Vitiligo e as questões emocionais



Vitiligo e as questões emocionais

21 de junho de 2018
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O vitiligo é uma doença cuja principal característica é o surgimento de manchas brancas na pele causadas porque os melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina (substância que dá pigmentação à pele), começam a ser atacados pelo próprio sistema de defesa do paciente, o que enquadra a enfermidade entre as doenças autoimunes. Os pelos nas regiões afetadas também costumam ser brancos e, às vezes, há pequenas pintas pigmentadas no centro da lesão. Cerca de 1% população mundial tem o problema, e na maioria dos casos, as primeiras manchas surgem na infância ou no início da vida adulta.

Como outros distúrbios da pele, a doença causa grande impacto social, já que, por falta de informação, as pessoas acreditam erroneamente que ela é contagiosa. Com o intuito de conscientizar a população sobre a questão, no dia 25 de junho, Dia Mundial do Vitiligo, a Sociedade Brasiliera de Dermatologia (SBD) lança uma campanha especial com a modelo Eliane Medeiros, que conta como é conviver com a doença.

“Foi um processo bem doloroso, mas hoje eu consigo me aceitar da forma como sou. Eu me acho bonita, eu me acho interessante. Comecei a enxergar o meu trabalho como uma forma de transformação social. Você também pode ser feliz e bonita do jeito que você é, tendo vitiligo ou qualquer outra característica. Vitiligo não pega”, afirma.

O fator emocional, junto com a genética, é de fato importante quando se trata de vitiligo. “Sempre que realizamos uma anamnese acabamos encontrando algum problema de fundo emocional em quem tem vitiligo. Situações estressantes, como a perda de um ente querido, brigas familiares, demissão, entre outros traumas do dia a dia podem desencadear o início da doença”, explica a dra. Ivonise Follador, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

As lesões provocadas pela doença, não raro, impactam significativamente a qualidade de vida e a autoestima. Por isso, na maioria dos casos recomenda-se o acompanhamento psicológico para prevenir o surgimento de novas lesões e obter efeitos positivos com o tratamento.
Muitas vezes, quando há agentes estressores envolvidos, a pele é um dos primeiros órgãos a sinalizar que algo não vai bem em nosso organismo. Isso porque a pele e o sistema nervoso têm a mesma origem embriológica: os dois se originam na ectoderme. Devido ao fato de compartilharem a mesma formação, exercem influência mútua, o que esclarece o surgimento de doenças que podem se agravar devido a fatores psicossomáticos, como vitiligo, herpes, psoríase, eczemas etc.

“As lesões provocadas pela doença, não raro, impactam significativamente a qualidade de vida e a autoestima. Por isso, na maioria dos casos recomenda-se o acompanhamento psicológico para prevenir o surgimento de novas lesões e obter efeitos positivos com o tratamento”, explica a dermatologista.

Fonte: Portal do Drauzio Varella

 





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