulafia, André Vicente Esteves de Carvalho, Ricardo Romiti, Elizabeth Vaz de Figueiredo Moreno Batista, Jane Marcy Neffá Pinto, Luiza Keiko Matsuka Oyafuso e María Victoria Suárez Restrepo. Posteriormente, o documento foi validado pela Diretoria-Executiva da Gestão 2021-2022.

LEIA A ÍNTEGRA DO POSICIONAMENTO DA SBD SOBRE VACINAÇÃO

O mesmo aconteceu com o outro texto anexado: a manifestação técnica sobre o uso de imunizantes para Covid-19 em pacientes de doenças imunomediadas. Esta nota com relevantes reflexões sobre os cuidados para a cobertura vacinal da população com esse perfil foi, inclusive, compartilhada anteriormente com os associados da SBD.

LEIA A ÍNTEGRA DA MANIFESTAÇÃO DA SBD SOBRE USO DE VACINAS EM PACIENTES COM DOENÇAS IMUNOMEDIADAS

Para o presidente da entidade, Mauro Enokihara, como toda a comunidade médica e científica, a SBD tem acompanhado, desde 2020, a evolução da pandemia de Covid-19 no mundo, a qual tem gerado graves consequências epidemiológicas e econômicas para as populações. “Assim, o surgimento de vacinas capazes de reduzir o número de novos casos e evitar o aparecimento de complicações de maior complexidade configura um alento nos tempos atuais. Por isso, nesse momento, a SBD faz esses aportes, que podem ser úteis ao enfrentamento dessa crise”, lembrou.


23 de março de 2021 0

Covid-19

Preocupadas com o avanço da pandemia no Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e outras 75 entidades médicas do País publicaram um manifesto para a população em defesa do uso de máscaras como forma de evitar a contaminação pelo novo coronavírus e suas variantes. Estima-se que essa proteção reduz a possibilidade de aumento de casos de covid-19.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A ÍNTEGRA DA NOTA

Além das máscaras, o texto reforça a importância de outras ações, como o distanciamento físico, a higienização das mãos e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal. Até o dia 28 de fevereiro, o Brasil havia registrado mais de 254 mil mortes em decorrência da doença.

Aliada – O manifesto afirma que a proteção fácil é aliada essencial para impedir a disseminação da doença. “Máscaras   são   instrumentos   eficazes para   a   redução   da   transmissão   de   vírus respiratórios e são preconizadas na atual pandemia para uso, não apenas por profissionais da saúde no cuidado de indivíduos com suspeita ou diagnóstico de covid-19, mas por todos”, traz o texto.

No entendimento das entidades médicas signatárias, “é urgente que as medidas efetivas para diminuir a transmissão da doença sejam assumidas pela população como compromisso social para diminuir a possibilidade do surgimento de novas variantes do vírus e o colapso total dos serviços de saúde de todo País”.

Estudos – O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), por exemplo, indica em seu site 19 artigos publicados em diferentes revistas científicas que atestam a efetividade do uso de máscaras como parte da estratégia para controlar a pandemia.

No início da emergência sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus, a OMS recomendou que pessoas sem sintomas da doença evitassem usar máscaras cirúrgicas para que não houvesse falta para os profissionais da linha de frente e para os pacientes sintomáticos.

Em junho de 2020, com o avanço dos números de casos e óbitos causados pela covid-19, a OMS passou a recomendar o uso de máscaras para o público geral, afirmando que a mudança em seu posicionamento fora baseada na conclusão de novos estudos científicos.

“Estamos vivendo uma segunda onda da doença, mais acentuada do que o primeiro pico da epidemia, no ano passado. Diante desse cenário, o uso das máscaras é imprescindível para conter o vírus e evitar o colapso na saúde brasileira”, disse o presidente da SBD, Mauro Enokihara.


23 de março de 2021 0

Política e Saúde

A criação de um departamento no âmbito da Sociedade Brasileira de Dermatologia voltado de modo específico às dermatoses raras será tema de análise da Gestão 2021-2022. Segundo o vice-presidente da entidade, Heitor de Sá Gonçalves, um grupo com essa preocupação teria a missão de produzir consensos e estudos epidemiológicos sobre o tema, bem como trabalhar junto aos órgãos públicos buscando abrir canais de comunicação para que seja qualificada a assistência a pacientes com esses problemas.

Outra tarefa seria articular parcerias com sociedades médicas e gestores públicos e privados para desenvolver campanhas de conscientização da população em geral. Segundo o vice-presidente, a conscientização assume importância, pois doenças raras são ignoradas e têm seus pacientes segregados em suas comunidades. O tema busca receber mais atenção. Na semana passada, foi comemorado o Dia Mundial das Doenças Raras (sempre no último dia de fevereiro), data criada em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis).
 
Papel positivo – Maria Cecília da Matta Rivitti Machado, assessora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD e médica supervisora da Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, acredita que um papel positivo que já vem sendo realizado pela Sociedade em favor da assistência às doenças raras. Porém, entende que há muitas ações a serem feitas que são necessárias para melhorar a qualidade de vida, do diagnóstico e do tratamento dos portadores.

Segundo ela, a SBD vem cumprindo o papel dela com a formação dos especialistas e as ações de comunicação, mas ainda seriam necessárias outras iniciativas, como a elaboração de protocolos para as doenças raras. “Precisamos disto para estabelecer diretrizes e, assim, pressionar o poder público, através de dados objetivos, e demonstrando, assim, a necessidade de investimentos nesta área. Se as doenças têm uma manifestação primordialmente dermatológica, quem precisa falar sobre isso são os dermatologistas. É assim que acontece em outros países, e precisamos fazer o mesmo para sair desse ciclo perverso, no qual os pacientes sofrem sem diagnóstico, não entram em estatísticas e são tratados como se não existissem”, lamenta.

São consideradas doenças raras aquelas que afetam até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 pessoas a cada 2.000. Não é determinado o número exato destas manifestações, mas se estima a existência de seis mil a oito mil tipos diferentes. Na dermatologia, podemos destacar algumas, como: ictiose, epidermólise bolhosa, xeroderma pigmentoso, neurofibromatose, esclerose tuberosa e albinismo.

“O conceito de doença rara se resume a alguns critérios, principalmente de incidência, gravidade e raridade. No Brasil, temos cerca de 15 milhões de pessoas com uma doença rara, o que não é pouco. Na dermatologia, as principais estão no campo das genodermatoses, as doenças genéticas. Isso traz a necessidade de cobrar, principalmente, ações no campo da saúde pública, como também dos movimentos organizados da sociedade e das sociedades médicas em relação ao temaa essas doenças”, analisa Heitor de Sá Gonçalves.

Dificuldades – Maria Cecília ajuda a entender as dificuldades enfrentadas pelos portadores de doenças raras. De acordo com a assessora, o diagnóstico apropriado é a primeira barreira. Depois, há questões relacionadas aos tratamentos, que são complicados e não são curativos, mas, sim, voltados às manifestações e complicações das doenças. Ainda há a realidade brasileira, um país com dimensões continentais e uma população enorme, onde os pacientes enfrentam uma imensa dificuldade para acessar os cuidados dos centros especializados, já que eles são distribuídos pelo país de forma desigual, por conta das disparidade socioeconômicas. Há também o entrave de encontrar profissionais que saibam lidar com essas doenças, já que, pela raridade, muitos passam uma carreira inteira sem nunca ter atendido um paciente com essas manifestações.

Outra problemática deste cenário, segundo o vice-presidente da SBD, é a omissão da saúde pública em relação aos portadores das doenças raras. Segundo Sá Gonçalves, não há nenhuma ação concreta da saúde pública para cuidar dos pacientes com doenças raras. Para ele, seria importante que existisse um núcleo ligado ao Ministério da Saúde, em cada estado, para estudo e controle, como forma de canal de acesso aos pacientes, que aparentemente são uma minoria, mas representam 8% da população mundial.

Por sua vez, Maria Cecília destaca a fragilidade social e econômica que afeta esses pacientes. Algumas dessas doenças demandam cuidados integrais, como a epidermólise bolhosa, o que gera a necessidade de apoio financeiro para manter os tratamentos. De acordo com a assessora da SBD, como essas doenças são raras, os pacientes e seus familiares não conseguem acesso aos benefícios de seguridade social.  Além disso, pontua, “a assistência às doenças raras é algo oneroso. Por isso, ocorre predominantemente nos serviços de saúde pública. Porém, não há interesse em manter nas estruturas existentes os profissionais especializados, que são formados com excelência pelas sociedades de especialização, incluindo a SBD, e pelos programas de formação em residências das grandes universidades”.

 

 

 

 


23 de março de 2021 0

Mídia e Saúde

A fim de promover a educação médica continuada e o aprimoramento profissional em assuntos de interesse dos especialistas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) se unem para a criação de um novo canal de comunicação e conhecimento: o SBCD e SBD Digital Drops. O serviço consiste na realização de uma série de aulas gratuitas e abertas para médicos associados, residentes aspirantes e especializandos da SBD sobre temas cirúrgicos comuns no cotidiano, como pequenas cirurgias, boas práticas em cosmiatria, laser e oncologia e outros.

A primeira aula aconteceu nesta segunda (15/3), às 20h, com a participação de dermatologistas experts nos assuntos em foco. Com a mediação de Christine Guarnieri e Edileia Bagatin, ambas de São Paulo, os médicos Ana Paula Manzoni (RS), Daniel Coimbra (RJ) e Silvia Zimbres (SP) falaram sobre as melhores técnicas em preenchimento facial. A estreia contou com a presença do presidente da SBD, Mauro Enokihara, e da presidente da SBCD, Meire Parada.

Os experts abordaram o preenchimento, bioestimulação e melhores técnicas a serem aplicadas na região temporal; rejuvenescimento do terço médio da face; preenchedores no tratamento de olheiras; além de dicas sobre medidas antropométricas para melhor avaliação do terço inferior da face.

Encontros – As lives do SBCD e SBD Digital Drops ocorrem sempre às segundas-feiras, às 20h, por meio da plataforma do Conexão SBD, na área restrita do associado no site da SBD. Com o objetivo estimular a capacitação do dermatologista, as aulas ficarão disponíveis para acesso por 60 dias.

A próxima live, “Montando sua sala cirúrgica”, será realizada no dia 12 de abril.

Para assistir ou rever o conteúdo, basta acessar a plataforma e entrar com o login e senha da SBD: https://conexaosbd.com.br/


23 de março de 2021 0

Ações institucionais

Para comemorar o Dia do Dermatologista (5 de fevereiro), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) presenteou seus associados com um evento exclusivo no intuito de debater "A comunicação e a ética nos tempos atuais". O encontro online, transmitido pelo canal da entidade no YouTube, na noite de sexta-feira (5), contou com a participação do filósofo e professor Mário Sergio Cortella e do ator e apresentador de TV João Vicente de Castro.

Na abertura, o presidente da SBD, Mauro Enokihara, parabenizou os dermatologistas brasileiros pela data, assim como ressaltou a importância da SBD para o fortalecimento da especialidade. De acordo com ele, ao longo do tempo, a entidade tem atuado incessantemente para promover a pesquisa científica no País, a alta qualidade na formação dos especialistas, além da defesa do ato dermatológico e da melhoria das condições de atendimentos dos pacientes.

“Esse trabalho realizado não seria possível sem os mais de 10,2 mil associados, que também demonstram na sua rotina o compromisso com o bem-estar e a saúde dos brasileiros. Sei das dificuldades que afligem nossa especialidade, no entanto, reafirmo a crença num futuro melhor, pois a história prova que podemos mudar realidades desfavoráveis, por meio da nossa determinação e da união de forças”, afirmou.

Convidados – Na sequência, os dois convidados especiais da noite iniciaram o bate-papo sobre diversos tópicos relacionados aos princípios fundamentais da comunicação com qualidade e respeito à dignidade humana. O filósofo Mario Sérgio Cortella introduziu o debate, apresentando a definição clássica de ética e discorrendo sobre a essência das normas e valores que orientam o comportamento dos homens dentro do convívio social.

“Um dos pontos primordiais é diferenciar ética de cosmética”, brincou o professor Cortella. “Os princípios que cada indivíduo utiliza para definir aquilo que deve ou não fazer representam o que é a ética, ou seja, ela orienta as nossas ações na vida. Por outro lado, a comunicação é o elemento que cria conexão entre as pessoas. Nesse sentido, fazer comunicação com ética significa ter por intenção informar para prover boas escolhas ao nosso interlocutor e nunca enganar ou suprimir a verdade no intuito de obter interesses escusos”, disse.

Na ocasião, também foram suscitadas outras relevantes reflexões filosóficas a cerca dos limites da liberdade de expressão, de erros comuns verificadas na comunicação, dos perigos do mundo digital, da vaidade nas redes sociais, e mais.

Durante o evento, ocorreu ainda uma apresentação do Overdriver Duo, dupla musical formada por Fabi Terada e Evandro Tiburski, de Novo Hamburgo (RS). Com mais de 5 milhões de seguidores nas redes e 3,8 bilhões de visualizações de seus vídeos, o grupo trouxe um repertório repleto de sucessos.


23 de março de 2021 0

Ações institucionais

Alinhar metas e compartilhar diretrizes de atuação da Gestão 2021-2022 da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Esse foi o objetivo da reunião realizada em formato online, entre a atual Diretoria da entidade e os presidentes das Regionais. Na oportunidade, foram destacadas as principais ações previstas para ocorrer ao longo dos próximos dois anos, com ênfase na atualização científica dos associados e na melhoria das condições de assistência à população no País.

De acordo com o presidente da SBD, Mauro Enokihara, conforme estabelecido em comum acordo pelo atual grupo gestor, o trabalho da entidade será norteado por três pilares fundamentais: o respeito integral ao Estatuto da SBD; atuação do dermatologista no atendimento das doenças da pele; e a promoção de uma dermatologia abrangente e acessível, de todos e para todos.

Compromisso – Na ocasião, o vice-presidente, Heitor de Sá Gonçalves, também salientou o compromisso assumido de ampliar os esforços em direção a iniciativas que elevem a qualidade do atendimento ofertado aos brasileiros, sobretudo em relação às chamadas doenças negligenciadas, como hanseníase, leishmaniose, dermatozoonoses, micoses sistêmicas, entre outras.

Já o diretor financeiro da SBD, Carlos Baptista Barcaui, comentou a importância de alcançar as metas estabelecidas tendo como base princípios como idoneidade, transparência e responsabilidade na condução da entidade. O especialista destacou ainda a decisão de manter em 2021 os valores de anuidade sem reajuste devido à crise deflagrada pelo novo coronavírus.

Eventos – A coordenadora científica da SBD, Flávia Vasques Bittencourt, também dividiu com os presidentes de filiadas o calendário preliminar de eventos programados para os próximos meses. Entre eles, estão o II Simpósio de Dermatologia Pediátrica; o Simpósio de Dermatoscopia; o 43º Simpósio Nacional de Dermatologia Tropical (Dermatrop); o VI Simpósio de Cabelos e Unhas; e o III Simpósio de Cirurgia Micrográfica. Conforme adiantou, todos ocorrerão em formato online, ainda no primeiro semestre de 2021.

A especialista reforçou também o empenho da Gestão 2021-2022 em dar continuidade ao projeto de lives regulares, formulado como opção de educação continuada à distância, em função do cenário de distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19, conforme ressaltou. 

Defesa – Na sequência, o 1º secretário da SBD, Geraldo Magela Magalhães, comentou tópicos jurídicos relevantes de defesa profissional da especialidade, detalhando as ações empreendidas no âmbito parlamentar e, sobretudo, aquelas movidas pela SBD contra a invasão de competências realizada por outras categorias à prática da medicina dermatológica. O especialista destacou o alinhamento da entidade ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e a série de representações que têm sido postuladas junto aos órgãos competentes.

Além disso, o 2º secretário, Beni Grinblat, discorreu sobre a relevância da comunicação com ferramenta para ampliar a visibilidade da entidade perante seus associados e à população em geral, especialmente diante do atual cenário de pandemia. Entre as ações apresentadas, constaram: o trabalho ininterrupto nas redes sociais e no portal da SBD; as campanhas temáticas (Janeiro Roxo, Psoríase, Dezembro Laranja e mais); além do lançamento do podcast da SBD, que funcionará como um canal de atualização científica exclusivo para associados.

Ao final das apresentações, do encontro que aconteceu em 5 de fevereiro (sexta-feira), os presidentes das Regionais puderam ainda esclarecer eventuais dúvidas e compartilhar suas sugestões com todos os participantes da reunião a respeito de temas como: concomitância de eventos virtuais; atuação junto aos conselhos de classe; possibilidade de parcerias com outras entidades e a indústria; entre outros.


10 de março de 2021 0

Eventos

Apresentações dinâmicas e interativas, voltadas à atualização prática dos especialistas no diagnóstico e tratamento das principais dermatoses pediátricas. Quem participou do evento online organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no sábado (6/3), ficou satisfeito com os resultados alcançados.

Sucesso de audiência, com mais de mil congressistas, o II Simpósio de Dermatologia Pediátrica, contou com uma programação científica que proporcionou, ao final, sete horas de conteúdo ministrado por experts da área.  Conforme frisou a coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD e uma das responsáveis pelo evento, Silvia Souto Mayor, as inovações empregadas neste Simpósio foram o ponto alto, principalmente a possibilidade de enviar antecipadamente dúvidas técnicas aos palestrantes.

“Essa mudança permitiu que os convidados conduzissem as aulas de maneira mais assertiva, com foco nessas questões, estabelecendo assim um novo ritmo às aulas. Aquelas perguntas que não puderam ser solucionadas, em função do tempo, serão posteriormente elucidadas por e-mail”, afirmou.  

Debates – As conferências do Simpósio incluíram debates sobre os seguintes temas: “Dermatoses no neonato: O que o dermatologista deve saber? ”; “Exantemas na infância: o que há de novo? ”; “Rosácea, Dermatite periorificial e Acne na criança: como abordar? ”; “Psoríase e Dermatite Seborreica: como abordar? ”; “Hemangiomas e Malformações Vasculares: como abordar? ”; “Dermatite Atópica: o que há de novo e como abordar na prática”; dentre outros.

Na avaliação do presidente da SBD, Mauro Enokihara, a realização do evento foi um sucesso absoluto justamente por enfatizar questões vivenciadas pelos dermatologistas no dia a dia de atendimentos. “A participação ativa do público, desde o momento da inscrição e durante o evento, interagindo com os palestrantes pelo chat, foi um grande acerto de formato. O Simpósio iniciou de maneira extremamente bem-sucedida a temporada de grandes eventos que serão promovidos pela SBD, ao longo de 2021”, pontou.  

Segundo ele, a atividade de sábado exemplifica o compromisso da Gestão 2021-2022 em entregar aos associados eventos de qualidade na forma e no conteúdo. Os participantes que não tiveram a oportunidade de acompanhar todas as apresentações do II Simpósio podem ainda acessar o material apresentado.  

As conferências e demais discussões estarão disponíveis por 30 dias, após o encerramento do Simpósio. Confira em: https://www.sbd.org.br/simposio-de-dermatologia-pediatrica/.


11 de janeiro de 2021 0

Especial Covid-19

Enquanto médicos e demais profissionais da saúde com experiência se uniram para enfrentar a Covid-19 em hospitais públicos e privados, médicos em início de carreira se viram do dia para a noite na linha de frente no enfrentamento da pandemia. Se por um lado a realidade imposta pode ter causado receios sobre o que realmente precisa ser aprendido durante uma residência, por outro é certo de que a expertise adquirida nesse período vai moldar parte da vida profissional de cada um no futuro.

A residente Paula Hitomi Sakiyama, do terceiro e último ano de dermatologia do Hospital Santa Casa de Curitiba, está na linha de frente da enfermaria e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital exclusivo com 110 leitos para o atendimento de pacientes com Covid-19 – residentes de todas as especialidades foram escalados para prestar auxílio no hospital de campanha administrado pela Santa Casa de Curitiba durante a pandemia, exceto os do grupo de risco. Ela conta que auxiliar no atendimento de pacientes com a Covid-19 tem sido um grande desafio, já que além das dúvidas sobre essa nova doença, há também a adversidade de lidar com uma situação inusitada e muito diferente da prática dermatológica.

“Com a convocação, também foi necessário conciliar as atividades da residência com as do combate à pandemia, ambas com alto grau de exigência. Fico feliz em saber que estou contribuindo nesse momento tão difícil para todos. No entanto, é desanimador ver o descaso, a politização e o negacionismo de parte da população e do poder público em relação à pandemia”, pontua.

Já Breno Saty Kliemann, residente do primeiro ano da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, tem feito plantões em UTIs no Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná, um antigo hospital reaberto durante a pandemia para atendimento exclusivo de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com Covid-19. O hospital tem 50 leitos de UTI e 60 de enfermaria e, além do estudante, há outros nove residentes de dermatologia fazendo plantões nos setores de coronavírus. Profissionais de outras especialidades que também foram convocados para fazer esses plantões.

Ao contrário do que poderiam imaginar quando ingressaram no curso de Medicina, a rotina atual de Paula e Breno não previa o contato direto com um vírus com alto poder de transmissão como o coranavírus, tampouco o uso de pijama cirúrgico na entrada de hospitais, aventais para entrar e atender na UTI, máscaras, gorros, luvas, face shields (máscara protetora facial) etc. Entretanto, ambos estão vivenciando uma oportunidade de aprendizado que, na prática, poucos terão a chance.

Aprendizado impactado
Com o número reduzido de profissionais especializados e habituados ao atendimento de pacientes críticos, como os com experiência em clínica médica, urgência e emergência e medicina intensiva, médicos de todas as especialidades, residentes ou não, foram convidados para atuar na linha de frente do combate à pandemia. Entretanto, entre os residentes, embora estar na linha de frente do enfrentamento à doença possa ser avaliado como um grande aprendizado e desafio, a prática na especialidade escolhida pode sofrer danos.

Na dermatologia, como boa parte do aprendizado se dá por meio de atividades ambulatoriais e categorizadas como eletivas, a pandemia acabou “atrapalhando” a residência, já que as recomendações das autoridades sanitárias exigiam redução significativa dos atendimentos e procedimentos neste período, sendo priorizados apenas os casos de maior risco e que exigissem um acompanhamento contínuo – isso sem contar um aumento considerável de faltas nas consultas marcadas.

“Acredito que o prejuízo no processo de formação do residente durante a pandemia seja inevitável e exija adaptações para amenizar essa perda. Na minha residência, houve um aumento das discussões e aulas online e a modalidade de atendimento remoto foi iniciada para alguns pacientes com alto risco de exposição. No meu caso, com a ajuda dos preceptores, aproveitei o maior tempo livre para iniciar e dar continuidade aos trabalhos científicos. Além disso, me beneficiei da comodidade dos eventos online para participar de cursos e congressos que foram alterados de presenciais para remotos”, comenta Paula.

Para Breno, mesmo com as teleconsultas realizadas com alguns pacientes que demandavam cuidados especiais, como aqueles em uso de imunobiológicos, somadas as aulas teóricas durante o período, não há como substituir o aprendizado prático adquirido no dia a dia de consultas eletivas no ambulatório, ou de procedimentos eletivos. “Espero que com as vacinas consigamos recuperar esse aprendizado nos próximos anos e reduzir o impacto na formação”, diz.

Além disso, como a doença pode acarretar sintomas dermatológicos, os residentes tiveram a oportunidade de usar, em seu cotidiano, alguns conhecimentos aprendidos dentro da dermatologia. “O conhecimento das possíveis manifestações cutâneas associadas à Covid-19 pode auxiliar na identificação precoce da infecção e, consequentemente, na diminuição da sua transmissão”, explica Paula, complementando que “a aprendizagem na medicina é um processo constante e a atuação durante a pandemia reforçou a importância de habilidades essenciais na profissão, como autocontrole, responsabilidade e doação.

Uma rotina pesada
Estar na linha de frente no enfrentamento à Covid-19 tem sido uma rotina entre médicos de todas as especialidades, residentes, ou não. A médica Miriane Garuzi é uma delas. Atuando na UTI adulto do Hospital das Clínicas de Botucatu (FMB /Unesp) como plantonista há cinco anos e como diarista dois, está há dez meses, exclusivamente, na UTI Covid. Ela conta que atender pacientes críticos com o vírus tem sido bastante intenso e desafiador. “O quadro clínico muda muito rapidamente, bem como os protocolos de atendimento, conforme novas descobertas. A taxa de mortalidade é maior que a habitual na UTI, e é necessário lidar muitas vezes com a sensação de impotência. O contato com a família via videochamada ou telefone é diferente também, pois torna o acolhimento menos pessoal e mais difícil, uma vez que estratégias antes usadas, como, por exemplo, o toque, não estão mais disponíveis”, comenta. Ela conta que atender pacientes críticos com o vírus tem sido bastante intenso e desafiador.

“O quadro clínico muda muito rapidamente, bem como os protocolos de atendimento, conforme novas descobertas. A taxa de mortalidade é maior que a habitual na UTI, e é necessário lidar muitas vezes com a sensação de impotência. O contato com a família via videochamada ou telefone é diferente também, pois torna o acolhimento menos pessoal e mais difícil, uma vez que estratégias antes usadas, como, por exemplo, o toque, não estão mais disponíveis”, comenta.

Para a médica, apesar do desgaste diário ao trabalhar em uma pandemia, com tantos internados e alta taxa de mortalidade (associado a isso, há, ainda, as muitas fake news que impactam diretamente o trabalho) ser muito desgastante, o enfrentamento não trouxe aprendizado apenas para os com pouca experiência. Até mesmo para profissionais como ela, que tem uma carreira como intensivista, o atendimento a esse tipo de paciente tem ensinado ainda mais sobre manejo ventilatório e hemodinâmico, e sedoanalgesia. “Acredito que essa seja uma oportunidade de se desenvolver mais na profissão, tanto em relação aos conhecimentos médicos, quando na questão da relação médico-paciente/médico-família”, determina.

 


11 de janeiro de 2021 0

Na medicina, é comum encontrar um estudo de uma determinada área que, posteriormente, tenha reflexos em outras especialidades. E esse é o caso da ocitocina. Normalmente associado aos sentimentos de bem-estar e felicidade, na saúde o hormônio tem seus efeitos reconhecidos na contração uterina, ejeção de leite, prazer sexual e reduções do estresse e da ansiedade. Porém, mais recentemente, estão surgindo estudos relacionando a ocitocina à diminuição do envelhecimento e cicatrização da pele, e nos tratamentos do autismo e da dor crônica.

“Estudos recentes demonstraram que a ocitocina apresenta efeitos antienvelhecimento sobre o fibroblasto e indicam que esta pode ser utilizada como agente no tratamento do envelhecimento cutâneo. Outros estudos demonstraram que o hormônio apresenta efeito anti-inflamatório e ação cicatrizante com regeneração da microvascularização da pele. Desse modo, verificamos que muitos trabalhos mostram cada vez mais evidências de que a ocitocina tem ação no tratamento do envelhecimento cutâneo, da jovialidade e em diversos campos da medicina”, explica João Carlos Lopes Simão, médico colaborador da Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Felicidade x beleza
Uma pessoa feliz é naturalmente mais bonita ao olhar dos outros, certo? Isso acontece porque o cérebro reage positivamente a esse comportamento e aos sinais de felicidade, que funcionam como verdadeiros códigos de comunicação trocados entre os indivíduos. O cérebro interpreta esses códigos e leva as pessoas a sentirem mais atração e a acharem mais bonitos os indivíduos bem-humorados e que transmitem coisas boas. Com isso, é possível afirmar que uma pessoa feliz e sorridente produz ocitocina não apenas para si, mas estimula a produção do hormônio e sensações positivas também em quem está por perto e interagindo positivamente com ela – ou seja, a beleza e o bom-humor são literalmente contagiantes. “Sempre teremos essa percepção quando olhamos casais felizes e casais tristes. Os casais felizes são mais bonitos ou, pelo menos, assim os percebemos”, pontua João Carlos Simão.

Na dermatologia, a ocitocina é muito relacionada à busca pela beleza. Contudo, nesse contexto, ela se apresenta de maneiras diferentes em dois tipos distintos de pacientes: os que querem controlar o tempo e o envelhecimento, buscando procedimentos estéticos com alta frequência para se manterem com aparência mais jovem; e os que não brigam com os sinais do tempo e querem amadurecer com beleza, mas naturalidade – e, por isso, procuram tratamentos para, por exemplo, amenizar manchas, rugas, flacidez. “Envelhecer bem significa manejar o envelhecimento natural com ações preventivas e de tratamento sobre as doenças crônico-degenerativas, e isso engloba manter qualidade de vida com boa atividade física e alimentação correta; construir relacionamentos afetivos e sociais harmômicos; e também realizar procedimentos estéticos para tratamento dos sinais de envelhecimento, mas sem perder naturalidade e sem transformações radicais”, esclarece João Carlos. Para o médico, aceitar o envelhecimento natural não equivale a envelhecer bem. “Com o aumento da expectativa de vida e das variadas possibilidades de prevenção e de tratamento de doenças crônico-degenerativas, uma mulher com idade entre 50 e 60 anos, dependendo do estilo de vida, pode ter a aparência de uma pessoa de 40 anos”, disse.

Os homens também têm buscado tratamentos estéticos em consultórios dermatológicos. Esse crescimento, imagina-se, muito tem a ver com a influência das mídias sociais e a disputa por likes na internet. Porém, há uma boa porcentagem que procura tratamentos não por exibição, mas para ter uma boa aparência para competir no mercado de trabalho e também por motivação afetiva. No entanto, é papel do médico, além de sugerir os tratamentos adequados a cada indivíduo, alertar sobre exageros na busca constante pela juventude e identificar pacientes que apresentem distúrbio de imagem (Transtorno Dismórfico Corporal). “Tenho verificado pacientes cada vez mais jovens que querem se submeter a procedimentos estéticos transformadores porque encontram pequenos defeitos em suas fotos nas redes sociais ou porque acham que já estão envelhecendo”, esclarece.

Reposição de bem-estar
É sabido que a produção de ocitocina diminui naturalmente com a idade e que é possível fazer a reposição da mesma, especialmente por meio da administração intranasal. Entretanto, o que nem todos sabem é que há formas naturais de aumentar a sua produção e que acarretam também no aumento da produção de outros hormônios e neurotransmissores benéficos. “Uma excelente maneira de obtê-la é por meio dos exercícios físicos regulares. A yoga e a meditação também são boas práticas que vêm ganhando espaço no nosso meio”, diz Simão. As principais substâncias envolvidas na sensação de bem-estar e felicidade são a endorfina, a dopamina, a serotonina e a ocitocina, "mas também são importantes os níveis normais de hormônios tireoidianos, hormônios sexuais, cortisol etc.”, complementa.

É importante lembrar, porém, que os níveis de ocitocina mais altos não necessariamente significarão uma pele mais bonita e saudável. A saúde da pele, além da questão hormonal, envolve cuidados como evitar a exposição solar, o tabagismo e a poluição, além de fatores genéticos (envelhecimento intrínseco). Entretanto, quem tem uma vida mais tranquila e a encara de forma mais leve, provavelmente envelhecerá mais devagar, desde que considere todos os outros fatores envolvidos no processo de envelhecimento.

 





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